quinta-feira, 11 de junho de 2015

Audiência pública na Câmara dos Deputados debate medidas para retomada das atividades em estaleiros

       Uma audiência pública para debater as medidas necessárias para a retomada das atividades dos cinco estaleiros que têm contrato com a Sete Brasil será realizada nestas quinta-feira (11), na Câmara dos Deputados. Foram convidados os presidentes da Petrobras, da Sete Brasil, do Sindicato da Indústria da Construção e Reparo Naval (Sinaval), da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) e do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro).
 

       A audiência será realizada pela Subcomissão dos Impactos da Lava-Jato, no âmbito da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), que tem como objetivo final propor mudanças na legislação para dar segurança jurídica à retomada de investimentos na indústria civil brasileira.

       Entre as propostas em análise, estão mudanças nas regras do acordo de leniência previstas na Lei Anticorrupção (12.846/13), bem como a criação de mecanismos que – em casos específicos – obriguem os empresários envolvidos em corrupção a vender suas ações e sair do quadro societário das empresas, para que elas retomem a idoneidade e recuperem mercado.

       “A realidade hoje deixa claro que não podemos permitir que para punir meia dúzia de empresários corruptos tenhamos que gerar desemprego em massa e perda de investimentos. Na Bahia estão 6,7 mil dos 11 mil desempregados que perderam seus postos de trabalho em todo o país por conta da crise com as empreiteiras e com a Sete Brasil”, desta o deputado Jorge Solla (PT-BA), presidente da Subcomissão.

       Ele destaca que desde o início do ano, o Estaleiro Enseada do Paraguaçu (consórcio entre Odebrecht, OAS e UTC), no Recôncavo Baiano, virou um “elefante branco de U$ 2,5 bilhões”, valor investido na construção do equipamento. Com graves problemas, a Sete Brasil suspendeu o pagamento ao estaleiro pelas encomendas de seis navios-sonda. Sem credibilidade no mercado internacional (devido às investigações e possível cadastro entre empresas inidôneas) e sem capacidade de captar financiamento, o estaleiro parou.

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