sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Transporte de carga conteinerizada entre EUA e Caribe e América Central cai pela primeira vez em quatro anos


          O transporte de cargas em contêineres entre os Estados Unidos e o Caribe e a América Central diminuiu pela primeira vez desde 2014, durante os primeiros nove meses de 2019. Até setembro, o volume total de contêineres transportados diminuiu 0,4%, para 2,37 milhões de TEUs em relação ao mesmo período de 2018, segundo dados do PIERS.
          O crescimento das importações, que desacelerou de 4,8%, marcou o período de janeiro a setembro do ano passado para 1,8% em 2019, não conseguiu compensar uma queda nas exportações, que caíram 2,2% na comparação anual. , 29 milhões de TEUs após aumentar 4,8% no mesmo período de nove meses de 2018. As importações são responsáveis ​​pela maior parte do comércio de contêineres entre os Estados Unidos e América Central (62,2%), enquanto as exportações eles são o principal motor do comércio dos Estados Unidos com o Caribe (76,7%).
          A redução geral de volume foi mais pronunciada entre os 10 principais portos dos Estados Unidos, que viram como o volume combinado de e para o Caribe e a América Central caiu 2,3%, para 1,77 milhão de TEUs.
          Apenas três das 10 principais portas registradas diminuíram de volume durante o período. No estado da Flórida, o porto de Jacksonville superou seu concorrente Port Everglades, ficando em primeiro lugar na lista, apesar de uma queda de 7,8% no volume que causou a participação do porto do norte da Flórida no país. o percurso cairá de 17,2% para 16%. Por sua vez, Port Everglades viu sua participação cair de 17,2% no ano passado para 15,4% nos primeiros nove meses de 2019, enquanto a produção caiu 10,9% para 365.776 TEUs.
          Os maiores lucros foram observados no complexo portuário de Los Angeles-Long Beach, que aumentou sua participação de mercado de 3,2% para 3,6%, como resultado de um aumento de 12,8% no volume e no porto de Wilmington, Delaware, que experimentou um aumento semelhante na participação de mercado (de 5,4% para 5,8%), com um aumento de 8,7% no desempenho.
          Entre as 15 principais empresas de transporte de contêineres que operam serviços na rota entre os Estados Unidos e o Caribe e a América Central, oito registraram aumentos de volume. A Crowley Maritime manteve seu status de maior na rota, embora seus volumes tenham sido reduzidos em 5% para 390.646 TEUs em comparação com os primeiros nove meses de 2018.

Porto de Itajaí recebe 27º navio com carros da GM importados da Argentina


          O Porto de Itajaí recebeu nesta semana o navio General San Martin, o 27º trazendo carros importados da General Motors. Foram descarregados 1.370 veículos modelo Cruze pelo sistema Roll On Roll Off. Com esta atracação, o total de veículos desembarcados desde junho de 2018 chega a 32.852 veículos.
          O navio, de bandeira liberiana, pertence ao Armador Maruba e partiu do Porto de Zarate (Argentina) e segue rumo ao porto de Paranaguá-PR. De acordo com a Gerência de Operações do Porto de Itajaí, a atracação ocorreu no berço 03 (porto público), às 13h de segunda feira. Suas operações iniciaram as 13:35h e encerraram às 20:55h horas. Sua desatracação aconteceu às 02:40h da terça-feira (26).
          Todos os trabalhos de deslocamento de veículos foram realizados por equipes de trabalhadores portuários avulsos (TPAs) de categorias diferenciadas, utilizando-se do recinto alfandegado do porto público. A primeira atracação desse tipo aconteceu no dia nove de junho de 2018, quando foram desembarcados 500 veículos do modelo Cruise. Os carros estavam a bordo do navio Apollo Highway, de bandeira panamenha.
          “Todo esse empenho em solidificar esse tipo de movimentação de cargas, nos preenche de orgulho e satisfação. Em mais de um ano receber quase trinta navios deste porte, nos reflete o quanto o Porto de Itajaí é importante para esse tipo de operações”, destaca Volnei Morastoni – Prefeito de Itajaí.
          Desde então o Porto de Itajaí tem se tornado referência na região para o desembarque de veículos. Em outubro a APM Terminals renovou por mais um ano o contrato com a montadora americana General Motors (GM).
          “Todos nós labutamos e brigamos muito pela movimentação de contêineres, que tem impacto a nível de distribuição de riquezas fantástico. Mas também, como porto público, temos essa característica de ter essa pulverização de cargas. Com um belo trabalho da operadora APM Terminals, conseguimos a renovação do contrato por mais um ano, o que é muito importante para a municipalidade, que terá um retorno das taxas e impostos. Isso justifica a nossa condição de fomento e desenvolvimento socioeconômico e impulsiona nossa atividade.”, disse o superintendente do Porto de Itajaí, Marcelo Werner Salles.
           “Entãom mais uma vez parabéns à operadora, à nossa mão de obra e a todos nós que efetivamente trabalhamos nessa atividade. Quero agradecer também a Fábio da Veiga, que enquanto superintendente, fez um belo trabalho, e quem sabe em breve, possamos anunciar mais uma montadora operando em nosso porto”, acrescentou Salles.
          A GM  é pioneira no Brasil no seguimento de transporte marítimo de veículos e o Porto de Itajaí tem histórico associado a estas operações de cargas ROLL ON – ROLL OFF quando nas décadas de 1980, 1990 e 2000, operaram com os principais Armadores que atuam nessa área. De acordo com informações da Gerência de Operações do Porto de Itajaí, a próxima atracação com veículos da GM está programada a vinda do navio MICHIGAN HIGHWAY para o dia 15 de dezembro. Com o próximo desembarque, o Porto de Itajaí poderá ultrapassar a marca de mais de 34 mil unidades da montada GM.

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Crítica argentina sobre o Mercosul preocupa o Brasil

          Em exposição feita nesta quarta-feira (27) na  Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, o chanceler Ernesto Araújo advertiu que o governo brasileiro está preocupado com os sinais emitidos pelo novo governo argentino em relação à essência do Mercosul. "Se o segundo sócio do Mercosul tem uma visão tão incompatível quanto aquilo que consideramos a essencia do mercosul precisamos pensar nisto", disse.
          O novo governo argentino assume em 10 de dezembro no lugar do atual presidente Maurício Macri. O futuro presidente da Argentina, Alberto Fernández, e a vice-presidente, Cristina Kirchner, foram eleitos em primeiro turno em 27 de outubro.
         "Claro que eles não assumiram [ainda], temos que ver que mensagem eles trarão", acrescentou Ernesto Araújo. O chanceler citou, como sinais que ameaçam a essência do Mercosul, informações vindas da Argentina de que o novo governo quesitonará não só o comércio bilateral com o Brasil como também a extensão do acordo fechado com a União Europeia. Segundo ele, os questionamentos com relação ao comércio bilateral podem ser "intepretados como barreiras intramercosul".
         "Não é que queiramos ter uma relação má com a Argentina, queremos ter a melhor relação possível, é um país irmão, sempre será, independetemente do governo", acrescentou Ernesto Araújo.
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, foi convidado pela Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados para falar hoje sobre a política de divulgação da cultura brasileira no exterior. Ele enumerou projetos visando à projeção de artistas brasileiros no exterior em todos os campos, incluindo música, balé, teatro e artes plásticas.
         Sobre a política externa, o chanceler respondeu a perguntas dos parlamentares sobre as razões de o Brasil se pautar mais pela ideologia do que pela tradicional posição brasileira se ser um ator internacional sempre chamado a mediar conflitos e diferenças de interesses entre as nações. O ministro respondeu que a maior parte dessas críticas é "superficial e raivosa na percepção do que seja a política externa brasileira". Segundo ele, muitas críticas partem da ideia de alinhamento automático do Brasil com os Estados Unidos. "Isso não existe", afirmou. O que existe é uma relação pautada nos interesses brasileiros, acrescentou o ministro.
          Ele disse que as críticas representam uma "insuficiência de compreensão do que é a política externa". Conforme disse, muitos críticos escrevem artigos sem fundamentar adequadamente suas razões, o que representa "insuficiência de preparo intelectual para entender a política externa brasileira, tanto na parte econômica quanto na esfera das convicções mais profundas". Em sua exposição, o chanceler Ernesto Araújo acrescentou que o Brasil quer ter a melhor relação possível com todos os países. "Isso é um princípio basilar", afirmou. (imagem de Buenos Aires)

Mais de 55% dos embarques de cargas perigosas são mal etiquetadas ou manipuladas indevidamente


         Os incêndios no mar paralisaram vários navios cargueiros nos últimos dois anos, e especialistas no campo da segurança dizem que regulamentos complicados e investigações negligentes estão criando um obstáculo para descobrir as causas dos acidentes e tomar medidas para segurança, diz um relatório do WSJ.
          Embora dezenas de incêndios ocorram todos os anos em todos os tipos de navios, incêndios catastróficos em grandes embarcações oceânicas são relativamente raros. O National Cargo Bureau disse que este ano houve nove grandes incêndios em grandes navios de carga, em comparação com o correspondente ao "Maersk Honam" em 2018 e dois incidentes em 2017.
          A partir dessa série de incêndios, o National Cargo Bureau (NCB) desenvolveu um estudo que constatou que grande parte da carga perigosa (MMPP) em navios internacionais foi rotulada incorretamente, manuseada incorretamente, trazendo outros riscos à segurança.
          Nesse sentido, o BCN sugere que existem lacunas significativas na maneira como as mercadorias são manuseadas, da papelada à estiva a bordo. Dessa forma, mais da metade dos contêineres, que foram inspecionados por um ano, não estavam em conformidade com os regulamentos de segurança contra incêndio do setor, informou a entidade.
          A investigação foi iniciada após um incêndio em março de 2018 paralisar o "Maersk Honam", um gigantesco navio porta-contêiner operado por Maerks, custando a vida de cinco de seus 27 tripulantes no Mar Arábico. O terço da frente do navio foi incendiado em um acidente que durou duas semanas.

Ônibus Volskswagen fabricados no Brasil comquistam mercado de Cabo Verde

          Os ônibus Volkswagen conquistaram o Cabo Verde: 10 Volksbus 17.210 acabam de ser entregues para a Sol Atlântico, operadora de transporte público sediada em Praia, capital daquele país, na África. Os veículos têm carroceria Mascarello e juntam-se aos 34 já vendidos àquele cliente, somando uma frota de 44 chassis Volkswagen.
           Henrique Duarte, sócio-gerente da operadora Sol Atlântico, apostou na robustez dos modelos Volkswagen antes mesmo de eles serem vendidos em Cabo Verde. “Soube da qualidade dos modelos e decidi comprar, então entrei em contato diretamente com a fábrica no Brasil, há três anos. Os ônibus Volkswagen vêm apresentando uma performance tão boa que agora precisei ampliar minha frota e decidi novamente comprar Volksbus”, afirma o empresário.
            “São os ônibus mais robustos, com o melhor custo-benefício. A confiabilidade também é item determinante: os modelos rodam em média 200 quilômetros/dia, das 6h30 às 21h30, período dividido em dois turnos de sete horas e meia”, destaca.
            Os caminhões e ônibus produzidos no centro de desenvolvimento da VW Caminhões e Ônibus em Resende (RJ) são referência mundial em robustez e custo-benefício, o que permite conquistar mercados como o de Cabo Verde.
           O Volksbus 17.210 é sucesso em diversos mercados da América Latina e África. Conhecido por seu conforto e dirigibilidade, respalda a confiança na robustez da linha Volksbus com o melhor custo-benefício, além de proporcionar saídas e retomadas adequadas ao anda e para do tráfego urbano.  O 9.150 EOD é outro destaque.

          O chassi é perfeito para micro-ônibus direcionados a trabalhos de alta exigência em trechos urbanos e que precisam aliar força, resistência e agilidade à maior capacidade de transporte de passageiros. Chassi e suspensões reforçadas, freios com maior resistência, maior capacidade de carga dos eixos, entre outros itens, fazem do Volksbus 9.150 EOD o veículo certo para quem precisa de um micro-ônibus com maior capacidade de passageiros.

Santos Brasil investe R$ 1,5 bilhão para ampliar em 20% capacidade de movimentação no Tecon Santos

          A Santos Brasil, quatro anos depois de ter o contrato de arrendamento prorrogado pelo Governo Federal até 2047, começou a acelerar seu projeto de expansão e modernização do cais do Tecon Santos, estimado em R$ 1,5 bilhão. A empresa anunciou que, neste ano, serão investidos R$ 150 milhões e, em 2020, R$ 250 milhões, em obra que ampliará em 20% a capacidade de movimentação do terminal, dos atuais 2 milhões para 2,4 milhões de contêineres.
          A autorização para início das obras foi dada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) em dezembro do ano passado. Com o sinal verde, a empresa - na qual os fundos do Opportunity, de Daniel Dantas, têm 51% de participação - teve condições de se mobilizar para o início das obras. Desta vez, a construtora Axxo foi contratada para levantar o empreendimento que vai demorar dois anos para ser concluído.
          O objetivo é preparar o terminal para receber embarcações de 366 metros de comprimento e 52 metros de largura, como os novos navios Panamax, que conseguem carregar até 14 mil contêineres. Para se adequar às novas embarcações, a Santos Brasil vai ampliar o cais de 980 metros para 1,2 mil metros. Só essa obra possibilitará a atracação simultânea de três novos navios Panamax. Além disso, será necessário fazer o aprofundamento dos berços do terminal de 13,7 metros para 16 metros.
          "Há uma perspectiva grande de mudança no setor com o aumento do tamanho dos navios. Hoje, os terminais buscam ser concentradores de grandes embarcações, que exigem calado maior", diz o consultor Nelson Carlini, ex-presidente da empresa de transporte marítimo CMA CGM. Na avaliação dele, a expansão do Tecon Santos, além de ser uma obrigação, visa fazer frente à concorrência.
          Nos últimos anos, além da crise econômica, a Santos Brasil dividiu a liderança do maior porto do Brasil com a Brasil Terminal Portuário (BTP) - joint venture os grupos APM Terminals e a Terminal Investment Limited (TIL). Além disso, houve a entrada de outro terminal de contêiner importante, que foi a Embraport. "Tudo isso fez com que a dinâmica do porto mudasse", reconhece presidente da Santos Brasil, Antônio Carlos Sepúlveda.
         Segundo ele, durante a crise econômica, a movimentação de contêineres chegou a cair abaixo de 1,3 milhão de contêineres por ano - menos que os 1,7 milhão de 2013. Mas, neste ano, mesmo com uma reação tímida da economia, o terminal deve voltar a crescer. A expectativa é que chegue a 1,8 milhão de contêineres ao fim de 2019. "Por isso, estamos nos preparado para quando a demanda voltar."
          A companhia, além da expansão do cais, aposta no processo de automação do terminal, que já em andamento. Todas as fases da operação, do recebimento das mercadorias ao abastecimento do navio, serão automatizados, afirma o executivo. Sepúlveda disse que a empresa tem recursos em caixa para os próximos investimentos. No primeiro semestre, a companhia fez captação de R$ 300 milhões, o que elevou o caixa para cerca de R$ 500 milhões. "Temos espaço para buscar recursos no mercado, pois nosso nível de endividamento é baixo", afirma ele.
          Para Carlini, apesar do movimento mais fraco do comércio exterior brasileiro, os volumes vão voltar a crescer quando os últimos acordos comerciais firmados forem efetivados. "O setor não está em tempos gloriosos, mas os terminais estão operando com lucro," explicou ele.
          Além da operação portuária, uma das apostas do Santos Brasil é o setor de logística, que já representa 30% de seu faturamento. O grupo começou a atuar no segmento em 2008, quando comprou a empresa de transporte Mesquita. "Hoje temos terminal em Santos, no Guarujá e um centro de distribuição em São Bernardo do Campo", diz Sepúlveda. "Queremos aumentar nosso faturamento com o serviço de logística porta a porta. Em três anos, o objetivo é que a participação alcance 50% das receitas."