quinta-feira, 30 de setembro de 2021

CMA CGM Air Cargo encomenda dois novos Boeing 777 expandindo a divisão aérea da armadora criada em 2020



A companhia de navegação CMA CGM encomendou dois novos aviões cargueiros Boeing 777 Freighters para aumentar as operações da recém criada divisão de carga aérea do Grupo. A armadora francesa lançou a CMA CGM Air Cargo em fevereiro de 2020 e a transação com a fabricante norte-americana de aeronaves faz parte da estratégia de expansão do serviço.

A operação comercial da nova unidade iniciou em março deste ano com seu primeiro voo entre Liège (Bélgica) e Chicago, seguido de voos para Nova York, Atlanta e Dubai. A CMA CGM Air Cargo representa um novo componente importante do Grupo CMA CGM em termos operacionais e comerciais. É também um novo marco no desenvolvimento estratégico do Grupo em logística, explica a empresa;

O Boeing 777 proporcionará à CMA CGM Air Cargo a flexibilidade para operar a aeronave em sua crescente rede de transporte aéreo de mercadorias, ao mesmo tempo em que ajudará a cumprir suas metas de sustentabilidade, já que o Grupo CMA CGM persegue seu compromisso de oferecer a seus clientes uma gama completa de soluções de transporte e logística.

O 777 Freighter é a aeronave de carga bimotora maior, de maior alcance e mais capaz do mundo. Com um alcance de 9.200 quilômetros, o 777 Freighter pode transportar uma carga útil máxima de 102 toneladas, permitindo que a CMA CGM Air Cargo faça menos paradas e reduza as taxas de pouso em rotas de longo curso.

O 777 Freighter é o avião de carga da Boeing mais vendido de todos os tempos. Clientes em todo o mundo encomendaram 272 777 cargueiros desde o início do programa em 2005. Líder no mercado de aeronaves de carga, a Boeing fornece mais de 90% da capacidade mundial de aeronaves de carga, incluindo novas aeronaves de produção e comerciais.

 

Porto argentino de Rosario limita capacidade de carga dos navios por causa do calado no rio Paraná

A calha do rio Paraná, principalmente no trecho Timbúes-Oceano, tem limitado a capacidade de carga das embarcações que navegam nas águas do rio, obrigando ao desvio da carga para outros portos. Esta situação teve um impacto particularmente forte nas exportações argentinas e reduziu os preços dos principais subprodutos do complexo soja e milho, informou a Bolsa de Valores de Rosário (BCR).

Nesse sentido, os maiores custos logísticos para levar os produtos dos portos até a orla do Paraná impactam nos preços de exportação de origem Gran Rosário, ampliando o diferencial com a carga brasileira. O diferencial entre o FOB Paranaguá e o FOB Rio Up / Rosário para o farelo de soja está atualmente no seu pior diferencial de preço FOB desde 2013.

Com mais de 25 milhões de toneladas de subprodutos do complexo soja já embarcadas neste ano, estima-se um prejuízo de mais de US $ 620 milhões com esses embarques do Rio Up.

Diante dessas condições, as exportações de farelo e óleo de soja estão sendo escoadas a preços que limitam a entrada de dólares para a Argentina, dada a menor competitividade de seus produtos argentinos e as graves dificuldades de logística portuária devido ao baixo fluxo do Paraná. -Hidrovia do Paraguai perto de Rosário.

 

Magic Ny, em Nova Iorque, deve gerar mais de US$ 620 mil em negócios para calçadistas brasileiros

A retomada dos eventos físicos no mercado norte-americano vem trazendo bons resultados para as calçadistas brasileiras. Entre os dias 19 e 21 de setembro, a MAGIC NY, em Nova Iorque, deve gerar mais de US$ 620 mil entre negócios efetivados e alinhavados na mostra. A participação de três marcas verde-amarelas foi viabilizada pelo Brazilian Footwear, programa de apoio às exportações de calçados mantido pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).  

A analista de Promoção Comercial da Abicalçados, Ruisa Scheffel, comemora a consolidação da retomada dos eventos físicos em um dos maiores mercados do mundo, que consumiu 1,7 bilhão de pares de calçados no ano passado. Para o Brasil, é o maior mercado internacional e está em crescimento em 2021. Após ter sofrido muito durante a pandemia do novo coronavírus, os Estados Unidos voltaram com apetite ao mercado. Entre janeiro e agosto deste ano, os norte-americanos importaram 9 milhões de pares verde-amarelos, que geraram US$ 133 milhões, expressivos incrementos de 55% em volume e de 40% em receita na relação com igual período do ano passado. “Além da questão do reconhecimento do calçado brasileiro, em atributos de qualidade, o preço do nosso produto também está mais competitivo
em função do câmbio atual”, avalia.  

Conforme relatório da Abicalçados, na MAGIC NY foram realizados quase 200 contatos com compradores de redes norte-americanas. “As marcas reportaram negócios acima do esperado. O mercado norte-americano está retomando com força e animando a indústria brasileira”, comemora.   

Patrícia Pimentel, representante da Ferrucci nos Estados Unidos, destaca que foram gerados contatos relevantes no evento, com destaque para a abertura de negociações com três grandes redes de lojas norte-americanas. “Não foi uma grande feira em termos de estrutura, o que acabou sendo positivo para a visibilidade das marcas brasileiras. Além disso, a visitação, embora não tão expressiva, estava mais focada em negócios. Quem veio, não veio a passeio, veio para comprar”, avalia.  

A representante da Carrano nos Estados Unidos, Nilsara Piereck, avalia que existe um crescimento do mercado norte-americano para calçados, o que vem se refletindo nas feiras locais. “Temos notado uma procura cada vez maior por produtos que aliam moda e qualidade,  com os quais os brasileiros se destacam”, comenta. Além da Ferrucci e da Carrano, participaram da mostra, com o apoio do Brazilian Footwear, a marca Schutz. 


Pier de Granéis Líquidos de Suape será requalificado para ampliar movimentação de cargas

O Píer de Granéis Líquidos 2 (PGL-2) do Porto de Suape, localizado em Ipojuca, na Grande Recife, terá sua estrutura requalificada para dinamizar seu funcionamento e ampliar a movimentação de carga. As obras serão tocadas com recursos próprios da estatal portuária e deverão começar na segunda quinzena de outubro. O custo da intervenção é de R$ 7 milhões. Além de recuperação estrutural, as mudanças possibilitarão ao píer receber navios maiores.

Atualmente, o píer suporta embarcações de até 90 mil toneladas de porte bruto (tpb). No entanto, após a conclusão dos serviços, poderá receber embarcações de até 120 mil tpb. Essa é mais uma das ações de modernização do atracadouro, que vem investindo, ao longo deste ano, R$ 55 milhões na reestruturação dos píeres, cais e outras estruturas do Porto Organizado. Em 2020, foram aplicados R$ 16,7 milhões em obras.

“Estamos trabalhando para melhorar a nossa estrutura portuária com o propósito de receber navios de grande porte e, dessa forma, nos tornarmos mais competitivos nos cenários nacional e internacional. Suape é líder no país na movimentação de granéis líquidos, o que o torna também um dos principais atracadouros de cabotagem do Brasil. Com todos esses investimentos, vamos incrementar ainda mais a movimentação de cargas”, destaca o diretor-presidente da empresa, Roberto Gusmão.

O PGL-2, que movimenta diversos produtos químicos, como combustíveis e outros derivados de petróleo, está localizado no porto organizado e é um dos píeres mais utilizados para atracação de navios. Para o diretor de Engenharia de Suape, Claudio Valença, essas intervenções são fundamentais para dinamizar o funcionamento do porto. “Estamos sempre estudando novas possibilidades de melhoria, incorporando equipamentos de última geração, para agregar agilidade e eficiência às atividades portuárias. O resultado, tenho certeza, será muito satisfatório,” ressalta.

As operações portuárias ocorrem no Porto Externo, local que abriga quatro píeres de granéis líquidos (PGL-1, PGL-2, PGL-3A e PGL-3B), um Cais de Múltiplos Usos (CMU) e uma tancagem flutuante de GLP (gás de cozinha). No Porto Interno, há cinco berços de atracação (Cais 1, Cais 2, Cais 3, Cais 4 e Cais 5) que operam todo tipo de produto, como carga geral, contêineres, granéis sólidos, veículos etc.

 

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Porto de Montevidéu está praticamente parado devido à greve de trabalhadores nos terminais Montecon e TCP


Trabalhadores portuários das empresas Katoen Natie e Montecon estão em greve desde 27 de setembro, medida que se estenderá até quinta-feira, às 11h (local), responde por dois motivos: Um é a falta de acordo para renovação do grupo conveniado da TCP trabalhadores que negociam há vários meses com a Katoen Natie (operadora TCP). E a outra é a rejeição da prorrogação da Concessão do TCP por 50 anos - de 2031 a 20181 - acordada entre o Governo do Uruguai e a Katoen Natie.

Em detalhes, o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores Portuários (Supra), Álvaro Reinaldo, explicou que o sindicato exige o aumento do salário mínimo que cada trabalhador cumpre. Diante deste pedido, a empresa propõe um aumento no item extraordinário, solução que rejeita.

Por outro lado, um acordo é negociado em mesa do MTSS para que os trabalhadores que possam ser demitidos da Montecon por redução de atividade sejam absorvidos pela Katoen Natie. “Em um contexto geral, rejeitamos o acordo e os decretos que dão prioridade ao docking do TCP e que deixam seu concorrente, a Montecon, praticamente sem emprego. Estamos falando de 400 funcionários diretos e 300 terceirizados. Reestruturar ou literalmente terá que fechar ", disse Reinaldo.

Além disso, Reinaldo informou que não houve acordo quanto à cláusula de paz (fim do conflito).

A suspensão das atividades significa que a movimentação de carga e descarga de contêineres no porto de Montevidéu fica completamente paralisada e não há operação com nenhum tipo de carga. Apenas uma guarda especial mínima foi estabelecida para controlar os contêineres com produtos refrigerados.