quinta-feira, 18 de junho de 2015

AEB reduz estimativa de superávit para este ano de US$ 8 bilhões para US$ 5 bilhões

       A queda acentuada dos preços de commodities e a desaceleração das importações deterioraram as expectativas da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) para o comércio exterior brasileiro em 2015. Nesta quinta-feira (18) o presidente da entidade, José Augusto de Castro, estimou um superávit de US$ 5 bilhões para a balança comercial no ano, contra uma previsão inicial de US$ 8 bilhões. 

       Segundo ele, a expectativa dos exportadores é que o Plano Nacional de Exportações (PNE), que deverá ser lançado pelo governo no dia 24 eleve em R$ 1 bilhão o orçamento do Programa de Financiamento à Exportação (Proex) no ano. Castro explicou que o número da AEB para o saldo da balança pode até ser revisado para cima, mas que se isso ocorrer será pelo recuo ainda maior das importações, um reflexo do desaquecimento da economia.

       Pelos cálculos da AEB, a corrente de comércio (soma de importações e exportações) do País ficará abaixo de US$ 400 bilhões, uma queda de mais de 10% ante o ano passado e o menor valor desde os US$ 383 bilhões atingidos em 2010. A revisão oficial dos dados da AEB será divulgada em julho.

       O Brasil fechou o ano passado com um déficit comercial de US$ 3 9 bilhões, dado que, na avaliação de Castro, assustou o governo e impulsionou o desenho do PNE, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Castro deixou clara a apreensão do setor com a atuação do Ministério da Fazenda.

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