segunda-feira, 22 de junho de 2015

Primeiro-ministro do Japão pede revolução da produtividade entre as pequenas empresas do país

       O governo do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, pediu uma "revolução da produtividade" entre as pequenas empresas, como parte de sua iniciativa para tentar produzir mudanças estruturais no Japão, mas o plano não inclui grandes passos. Desde sua posse em dezembro de 2012, Abe divulgou passos a cada verão local, como parte de sua "terceira frente" de mudanças, aquelas envolvendo a estrutura da economia. As outras duas frentes são o afrouxamento monetário e o estímulo fiscal.

       O plano do ano passado incluía um corte nos impostos sobre empresas que agradou os investidores estrangeiros. As medidas deste ano, mais modestas, incluíam dobrar o número de trabalhadores estrangeiros do setor de tecnologia da informação no Japão, para 60 mil, por volta de 2020. "Nenhuma das medidas deve em si produzir um grande impacto no Produto Interno Bruto (PIB)", disse Takashi Shiono, economista do Credit Suisse em Tóquio. "Mas promover o uso da tecnologia da informação e aumentar a produtividade entre as pequenas empresas é certamente uma coisa necessária a se fazer." Abe diz que elevar a receita com impostos é a melhor maneira de reduzir o grande déficit orçamentário japonês.

       Analistas estrangeiros disseram que, ainda que as grandes empresas japonesas do setor industrial sejam muito eficientes, aquelas do setor de serviços, que representam 70% da economia nacional, tendem a ficar para trás nesse quesito. "É muito difícil impulsionar a economia se 70% dela não está crescendo", disse Randall Jones, chefe do escritório de Japão da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). As novas medidas do governo incluem mais ações do governo para ajudar estudantes estrangeiros no Japão a conseguir empregos no país, após medidas anteriores para fortalecer a participação das mulheres na força de trabalho.

       Os estrangeiros também terão mais facilidade de trabalhar no setor turístico, que cresce bastante no país. Atualmente, para ser qualificados os estrangeiros têm de passar por uma prova sobre a história japonesa. O teste será eliminado, contanto que os candidatos tenham conhecimento sobre a região na qual eles querem atuar como guias.

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