sábado, 30 de abril de 2016

Temer promete a representantes do agronegócio rever desapropriações de terra determinadas por Dilma, se assumir a presidência

         O vice-presidente Michel Temer (PMDB) assegurou a representantes do agronegócio que vai rever as recentes medidas do governo ligadas a desapropriações de áreas para a reforma agrária de demarcação de terras indígenas, caso venha a assumir a presidência da República. O compromisso foi dado depois de ele ter sido alertado pela Frente Parlamentar do Agronegócio, durante reunião no Palácio do Jaburu, em Brasília (DF).
         Parlamentares ligados a Temer comemoraram a posição do vice, mas manifestaram receio com a pressão do PT para que o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) aumente as invasões por todo o Brasil. O coordenador da organização, Alexandre Conceição, disse que os movimentos populares estão se articulando para "paralisar o país". O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, procurado por peemedebistas, garantiu que "tudo está sendo acompanhado pelo governo".
         A preocupação dos empresários do agronegócio cresceu a partir do início de abril, quando a presidente Dilma Rousseff intensificou as medidas visando a garantir o reconhecimento fundiário a indígenas, quilombolas e pequenos agricultores. Nos últimos dez dias ela assinou atos reconhecendo pelo menos cinco comunidades quilombolas em diversas regiões do país.
        O governo, que pode desocupar o Palácio do Planalto no dia 11 de maio, caso o Senado aprove o pedido de investigação de Dilma por crime de responsabilidade fiscal, também aprovou outras etapas importantes do processo de legalização fundiária. Além disso, chancelou estudos de delimitação de quatro terras indígenas e homologou uma área no Pará destinada ao povo Arara. Somente no dia 1º de abril, a presidente assinou 21 decretos para a desapropriação de 56 mil hectares de terra.
        

Ecoporto Transportes encerrará as atividades devido à crise e redução dos serviços

         A Ecoporto Transportes, subsidiária da EcoRodovias responsável pelo transporte de contêineres do braço portuário do grupo no porto de Santos (SP), vai encerrar as atividades devido à crise econômica e redução da demanda de serviços. A empresa vai demitir os 140 funcionários até setembro. Há meses o Ecoporto Santos, o terminal de cais do grupo, está sem serviço de navegação regular, atendendo apenas escalas pontuais de carga de projeto.         
         Em nota, a companhia disse que tem se esforçado para minimizar os reflexos da crise econômica e que a medida é necessária "para a manutenção dos demais postos de trabalho das empresas do grupo Ecoporto Santos", segmento portuário da EcoRodovias que recebe o mesmo nome do terminal de cais e é composto ainda por um terminal alfandegado, também em Santos. 
         O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Santos e região informou que os motoristas irão acampar no pátio da empresa hoje. "Vamos discutir na Justiça se não existe mesmo carga. Por lei, o terminal não pode continuar com serviço de transporte via cooperativa ou empresa terceirizada", disse o vice-presidente do sindicato, José Alberto Simões.
         O Ecoporto é um dos seis terminais de contêineres do porto de Santos e, como outros, vem sofrendo perda de volumes. Em 2015 a movimentação no cais do terminal caiu 55,4% sobre 2014, para 103,8 mil contêineres. Economia fraca, competição acirrada - com a entrada em 2013 da BTP e Embraport - e a nova ordem da navegação mundial esvaziaram os terminais de médio e pequeno portes no Brasil. Cada vez mais os armadores se associam em grandes consórcios que escalam poucos terminais: apenas os maiores, que conseguem receber as grandes embarcações, uma tendência da armação para reduzir o custo operacional.
         A média de armadores nos serviços que escalam o Brasil aumentou entre 2010 e 2015, mas o número de serviços caiu, o que mostra a tendência de concentração das linhas em consórcios. Em 2012, quando a EcoRodovias comprou o terminal, a instalação respondia por cerca de 16% da movimentação de contêineres do cais santista. No acumulado do ano até março a fatia estava em 1%. Hoje, quem realmente disputa o mercado de contêineres em Santos são os três maiores terminais, Tecon Santos, com 38%; BTP, com 33%; e Embraport, com 21%. A fatia da Libra Terminais vem caindo e está em 7%, assim como a da Rodrimar, com 0,003%.
         A EcoRodovias pagou 8,3 vezes o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do terminal, o equivalente a R$ 1,3 bilhão, por um ativo que já em 2012 era considerado pequeno para o novo padrão de instalações de contêineres. Em 2015 o Ebitda do Ecoporto foi negativo em R$ 3,6 milhões e a empresa teve prejuízo de R$ 100 milhões.

Porto de Paranaguá realiza primeiro embarque de celulose da nova fábrica da Klabin

         O Porto de Paranaguá finalizou neste sábado o primeiro embarque de celulose produzida na nova fábrica da Klabin em Ortigueira (PR). Foram carregadas 26 mil toneladas do produto no navio Tanchou Arrow. A carga seguiu para a China.
          As operações da empresa por Paranaguá devem movimentar 900 mil toneladas ao ano, de um total de 1,5 milhão de toneladas que serão produzidas anualmente. “A Klabin fez um dos maiores investimentos privados da história do Paraná, com a sua unidade em Ortigueira, e agora este ciclo virtuoso começa a se espalhar pelo restante do estado, gerando emprego e renda para os trabalhadores de Paranaguá também”, afirmou secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, José Richa Filho.
          Cerca de 90% da produção de celulose da fábrica de Ortigueira já está e nas próximas semanas um armazém da empresa passará a funcionar em Paranaguá para dar suporte à operação de exportação. Para maio e junho já estão programados mais quatro navios, totalizando 70 mil toneladas. Depois, a previsão é que sejam movimentadas 75 mil toneladas por mês.
          “Hoje temos uma estrutura pronta para atender a movimentação deste tipo de produto. Nossos investimentos em manutenção do calado também foram essenciais para garantir o escoamento de quase 1 milhão de toneladas de celulose da produção da empresa”, garantiu o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino.
          Resultado de um investimento de R$ 8,5 bilhões, a unidade industrial entrou em operação no início de março e gerou novos empregos, aumentou a arrecadação do município e fomentou novos negócios para os setores do comércio e serviços. A fábrica conta com 1,4 mil empregos diretos e indiretos.
          Do total da produção, 1,1 milhão de toneladas serão de celulose branqueada de fibra curta (eucalipto) e 400 mil toneladas de celulose branqueada de fibra longa (pinus). De acordo com a empresa, a área florestal que fornece madeira para a nova fábrica está a 72 km, o que garante a competitividade e o baixo custo do transporte de madeira.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Dólar cai ante o real nesta sexta, apesar da volta dos leilões cambiais do Bacen

         O dólar caiu ante o real na manhã desta sexta-feira (29), apesar da volta do Banco Central com leilões cambiais, influenciado pela fraqueza da moeda no exterior. A disputa pela formação da Ptax do mês, por sua vez, adicionou volatilidade e ajuda na queda via pressão dos vendidos em contratos cambiais. Às 9h43min, o dólar à vista caía 0,31%, a R$ 3,4813 e o dólar para maio perdia 0,24%, a R$ 3,4820.
         As atenções agora estão no início da sessão da Comissão Especial do Impeachment no Senado, que ouve os ministros que farão a defesa da presidente da República, Dilma Rousseff. O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa (foto), falou no início da manhã. Depois se manifestaram a ministra da Agricultura, Kátia Abreu (que é do PMDB, mas contrariou a decisão do partido de abandonar o cargo), e o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo.
         Os investidores enfrentaram ainda dados mistos divulgados nos Estados Unidos. Os gastos com consumo subiram 0,1% em março ante fevereiro, abaixo da expectativa dos analistas consultados pela Dow Jones Newswires, de +0,2%. A renda pessoal subiu 0,40% em março, na margem, acima da previsão de 0,30%. O núcleo do índice de preços do PCE também subiu 0,10, em linha com o previsto.

Indefinição na indicação do novo diretor-geral da Antaq preocupa o setor portuário

         A escolha do ex-senador Luiz Otávio Campos para o cargo na diretoria da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), provocou impasse dentro e fora da agência. A Aner (Associação Nacional dos Servidores Efetivos de Agências Reguladoras Federais) contestou a indicação argumentando “que a lei é clara ao determinar que os diretores não podem ter participado do conselho fiscal de empresa nos doze meses anteriores ao da nomeação”. 
         "Uma das saídas seria a escolha de um dos dois diretores já empossados para assumir o cargo de diretor geral pelo menos para ter condições de tomar iniciativas necessárias para fazer a comissão funcionar”. O problema é que Campos, cuja nomeação para o cargo tem como relator Wellington Fagundes, integra o conselho fiscal da CDRJ (Companhia Docas do Estado do Rio de Janeiro), estatal regulada pela Antaq.
         O relator da indicação advertiu que funcionários da Antaq estão preocupados com a indefinição. “A cobrança por parte dos funcionários é muito grande. A Antaq não pode ficar só com dois diretores. Não tem voto de minerva. A agência está praticamente acéfala”, disse Fagundes. O cargo está vago desde fevereiro quando expirou o mandato de Mário Povia.
         Aderindo à inquietação, Fagundes alertou ainda que a indefinição na nomeação de um novo diretor-geral para a agência tem atrapalhado a análise de processos e tomadas de decisão no órgão. Citou as licitações que estão previstas para os próximos meses: os leilões e concessões de terminais portuários do chamado Arco Norte, aposta do agronegócio para levar os grãos produzidos no interior do país aos portos do Amazonas, Pará, Maranhão e Bahia.
         Senador entre 1999 e 2007, Luiz Otávio foi indicado no início de abril para substituir Mario Povia na direção-geral da Antaq. A Aner, na oportunidade, sugeria a recondução de Povia ao cargo. Além do diretor-geral, a Antaq conta com mais dois diretores, que hoje são Fernando Fonseca e Adalberto Tokarski.
         O presidente da CI, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), e o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), tentam encontrar uma solução para o problema. “Temos mantido diálogo tanto com o ministro dos Transportes como também com a Casa Civil para construir uma saída enquanto aqui na comissão a gente constrói o ambiente para ter um desfecho para esse processo”, destacou Alves.

Maersk Line lança linha direta pioneira do norte da Europa para Cuba

         A Maersk Line decidiu aproveitar o fim das sanções dos Estados Unidos à Cuba e lançou um serviço direto para o país. A viagem pioneira foi realizada pelo navio ER Cape Town, de 22.556 teus, que escalou no porto de Mariel, distante 50 Km da capital cubana Havana, no sentido oeste, no final da semana passada.
         A escala em Cuba é parte de um ajuste rotacional da armadora dinamarquesa para o serviço de cargas refrigeradas que liga o norte da Europa à América Latina e ao Caribe. Partindo do porto irlandês de Cork, o serviço CRX, no sentido sul, escalou em Tilbury, Rotterdam e Bremerhaven, no norte da Europa, antes de cruzar o Atlântico e chegar a Mariel, de onde sai para as escalas da América Central nos portos de Big Creek, Belize, e Manzanillo, Panama. A rota ainda é complementada por um outro feeder service seminal que vai de Mariel a Santiago, no sudeste de Cuba.
         “O lançamento de nosso primeiro serviço autônomo direto entre Cuba e o Norte da Europa marca a dedicação da empresa em ajudar os nossos clientes a atingir seus mercados, fomentando o desenvolvimento econômico da indústria" afirmou o presidente da Maersk Line para a América Latina, Omar Shamsie, ao Lloyd’s List. “Estamos bastante satisfeitos com o desenrolar desse serviço, que também reflete o nosso comprometimento com o mercado”, avaliou.
         No início de abril, a Maersk Line também havia lançado, por meio de sua subsidiária Seago Line, um novo serviço ligando Dublin e Liverpool ao hub de transbordo de Algeciras, na Espanha. Esse é o primeiro serviço direto para a capital irlandesa em mais de uma década.

Advogado diz que mercado apertado torna vital cláusulas de ressarcimento nos seguros marítimos




         O advogado Christian Smera analisou as normas e regras do direito marítimo internacional em palestra no encontro mensal do CIST (Clube Internacional de Seguro de Transportes). À plateia, formada por profissionais de seguros de transportes, entre seguradores, corretores de seguros e prestadores de serviços, ele apresentou casos de sinistros envolvendo navios de transporte e comentou particularidades dos contratos brasileiros e internacionais.
          “Em maior ou menor medida, todos que estão aqui entendem um pouco de normas e regras do direito marítimo internacional, avaria grossa etc. Existe uma beleza em trabalhar neste ramo por envolver tantos e tão ricos universos. E nesse setor, os estrangeiros nos veem com muita competência, proficiência e expertise”, ponderou o jurista, que é especialista em Direito Marítimo Internacional.
          O primeiro caso examinado foi a colisão de dois navios porta-contêineres ocorrida na Malásia em 28 de outubro de 2014, que chamou a atenção para a importância do seguro de transporte internacional. O acidente ocorreu em manobra de entrada do navio San Felipe no Porto de Klang, quando colidiu com o navio Al Riffa, que se encontrava atracado e operando.
         “Era a viagem inaugural de um navio maravilhoso, de última geração, transportador de 10 mil containers de 20 pés. Foi um erro de manobra. Teoricamente, um comandante de navio deveria ter experiência, mas pelas estatísticas, em 2006 existiam 4600 navios porta-contêineres no mundo, hoje, 10 anos depois, existem 28 mil. Onde foram formados esses 22 mil comandantes? É bastante complicado, não temos mais uma Escola de Sagres, os navios não são mais caravelas, são ‘monstros’ com uma série de dispositivos que ajudam na navegação, mas que precisam de um comandante”, avaliou Smera.
         Na batida, os contêineres com carga perigosa explodiram deixando 140 contêineres perdidos, quase todos destinados ao mercado brasileiro. O outro navio, que era maior ainda, também teve uma perda significativa, detalhou o advogado. “A regulação do sinistro no Brasil funciona da seguinte forma: o transportador recebeu a carga, tem dever de incolumidade, principio jurídico reparatório da estrita responsabilidade civil – o transportador errou, ele paga, a não ser que invoque excludentes. Só que a regra no exterior é oposta à nossa: quem nomeia o comandante do navio não é apenas o dono do casco, não apenas a empresa que explora a armação comercial do navio, mas o embarcador também. Quando entrega a carga você está nomeando-o seu preposto e dividindo o risco. E o que é combinado não é caro, está no contrato firmado por eles”, ensinou.
         “A diferença desse contrato é que o conhecimento marítimo é rigorosamente nulo no Brasil, é um contrato de imposição. O direito brasileiro afasta este tipo de contrato. Essa dicotomia entre países pode gerar dúvidas, discussões e processos”, esclareceu.
          Segundo o advogado, em um mercado apertado com a crise, as cláusulas de ressarcimento passam a ser vitais. “É preciso ter equilíbrio atuarial do seguro, não só pagar nem só receber, principalmente numa catástrofe como essa”, defendeu.
           Smera citou um caso, como o de maior repercussão nos últimos tempos. “A maior avaria grossa da história”. O grave acidente de navegação ocorreu no dia 25 de abril de 2015, envolvendo o navio Maersk Londrina, um porta-contêiners que faz a linha regular entre portos asiáticos e brasileiros, após escala em Tanjung Pelepas, na Malásia, com destino aos portos de Santos. O navio sofreu explosão seguida de incêndio no interior do porão nº 7 quando estava em trânsito no Oceano Índico, a cerca de 1.300 quilômetros das Ilhas Maurício. O comando de bordo solicitou assistência de salvamento à empresa Svitzer, sendo rebocado até Port Louis, nas Ilhas Maurício, onde houve o resfriamento e prosseguimento ao combate ao incêndio, contou.
         “Toda conduta onerosa, ou seja, tudo o que o comandante da embarcação gasta e sacrifica para salvar um navio em sinistro, com carga e combustível dele, tem o direito de repartir este custo. Se o sacrifício envolve jogar a carga para a água, o que se chama de alijamento, a carga que foi alijada para que o navio fosse salvo será paga por todo o condomínio (navio, carga, combustível)”, explicou.
         “O comprador fez uma encomenda de desinfetante da China, e que quem vendeu entregou uma mistura de hipoclorito de cálcio, absolutamente explosiva, que explode se estiver a mais de 55°. De modo a economizar em tarifa de frente porque carga perigosa é cobrada mais, embarcou como desinfetante. E houve o enorme azar de a equipe armazenar do lado da sala de máquina e das serpentinas de vapor. Foram perdidos 340 containers do mercado brasileiro, mais ou menos US$ 11 milhões”, relatou.
          “O armador do Maersk Londrina teve que contratar uma série de rebocadores para fazer o esfriamento, toda a assistência dada a esse navio no sentido de conter o incêndio entra na conta de rateio da avaria grossa. Como o navio estava afundando, prestes a explodir inteiro, o comandante resolveu alagar o porão, e quando encheu de água, o que não estava queimado ficou molhado. O que queimou é acidente, mas o que molhou é voluntario, é sacrifício, então é avaria grossa”, analisou.
         Outro caso apresentado foi o do navio Feeder, da libanesa Haidar, que tombou no cais do porto de Vila do Conde, em Barcarena, nordeste do Pará, carregando cerca de 5 mil bois vivos, no dia 06 de outubro de 2015.“O Feeder é um pequeno navio transportador de contêineres que foi transformado em um navio gaiola para transportar bois. Anualmente o Brasil exporta cerca de 8 milhões de gado vivo para a Venezuela e o Pará virou um grande pasto para isso. A carga é distribuída perfeitamente em gaiolas, mas o navio começou a adernar súbita e inexplicavelmente, e o navio virou.
          No mundo inteiro se qualquer carga viva falece não é responsabilidade do armador, isso é tido como um risco inerente, não existe culpabilidade nem ressarcimento. Se embarcou no navio está ciente que pode morrer. Exceto no Brasil, porque aqui se o transportador perder uma carga, seja uma máquina ou um boi, vai ter que pagar”, salientou.
          “A seguradora brasileira, neste sinistro, fica numa situação diferente. Além da diferença de regras entre os países, no momento do tombamento ainda não sido emitido o contrato de transporte, pois faltavam entrar 20 bois no navio e o contrato de transporte marítimo no Brasil é emitido quando o último ‘passageiro’ entra. Então a seguradora não estava implicada em qualquer norma. Mas isso vai dar uma disputa jurídica grande. Será que o subscritor desse risco sabia que em caso de sinistro envolvendo os bois não haveria o ressarcimento? Duvido e isso faz toda a diferença”, questionou.
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quinta-feira, 28 de abril de 2016

Movimentação de contêineres caiu 3,3% em 2015, menos que os 30% esperados


          O presidente da Abratec (Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres), Sérgio Salomão (foto), disse que a movimentação de contêineres nos portos brasileiros caiu 3,3% em 2015. O resultado foi melhor do que o esperado, já que a entidade projetava queda entre 25% e 30%, ressalvou. "A alta das exportações compensou um pouco a diminuição nas importações", explicou ele.
         No porto de Itajaí (SC), o fluxo caiu 12% no ano passado e 2% no primeiro trimestre de 2016. A retração foi generalizada, lamentou o superintendente, Antônio Ayres. "As exportações também diminuíram,"acrescentou,
          A redução total, de 202 mil unidades, foi puxada principalmente pelos portos de Itajaí, Manaus e Rio de Janeiro. Em terminais como os de Porto Velho (RO) e de Itaqui (MA), as quedas percentuais foram drásticas –79,3% e 64,2%, respectivamente.
         "Hoje, estamos mais voltados ao mercado de grãos, mas projetos em andamento devem ampliar a estrutura para contêineres", revelou Ted Lago, presidente da Emap, empresa responsável pelo porto de Itaqui.
         Entre os 19 locais analisados pela Abratec, seis tiveram resultado positivo. O porto de Santos foi o principal deles. "Fatores como a alta das exportações de soja, a volta da hidrovia Tietê-­Paraná e o fortalecimento da cabotagem contribuíram para o desempenho positivo", destacou o presidente da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), Alex Oliva.
         No terminal de Paranaguá, a alta foi atribuída a melhorias no acesso ferroviário e de caminhões, afirmou Luiz Dividino, diretor-­presidente da Appa, que administra o  complexo paranaense. Neste ano, serão investidos R$ 30 milhões para melhorar o acesso ao local, adiantou Dividino. As obras devem ficar prontas em 2017, prometeu o dirigente.

Banco Central volta ao mercado nesta sexta com leilões de linha e de swap cambial reverso

         O Banco Central anunciou que, após quatro dias sem entrar no mercado, retorna nesta sexta-feira, 29, com dois tipos de leilões: de linha e de swap cambial reverso. O de swap cambial reverso - cujo efeito é equivalente à compra de dólares no mercado futuro - foi marcado para ocorrer das 9h30 às 9h40.
         A instituição ofertará 20 mil contratos com três vencimentos (US$ 1 bilhão), todos este ano: 1º de agosto, 1º de setembro e 3 de outubro. O resultado será divulgado a partir das 9h50.
        Em relação aos leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra), o BC fará duas operações, no valor total de até US$ 2 bilhões. A primeira será das 15h15 às 15h20 e a segunda das 15h30 às 15h35.
       Os negócios terão como referência a Ptax do fechamento do dia e as operações serão liquidadas em 3 de maio, terça-feira da semana que vem. No caso do leilão A, a data de liquidação é 2 de agosto e, no leilão B, 2 de setembro de 2016. De acordo com a assessoria de imprensa do BC, este leilão será para rolagem parcial de vencimentos.

Maiores bancos da China reduzem dinheiro em reserva para cobrir inadimplência por causa da desaceleração econômica

          Os maiores bancos da China, diante de um quadro de desaceleração no crescimento econômico do país, têm reduzido a quantidade de dinheiro que deixam como reserva para cobrir empréstimos inadimplentes. A estratégia, porém, representa novos riscos para as instituições.
         O lucro divulgado pelos maiores bancos nesta semana para o primeiro trimestre mostrou uma leve alta na comparação com igual período do ano passado. Mais liquidez do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) e uma recuperação impulsionada por estímulos encorajaram bancos a realizar mais empréstimos.
         O Industrial & Commercial Bank of China afirmou nesta quinta-feira que seu lucro aumentou 0,6% no primeiro trimestre, na comparação com igual período do ano passado, para cerca de 74,8 bilhões de yuans (US$ 11,5 bilhões). Mais cedo nesta semana, o Bank of China afirmou que teve um aumento de 1,7% em seu lucro, uma reação, ainda que modesta, para um banco que no terceiro trimestre do ano passado teve queda de 1,5% no lucro, seu primeiro declínio em cinco anos.
         Os bancos continuaram a reduzir o montante de suas reservas para lidar com os empréstimos inadimplentes, como têm feito nos últimos anos. Mas pela primeira vez o nível recuou para abaixo do mínimo de 150% do montante de empréstimos inadimplentes que o governo exige que os bancos mantenham para salvaguardar sua capacidade de lidar com perdas.
         O ICBC, maior banco do mundo em ativos, informou em relatório que sua taxa desse colchão ficou em 141%. O Bank of China, quarto do país, disse que reduziu essa provisão para 149% no primeiro trimestre, de 153% no fim de 2015. A Comissão Regulatória Bancária da China não emitiu uma diretriz sobre o assunto nem respondeu aos pedidos de entrevista. Os bancos têm feito lobby com reguladores há meses para reduzir esse montante exigido, a fim de liberar mais caixa e elevar os lucros.
         O Bank of China disse em e-mail que reduziu o montante porque está acelerando a execução de empréstimos inadimplentes. Qualquer aparente afrouxamento nessa política, segundo analistas, parece algo pontual. O China Merchants Bank Corp., sexto maior banco do país, disse que sua taxa de cobertura estava em 183,3% no primeiro trimestre, acima dos 179% do fim de 2015.
        Um relaxamento na exigência de dinheiro guardado para lidar com empréstimos inadimplentes poderia ser um impulso para os lucros dos maiores bancos. "Isso ajudaria a lucratividade no curto prazo", disse Jonas Short, analista do banco de investimentos North Square Blue Oak. "No longo prazo, porém, isso realmente cria um risco sistêmico, porque cria um risco moral", acredita.
        O PBoC acrescentou 6,6 trilhões de yuans em crédito para o sistema financeiro no primeiro trimestre. Analistas dizem que o banco central busca um equilíbrio entre fornecer liquidez suficiente para impulsionar os empréstimos, sem fazer com que os empréstimos cresçam em um ritmo demasiado rápido.
        Segundo o analista sênior Wei Hou, da Bernstein Research, os maiores bancos estatais responderam à política com crescimento contido nos empréstimos. "Eles estão se mostrando mais cautelosos e seletivos nos empréstimos a clientes, especialmente em seu negócio bancário corporativo", disse ele. (imagem: Centro Financeiro de Xangai)

Fortes ressacas no Porto de Santos permanecem até o final de semana e já impediram a saída de 12 navios e a atracação de 7

         A Capitania dos Portos, por medida de segurança, manteve a suspensão da movimentação de navios no canal de acesso ao complexo portuário santista, determinada na quarta-feira, quando a ressaca do mar destruiu cerca de 50 metros das tradicionais muretas na Ponta da Praia, em Santos, com picos de ondas de quatro metros. Nesta quinta-feira, o mar seguiu agitado em toda a região. 
         Na quarta-feira, em razão do avanço do mar, a balsa que faz o transporte de veículos entre Santos e Guarujá chegou a ficar paralisada por 4 horas, mas nesta quinta-feira voltou a operar, com cinco embarcações funcionando e 15 minutos de espera para embarcar do lado de Santos e 20 em Guarujá. O tráfego de veículos na Ponta da Praia também foi interditado e segue com bloqueios. 
         O canal do Porto de Santos completou, nesta quinta-feira (28), 24 horas de paralisação. De acordo com a Praticagem, neste período, 12 embarcações não puderam sair do Porto de Santos e outras sete aguardam para atracar. Segundo a Autoridade Marítima, por volta de 10h, as ondas chegavam a 2 metros. Já as rajadas de vento chegaram a 44 km/h. 
         Com o mar ainda agitado, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) manteve o bloqueio da Avenida Saldanha da Gama, a partir do Canal 6, no sentido da Ponta da Praia. Na via, ainda existem espalhados pedaços da mureta arrebentada pela força da ressaca, além da água do mar no asfalto. Não há previsão para liberação do fluxo de veículos.
    Em função do bloqueio na avenida da praia, o acesso à balsa deve ser feito pelo desvio, via Canal 6, ingressando na Avenida Epitácio Pessoa, Rua Rei Alberto, seguindo pelo Canal 7 até a fila da balsa. A frente fria que trouxe ventos de até 88 km/h. segundo a Praticagem de Santos, deve permanecer até o final de semana. A tendência é que a forte ressaca possa voltar a ocorrer até a passagem da corrente climática.

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Guindastes comprados pela APM Terminals Pecém na China devem chegar ao Ceará no final de maio

          Os dois guindastes do tipo STS (Ship to Shore) adquiridos pela APM Terminals Pecém junto à fabricante ZPMC partiram da China na última terça-feira rumo a uma jornada de seis semanas até o porto cearense. A empresa informou que o desembarque deverá ocorrer no final de maio, estreando o novo cais construído pela Cearáportos.
         “Os equipamentos estarão entre os maiores do país, capazes de alcançar até a 22ª fileira de contêineres dos navios. Com excelente infraestrutura e condições naturais favoráveis, o terminal de Pecém terá condições de atender grandes embarcações que servem as rotas da Ásia, África, Europa e Oriente Médio, sem nenhuma restrição”, garantiu o diretor superintendente da APM Terminals Brasil, Ricardo Arten.
         “Além disso, com a abertura do Canal do Panamá para navios maiores e a localização estratégica de Pecém, o terminal se consolidará como um potencial distribuidor de cargas, ou seja, poderá receber as principais linhas de longo curso e distribuir estes contêineres para outros portos do país e da América do Sul através da cabotagem”, calculou Arten.
         A produtividade também é um fator fundamental para estabelecer vantagem competitiva do terminal. “Selecionamos criteriosamente 34 funcionários para atuarem como operadores, os quais têm participado de 130 horas de treinamento para trabalharem nos guindastes. O objetivo é que a produtividade média por equipamento alcance 26 MPH (movimentos por hora) em 2016 e supere os 35 MPH já no ano que vem”, destacou o executivo.
         A empresa espera elevar em pelo menos 20% a movimentação no terminal após a chegada dos guindastes, superando a marca dos cerca de 180 mil TEUs operados em 2015. Ao todo, foram investidos cerca de R$ 100 milhões em novos equipamentos. Além dos guindastes, 9 empilhadeiras de grande porte e 15 terminal tractors foram adquiridos pela empresa e já operam no terminal desde o ano passado.

ApexBrasil quer gerar US$ 60 milhões em negócios durante encontro com importadores de alimentos e bebidas

         A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) fará na próxima semana, em São Paulo, uma rodada de negócios entre mais de 100 empresas brasileiras do segmento de bebidas e alimentos e 32 importadores de diversos países com interesse nesse tipo de produto. A rodada ocorrerá durante a feira anual da Associação Paulista de Supermercados (Apas).
        A feira é uma exposição de produtos para empresários do setor de supermercados. Este é o terceiro ano em que a Apex organiza a rodada de negócios durante o evento, que este ano será de 2 a 5 de maio. A expectativa é de que sejam fechados US$ 60 milhões em negócios.
         Segundo o coordenador de Promoção de Negócios da Apex, Rafael Prado, os importadores selecionados têm interesse em produtos típicos brasileiros e em alimentos da linha saudável. "Temos [participando] empresas de café, cachaça, açaí, chocolate, vinhos, biscoitos, pão de queijo, massas.
         É uma pauta de produtos industrializados com valor agregado. Temos também [empresas que vendem] produtos orgânicos, pois o mercado de saúde está muito em voga e o Brasil traz confiança no fornecimento", afirma.
         Rafael explica que a seleção dos compradores interessados nos produtos brasileiros se deu por meio dos escritórios internacionais da Apex, entre os quais há empresas de 19 países da Europa, América Latina, Ásia e Amárica do Norte. No ano passado, os negócios fechados durante a rodada de negócios somaram cerca de US$ 56 milhões, informou a Apex.

Sete Brasil entra com pedido de recuperação judicial nesta sexta

         A companhia de afretamento de plataformas Sete Brasil entrará com o pedido de recuperação judicial nesta sexta-feira (29), mas ainda não tem um plano traçado de pagamento aos credores, segundo fontes
         Nenhuma premissa foi definida até agora. A ideia é começar a elaborar o plano na semana que vem, que deve ser concluído em 60 dias. Não há sequer um entendimento sobre a contratação de um mediador para negociar com a Petrobras.
         A Sete Brasil entrou em crise depois que executivos delataram desvios de recurso à Operação Lava Jato, da Polícia Federal. A empresa também é diretamente afetada pela crise financeira da Petrobras, sua principal contratante.
         Inicialmente, a estatal contrataria 28 sondas à Sete Brasil. Agora, negocia a redução do número de embarcações e também das tarifas. Enquanto os contratos não são concluídos, a empresa acumula dívida de R$ 16 bilhões.

Aviões da TAM começam a ser pintados com o nome Latam, nova marca da aérea

         A Latam Airlines apresentou nesta quinta-feira a nova pintura de suas aeronaves. A partir de maio, os passageiros da TAM e da LAN já começarão a embarcar em aviões com o nome Latam. A troca das marcas será gradativa e deve demorar até três anos para ser concluída, segundo informou Claudia Sender, presidente da TAM.
         O primeiro avião pintado, um Boeing 767, voará neste domingo do Rio de Janeiro para Genebra, para buscar a tocha olímpica que chegará em Brasília na próxima terça-feira. No dia cinco do mês que vem, três voos comerciais decolarão com a nova pintura. As rotas com o nome Latam estampado serão de São Paulo para Santigo; de Santiago para Lima; e de São Paulo para Brasília.
         Internamente, os aviões serão padronizados. Na nova marca, as poltronas são de couro cinza e vermelho. Os uniformes da tripulação e dos funcionários em terra também serão renovados e levarão o nome Latam. Os consumidores passarão a ser redirecionados para o site da Latam quando acessarem a páginas da TAM e da LAN.
         "Sem dúvida, lançar uma marca neste momento é um desafio. Mas não dá para ficar escondido esperando a crise passar ", disse Claudia em encontro com jornalistas, em São Paulo. Falando sobre a crise econômica e política que o país passa, Claudia citou que a demanda por passagens aéreas para os Jogos Olímpicos Rio 2016 está "bem mais baixa que o planejado" e estimou que a companhia vendeu entre 30% e 40% menos do que estimava.
         Segundo ela, o aumento do desemprego e a baixa confiança no futuro são os fatores que estão impactando diretamente o consumo de passagens. A executiva acrescentou ainda que acidentes como o ocorrido na semana passada na ciclovia Tim Maia também afetam a demanda destinada às Olimpíadas.
         "Eu fico bastante triste de ver que a gente está perdendo mais uma oportunidade de mostrar o Brasil", disse. Perguntada sobre se a saída da presidente da República, Dilma Rousseff, resolveria ao menos a questão da falta de confiança, Claudia afirmou considerar "difícil saber como a população pode reagir ao impeachment".
         Ela defendeu que haja um "desfecho" à crise política que retire o país "da paralisia". Independentemente do que ocorra politicamente, a TAM estima que a retomada da economia deve ocorrer somente daqui a dois anos, revelou a executiva.
         A redução mais forte na demanda por passagens aéreas é notada na TAM desde julho do ano passado. Com menos passageiros, a companhia anunciou no segundo semestre de 2015 um rearranjo em sua malha aérea internacional para este ano. As mudanças reduziram as frequências de voos para Miami e Orlando, por exemplo.
         Sem perspectiva de melhoria do consumo e número ainda baixos nos voos corporativos, Claudia não descartou a possibilidade de haver nova mudança na malha aérea. Ela contou que até as promoções feitas pela empresa "perderam dramaticamente o efeito".
         "Temos visto que ainda há excesso de capacidade. Tivemos um aumento de custos que não conseguimos repassar no preço das passagens e as taxas de ocupação no Brasil estão abaixo da indústria mundial. Então podemos, sim, ter que cortar mais a capacidade", admitiu Claudia.

Empresário Jorge Gerdau apresenta a Temer propostas para tirar o setor siderúrgico da crise

         O empresário Jorge Gerdau, advertiu o vice-presidente da República, Michel Temer, durante reunião, nesta quinta-feira, 28, em Brasília,  sobre o atual quadro de dificuldades enfrentado pelo setor de siderurgia. O encontro foi acompanhada pelo presidente do Conselho Diretor do Aço Brasil, Benjamin Baptista, e do presidente-Executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo.
         "Não falamos a respeito do lançamento de um pacote para a área econômica). Falamos mais do quadro da siderurgia, que é de dificuldades da demanda e exportação", disse Gerdau na saída do encontro com o vice-presidente. Segundo Benjamin Batista, foram apresentadas algumas propostas a Temer como alternativas para tentar tirar o setor da atual crise.
         "São propostas vinculadas à área de financiamento à exportação, à desoneração, vinculadas ao custo Brasil", ressaltou o dirigente. De acordo com ele, o cenário econômico deve gerar novas perdas para o setor. "Estamos passando a maior crise que a gente já teve neste últimos 40, 50 anos. O consumo aparente está caindo dia a dia. Caiu 17% ano passado e estamos com previsões de nova redução do consumo aparente. Várias de nossas plantas estão paradas", se queixou.
         Em relação às exportações, Benjamin ressaltou que a principal preocupação é com o "fator China" na economia mundial. "A questão fundamental hoje no mundo é o excesso de capacidade de aço. Esse excesso está basicamente voltado para a China. Esse é um tema que não preocupa apenas o governo brasileiro, mas o mundo", disse.
         "Nossa preocupação neste tema é o reconhecimento da China como economia de mercado. Assim que a China for de fato reconhecida como economia de mercado, todo mundo vai ter mais dificuldades de poder acionar as importações chinesas contra processos de dumping", ressaltou.

Gerex do Banco do Brasil promove treinamento sobre "Exportação" em Porto Alegre

         A Gerex (Gerência Regional de Apoio ao Comércio Exterior) do Banco do Brasil no Rio Grande do Sul, promove o treinamento "Exportação". Será no dia 4 de maio, das 9h às 18h, na Avenida Carlos Gomes, 222, 14º andar, em Porto Alegre (RS).
         O treinamento será dado pelo educador Maicon Bertuol, da Universidade Corporativa Banco do Brasil. O objetivo é apresentar uma visão geral das exportações brasileiras, com informações essenciais para facilitar as fases do processo, possibilitando operacionalizar com segurança as vendas para o exterior.
         Mais informações e inscrições pelo email consultoria.poa@bb.com.br, ou pelo fone (51) 3258-3632. O custo para participar é de R$ 550,00.

Mapa e Fazenda definem financiamento do Plano Safra 2016/17



         A ministra da Agricultura e Pecuária, Kátia Abreu, se reuniu nesta quinta-feira (28) com o seu colega da Fazenda, Nelson Barbosa, para acertar os detalhes do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) da safra 2016/2017, com previsão de lançamento para a próxima quarta-feira (4), no Palácio do Planalto.
        O plano, também conhecido como Plano Safra, disponibiliza recursos para financiar a agropecuária nacional. O investimento é estratégico para que o país continue aumentando a produção e garanta a oferta de alimentos de qualidade e com preço justo.
      Segundo Kátia, o plano, como nos últimos anos, atenderá bem aos produtores brasileiros. “Todo o plano está razoável para o produtor, como sempre foi desde o primeiro ano da presidente Dilma. Sempre na razoabilidade de juros em termos de inflação e mercado. Tudo dentro do que a agricultura precisa”, disse a ministra, após a reunião.
       Já Barbosa disse que "faltam fechar alguns números, mas que são apenas detalhes finais." "Além das questões usuais do Plano Safra, há vários aperfeiçoamentos de administração que a ministra Kátia vem trabalhando há muito tempo e que esperamos anunciar na semana que vem”, completou Nelson Barbosa.
        Para atender à demanda dos produtores e impulsionar ainda mais o financiamento do setor, o Mapa pretende alterar alguns aspectos do plano, informou a ministra. O confinamento de bois, por exemplo, deixará de constar da rubrica de investimento e passará para o custeio, facilitando a tomada de crédito. Além disso, o silo de estocagem de leite deverá ser incluído no programa de armazenagem.
       “São detalhes que, ao longo da evolução do plano, os produtores encontram essas dificuldades, comunicam ao ministério e a gente aproveita para melhorar”, ressaltou Kátia. O ministro da Fazenda garantiu que, independentemente do esforço fiscal atual, o governo tem condições de financiar o Plano Safra.
       

SEP autoriza CSN a investir R$ 2,51 bilhões no Terminal de Itaguaí

         A Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) aprovou o pedido da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) de prorrogação antecipada de contrato de exploração de seu Terminal de Granéis Minerais, em Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro. Para isso, a CSN se compromete a aportar R$ 2,51 bilhões no empreendimento, dos quais R$ 1 bilhão para novos investimentos e R$ 1,51 bilhão para manter as condições operacionais do terminal.
         Com os novos investimentos, a CSN dobra a sua capacidade de movimentação de carga, passando de 30 milhões para 60 milhões de toneladas por ano em pouco mais de um ano e meio a partir de hoje, até dezembro de 2017. A empresa fará investimentos nas áreas de armazenagem, atracação, dragagem, movimentação de carga e acessos ferroviários para atender à duplicação do terminal
         A companhia vai implantar um novo pátio de carvão e adequar um outro pátio também destinado a carvão, já existente, para minério de ferro, ampliando sua capacidade. A empresa se compromete ainda a expandir o píer de atracação em 160 metros, com instalação de novo dolfin de atracação, e a fazer dragagem para a profundidade de 21,50 metros.
         Além das obras, a CSN também assumiu o compromisso de investir em equipamentos de movimentação de carga, implantando viradores de vagão, recuperadoras de carvão, empilhadeiras, carregadores de navio e descarregadores contínuos

Porto de Santos está fechado por causa dos ventos fortes e da maré alta

         O canal de acesso ao Porto de Santos está fechado desde as 7h10 de ontem (27) devido ventos fortes e maré alta. Na manhã de hoje (28), 32 navios estavam atracados no terminal paulista.
         A falta de visibilidade impediu, segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), dez navios de atracarem e de mais dez navios deixarem o porto. Não há previsão para que o canal seja reaberto.
         A força da maré e dos ventos paralisou ontem a circulação das balsas, que fazem a ligação entre Santos e Guarujá, na Baixada Santista. A travessia entre São Sebastião e Ilhabela, no litoral norte paulista, também teve de ser interrompida devido às condições atmosféricas.

Expansão do transporte de cargas por ferrovias é de 25% nos últimos anos

         O transporte de cargas por ferrovias apresentou expansão de 25%  nos últimos anos, embalado especialmente pelas obras de infraestrutura realizadas no setor. A movimentação de soja de Mato Grosso até o Porto de Santos (SP), por exemplo, ganhou espaço e já responde por 50% da leguminosa que vai do estado para o complexo paulista.
          Em operação há três anos, o Terminal Ferroviário de Rondonópolis mostra intensa movimentação nesta época. Mais de mil caminhões carregados passam diariamente por lá e trazem uma produção que levanta poeira nos tombadores e que, em seguida, vai parar dentro dos vagões. O embarque é feito em duas linhas simultaneamente, que trabalham em ritmo acelerado. Juntas elas dão conta de encher, em média, 33 vagões por hora, cada um deles com 85 toneladas de soja.
          Apesar de ter tomado grande espaço nos últimos anos, o caminhão ainda tem papel importante nesse transporte, já que movimenta pelo menos metade dessa soja. “A dificuldade maior de produtores que vêm com a ferrovia é que você tem dois tombos com mercadoria, tem que carregar com o caminhão e tem que levar até a ferrovia para traslado por trem e então levar para o porto. Isso encarece um pouco”, explica Helvio Fiedler, diretor-executivo da Coabra (Cooperativa Agroindustrial do Centro Oeste).
         O Terminal Ferroviário de Rondonópolis registra filas enormes para embarque, isso já explica o motivo do trabalho constante. “Saem por dia deste terminal sete composições com 80 vagões. Então nós estamos falando em um volume aproximado de quase um navio por dia que sai de grãos aqui dos nossos terminais de Mato Grosso e vão para Santos”, conta Fabrício Degani, diretor de portos e terminais da Rumo/All.
         Degani comenta ainda que nesse primeiro trimestre do ano já foram pouco mais de 3 milhões e meio de toneladas se comparado com o primeiro trimestre do ano passado. “A gente tem 1 milhão, 1,2 milhão de toneladas mais”, completou.
         Sem revelar o valor do frete, a concessionaria afirma que é mais barato que o rodoviário, hoje R$ 240 por tonelada entre Rondonópolis e Santos. “Em torno de 90% do volume que segue para exportação pelo Porto de Santos chega até lá pela ferrovia”, afirma o gerente, destacando ainda as vantagens do transporte por trem. “Sem dúvida ele faz diferença porque commodity você tem que ganhar performance. Quando você tem plena capacidade de performance. Ele se traduz automaticamente no bolso”.

Embarques de toras de madeira no Tecon Rio Grande crescem 80%

          O Tecon Rio Grande registrou aumento na movimentação de toras de madeira nos dois primeiros meses do ano. Segundo o diretor presidente do Terminal, Paulo Bertinetti, a alta foi de mais de 80%, com a exportação de 747 containers de madeira. No mesmo período do ano passado, os embarques somaram 411 containers.
          Para Bertinetti, o crescimento é resultado de um projeto de estufagem e exportação de toras desenvolvido pela companhia. Além disso, ele ressaltou o aumento da cotação do dólar em relação à moeda brasileira e a oferta de produto de boa qualidade (toras de eucalipto) como fatores positivos.
          “Criamos uma solução completa de estufagem em que o Tecon Rio Grande gerencia todo o processo de execução, fornecendo suporte para o exportador aproveitando nosso know-how obtido nesses três anos de experiência no mercado de exportação de toras de madeira”, explicou o executivo.
         A expectativa do terminal, com isso, é regular um movimento de 100 containers por mês, ampliando para 200 containers a partir do segundo semestre. “Hoje trabalhamos com três clientes na estufagem, mas estamos empenhados em expandir a atuação”, salientou Bertinetti.

Porto de Paranaguá bate recorde de movimentação de cargas no primeiro trimestre

         O Porto de Paranaguá voltou a registrar marcas históricas. No primeiro trimestre deste ano, bateu o recorde de movimentação total de cargas. Em importações e exportações, o porto movimentou 11,18 milhões de toneladas de cargas e superou o recorde anterior, o de 11,10 milhões de toneladas registradas em 2014. Levando em conta o mesmo período do ano passado, a alta é ainda maior: 23% de aumento.
          A marca foi alcançada pelo desempenho nas exportações de granéis sólidos. Na comparação com os três primeiros meses do ano passado, o Porto de Paranaguá aumentou em 17% a movimentação deste tipo de produto, com mais de 8,4 milhões de toneladas movimentadas. Dentro deste grupo, o destaque é a soja, que teve, em março, a melhor movimentação mensal de todos os tempos pelo porto, com 1,6 milhão de toneladas.
          “Registramos marcas muito boas na movimentação, especialmente de grãos, antecipando os estoques da safra de 2015/2016. O ritmo forte de escoamento deve se manter pelos próximos meses e voltaremos a registrar bons números”, afirma o presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino.
         A movimentação de granéis líquidos também fechou o primeiro trimestre com forte alta. Foram mais de 1,1 milhão de toneladas movimentadas, crescimento de 17% em relação ao mesmo período do ano passado.
         A alta na movimentação de cargas é creditada também ao pacote de investimentos feitos no porto para dinamizar a operação e ganhar produtividade no escoamento. Nos últimos cinco anos, foram R$ 511,9 milhões para melhorar a infraestrutura e logística do Porto de Paranaguá. Foram adquiridos quatro novos shiploaders (carregadores de navio), substituindo equipamentos da década de 70. Os novos carregadores conseguem embarcar grãos com 33% mais agilidade que os antigos, aumentando a velocidade de embarque de 1,5 mil toneladas por hora para 2 mil toneladas por hora.
         Também foram adquiridos dez novos guindastes, balanças para pesagem dos caminhões, tombadores e demais componentes para descarregar cargas, scanners para inspeção de cargas. Além disso, foram instaladas guaritas informatizadas e novos acessos ao Pátio de Triagem.
         As exportações de produtos em contêineres e veículos também apresentaram crescimento no período. No caso dos contêineres, a movimentação registrou aumento de 5% na comparação do primeiro trimestre deste ano com o mesmo período do ano passado. Ao todo, foram exportados 90,3 mil TEUs (unidade de medida equivalente a contêineres de 20 pés) de janeiro a março.
          Os produtos que puxaram o resultado para cima foram carnes de aves congeladas, com alta de 17%, madeira, com crescimento de 46%, e papel, com aumento de 5%. “Paranaguá é, hoje, o porto do Brasil com maior participação do modal ferroviário, o que é muito importante para as operações de contêineres. Conseguimos facilitar os acessos ao porto por todos os modais, reduzindo filas e tempo de espera, o que sempre foi um compromisso desta gestão”, afirma o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.
          A exportação de veículos por Paranaguá também teve forte alta no período de janeiro a março de 2016. Foram exportados 15,7 mil carros pelo porto paranaense, um volume mais de três vezes superior ao exportado no ano passado, quando a movimentação foi de 4,2 mil veículos.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Novo ministro da SEP faz primeira visita ao Porto de Santos e deve assinar ordem para dragagem do complexo marítimo


         O novo ministro da SEP (Secretaria Especial de Portos), Maurício Muniz Barretto de Carvalho, deve visitar o Porto de Santos pela primeira vez como chefe da pasta ainda nesta semana. A expectativa é de que ele venha ao cais santista nessa quinta-feira (28) para a assinatura da ordem de serviço da dragagem do complexo marítimo.
         Muniz foi nomeado para o cargo na última quarta-feira, após o pedido de demissão do ex-ministro Helder Barbalho, oficializado no mesmo dia. Até agora, o Palácio do Planalto não definiu se realizará uma solenidade de posse – na última semana, a assessoria do novo ministro previa que o evento seria realizado ontem, o que não ocorreu.
         Independente da posse, o novo chefe da Secretaria de Portos (SEP) já iniciou suas rotinas na pasta. Por enquanto, seus compromissos incluem reuniões com secretários e servidores que integravam a equipe de Barbalho.
         De acordo com o secretário-executivo da SEP, Luiz Otávio Oliveira Campos, é possível que o ministro dos Portos cumpra agenda no complexo santista na próxima quinta-feira (28). O compromisso havia sido programado por Barbalho, para assinar a ordem de serviço para as obras de dragagem. Se a viagem for confirmada, será uma oportunidade para Muniz se reunir com a diretoria-executiva da
Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal que administra o cais santista. Ainda não há indicativo de mudanças na administração da estatal.
         Mestre em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Muniz atuava na Secretaria do PAC desde a primeira gestão do presidente Lula (2003-2006), acompanhando projetos do setor de infraestrutura.
         Segundo o secretário-executivo da pasta, o novo ministro ainda não falou sobre suas metas para o setor, pois ainda “está tomando pé” das questões.
         Entre os compromissos futuros de Muniz, está o leilão de seis áreas portuárias no Pará, que ocorrerá em 9 de junho, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), na Capital.
Dragagem
         A EEL Infraestruturas, empresa que venceu a licitação para a realização das obras de dragagem do Porto, aguarda a assinatura da ordem de serviço para o início dos trabalhos. No total, serão investidos R$ 369 milhões nos próximos três anos.
         A empresa planeja antecipar os prazos da elaboração do projeto, a fim de começar a obra o mais rápido possível. Como previsto no edital de licitação do serviço, a partir da assinatura do contrato, a firma terá cinco meses para realizar os projetos básico (composto de desenhos, memoriais descritivos, especificações, orçamento, cronograma e outros elementos técnicos necessários para a caracterização da obra) e executivo (mais detalhado que o básico, apresentando ainda informações sobre como o serviço será realizado) da dragagem.
         O novo serviço prevê o aumento da profundidade do canal de navegação e das bacias de acesso aos berços de atracação do Porto, dos atuais 15 metros, em média, para 15,4 e 15,7 metros. Já os locais de atracação terão uma fundura variando de 7,6 a 15,7 metros.

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Prefeitura de Santana pode perder concessão do terminal portuário por causa de dívida de R$ 4 milhões


         O município de Santana, cidade distante 17 quilômetros de Macapá, corre o risco de perder a posse do porto local, concedido em 2000 pela União, por causa de uma dívida de R$ 4 milhões. O dinheiro foi retirado pela prefeitura dos lucros da Companhia Docas de Santana (CDSA) em 2010 para pagamento da previdência e Superintendência de Transporte de Trânsito (STTRANS).
         A perda da concessão estabelecida em 27 anos, no entanto, poderá ser evitada se a prefeitura admitir o débito e iniciar o pagamento em até 90 dias, conforme recomendação emitida em março pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). A prefeitura foi notificada no fim do mesmo mês.
         Um projeto de lei do executivo foi enviado à Câmara Municipal de Santana (CMS) pedindo autorização para incluir a despesa no orçamento deste ano. A proposta foi colocada em pauta no dia 12 de abril, mas, pedidos de vistas de vereadores cancelaram a votação. Não há nova data para que a matéria retorne ao plenário.
         Se aprovada pela Câmara, a proposta de pagamento da dívida será apresentada ao Conselho de Administração da Companhia Docas de Santana.
         “Se nós conseguirmos devolver esses valores, ainda temos mais 11 anos de concessão. Temos um prazo de 90 dias para apresentar a proposta ao Conselho de Administração da Companhia Docas de Santana. Vinte e cinco dias corridos já passaram”, disse o procurador-geral do município, Manoel Freitas.
Caso a Câmara não coloque em pauta o projeto, a prefeitura promente enviar a proposta de pagamento da dívida à CDSA, deixando em aberto somente a data para iniciar a quitação do débito.
          Conforme a proposta da prefeitura, a intenção é diluir a dívida ao longo dos 11 anos restantes da concessão. O valor atualizado do débito chega a R$ 7 milhões, o que seria parcelado com pagamentos de até R$ 35 mil ao mês.
         “A nossa proposta é fazer um encontro de contas pelo fato de a Docas recolher ISS. Se ela deixa de passar o imposto para a prefeitura, podemos abater os valores e pagamos a diferença”, adiantou o procurador-geral.
         De acordo com a prefeitura de Santana, após iniciar o pagamento da dívida, a intenção é ingressar com uma ação judicial contra o ex-gestor da cidade Antônio Nogueira. A intenção é recuperar para os cofres do município o dinheiro retirado da Docas.
         O caso também é investigado pelo Ministério Público (MP) do Amapá, que conseguiu na Justiça em outubro de 2015 o bloqueio de R$ 4 milhões em bens do ex-prefeito santanense.
         Em vídeo publicado no perfil pessoal em uma rede social, Nogueira confirmou a retirada do valor da Companhia Docas, mas negou ilegalidade no ato. Ele disse que acionou a Justiça Federal, à época em que ocupava a prefeitura, para evitar a extinção da concessão. A ação está em tramitação.
         “Colocamos a empresa como a única a dar lucro no Amapá. O que existe é uma recomendação da Antaq e não decisão judicial. Eu recebi à época a mesma recomendação quando era prefeito e encarei, entrando na Justiça Federal contra a Antaq, para reconhecimento do repasses da Docas para a prefeitura como um ato legal.
          O repasse foi legal. Como querem devolver o dinheiro agora? Muito estranho. (...) Esse recurso não foi para mim, mas para o município e era um direito da prefeitura, baseado em lei federal”, comentou Antônio Nogueira.

terça-feira, 26 de abril de 2016

ApexBrasil e Mapa fazem acordo de cooperação técnica para estimular exportações do agronegócio

         A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) assinou acordo de cooperação técnica com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) com o objetivo de ampliar as ações de promoção de exportações e atração de investimentos para os diversos setores do agronegócio.
         A parceria está alinhada ao plano Nacional de Exportações (PNE) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e prevê ações conjuntas como missões empresariais, seminários de promoção de imagem e encontros com compradores e investidores estrangeiros, além de estudos de inteligência comercial e elaboração de bancos de dados.
        O acordo terá um orçamento de R$ 12 milhões, sendo a Apex-Brasil responsável por R$ 8,4 milhões. Os mercados-alvo das ações estão entre os integrantes do PNE e incluem China, Coreia do Sul, Japão, EUA, Índia, Rússia, e outros do Sudeste Asiático, Oriente Médio, África Subsaariana, União Europeia.
        Segundo a ministra Kátia Abreu, a parceria faz parte de um programa ousado de promoção internacional dos produtos do agronegócio. “É uma estratégia para superarmos os momentos difíceis e que leva em consideração a nova realidade cambial do país. Ao manter uma demanda crescente para as empresas locais, a conquista de mercados estrangeiros promove a criação de empregos no Brasil e incentiva os investimentos”, avaliou ela.
       A ministra também chamou atenção para importância da Apex-Brasil na parceria, dando destaque para a área de promoção. “Precisamos ficar atentos à imagem dos nossos produtos no exterior e o papel da Apex-Brasil é importantíssimo. O Brasil tem uma das leis mais rigorosas na área social e ambiental no mundo e pouca gente sabe disso. Com a ajuda da Agência vamos criar uma inteligência em torno dessa sustentabilidade e agregar valor aos nossos produtos”, disse.
       Para o presidente da Apex-Brasil, David Barioni Neto, a promoção comercial ajuda o Brasil a ser reconhecido como fornecedor confiável de alimentos. “É um forte instrumento de estímulo à competividade das empresas brasileiras”, observa Barioni, que também destacou a magnitude do acordo.
        “Esse acordo é muito amplo e teria que ser assim, porque o agronegócio representa mais de 50% das exportações brasileiras. Assim, nossa parceria tem três vertentes. Uma é a dos eventos e da promoção dos produtos, outro da capacitação de investidores estrangeiros nos negócios brasileiros e, finalmente, o estudo de inteligência para mais de cem produtos, no qual vamos buscar oportunidades para aumentar nossas vendas no agronegócio”, destacou Barioni

Airbus faz a primeira entrega de avião produzido no Alabama, Estados Unidos


         A primeira entrega de uma aeronave da Airbus U.S. Manufacturing Facility ocorreu nesta terça-feira, em Mobile, Alabama. Toda a equipe de funcionários da linha de montagem norte-americana se reuniu para apresentar à JetBlue o seu primeiro produto finalizado, um Airbus A321. Na ocasião, estavam presentes executivos da Airbus, a alta administração da JetBlue, incluindo o Presidente e CEO, Robin Hayes, e diversos dignitários da região da Costa do Golfo.          
         “Estou muito orgulhoso de estar aqui e participar da primeira entrega de Mobile”, disse John Leahy, Diretor Operacional para Clientes da Airbus. “Relembrar o início da construção desta fábrica, três anos atrás, até a entrega do primeiro A321 produzido hoje no Alabama é maravilhoso. Uma prova de que este projeto foi bem executado e que o trabalho em equipe tem disso forte aqui em Mobile e em toda a Airbus.
         A Airbus U.S. Manufacturing Facility reuniu as qualidades de nossas outras linhas de montagem em todo o mundo, mostrando como o nosso pessoal trabalha em colaboração com os nossos parceiros para entregar uma ótima aeronave aos nossos clientes”, completa o executivo.