sexta-feira, 31 de março de 2023

Mapa participa da maior feira de alimentos e hospitalidade do Sul da Ásia


O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), participou da Missão Comercial à Índia, por ocasião da Internacional Food & Hospitality Fair 2023 (AAHAR),que ocorreu nos dias 14 a 18 de março, em Nova Deli, na Índia. A AAHAR é a maior e mais conhecida feira de alimentos da Índia.

Em sua 37ª edição, o evento “business to business” é coordenado pela Organização de Promoção Comercial da Índia (ITPO), principal órgão de promoção comercial do governo indiano. Neste ano, o evento contou com a presença de mais de 50 mil visitantes que tiveram a oportunidade de conhecer a riqueza de produtos de 1.900 expositores oriundos de 19 países.

Integraram a comitiva do ministério, o coordenador-geral de Promoção Comercial (CGPC/ Mapa), Dalci de Jesus Bangolin; o chefe de Serviço de Análise Estratégica (SEAE/ Mapa), Péricles Mendes da Silva e o adido agrícola na Índia, Ângelo de Queiroz Maurício.

Os dez estandes brasileiros que participaram no Pavilhão Brasil, organizado pelo Mapa, contaram com uma estrutura completa para preparação e exposição de produtos, bem como para reunião com os potenciais compradores e apoio técnico de servidores do ministério.

Entre os produtos brasileiros expostos durante a AAHAR 2023, destacam-se: o açaí, os sucos de fruta, água mineral, o café verde 100% arábica, café torrado, a cachaça, os cortes suínos, a carne de frango, o pólen de abelha, mel, a espuma mocktail e o glacê.

Participaram também representantes da Câmara de Comércio Índia Brasil (CCIB) – instituição reconhecida por ambos os governos por promover as relações bilaterais – e da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (FIEMS).

 

Santos Port Authority realiza simulado de atendimento a acidentes

O Plano de Ajuda Mútua (PAM) do Porto de Santos (SP), coordenado pela Santos Port Authority (SPA), promoveu na manhã dessa quinta-feira (30), um exercício simulado de atendimento a acidente. O objetivo foi o de treinar e preparar os integrantes das equipes de emergência para casos de ocorrência real, avaliar a eficiência do uso de recursos e tempo de resposta, bem como verificar necessidades de melhorias.

O treinamento ocorreu em um terminal de celulose no cais de Outeirinhos, margem direita do Porto. No cenário, um caminhão perdeu o controle no cais, atropelou um trabalhador e bateu, provocando incêndio em carga de celulose. Para o atendimento, foram chamados o Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), Corpo de Bombeiros, Brigada de Incêndio da Guarda Portuária e membros do PAM da região.

O simulado serviu para que as equipes conheçam as rotas de acesso e verificação do tempo de atendimento. Para isso, houve ação da Guarda Portuária na Avenida Sérgio da Costa Matte (via perimetral).

Os exercícios simulados ocorrem regularmente e permitem a promoção de orientações a importantes atores envolvidos no processo, como colaboradores da SPA, prestadores de serviço, terminais e operadores portuários, além de usuários do Porto. Traz conhecimento para agilidade e eficiência na mobilização de recursos e identificação de melhorias que serão implementadas para os próximos exercícios e, consequentemente, nos atendimentos futuros.

 

Acesso ao Porto de Rio Grande tem sinalização náutica restabelecida

A Gerência de Engenharia Marítima e Hidroviária da Diretoria de Infraestrutura da Portos RS reinstalou, na manhã desta quarta-feira (29), a boia número 06 localizada fora da Barra do Rio Grande (RS).

O equipamento, importante para a sinalização náutica do acesso ao Porto de Rio Grande e hidrovia interior, havia se soltado em razão das condições climáticas.

De acordo com o gerente de engenharia marítima e hidroviária da Empresa Pública, Eduardo Ferreira Schuler, houve o lançamento de um conjunto novo de sinalização náutica composto por boia de sinalização, lanterna e equipamentos de fundeio.

Sdaergs promove reunião para debater problemas na ponte Brasil/Argentina

O Sdaergs (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado do Rio Grande do Sul) reuniu na quarta-feira, 29 de março, no seu auditório da Delegacia de Uruguaiana, integrantes de entidades representativas e do poder público para discutir em conjunto os pontos sensíveis da fronteira oeste gaúcha. “É necessário estabelecer um planejamento a curto, médio e longo prazos para que a cidade continue sendo o principal corredor de passagem de mercadorias do Mercosul”, disse o vice-presidente da entidade, Fábio Ciocca.

O dirigente citou os problemas na estrutura da ponte sobre o Rio Uruguai, entre Brasil e Argentina, a ineficiência do controle migratório para a entrada no país vizinho, ocasionando filas enormes, inclusive sobre a travessia. “Ela faz parte de uma das principais rotas do Mercosul e no encontro debatemos até a possibilidade da realização de estudos de viabilidade para a construção de uma nova ponte, fora do perímetro urbano, conforme modelo da OMA (Organização Mundial de Aduanas) e do Projeto de Gestão Coordenada de Fronteiras que trata de Áreas de Controle Integrado, sendo uma nova formatação de aduana em Uruguaiana, com um Centro Unificado de Fronteira”, revelou Ciocca.

Segundo o vice-presidente, números fornecidos pela Receita Federal indicam a importância de Uruguaiana para a economia da região, do Rio Grande do Sul e do Brasil. “A cidade concentra a passagem da maior parte das transações do Brasil com a Argentina e o Chile e é, também, o mais importante motor arrecadatório de tributos federais na importação entre todos os modais de transporte do Estado, superando inclusive o Porto de Rio Grande”, revelou.

 O encontro na sede regional do Sindicato começou cedo da manhã com a apresentação do relatório com dados pertinentes à infraestrutura das pontes de fronteira e explanação do trabalho, feita por Ciocca. Uma preocupação igualmente levantada foi em relação à ponte sobre o Arroio Bossoroca, na BR-290, cuja estrutura é considerada precária. Após a apresentação, os presentes tiveram a oportunidade de debaterem sobre o material relatado e sugeriram ações a serem adotadas visando a busca de soluções imediatas.

Ao final do encontro, ficou definida a confecção de um documento com participação na elaboração da subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Uruguaiana, que será entregue ao embaixador da Argentina em Brasília, Daniel Scioly, que estará na cidade nessa sexta, 31, para participar da cerimônia de entrega da obra de reestruturação de um pilar na travessia internacional que necessitou de reparo urgente em sua estrutura. Estarão presentes, também, o embaixador brasileiro em Buenos Aires, Julio Glinteniek Bitelli, e o ministro dos Transportes, Renan Filho.

 

quinta-feira, 30 de março de 2023

Lucros dos armadores globais batem recordes na história do transporte marítimo internacional


O lucro antes de juros e impostos (EBIT) das empresas de navegação nos últimos três anos teria excedido os ganhos combinados dos 63 anos de história do transporte de contêineres, totalizando US$ 208 bilhões em 2022, US$ 164 bilhões em 2021 e US$ 24 bilhões em milhões em 2020, de acordo com dados de uma nova análise publicada pela Sea-Intelligence. Além disso, o relatório estima que até 2023 o setor poderá acumular um EBIT de US$ 15 bilhões, devido à menor lucratividade devido ao menor volume de cargas e à queda nas tarifas de frete.

Contraditoriamente, as tarifas de frete, embora venham caindo constantemente nos últimos meses, ainda se encontram em patamares acima dos valores pré-pandemia. Por exemplo, na rota transatlântica da Europa para os Estados Unidos, o transporte de materiais está ajudando a manter as taxas altas devido à alta demanda - mais que o dobro das registradas antes do surto de Covid-19 - embora na rota transpacífica o transporte de contêineres os preços já voltaram aos valores pré-pandêmicos.

Embora consultores como Drewry mostrem quedas de até 30% nas tarifas na rota do norte da Europa para a costa leste dos Estados Unidos (Rotterdam-New York), com média de US$ 5.000 por unidade de quarenta pés, o que posiciona os valores registrou até 2,5 vezes acima das médias de 2019. O excesso de estoque nos armazéns e a falta de demanda do consumidor estão sendo as principais dificuldades na hora do aumento das tarifas, principalmente na rota da China para a costa oeste dos Estados Unidos.

Embora independentes entre si, a queda de tarifas em uma rota inevitavelmente acaba afetando a outra, estabelecendo uma tendência de queda nas tarifas arrastando todo o mercado para baixo. O problema, segundo analistas especializados, é que a queda das taxas spot tem um impacto de longo prazo nos contratos, favorecendo o mercado spot – que sempre estará oferecendo preços mais baixos – em detrimento dos altos valores acordados no contratos, perpetuando a queda das tarifas e comprometendo os lucros que as companhias de navegação usufruem atualmente.

O segredo do sucesso –ou pelo menos a fórmula para não cair ainda mais fundo– residiria na gestão da capacidade e velocidade de navegação, aliada a uma gestão adequada da oferta face à diminuição da procura, ao excesso de mercadorias armazenadas e à mudança de comportamento de consumo em relação aos alimentos e não aos bens. Não basta apenas considerar os fatores de transporte, como o valor do combustível, mas é importante lembrar as condições e o contexto do mercado para contribuir com a estabilização.

Mineradora Vale assina sete acordos com parceiros chineses e iniciativas para soluções de descarbonização

A mineradora Vale anunciou nesta quarta-feira a celebração de sete acordos com parceiros chineses, incluindo uma usina de ferro-níquel na Indonésia, além de soluções de descarbonização e cooperação financeira, técnica e econômica em pesquisas. As parcerias, assinadas em encontros comerciais realizados durante a viagem da missão brasileira ao país asiático, reforçam a agenda estratégica da Vale e fortalecem seu relacionamento com a China, uma importante compradora de minério e matérias-primas para a indústria siderúrgica, destacou a companhia.

"Continuaremos a oferecer ao país produtos de minério de ferro de alta qualidade para apoiar o desenvolvimento contínuo de sua economia e aprofundar ainda mais nossa parceria estratégica em mineração sustentável e soluções com baixo teor de carbono", afirmou em nota Alexandre Silva D'Ambrosio, vice-presidente executivo de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale.

Em uma das frentes, a Vale Indonésia assinou um acordo para investimento com a Tisco (grupo Baowu) e a Xinhai no projeto Morowali, visando a construção de uma usina de processamento de ferro-níquel com fornos elétricos rotativos (RKEF) e uma produção anual mínima de 73 mil toneladas de níquel e outras instalações de apoio.

O projeto na Indonésia utilizará energia a gás para fornecer eletricidade, devendo se enquadrar como um projeto "verde e de baixo carbono". O start-up está previsto para 2025. Investimentos não foram publicados no comunicado. A Vale acrescentou que o projeto Morowali, anteriormente conhecido como Bahodopi, foi aprovado pelo Conselho de Administração da empresa em julho de 2022.

A Vale também firmou cooperação com a Baoshan Iron & Steel, do grupo Baowu, para desenvolvimento de biocarvão, produto a partir de biomassa considerado como um substituto para o carvão no processo de fabricação de aço, com potencial para reduzir as emissões de carbono. "Para a Vale, é essencial estar envolvida no desenvolvimento desta tecnologia, que contribuirá para seu objetivo de reduzir as emissões de escopo 3 em 15% até 2035", disse.

A mineradora brasileira também anunciou um memorando de entendimento com a XCMG para o desenvolvimento da primeira motoniveladora zero emissão do mundo. O equipamento, que é usado para nivelar os acessos às minas, será testado em unidades da Vale em Minas Gerais e Pará. Se aprovado nos testes, a companhia pretende adquirir "vários modelos ao longo dos próximos anos", visando atingir sua meta de reduzir em 33% as emissões de seu escopo 1 e 2 até 2030.

Na área financeira, foram assinados acordos com o Industrial and Commercial Bank of China (ICBC) e o Bank of China, que darão apoio de crédito à Vale através de facilidades de empréstimo, de financiamento de projetos, comércio ou ativos, de garantias bancárias, entre outros. A mineradora e os dois bancos também pretendem aprofundar ainda mais sua colaboração no combate às mudanças climáticas, incluindo financiamento verde, energia renovável e outras oportunidades que surgem da transição energética. A Vale também assinou acordos com a Universidade Tsinghua para intercâmbio de conhecimento técnico e com a Central South University para pesquisas em siderurgia de baixo carbono.

 

MSC e TPS promovem estratégias conjuntas de sustentabilidade e descarbonização em suas operações no Chile

A Mediterranean Shipping Company (MSC) Chile, objetivando encontrar soluções para os desafios atuais e em linha com a sua visão estratégica de sustentabilidade, organizou uma palestra para apresentar as práticas que estão sendo implementadas na organização em termos de sustentabilidade, com foco na descarbonização. A atividade contou com a participação do Terminal Pacífico Sur Valparaíso (TPS),seu parceiro e considerado ator relevante nesse processo.

As duas empresas reveladram os pilares estratégicos de cada uma das organizações e abordaram os eixos comuns na sustentabilidade de suas operações, consolidando assim uma aliança entre o armador e o terminal portuário. Executivos da MSC Chile comentaram que "a aliança com a TPS é muito importante, pois permite conhecer o trabalho que se realiza no porto, onde temos uma linha de trabalho semelhante, para que possamos gerar projetos conjuntos e nos envolvermos em grande escala em nosso ambiente".

Oliver Weinreich, gerente geral da TPS, expressou que “estamos felizes em participar desse tipo de iniciativa, porque também buscamos ter um impacto positivo em Valparaíso e na qualidade de vida de seus habitantes. Esperamos continuar trabalhando de forma colaborativa com a MSC, não só para gerar vínculos, mas também para somar vontades e avançar nos desafios que envolvem a todos nós”.

A política de sustentabilidade do Grupo MSC assenta em três prioridades estratégicas, que são Desafio Social, Comércio Inclusivo e Logística e Descarbonização. Após um exaustivo processo de preparação e divulgação, esta posião vm sedo disseminada junto a seus clientes, fornecedores e outros setores interessados.

Presidente do Sdaergs diz que trabalho com "os pés no chão" permitiu a recuperação do sindicato

O Sdaergs (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado do Rio Grande do Sul) realizou assembleia geral ordinária, de forma virtual, nessa semana, para apreciação e votação das contas de 2022, que foram aprovadas por unanimidade pelos associados presentes. O presidente da entidade, Marcelo Clark Alves, agradeceu o apoio e a confiança de todos na atual diretoria, que disse “estar trabalhando com os pés no chão, buscando sempre deixar a casa em dia e promovendo ações para proporcionar o melhor desempenho das atividades da categoria”.

“Eu sou muito conservador com os recursos do Sindicato, que é de todos os associados, por isso, atuamos com cautela no desenvolvimento de iniciativas que atendam as reivindicações dos despachantes aduaneiros”, destacou Alves, ao comentar o resultado, positivo, que ficou dentro da expectativa, inclusive com superávit, apesar de ter sido um ano difícil. A assembleia ocorreu por meio de videoconferência, conforme permitido pela legislação e contou com a participação de associados das delegacias de Novo Hamburgo, Rio Grande, Jaguarão, São Borja, Uruguaiana e da sede, em Porto Alegre. Foi presidida pelo associado Clésio Luiz Jaques e secretariada pelo gerente executivo do Sdaergs, Diego Mascia.

O presidente ressaltou que a diretoria vem promovendo, também, uma aproximação com as autoridades regionais e federais, além de estreitar os contatos com outras entidades representativas que visam a valorizar a atividade e o profissional de despacho aduaneiro. “O trabalho austero, sério e cuidadoso, iniciado ainda na gestão anterior, que demos continuidade, permitiu a recuperação do sindicato e agora possibilita a realização de iniciativas que contribuem para o aperfeiçoamento da atuação dos nossos associados”, acrescentou.

 

quarta-feira, 29 de março de 2023

Portonave recebe o APL Dublin, da CMA CGM, um dos três maiores navios a atracar na história do terminal

O APL Dublin é um dos três maiores navios porta-contêineres a atracar na Portonave – o Porto de Navegantes (SC). A embarcação, do armador CMA CGM, tem 347,2 metros de comprimento, 45,2 metros de largura (boca) e a capacidade de transportar 10.798 TEUs - medida equivalente a um contêiner de 20 pés. É a primeira vez que o navio atracou no Terminal e movimentou 2.655 mil contêineres, desatracando nesta segunda-feira (27).


O Porto de Navegantes está consolidado na rota das grandes embarcações que navegam na costa brasileira. Em 2022, entre os 632 navios atracados no Terminal, 100 foram igual ou acima de 330m, e deste número, somente um foi acima de 340m, o APL Yangshan, com 347,5 metros de comprimento e 45,2 metros de largura, tamanho semelhante ao do APL Dublin. A embarcação foi recebida em novembro de 2022, sendo o maior da história já recebido pela Portonave. Para se ter noção da grandeza, o comprimento da embarcação equivale a 73 Ferraris, 3 estádios do Maracanã ou 9 estátuas do Cristo Redentor.

 

No mês de janeiro, a Portonave representou 62% de market share – alíquota do estado. Atualmente, é o segundo maior movimentador de contêineres do país, representando 15% da movimentação de TEU nacional e líder na região Sul. Na exportação, os destaques foram a movimentação de Carnes congeladas e seus derivados (39,7%), Madeiras e seus derivados (34,7%) e o Tabaco (5,7%). Na importação, foram os Plásticos e derivados (15,7%), Têxtil (10,5%) e Maquinário (9,5%).

 

Para a vinda de navios maiores, é necessário ampliar a capacidade da Bacia de Evolução do Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes. Atualmente, podem ser realizadas manobras de navios de até 350 metros de comprimento e 51 metros de largura. O objetivo é que essa capacidade seja ampliada para embarcações de até 400 metros de comprimento por 59 metros de largura.

 

Navegabilidade boa nos rios Paraguai e Paraná no início do ano dá um respiro aos armadores que operam na hidrovia

O presidente do Centro de Armadores Fluviais e Marítimos do Paraguai (CAfyM), Esteban Dos Santos, declarou que o início do ano de 2023 foi muito positivo em termos de navegação fluvial, informou a Paraguay Fluvial. Em comparação com os últimos anos, o nível das águas dos rios Paraguai e Paraná melhorou consideravelmente desde fevereiro de 2023, após um mês de janeiro crítico para a navegação.

Segundo declarações de Dos Santos, esse aumento é um alívio para as empresas de navegação, que passaram anos difíceis devido à queda histórica do nível da água que começou em 2019 e durou até 2022. Da mesma forma, o aumento da produção de soja, que é estimado em 9 milhões de toneladas até 2023, terá um efeito favorável na economia.

A Expectativa é de que os níveis favoráveis ​​do rio se mantenham nos próximos meses. Desta forma, permitiria às empresas de navegação conseguir movimentar o máximo de carga possível em toda a região.

Frota de porta-contêineres ociosa do mundo diminui para 300 unidades em março

O tamanho da frota de porta-contêineres ociosa do mundo diminuiu em meados de março, após um declínio nas embarcações comercialmente ociosas e na capacidade de embarcações em doca seca, informa a Alphaliner. Em detalhe, nas últimas duas semanas, o número de porta-contêineres registrados como inativos diminuiu 37 unidades e 114.311 TEUs.

No total, foram contabilizados 300 navios ociosos para uma capacidade total de 1.565.624 TEUs. Este número, que representa 6% da frota celular, representa uma queda em relação à máxima recente de 6,4% verificada 15 dias antes, mas um aumento em relação aos 2,6% de um ano atrás. A diminuição da ociosidade das embarcações foi observada em todos os portes, com exceção apenas do segmento de 7.500-12.500 TEU, que se manteve mais ou menos estável.

O segmento de porta-contêineres comercialmente inativo foi o principal impulsionador do declínio geral na ociosidade de embarcações nas últimas duas semanas. Pois bem, teve uma queda de 25 embarcações e 83.429 TEUs, e agora está em 122 unidades para 721.333 TEUs. Isso equivale a 46% da frota inativa, ante 53% há um mês. Dentro desse número, o número de navios ociosos controlados por companhias de navegação caiu 20 navios e 88.972 TEUs para 98 navios com 645.303 TEUs.

Enquanto isso, a tonelagem ociosa não controlada pelo proprietário também diminuiu em cinco navios, mas aumentou ligeiramente em termos de capacidade, em 5.543 TEUs. Enquanto isso, com 54%, os navios em doca seca voltaram a representar a maior parcela da capacidade ociosa. No entanto, este segmento também diminuiu em 12 porta-contêineres e 30.882 TEUs, para 178 unidades e 844.291 TEUs.

Complexo do Pecém apresenta sistema de tecnologia de Inteligência Artificial para vídeo monitoramento do porto

Com o objetivo de aprimorar o sistema de videomonitoramento do Porto do Pecém, que conta com mais de 370 câmeras, o Complexo do Pecém (CIPP S.A.), em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC) e Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura (FCPC), apresentou os primeiros resultados do desenvolvimento de um sistema que auxiliará na gestão da qualidade das imagens geradas, especialmente nas rotinas de limpezas de câmeras. A ideia central é utilizar inteligência artificial para detecção automática de sujeira nas câmeras do Circuito Fechado de TV (CFTV), causada por fatores como maresia, névoa marinha, particulados, potencializados pela ação do vento.

A tecnologia teve sua primeira fase concluída após mais de seis meses de trabalho por parte do Laboratório de Engenharia de Sistemas de Computação (LESC) da UFC, além de pesquisadores, professores, alunos de doutorado, mestrado e graduação da universidade, e também engenheiros e técnicos do Pecém. O projeto, idealizado pelo setor de manutenção do Complexo do Pecém, segue para a sua segunda etapa, que visa melhorar o sistema e a base de informações para que o mesmo possa virar um produto interno do Porto.

Segundo Marco Ximenes, gerente de manutenção do Complexo do Pecém, o principal objetivo do projeto é otimizar o sistema de videomonitoramento e aumentar a segurança do Porto do Pecém, permitindo uma maior eficiência nos trabalhos de limpeza e redução no tempo de atendimento pela manutenção.

“Temos investido, nos últimos anos, para não só melhorar a qualidade de imagens, mas também a geração de dados. Passamos de 187 câmeras, em janeiro de 2018, para mais de 370, no mesmo período de 2023. Esse convênio, junto à UFC, é mais um passo importante que damos para tornar o videomonitoramento do Pecém ainda mais moderno e efetivo”, pontua Ximenes.

O gerente lembra, ainda, que em 2020 o Complexo do Pecém desenvolveu, com recursos próprios, um painel de monitoramento com diversos indicadores quantitativos do sistema de CFTV, como disponibilidade de câmeras, tempo de gravação, tráfego de rede, dentre outros parâmetros que monitoram, em tempo real, as condições operacionais do sistema. “Restava, no entanto, termos parâmetros sobre a qualidade dessas imagens, afetadas muitas vezes por sujeira, ofuscamentos ou problemas na própria câmera”, conclui Ximenes.

Pesquisador e um dos integrantes do LESC/UFC, Fábio Ribeiro deu detalhes de como foi feito o trabalho de desenvolvimento do algoritmo de análise dessa nova tecnologia. Segundo ele, a primeira etapa do projeto obteve “resultados bem satisfatórios”, com a identificação de demanda de qualidade dentro do sistema de CFTV do Porto do Pecém.

“Trata-se de um trabalho que envolveu pesquisa, dentro do mercado mundial, para identificação de técnicas para atingir o objetivo. Partimos, portanto, de conceitos pré-existentes e elaboramos algumas novas técnicas para poder identificar essa qualitativa, usando inteligência artificial, métricas de avaliação e algoritmos que simulam a classificação da visão humana. Dessa forma, através de um sistema de aprendizagem pregresso, foi possível identificar pontos específicos na imagem para atingir o objetivo de qualidade”, explica Ribeiro.

Ainda conforme o pesquisador, os próximos passos do projeto incluem: “re-rotulagem” para validação do modelo pelo avaliador; incremento na base de dados para evitar o desbalanceamento entre as classes; consolidação do modelo para produção; apresentação do andamento do projeto; e evolução da interface.

 

terça-feira, 28 de março de 2023

Mercado de e-commerce apresenta desaceleração significativa nos seus volumes transportados


A gigante norte–americana do comércio varejista Walmart anunciou demissões que afetarão cerca de 200 funcionários em seu centro de distribuição em Bethlehem, Pensilvânia. Além disso, o CEO da Amazon, Andy Jassy, ​​disse que a gigante do comércio eletrônico cortaria 9.000 empregos, o mais recente de uma série de demissões, informou a FreightWaves. Há sinais de que o crescimento do comércio eletrônico está desacelerando significativamente.

Por exemplo, a UPS já estava vendo uma queda nas encomendas domésticas nos EUA no quarto trimestre de 2022: os volumes business-to-consumer caíram 3% ano a ano e os volumes business-to-business caíram 5,2% ano a ano ano.  Enquanto isso, a demanda por embalagens cartonadas está caindo, o que parece confirmar que os consumidores americanos estão comprando menos online e os integradores de encomendas estão lidando com menos pacotes.

O diretor financeiro do Walmart, John David Rainey, explicou que a inflação causou um conjunto de mudanças no comportamento do consumidor: as pessoas escolhem alimentos e necessidades em detrimento de bens duráveis, clientes com renda mais alta compram mais nas lojas mantimentos mais baratos e os clientes geralmente compram mais alimentos de marca própria . Por outro lado, os volumes refrigerados têm resistido melhor do que os volumes secos, confirmando o que o Walmart está dizendo: a mercearia está superando a mercadoria geral.

E enquanto o negócio de e-commerce do Walmart está crescendo, os volumes de vendas online como um todo estão estáveis ​​ou baixos. Transportes, marcas e retalhistas A cidade de Laredo, Texas, focada em alimentos, que lida com 38% das mercadorias exportadas do México, está ganhando participação de mercado de Los Angeles, focada no varejo.

O menor crescimento do comércio eletrônico pode ser positivo para algumas transportadoras, como a FedEx, integradora de encomendas, que apresentou seus resultados do terceiro trimestre do ano fiscal em 16 de março. Embora os volumes tenham diminuído em todos os negócios, desde remessas expressas a terrestres, internacionais e de frete, a administração começou a redimensionar os negócios, melhorando o desempenho e, na verdade, aumentou as previsões de lucro para 2023.

"Estamos redimensionando nossa base de custos para adequá-la às realidades atuais e criar uma rede mais eficiente e ágil", disse Raj Subramaniam, CEO da FedEx. "Não estamos apenas cortando custos. Estamos simultaneamente focados em administrar nossos negócios de maneira mais eficiente, flexível e lucrativa, o que criará valor significativo para nossos acionistas nos próximos anos. Estou especialmente satisfeito com o progresso que estamos vendo em terra A equipe tomou medidas agressivas para lidar com sua estrutura de custos e efetivamente mitigou as pressões de volume. disse."

Inicada há quase três anos, uma parcela maior de remessas de empresas para consumidores criou dificuldades de margem para a UPS e a FedEx, à medida que pacotes baratos de comércio eletrônico inundaram suas redes. Mas o que sobe deve cair: agora, embora o quadro geral da receita não seja exatamente o céu azul para a receita da FedEx, que é superindexada à carga aérea, uma operação mais eficiente e uma mudança de mix mais favorável melhorarão as perspectivas para margens. Assim, apesar da fraqueza significativa do volume, a Subramaniam elevou na semana passada a previsão da FedEx para o lucro total ajustado por ação em 2023 de US$ 13,80 para US$ 14,40, de US$ 12,50 para US$ 13,50 dólares. As ações da FedEx subiram 12% com base nessas previsões positivas.

Ministro da Agricultura defende na China projeto brasileiro para transição sustentável

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou da abertura do evento "Diálogo China-Brasil de Desenvolvimento Sustentável: governos locais, think tanks e empresas em ação" nesta segunda-feira (27) em Pequim. Aos empresários e agentes governamentais chineses e brasileiros, o ministro destacou as potencialidades do desenvolvimento sustentável do agronegócio do Brasil que, a partir do próximo Plano Safra, terá um incentivo ainda maior para a recuperação de pastagens em áreas de plantio, o que possibilita dobrar a área de produção no país.

"O Brasil pode e deve intensificar sua produção de alimentos. O Brasil pode e deve intensificar suas relações comerciais com a China. E podemos fazer tudo isso de forma sustentável, aumentando a produção, tanto da agricultura, quanto da pecuária, sem desmatar uma árvore", ressaltou.

Organizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) em parceria com o Center for China Globalization (CCG) e com apoio da Chinese People’s Association for Friendship with Foreign Countries (CPAFFC), o encontro busca aproximar governos locais, think tanks e empresas de ambos os países para uma transição para uma economia de baixo carbono.

 

Antaq aprova abertura de audiência pública para terminal de minério de ferro em Itaguaí

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) aprovou a abertura de consulta pública para obter subsídios e sugestões para o aprimoramento dos documentos técnicos e jurídicos para a licitação do terminal ITG 02, no Porto Organizado de Itaguaí (RJ).

A expectativa é de que o novo empreendimento – que será implantado em uma área de 348.937m² – receba, ao longo da concessão, quase R$ 3 bilhões em investimentos e aumentar a capacidade de escoamento de minério de ferro pelo Porto de Itaguaí, movimentando quase 400 milhões de toneladas ao longo da vigência contratual.

Essa é a primeira audiência pública autorizada pela Agência no ano de 2023. Os documentos preparatórios para a licitação da instalação portuária foram aprovados na última Reunião Ordinária de Diretoria (ROD), realizada nesta quinta-feira (23).

Na reunião, os diretores acordaram que o estudo que fundamenta a licitação está de acordo com a Resolução Normativa da Antaq nº 85/2022 – que estabelece procedimentos para a elaboração e análise de estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental e recomposição do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de arrendamento de áreas e instalações portuárias nos portos organizados.

O período para contribuições assim como o agendamento da data da audiência pública presencial será determinado em momento posterior.

Também no estado fluminense, a diretoria colegiada aprovou também o prosseguimento do pedido da Aliseo Empreendimentos e Participações S.A. para construção e operação de Terminal de Uso Privado (TUP) no município de São João da Barra (RJ), destinado a movimentação e armazenagem de carga geral, granel líquido e sólido.

O empreendimento está localizado em uma área de aproximadamente 161 mil m², sendo 15.550 m² de área de acostagem. O valor de investimento orçado é de quase 535 milhões. Com a aprovação da autarquia, caberá ao Ministério de Portos e Aeroportos a decisão sobre a celebração do contrato.

A estimativa de movimentação é de mais de 168 toneladas/ano de carga geral, 700 mil toneladas/ano de granel sólido e 1 milhão de m³/ano de granel líquido. Em termos de armazenamento, a previsão é que o TUP movimente 245 mil toneladas/ano de carga geral e 200 mil toneladas/ano de granel sólido.

Durante a ROD, a diretoria da Antaq aprovou ainda um pedido de autorização especial da Administradora de Bens Infraestrutura S.A. em seu TUP localizado no município de Santarém (PA). A concessão, válida por 180 dias, é voltada para a movimentação e armazenagem de granéis líquidos.

 

Porto Itapoá oferece novas soluções logísticas integradas, incluindo novo armazém e serviço rodoviário

Clientes do Porto Itapoá podem agora contar com novas soluções logísticas integradas. A primeira delas é o serviço de armazenagem de cargas em armazém geral com área dedicada exclusiva para as operações gerenciadas pelo próprio porto, com pouco mais de 2 mil metros quadrados. A segunda, o serviço de transporte rodoviário de carga consolidada (LTL – Less-than-truckload) até a porta do cliente, com saídas diárias.

As novidades, segundo diretor de negócios de experiência do cliente, Roberto Pandolfo, foram introduzidas para atender interesses específicos de algumas empresas. “As soluções integradas que estamos oferecendo buscam facilitar a jornada do cliente que trabalha conosco, mas também podem significar uma redução de custos, dependendo da composição logística que for estruturada”, explica.

No caso do serviço de armazenagem para cargas gerais, Pandolfo explica que o benefício imediato é a flexibilidade obtida pelo cliente em relação ao uso do contêiner, cessando ou reduzindo o pagamento da demurrage – multa paga pelo cliente que utiliza um contêiner para além do prazo contratado. “Com a localização estratégica deste espaço, a ‘desova’ do contêiner e sua devolução para o armador tornam-se mais práticas e rápidas, sobretudo pelo fato do free-time (tempo de uso do contêiner) ter sido consideravelmente reduzido desde o início da pandemia”.

O espaço também pode funcionar como um “pulmão” para a empresa que estiver com sua capacidade de estoque próxima ao limite. “Trata-se de uma solução para aquele cliente que eventualmente precisa de um local para armazenar sua carga. Além disso, os trâmites operacionais ficam sob nossa responsabilidade o que é, sem dúvida, uma comodidade”, comenta Pandolfo.

Já a segunda solução, em complemento às operações de cargas fracionadas em contêineres (LCL – Less Container Load), o Porto Itapoá desenvolveu o serviço de transporte de cargas fracionadas (LTL – Less-than-truckload) que teve seu início no mês de julho e já faz parte da estratégia de alguns clientes. As entregas são feitas nos raios de 160km e 260km do Porto Itapoá. O objetivo é levar a carga do Porto Itapoá diretamente até a porta do cliente através de transporte gerenciado pelo próprio Terminal. “Dessa forma, absorvemos uma etapa no processo logístico do cliente, assegurando a entrega e acabando com possíveis contratempos”, salienta o diretor do Porto Itapoá.

Roberto Pandolfo destaca, ainda, que para além da estrutura própria do Porto Itapoá, diversos serviços logísticos estão disponíveis na retroárea do Terminal. “A estrutura de serviços de apoio à operação portuária em nossa região, exercidos por terceiros, atualmente já se encontra num estágio de maturidade e têm capacidade para suprir interesses diversos”, finaliza o executivo.


Porto em expansão
As obras de expansão do Porto Itapoá já tiveram início e serão concluídas até o fim de 2023. A expansão representa um importante passo para as atividades do Terminal, uma vez que a capacidade de movimentação de carga vai praticamente dobrar. O pátio vai dos atuais 250 mil m² para 455 mil m². A expansão será fruto de um investimento de R$ 750 milhões.

segunda-feira, 27 de março de 2023

Wilson Sons tem salto de 169% do lucro líquido no quarto trimestre de 2022, para R$ 112,6 milhões


A empresa de navegação Wilson Sons (PORT3) registrou um lucro líquido de R$ 112,6 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), avanço de 169% na comparação com igual período de 2021. Em 2022, o lucro acumulado foi de R$ 338,9 milhões, avanço anual de 51,5%.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês), por sua vez, avançou 32,2% nos últimos três meses de 2022 frente mesmo período de 2021, a R$ 250,7 milhões. O Ebitda acumulado em 2022 foi de R$ 939 milhões, alta de 9,3% frente o ano anterior, com resultados resilientes de rebocadores e logística, informou a companhia. A receita líquida avançou 1,1% no trimestre, a R$ 584 milhões, e 6,2% no acumulado de 2022, a R$ 2,27 bilhões.

O aumento anual, segundo a companhia, refletiu principalmente (i) um mix de receita melhor na divisão de rebocadores; (ii) condições favoráveis de volume para o negócio de logística internacional (Allink); (iii) maior atividade operacional na unidade de bases de apoio offshore; e (iv) o aumento da receita de agência marítima. Em dólar, as receitas foram 11,0% acima de 2021.

“Apesar da queda de volume, a receita de terminais de contêiner cresceu ligeiramente ano contra ano com o aumento da receita de armazenagem”, apontou. Com isso, a margem Ebitda da companhia subiu 10,1 pontos percentuais (p.p.) no trimestre, passando de 32,8% no 4T21 para 42,9% no 4T22. No ano, a margem subiu 1,1 ponto, para 41,3%.

No ano, o resultado de rebocadores cresceu 4,1%, com um aumento na receita média por manobra e operações especiais. Durante o período, o estaleiro da companhia entregou o WS Centaurus e o WS Orion, os dois primeiros de uma série de seis rebocadores com mais de 90 toneladas de tração estática que se juntarão à sua frota até 2024.

O resultado de terminais de contêiner foi afetado pela disponibilidade limitada de contêineres vazios e gargalos logísticos globais, causando cancelamentos de escalas de navios. Entretanto, aponta a empresa, a situação começou a melhorar, com volumes agregados crescendo 5,2% nos dois primeiros meses de 2023.

“A demanda por nossos serviços ligados à energia offshore melhorou de forma expressiva, à medida que as atracações em nossas bases de apoio offshore aumentaram 30,6% em relação a 2021, e os dias em operação da nossa joint venture de embarcações de apoio offshore cresceram 20,1% ano contra ano”, apontou a empresa.

A Wilson Sons destacou que, no último trimestre de 2022, novos contratos de base de apoio foram assinados com a Petronas e a 3R Petroleum (RRRP3), e os PSVs Torda, Biguá e Fulmar, de propriedade da joint venture, começaram a operar sob novos contratos de quatro anos com a Petrobras (PETR4).

Nos últimos três meses de 2022, os custos e despesas totais diminuíram 4,4%, como resultado de: • Despesas com matéria-prima, que cresceram 24,9%, refletindo principalmente custos de combustível mais elevados na divisão de rebocadores;
• Despesas com pessoal e benefícios, que reduziram 3,0%, à medida que o trimestre comparativo foi afetado negativamente pelos custos de horas extras em decorrência de medidas de proteção dos trabalhadores  durante a pandemia, e por provisões para bônus mais altas no 4T21; e • Outras despesas operacionais, que diminuíram 12,4%. (imagem do Tecon Rio Grande, pertencente ao grupo Wilson Sons)

 

Diretor da Antaq diz que momento é favorável para desenvolvimento do modal hidroviário e cita concessão da Hidrovia da Lagoa Mirim

O diretor-geral da Antaq (Agência Nacional de Transporte Aquaviário), Eduardo Nery, afirmou que a realidade brasileira é favorável para o desenvolvimento do modal hidroviário no Brasil. A manifestação foi durante a abertura do "Diálogos Hidroviáveis", evento promovido pela Adecon (Agência de Desenvolvimento Sustentável do Corredor Centro Norte), realizado em Brasília.

Em seu discurso de abertura dos trabalhos, Eduardo Nery disse que já conversou com o ministro de Portos e Aeroportos, Marcio França, e que ambos estão alinhados quanto a necessidade em desenvolver o modal. “Em minhas primeiras conversas com o ministro Marcio França, ele demonstrou ter uma visão especial sobre o setor. Portanto, é um ambiente muito favorável para que as nossas hidrovias tenham o desenvolvimento esperado”, falou.

O diretor-geral fez ainda um balanço dos dois últimos anos de ações voltadas ao desenvolvimento hidroviário no país. Segundo Nery, obras importantes vêm avançando no setor. Entre elas, a de desenvolvimento do Rio Tocantins, em especial as obras de derrocamento do Pedral do Lourenço. 

“De dois anos para cá vejo ações concretas sendo iniciadas. Em novembro do ano passado, por exemplo, fizemos uma visita ao Pedral do Lourenço. Uma obra emblemática com a participação de diversos órgãos e agências. O RDC já está contratado pelo Dnit, com o projeto sendo elaborado. Agora, aguardamos a questão do licenciamento ambiental para podermos tocar essa obra tão vantajosa para o meio ambiente”, disse.

Lagoa-Mirim

Nery também falou sobre as ações feitas para viabilizar a concessão da Hidrovia da Lagoa Mirim – Lagoa de Patos, no Rio Grande do Sul. Ligação entre Brasil e Uruguai, a hidrovia é constituída por trechos de sete rios e tem extensão total de 1.860 quilômetros. A navegação pelo canal fluvial permitirá o escoamento de cargas pelo Porto de Pelotas, liberando cargas por rotas no Oceano Atlântico.

Para o diretor-geral, o grupo de trabalho para analisar os estudos de viabilidade para a concessão da Hidrovia da Lagoa Mirim – integrado pela Antaq, Ministério de Portos e Aeroportos, Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) – trará novos conhecimentos para o país relativos a concessões de hidrovias.

“Temos outra iniciativa em curso que é a hidrovia da Lagoa Mirim. Ela deve ser a primeira concessão hidroviária do país. Nós temos um grupo de trabalho construindo uma gama de conhecimento que ainda não se tinha”, afirmou.

Além do diretor-geral da Antaq, a cerimônia de abertura do evento “Diálogos Hidroviáveis” contou com a presença do secretário-executivo do Ministério de Portos e Aeroportos, Roberto Gusmão, do presidente da Adecon, Roland Klein, da diretora de infraestrutura aquaviária do Dnit, Karoline Lemos, do diretor de Relações Institucionais da FRENLOGI, Edinho Bez, e do diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Felipe Queiroz.

 

Ministério dos Transportes do Peru autoriza serviço de cabotagem durante vigência da declaração de emergência no país

O Ministério dos Transportes e Comunicações do Peru (MTC) aprovou uma resolução para permitir o serviço de cabotagem marítima durante a vigência da Declaração de Estados de Emergência, com o objetivo de garantir o abastecimento de produtos básicos nas diferentes regiões do território peruano , promover o desenvolvimento econômico e proteger o emprego no setor. A informação foi divulgada pela agência de notícias peruana Andina.

A Resolução Ministerial nº 310-2023-MTC/01 foi publicada em 23 de março de 2023 na edição extraordinária do Boletim de Normas Jurídicas do Diário Oficial El Peruano. As empresas de navegação, pesca, turismo e transporte marítimo, previamente cadastradas e autorizadas pelos órgãos competentes, ficam autorizadas a prestar o serviço de cabotagem marítima nos portos e terminais portuários autorizados ao transporte de passageiros, mercadorias e produtos para fins humanitários para efeitos de ajuda, durante a vigência da Declaração de Estados de Emergência.

Essa iniciativa busca garantir o acesso a bens e produtos básicos nas diversas regiões do país, inclusive nas mais remotas e de difícil acesso. De referir que a autorização do serviço de cabotagem marítima enquadra-se no disposto no artigo 3.º da Lei n.º 30.580, Lei que altera a Lei n.º 28.583, Lei de Reativação e Promoção da Marinha Mercante Nacional para promover a cabotagem no Operações de comércio exterior. A resolução foi assinada pela ministra dos Transportes e Comunicações, Paola Lazarte Castillo.

Movimentação de cargas em Santos é de 16,9 milhões de toneladas em fevereiro, 14,8% menos que o mesmo mês do ano passado

O Porto de Santos (SP) movimentou 10,9 milhões de toneladas de cargas em fevereiro deste ano, o segundo melhor recorde para este período registrado no complexo portuário. Esse desempenho foi 14,8% inferior ao de fevereiro do ano passado, quando foram embarcadas 12,8 milhões de toneladas (recorde), principalmente devido à redução nos volumes exportados de soja (-10,6%); e açúcar (-24,3%).

A queda nos embarques de soja foi influenciada pelo atraso na colheita, apesar da produção recorde estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em 151,4 milhões de toneladas para a safra 2022/2023, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em 14 de março. Ainda de acordo com o ministério, o açúcar apresentou queda nas vendas externas devido à menor disponibilidade interna para exportação, devido à menor moagem da cana por motivos climáticos.

Mesmo assim, a movimentação acumulada do produto no ano mostra crescimento de 2,0%, com 2,1 milhões de toneladas. Da mesma forma, os embarques de milho, apesar da queda observada em fevereiro, cresceram 22,2% no primeiro bimestre de 2023, atingindo 1,5 milhão de toneladas. Os embarques de carne bovina, com 105,3 mil toneladas (-23,3%), também foram afetados pela redução dos preços internacionais e menores volumes exportados. Isso se refletiu na movimentação de carga conteinerizada, que apresentou redução de 13,3%, totalizando 324,6 mil TEUs.

Segundo explica o MAPA, um dos motivos para a queda no volume foi o caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (doença da vaca louca), comunicado em 22 de fevereiro à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que levou à suspensão temporária das exportação de carne para a China. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a queda nas exportações de diversos produtos em fevereiro não pode ser considerada uma tendência, devido aos fatores conjunturais mencionados.

Já a queda nos embarques deve-se principalmente ao comportamento de fertilizantes, que registrou redução de 28,7%. Os embarques somaram 7,9 milhões de toneladas em fevereiro, 13,3% a menos que no mesmo período do ano anterior. Os desembarques também registraram queda de 18,8%, totalizando 3,0 milhões de toneladas.

A movimentação acumulada no primeiro bimestre do ano atingiu 21,1 milhões de toneladas (-10,3%), embarques correspondentes a 14,7 milhões de toneladas (-9,2%) e descargas a 6,4 milhões de toneladas (-12,5%). A carga contentorizada ascendeu a 677,5 mil TEUs (-10,7%). Por outro lado, o tráfego de navios aumentou 0,4% até o momento (791 navios).

A participação do Porto de Santos na corrente comercial brasileira em fevereiro foi de 27,3%. Das transações comerciais com o exterior que passaram pelo Porto de Santos, a China apresentou a maior participação, com 26,7%. O Estado de São Paulo continua como a unidade da Federação com maior participação nas transações comerciais com o exterior, 57,6%.

Porto do Rio de Janeiro vai dragar acesso para receber navios de 366 metros de comprimento

A PortosRio publicou o edital de licitação, visando a contratação de uma empresa especializada para a execução de obras de dragagem de aprofundamento no acesso aquaviário ao Porto do Rio de Janeiro. O objetivo da Autoridade Portuária é oferecer melhores condições de navegabilidade no porto e viabilizar a atracação de navios da classe New Panamax, com 366 metros de LOA.

Segundo o diretor-presidente interino da PortosRio, Jean Paulo Castro e Silva, "Esta é a principal obra da PortosRio até então por duas razões: é uma nova ordem de grandeza de valores para os investimentos feitos pela Autoridade Portuária com recursos próprios e é fundamental para manter a competitividade dos nossos terminais de contêiner do Porto do Rio de Janeiro. Por isso, é uma contratação simbólica do compromisso da gestão da empresa de elevar a nossa geração de caixa e convertê-la em investimentos que ampliam e modernizam a nossa infraestrutura, contribuindo para o crescimento econômico local e do país."

O superintendente de Gestão Portuária do Rio de Janeiro e Niterói, Leandro Lima, ressaltou que “essa dragagem faz parte de um portifólio de projetos da Autoridade Portuária, com foco em garantir melhores condições de infraestrutura aos usuários do porto e, consequentemente, possibilitar a redução de custos da operação portuária, bem como da cadeia logística como um todo. Nesse diapasão, essa obra permitirá que o Porto do Rio de Janeiro receba as maiores embarcações de contêiner previstas para a América do Sul, atraindo assim novas rotas comerciais para o país."

De acordo com o superintendente de Engenharia da PortosRio, Roberto Catalão, "pelo escopo do projeto, a estimativa do volume a ser dragado é de aproximadamente 2,3 milhões de metros cúbicos”. Catalão informou ainda que o preço global máximo fixado no edital é de R$ 161.367.864,97 e o critério de julgamento será pelo menor preço global.

Além da dragagem de aprofundamento, o objeto da licitação compreende também a elaboração dos projetos básico e executivo, o projeto de sinalização e balizamento, e demais serviços e operações imprescindíveis e complementares necessários para a entrega da obra.

 

TCU adia votação sobre processo de desestatização do Porto de Santos atendendo pedido da União para que o governo federal seja consultado

A votação do processo de desestatização do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, que aconteceria nesta quarta-feira (22), durante a sessão ordinária do Tribunal de Contas da União (TCU), foi adiada em 60 dias. A decisão foi tomada pelo plenário, pois foi proposto pelos juristas que o governo federal seja consultado sobre o interesse de dar continuidade ao projeto de privatizar o porto santista.

A proposta de consultar o governo foi do segundo revisor do processo, o ministro Benjamin Zymler. O jurista enfatizou a necessidade de ouvir a opinião do ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, tendo em vista a recente troca de governo.

“Após a troca de governo, algumas autoridades reportaram em entrevistas a perda de interesse do governo federal no projeto. Óbvio que eu não conheço a posição do ministro Márcio França, mas ele tem dito, pelo menos é o que leio na mídia, que o projeto [de desestatização] seria abandonado pelo governo”, afirmou Zymler.

O ministro Vital do Rêgo, que é o terceiro revisor do processo de desestatização do complexo santista, concordou com a proposta de Zymler, enfatizando ser ‘eficiente’ e ‘prudente’ consultar o Ministério de Portos e Aeroportos.

Com a palavra, o presidente do TCU, o ministro Bruno Dantas, declarou que, pelo ponto de vista de dinâmica de trabalho, a votação deverá ser suspensa por 60 dias.

“O Tribunal pode muito, mas não pode obrigar o governo a privatizar algo que ele não deseja. [...] Como presidente do Tribunal, vou expedir um ofício ao ministro dos Portos e Aeroportos com o prazo de 15 ou 30 dias para manifestar o interesse ou não de desestatizar o Porto”, acrescentou Dantas.

No início de março, a votação do processo de desestatização do Porto de Santos também foi adiada. Desta vez, por conta da ausência do ministro Vital do Rêgo, que é o terceiro revisor do processo.

Em dezembro de 2022, em uma sessão extraordinária, Dantas iniciou o acompanhamento do caso afirmando que o processo é absolutamente crucial e um dos mais importantes da sessão. O jurista pontuou algumas questões que constam nos autos, entre elas, a construção do túnel entre Santos e Guarujá.

Durante a sessão extraordinária, na época, o primeiro revisor o ministro Walton Alencar Rodrigues, e os ministros Benjamin Zymler e Vital do Rêgo pediram vistas ao processo, pois entenderam a necessidade de examinar detalhadamente os pontos que constam nos autos.

A proposta de entregar o controle do Porto de Santos à iniciativa privada é motivo de divergências entre ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva desde janeiro. O ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, é contrário à privatização ou à concessão da gestão do porto a um grupo privado. Já o ministro da Casa Civil, Rui Costa, principal responsável pelo PPI (Programa de Parcerias e Investimentos), afirma que nada está descartado.

Em janeiro, a defesa da privatização do porto foi um dos principais assuntos da reunião entre Lula e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, no Palácio do Planalto. Rui Costa e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, além do secretário da Casa Civil de São Paulo, Gilberto Kassab, estavam na reunião.

Tarcísio pediu a Lula que considerasse levar adiante a entrega do porto à iniciativa privada. O modelo de concessão foi desenhado pela equipe de Tarcísio quando ele ocupava o Ministério da Infraestrutura. A modelagem está em análise pelo Tribunal de Contas da União, uma das últimas etapas antes do leilão.

O governador de São Paulo tem especial interesse na construção do túnel para ligar Santos ao Guarujá. A obra, orçada em R$ 3 bilhões, seria de responsabilidade do consórcio que arrematasse o porto. Promessa antiga, a ligação terrestre entre as cidades tem grande impacto eleitoral justamente em um reduto de Márcio França.

Lula chegou a declarar, em dezembro, em um discurso repleto de críticas ao mercado, que não haveria privatizações em seu governo. Além disso, a equipe de transição se manifestou de forma contrária à privatização do porto.

Dois fatores, no entanto, animaram Tarcísio, que viu uma brecha para negociar: entrevistas no final do ano passado do próprio Márcio França em que o ministro admite a possibilidade de conceder algumas partes do porto, como o canal e terminais, mas não a gestão da autoridade portuária como um todo; e a ausência do porto na lista elaborada pelo governo Lula de empresas e equipamentos que não serão privatizados. Segundo interlocutores de Tarcísio, Lula se mostrou aberto a estudar o assunto e não descartou a entrega do porto à iniciativa privada.

 

sexta-feira, 24 de março de 2023

Negociações de contratos portuários na Costa Oeste dos Estados Unidos entram em rota de colisão


As negociações contratuais dos estivadores da Costa Oeste dos EUA ocorrem em um momento crítico, com importadores e varejistas negociando acordos de serviços com transportadoras para o próximo ano. Eles estão decidindo não apenas quanta carga precisarão carregar nos navios, mas também por quais portos.

Segundo relatos da Bloomberg, o primeiro sinal público de que as negociações portuárias na Costa Oeste não estão indo bem veio na madrugada desta segunda-feira, 20 de março, quando a Associação Marítima do Pacífico (PMA), que representa companhias de navegação e operadores de terminais, denunciou que os estivadores não estão revezando no horário de almoço, o que causa atrasos dos caminhoneiros nas portas do terminal.

Os empregadores podem escalonar os turnos na hora do almoço, para que haja estivadores suficientes para entregar e receber contêineres, disse a PMA. Mas "na semana passada, o International Longshore and Warehouse Union ILWU Local 13 deixou de honrar essa disposição do contrato", disse a PMA, referindo-se ao capítulo local do International Longshore and Warehouse Union.

A ameaça de distúrbios sindicais levou varejistas, fabricantes e outros importadores a evitar possíveis problemas de transporte, desviando mercadorias para as costas leste e do Golfo. O problema começou faz um ano.

A PMA disse que as ações estão causando "atrasos significativos". E, como as duas partes operam sem contrato desde 1º de julho, “não há possibilidade de a PMA arbitrar a questão e exigir do sindicato o atendimento contínuo e ininterrupto dos terminais”.

O CEO da Yusen Terminals LLC, Alan McCorkle, afirmou que as ações não causaram um grande impacto em seu terminal do porto de Los Angeles (foto), mas a comunidade marítima foi atingida por longas filas e atrasos.

A movimentação de mercadorias por caminhão nos portos gêmeos está agora "totalmente fechada" das 12h às 13h todos os dias, em vez de operar normalmente com meia capacidade durante o horário de almoço, "resultando em maior fila de caminhões e atrasos para o transporte comunidade", relatou  McCorkle.

Enquanto isso, o presidente do ILWU, Willie Adams, destacou em um comunicado que seus membros podem "fazer uma pausa para o almoço como todo mundo". O sindicato explicou que os estivadores trabalham todos os dias, conforme acordo com a PMA, e os caminhões podem fazer fila por vários motivos.

O sindicato observou que a PMA está usando as filas para tentar influenciar a opinião pública. Por sua vez, um operador de caminhão de carga diz que os problemas não afetaram as operações do terminal ou o tempo que os caminhoneiros passam nas filas.

"Não notei nenhuma diferença. Os caras esperam na fila, mas não vi uma mudança drástica no tempo que um caminhão espera por um contêiner", diz Ian Weiland, COO da Junction Collaborative Transports, uma empresa de transporte de contêineres dos portos de Los Angeles e Long Beach.

De acordo com Weiland, os terminais adicionaram suporte adicional nos portões de caminhões antes e depois da hora do almoço, o que resultou em um fluxo tranquilo de contêineres dentro e fora do horário do almoço. Antes da hora do almoço, alguém estava processando caminhões dentro e fora do terminal durante os intervalos.

"Eles ainda estavam almoçando, os caminhões estavam apenas esperando dentro do terminal. Agora os caminhões estão esperando do lado de fora", explica Weiland. Cabe mencionar que a PMA e o ILWU, que representam cerca de 22.000 estivadores na Costa Oeste, prometeram não comentar na mídia e continuar trabalhando sem problemas como paralisações ou bloqueios. Em 23 de fevereiro, eles emitiram uma declaração conjunta expressando sua esperança de chegar a um acordo em breve.