segunda-feira, 22 de junho de 2015

Investimentos externos no Brasil voltam a crescer em maio, cobrindo o rombo nas contas externas

       Os Investimentos Diretos no País (IDP, antes chamados de IED) voltaram a crescer em maio e ser suficientes para cobrir o rombo nas contas externas. Segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (22), pelo Banco Central, esses recursos trazidos por estrangeiros e que são destinados ao setor produtivo somaram US$ 6,608 bilhões em maio.

       O resultado ficou acima das estimativas apuradas pelo AE Projeções com instituições financeiras, que iam de US$ 3,7 bilhões a US$ 4,5 bilhões, com mediana de US$ 4,2 bilhões. Pelos cálculos do BC, o IDP de maio ficaria em US$ 4 bilhões. A estimativa do BC foi feita com base nos números até 22 de maio, quando o País havia recebido US$ 2,8 bilhões em recursos externos.

       Em abril, o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, enfatizou que, com a nova metodologia, houve uma profunda alteração nas estatísticas dessa conta por causa da alteração de conceito relativo a empréstimos intercompanhias. O IDP também deve ser mais volátil do que o antigo IED, de acordo com o técnico. 

       Ele deu como exemplo uma captação externa de US$ 10 bilhões feita por uma subsidiária de uma empresa brasileira no exterior. Antes, essa captação transferida pela subsidiária para a matriz brasileira era considerada como empréstimo de amortização de capital. Agora, é computada como IDP dentro do conceito de "internacionalização" de recursos de "fora para dentro". "Não importa se a filial é brasileira ou não. O importante é de onde estão vindo os recursos", explicou.

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