O primeiro vice-presidente da Associação Nacional de
Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, afirmou
nesta quarta-feira que a indústria automotiva espera uma definição até o
final de 2015 sobre o projeto de renovação de frota de caminhões
entregue pela entidade ao governo no ano passado. O projeto consistiria,
em uma etapa ainda experimental, na retirada de 500 veículos com mais
30 anos de uso para serem reciclados.
O proprietário do caminhão
receberia um bônus da recicladora que seria utilizado no pagamento de
20% do valor de um outro caminhão. Como o caminhão a ser
comprado não deve ser um veículo novo, o bônus seria utilizado novamente
pela loja para a aquisição de outro caminhão, também mais novo que o
vendido ao caminhoneiro, e assim, sucessivamente, até que esse valor de
desconto chegasse às concessionárias na venda de um veículo novo, quando
seria transformado em abatimento de impostos.
"É um projeto que prevê
cunho ambiental, já que tira caminhões de mais de 30 anos de uso, e
ainda de segurança, pois se os caminhões correspondem a 5% da frota, são
responsáveis por 25% dos acidentes", explicou Megale, que também é
diretor da Volkswagen. Já a renovação de veículos leves
ainda não chegou a ser transformada em projeto.
O presidente da
Volkswagen do Brasil, David Powels, disse que há espaço para que haja
uma renovação de frota de carros no País, mas defendeu que um possível
projeto seja sustentável e de longo prazo. "Se for um programa de
período curto, trazendo as compras de amanhã para hoje, não haveria uma
sustentabilidade no volume de vendas", disse Powels.
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