quarta-feira, 31 de maio de 2017

Trump anunciará endurecimento nas relações com Cuba nos próximos dias

         O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, planeja anunciar em breve em Miami, na Flórida, uma série de mudanças na política para Cuba que pode endurecer significativamente as condições para o comércio e as viagens de americanos à ilha. As informações foram confirmadas à Agência EFE no final desta terça-feira (31) por três fontes próximas ao processo.
         Ao chegar ao poder em janeiro, Trump ordenou que sua equipe fizesse uma revisão da política de abertura a Cuba, estabelecida a partir de dezembro de 2014 por seu antecessor, o ex-presidente Barack Obama.
         A revisão está perto de terminar e a equipe de Trump pretende apresentar ao presidente uma série de opções para que ele decida qual tomar, disse hoje à EFE uma fonte do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
         Segundo fontes próximas ao processo de revisão, a Casa Branca já decidiu que Trump fará nas próximas semanas um discurso semelhante a um comício em Miami para detalhar as mudanças. O evento estaria programado para ocorrer em meados de junho: "está certo que Trump vai a Miami e fará um discurso, mas os detalhes ainda estão sendo negociados".
         Entre as possíveis mudanças está a proibição de empresas dos EUA de negociar com companhias ou órgãos que estejam ligados às Forças Armadas Revolucionárias (FAR) de Cuba. Outra revisão prevê a imposição de mais restrições a viagens de americanos à ilha.
         Também é provável que Trump anule a ordem executiva publicada por Obama em 2016, que servia como guia esclarecendo a responsabilidade de cada órgão do governo norte-americano na nova relação com Cuba.
         Ainda que Trump não esteja cogitando romper as relações ou fechar a embaixada dos EUA em Havana, as mudanças estão longe de ser meramente simbólicas, afirmaram as fontes consultadas pela Agência EFE.
         "Essa é uma marcha ré significativa em relação à política de aproximação de Obama", afirmou uma fonte, que defende o fim do embargo comercial a Cuba.
         "Proibir todas as transações relacionadas com o Exército cubano pode parecer inócuo, mas, na prática, isso sufocará todo o comércio com Cuba", avaliou a fonte consultada pela EFE.
         Para o Departamento do Tesouro dos EUA é difícil ter certeza de que uma empresa estatal cubana não tem vínculo com as FAR. Isso criaria incerteza para as companhias americanas, que não vão se arriscar.
         Trump também pode instruir o Departamento de Estado a focar mais nos direitos humanos, segundo John Kavulich, que preside o Conselho Comercial e Econômico EUA-Cuba, um grupo de empresas americanas interessadas em fazer negócios com a ilha.
         Ainda que o turismo de americanos em Cuba não seja permitido, Obama relaxou as restrições de viagem e autorizou que cidadãos dos EUA se autodeclarassem participantes de uma visita educativa, cultural ou de outro tipo à ilha.
         Kaluvich explicou que a intenção da equipe de Trump é, pelo menos, reforçar os controles de imigração para que os americanos que retornem de Cuba provem que viajaram à ilha pelos motivos alegados.
         Outra opção é eliminar a autocertificação de Obama e obrigar que todos obtenham licenças específicas para viajar a Cuba, algo que pode desestimular os turistas e dificultar as operações das companhias aéreas que estabeleceram rotas regulares para a ilha.
         Dois republicanos de origem cubana foram essenciais no processo de revisão da Casa Branca: o senador Marco Rubio e o congressista Mario Díaz-Balart. Todos teriam recebido garantias do próprio Trump de que o presidente endureceria as políticas para Cuba se eles colaborassem com o presidente em vários temas, como as indicações de membros para formar o governo e a lei de reforma da saúde.
         Rubio segue negociando com a Casa Branca o conteúdo do discurso de Trump, mas, por enquanto, a equipe de estrategistas do presidente tem levado a melhor no debate interno sobre quase todos os órgãos do governo, que se mostraram favoráveis a manter a política de Obama para Cuba, afirmaram duas das fontes ouvidas pela EFE.

Grupo italiano Fincantiere compra controle do Estaleiro Vard Promar

         A Vard Holdings anunciou nesta semana a compra do controle do Estaleiro Vard Promar, localizado em Pernambuco. A negociação envolveu a transferência de 4,85% da  participação da PJMR (companhia que tem  Ariovaldo Rocha, presidente do Sinaval, como um dos sócios).
        O valor da transação foi de R$ 5,5 milhões. O grupo Vard, controlado pela estatal italiana Fincantiere, passou a ter 100% do controle do estaleiro local que tem navios gaseiros e navios de apoio marítimo em construção para a Transpetro e a DOFcon.
        A avaliação foi baseada em opções de venda acordadas anteriormente, relacionadas com o aumento anterior da participação da Vard Promar SA, que havia sido anunciada em 5 de Agosto de 2016.

TCP bate recorde de produtividade em abril, atingindo 92,9 MPH



         A TCP (Terminal de Contêineres de Paranaguá) bateu dois novos recordes de produtividade no mês de abril ao atingir 92,9 MPH (movimento por hora) geral e 29,5 MPHE (movimento por hora por equipamento). A produtividade geral é a melhor marca do Terminal em 2017, enquanto a movimentação por guindaste é o melhor índice registrado desde dezembro de 2014, quando a movimentação por equipamento foi de 28,8 MPHE.
        O Superintendente de Operações da TCP, Rodrigo Paupitz, explica que o terminal tem registrado ótimos índices de produtividade graças aos diversos investimentos que tem realizado para sua modernização e ampliação. “Exemplo disso é o recente investimento para a implantação do sistema NAVIS N4, que aconteceu no final de 2016, com foco no aumento da produtividade e eficiência do Terminal”, enfatiza.
        O novo sistema integra as informações portuárias do Terminal otimizando a gestão de pátio com a automação de processos, promovendo a alocação mais eficiente dos caminhões que transportam os contêineres entre os equipamentos e navios, e melhorando a segregação dos contêineres no pátio.
        O Terminal também está investindo na ampliação do cais, que hoje conta com 879 metros e deve chegar a 1.099 metros até 2018, além de construção de dolphins exclusivos para a atracação de navios que fazem o transporte de veículos; e a ampliação da retroárea do terminal, que chegará a 500 mil metros quadrados.

Consultoria Drewry prevê perspectivas favoráveis para os porta-contêineres a partir do segundo trimestre

          A maioria das linhas de porta-contêineres teve prejuízos no primeiro trimestre deste ano, mas tarifas mais elevadas e maior procura de navios poderão alterar esta situação, calcuçou o World Maritime News com base em dados da consultora Drewry.
         Num relatório recente, citado pelo jornal, a Drewry estimara que o segmento dos porta-contentores teria um lucro operacional de 1,3 mil milhões de euros em 2017, revertendo perdas ocorridas em 2016.
         O jornal cita também que no primeiro trimestre deste ano, uma amostra de 13 navios indicou resultados financeiros mistos. Só cinco navios tiveram lucro nesse período, com uma larga diferença entre a linha que teve melhor desempenho, a CMA CGM, que registou uma margem operacional de 5,5%, e a que teve piores resultados, a HMM, com -10,1%.
         Embora fossem esperados melhores resultados no primeiro trimestre, as estimativas indicam que a recuperação do mercado só se tornará uma realidade a partir do segundo trimestre, quando os novos contratos se concretizarem. Um forte crescimento da procura nos primeiros três meses de 2017 e tarifas anuais mais elevadas podem criar boas perspectivas para o resto do ano.

Movimentação de cargas no Porto de Santos de janeiro a abril é quase 3% maior que igual período de 2016

         O Porto de Santos atingiu a marca de 38,6 milhões de toneladas movimentadas nos quatro primeiros meses do ano. O volume foi 2,9% superior ao verificado no mesmo período de 2016, que foi de 37,5 milhões de toneladas. No acumulado do ano, as exportações registraram queda de 2,2% enquanto as importações cresceram 18,8%.
         Os dados foram divulgados nesta semana pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a estatal que administra o cais santista. Apenas em abril, 10,7 milhões de toneladas de cargas entraram ou saíram do País pelo Porto de Santos, o que representa um incremento de 9,7% em relação ao quarto mês de 2016.
         Segundo a Docas, no primeiro quadrimestre, as exportações somaram 27,5 milhões de toneladas, uma queda de 2,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as importações chegaram a 11 milhões de toneladas, uma alta de 18,3%.
         A queda das exportações no quadrimestre pode ser explicada pela redução nos embarques de importantes cargas desta corrente, como o milho e o café. No primeiro caso, a queda é de 78,9%
         Nos primeiros quatro meses do ano passado, 2,2 milhões de toneladas de milho foram exportadas pelo cais santista. No mesmo período deste ano, o volume caiu para apenas 466.857 toneladas.
         Já o café registrou queda de 9,1%. Foram 409.386 toneladas escoadas de janeiro até o mês passado, contra 450.302 toneladas no primeiro quadrimestre de 2016.
         As exportações do complexo soja, que inclui a variação em grãos e farelos do produto, registraram um crescimento modesto, o que não é comum para esta época do ano, em que ocorre o escoamento da safra agrícola. Um total de 11,2 milhões de toneladas de cargas foram escoadas, 3% a mais do que no primeiro quadrimestre de 2016, quando 10,8 milhões de toneladas da commodity foram embarcadas no cais santista.
         Mas, na análise da movimentação de cargas apenas em abril, as exportações de soja registraram queda de 8,1% e somaram 3,6 milhões de toneladas, contra 3,9 milhões de toneladas do produto no quarto mês de 2016.
         Na análise do mês, o destaque foi o açúcar, que registrou crescimento de 44,9% nos embarques, somando 1,2 milhão de toneladas. Em abril do ano passado, o volume escoado foi de 893.873 toneladas.
         Nas importações, no quarto mês do ano, os desembarques de adubo no cais santista atingiram a marca de 341.311 toneladas, um aumento de 98,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Em abril de 2016, 171.904 toneladas foram importadas, segundo dados da Autoridade Portuária.
         Em abril, a movimentação de contêineres no Porto de Santos somou 306.517 TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). O volume é 17,8% superior ao verificado no quarto mês do ano passado, quando 260.160 TEU foram movimentados.
         Já no acumulado do ano, o crescimento foi de 6%, atingindo a marca de 1,1 milhão de TEU. No primeiro quadrimestre do ano passado, a soma foi de 1 milhão de TEU.
         O fluxo de navios registrou aumento no mês e queda no resultado acumulado. Foram 381 atracações em abril de 2016 contra 400 neste ano. No acumulado, 2017 registrou, até abril, 1.563 atracações, contra 1.594 no ano passado.
         De acordo com os dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), o Porto de Santos comercializou US$ 31,7 bilhões nos quatro primeiros meses deste ano. O número representa 27,6% do total de US$ 114,9 bilhões do comércio exterior do País no período.
         Nas exportações, a soma das transações comerciais com origem no Porto de Santos foi de US$ 18,4 bilhões no primeiro quadrimestre. O valor corresponde a 27% do total do País, que foi US$ 68,1 bilhões.
         A China continua como principal compradora dos produtos que partem do cais santista, com a participação de 20,4% no período, cerca de US$ 3,7 bilhões. Estados Unidos seguem na segunda posição com 11,4% de participação, cerca de US$ 2 bilhões.
         Em seguida, a Argentina responde por 7,4% das exportações do Porto, US$ 1,3 bilhão. Holanda, México e Bélgica são responsáveis por 2,9%, 2,8% e 2,5% das trocas comerciais, respectivamente.
         Nas importações, o resultado do Porto entre janeiro e abril é de US$ 13,4 bilhões, correspondente a 28,6% do total brasileiro, que é de US$ 46,8 bilhões. A participação da China é de US$ 2,9 bilhões, 21,8% no total do porto.
         Em segundo, estão os Estados Unidos, com US$ 2,17 bilhões e participação de 16,3%. Completam os dez maiores parceiros comerciais na importação: Alemanha, 8,7% e US$ 1,1 bilhão, Coreia do Sul (4,8%), Japão (4,6%), França (3,7%), Índia (2,9%), Itália (2,9%), México (2,7%) e Argentina (2,5%).

terça-feira, 30 de maio de 2017

Relatório da Abeam aponta estabilidade na frota de apoio marítimo no Brasil

         A frota de apoio marítimo em águas brasileiras totalizava 386 embarcações ao final de abril, ante 387 em março. Do total de abril, 81% (311 unidades) são barcos de bandeira brasileira e 19% (75 embarcações) de bandeira estrangeira. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo (Abeam), foram desmobilizadas 91 embarcações de bandeira estrangeira e acrescentadas 53 de bandeira brasileira em relação ao cenário vivenciado em abril de 2015.
       Com 190 embarcações, os PSVs (embarcações para transporte de suprimentos) e OSRVs (combate a derramamento de óleo) representavam 49% da frota total de apoio marítimo em abril, enquanto 18% eram LHs (manuseio de linhas e amarração) e SVs (minissupridores às plataformas de petróleo), somando 70 barcos. Outros 13% referem-se a 52 ATHS (manuseio de âncoras). Crew boats (transporte de tripulantes para plataformas) e FSVs (supridores de cargas rápidas) somavam 26 unidades, o equivalente a 7% do total.
       Entre os armadores com mais embarcações listadas, considerando barcos de bandeira nacional e estrangeiras, estão: Bram/Alfanave (55 embarcações), CBO/Oceana (27), Starnav (24), DOF/Norskan (20), Tranship (20) e Wilson Sons Ultratug (22). Na pesquisa deste mês as embarcações da empresa BSCO não constavam mais no site da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), de acordo com a Abeam. No relatório mensal, a associação informa que foram feitas tentativas de contato com a empresa sem sucesso e que as embarcações foram mantidas no relatório até melhor apuração.
         O levantamento da Abeam aponta ainda que 21 embarcações, originalmente de bandeira estrangeira, tiveram suas bandeiras trocadas para bandeira brasileira. Das 386 embarcações listadas em abril, 355 são de empresas filiadas à associação, sendo 284 de bandeira nacional e 71 de bandeira estrangeira. Entre as não associadas, 27 são de bandeira nacional e quatro estrangeiras. A Abeam ressalta que a mensuração da frota neste relatório inclui embarcações que podem ou não estar amparadas por contratos, que podem estar no mercado spot, em manutenção ou eventualmente fora de operação.

Governo gaúcho renova concessão de incentivos à indústria calçadista


         O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Satori, e o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, assinaram, nesta segunda-feira (29), o decreto Nº 53.551, que renova a concessão de créditos presumidos de ICMS nas vendas interestaduais de calçados. De acordo com a iniciativa, que vigorará  de 1º de junho de 2017 a 31 de maio de 2018, o crédito presumido seguirá sendo de 8,5% sobre o imposto devido ao Estado destino do calçado.
         Na oportunidade, Sartori ressaltou a importância do setor calçadista para a economia gaúcha, o que motivou o governo estadual ao esforço para incentivar a geração de empregos neste momento delicado da economia nacional. Feltes, por sua vez, acrescentou que o setor calçadista tem “uma resposta rápida” frente às crises econômicas e que o incentivo deve apressar essa recuperação.
         O presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Rosnei da Silva, destacou que o incentivo é uma sinalização importante, de apoio do governo estadual ao segmento. “Entendemos que o Estado está em uma situação limite, por isso nos cabe agradecer a recepção e o entendimento da importância dessa medida para melhorar as condições de competitividade do setor”, disse. O presidente-executivo da entidade, Heitor Klein, destacou que a medida diminui o peso do tributo sobre a indústria e que facilitará a competição com os demais estados brasileiros, que praticam as mais variadas alíquotas.
          O setor calçadista do Rio Grande do Sul possui mais de três mil indústrias de calçados dos mais variados portes que empregam, diretamente, mais de 100 mil trabalhadores, cerca de 1/3 da mão de obra da atividade no País. Além de representantes do governo estadual e lideranças da Abicalçados, participaram da cerimônia o diretor de Relações Institucionais da Associação Comercial e Indústria de Novo Hamburgo. Campo Bom e Estância Velha (ACI NH/CB/EV), Marco Aurélio Kirsch, representantes de sindicatos da Indústria do Estado e deputados estaduais. 


 

Motorola intensifica segurança das operações no aeroporto de Xangai



         A Motorola Solutions Inc. (NYSE:MSI) intensifica a segurança das operações aéreas em Xangai, um dos dez aeroportos mais importantes do mundo em 2016, com um contrato de serviços de atualização de sistema e manutenção de software para a implementação de uma grande solução de comunicações TETRA.
         Xangai, um dos principais centros de negócios e empresas, uma das cidades mais populosas do mundo, é servida por dois aeroportos que o ano passado ultrapassaram a marca dos 100 milhões de passageiros em tráfego combinado.
        O Hub aéreo da cidade é pioneiro na implementação de muitas soluções avançadas para comunicações críticas na China, desde seu primeiro sistema analógico em 1994 até uma atualização para uma solução digital em 2006 e, agora, um contrato de manutenção de serviços completos por sete anos.
         Hoje, o Hub de Xangai conta com um sistema de comunicações TETRA integrado de ponta a ponta, composto por quase 10.000 rádios digitais bidirecionais, repetidoras e uma solução digital IP DIMETRATM que amplia a cobertura sem interferências para os usuários de rádio.
         “Gerenciar um aeroporto de forma efetiva envolve a administração de fluxos de trabalhos complexos e interconectados, desde a emissão de passagens no balcão até o controle do tráfego de passageiros e serviços de bagagem até a coordenação de aeronaves. Para isso, precisamos de comunicações confiáveis e avançadas que permitam interconectar todas essas complexas peças para obter uma coordenação perfeita”, diz WenJie Shao, gerente geral da Shanghai Hong Pu Civil Airport Communication Co., Ltd.
         “O desafio de manter o desempenho e oferecer diariamente um serviço sem interrupções torna-se ainda mais importante no caso dos grandes eventos, nos quais o tráfego aéreo e de passageiros aumenta significativamente”, adicionou.
         Nos últimos dez anos, as soluções de comunicação TETRA altamente confiáveis da Motorola Solutions permitiram que Hub de Xangai gerencie eficientemente múltiplos eventos de primeiro nível organizados na cidade, incluindo as Olimpíadas Especiais de 2007 e a Exposição Mundial de Xangai de 2010.
         “Hoje, nossos clientes enfrentam desafios crescentes nos custos de operação, com o compromisso de entregar os maiores níveis de segurança, produtividade e eficiência. Em operações aéreas, é crucial contar com soluções de comunicação sempre disponíveis. Com serviços gerenciados completos, estamos ajudando empresas com o benefício de uma infraestrutura de sistema totalmente atualizada e com os componentes de hardware e software mais recentes”, disse Michael Jiang, presidente da Motorola Solutions China.
         A manutenção periódica do hardware e do software prolonga a vida útil dos produtos e das soluções de comunicações da Motorola Solutions e garante a continuidade das comunicações mais críticas para um serviço seguro e confiável.

Redex do Porto de Santos têm 180 dias para se adequar às novas normas da Alfândega

         Os Recintos Especiais para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex) do Porto de Santos terão 180 dias para se adequar às novas normas publicadas pela Alfândega do complexo santista na última sexta-feira. Agora, essas instalações deverão instalar câmeras de monitoramento capazes de capturar imagens das operações de estufagem (carregamento) de contêineres.
         Além disso, o trânsito até os locais de embarque das mercadorias também precisará ser monitorado.
Redex são instalações alfandegadas voltadas à exportação. Nelas, são feitos serviços de estufagem de contêineres e a entrega das caixas metálicas aos terminais portuários. 
         De acordo com a Portaria nº 48 da Alfândega, toda unitização de contêiner com carga destinada à exportação deverá ser monitorada por câmeras com alta definição de imagem. Os equipamentos devem ser posicionados à frente da porta da caixa metálica, de modo a registrar toda a operação, até o fechamento dos cofres e a colocação dos lacres. 
         As imagens também devem conter o número da unidade de carga, assim como a data e a hora da operação. Caso seja necessário realizar, por qualquer motivo, uma nova abertura do contêiner após a lacração, esta operação também deverá ser registrada pelo sistema de monitoramento, com as mesmas exigências.
         As imagens devem ficar à disposição da fiscalização pelo prazo mínimo de 30 dias. De acordo com o inspetor-chefe da Alfândega do Porto de Santos, Cleiton Alves dos Santos João Simões, esses dados poderão ser solicitados em diversos casos.
         “Sempre que a fiscalização tiver alguma dúvida, que pode ser em caso de denúncia, suspeita ou análise de risco, nós vamos solicitar essas imagens e elas deverão ser apresentadas”, explicou. 
         Após o processo de estufagem dos contêineres, todo o trajeto até o terminal de embarque também deverá ser monitorado eletronicamente. Os equipamentos de rastreamento instalados nos veículos deverão identificar, sempre que requisitado pela fiscalização, a rota adotada no percurso entre o recinto e o operador portuário.
         Uma alternativa apresentada na portaria é a utilização de um lacre eletrônico que garanta a inviolabilidade da carga do recinto de origem ao destino. Além disso, o transporte das mercadorias poderá ser feito por veículo próprio ou de terceiros, desde que haja equipamentos para o rastreio das caixas metálicas.
         “A responsabilidade pelo transporte é do recinto que desembaraçou a carga. A partir desse momento, ele assume essa responsabilidade até o recinto do embarque. Antes, não havia essa definição de maneira clara e agora há”, explicou o inspetor da Alfândega. 
         Segundo o executivo, os recintos que não cumprirem as exigências da portaria poderão ser penalizados. As punições podem ser advertências, multas ou até a cassação do alfandegamento. “Não pretendemos prorrogar o prazo para adequação”.
         Procurado, o presidente da Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC), Martin Aron, informou que algumas empresas apresentaram questionamentos com relação à nova norma. Elas seriam relacionadas às exigências de monitoramento de cargas. 
         Por isso, ele pretende marcar uma audiência com o inspetor-chefe da Alfândega do Porto de Santos nos próximos dias. “A ideia é esclarecer alguns pontos para evitar prejuízos para os Redex. Tudo com o intuito de contribuir”, disse Aron. 
         Para o presidente da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), Bayard Umbuzeiro Filho, a medida denota a presteza do órgão no controle da movimentação de cargas de exportação e vai aprimorar o combate ao contrabando internacional de mercadorias ilícitas.
         “A medida poderá ampliar essa fiscalização, incluindo a facilitação da atuação da própria Polícia Federal no monitoramento integrado através de câmeras para captação de imagens já utilizadas pela Aduana”, destacou. 
         A Abtra ainda reitera o compromisso em contribuir com os terminais Redex no atendimento às exigências discriminadas na portaria, considerando a parceria da entidade com a Alfândega de Santos na gestão da Janela Única Portuária (JUP). 
         “Esse sistema tecnológico comunitário permite o acompanhamento de todas as etapas e movimentações das cargas de importação e de exportação no complexo portuário santista”, disse Bayard, em nota.

Armadores Hapag-Lloyd e UASC anunciam conclusão do acordo de fusão

         A fusão entre a Hapag-Lloyd e a United Arab Shipping Company (UASC) deverá estar concluída nesta semana, anunciou o World Maritime News, com base em declarações do porta-voz da Hapag-Lloyd. O esclarecimento foi prestado na sequência de relatos que davam conta de que o acordo final já estaria firmado.
         “Neste momento, estamos preparando a integração dentro do quadro legal e emitiremos uma declaração mais extensa no prazo de duas semanas”, adiantou a mesma fonte citada pelo jornal. De fato, a conclusão do acordo esteve prevista para os primeiros meses do ano, mas foi adiada devido a um atraso dos preparativos finais, refere o jornal.
         O acordo inicial de fusão foi assinado em Julho de 2016, visando dar origem a uma frota de 237 navios com capacidade para 1,6 milhão de teus. De acordo com o jornal, a nova empresa deverá movimentar anualmente cerca de 10 milhões de teus e gerar um volume de negócios de 10,8 mil milhões de euros. E, de 2019 em diante, são esperadas sinergias anuais no valor de 394,2 milhões de euros.
         Segundo o World Maritime News, nos termos do acordo, a Compañía Sudamericana de Vapores (CSAV), o município de Hamburgo (HGV) e a empresa Kühne Maritime permanecerão os acionistas controladores da Hapag-Lloyd e os acionistas majoritários da UASC, a Qatar Holding LLC, com 14%, e o The Public Investment Fund of the Kingdom of Saudi Arabia, com 10%, serão os novos acionistas-chave da holding Hapag-Lloyd.
 

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Movimentação de cargas no complexo portuário de Rio Grande cresce quase 9% no quadrimestre



                O Porto de Rio Grande movimentou mais de 11 milhões de toneladas de cargas nos quatro primeiros meses do ano, na comparação com o primeiro quadrimestre de 2016. O crescimento foi de 8,75%, de acordo com as estatísticas da Suprg (Superintendência do Porto do Rio Grande). Os principais produtos operados foram soja, milho e trigo.
              “O complexo de Rio Grande teve alguns períodos difíceis em abril, no que tange a impraticabilidade da barra, mas, mesmo assim, os terminais responderam bem e considerando apenas o mês de abril tivemos um crescimento de 3% quando comparado ao ano passado”, explicou o diretor superintendente do Porto do Rio Grande, Janir Branco.
         A movimentação total, de janeiro a abril, alcançou 11.775.902 toneladas ante 10.828.475  em 2016.  “Isso mostra que o complexo está preparado para resolução de problemas e tem a agilidade suficiente para responder as dificuldades sejam elas de fenômenos naturais ou operacionais”, afirmou Branco.
            A movimentação de granel sólido, segmento em que estão inseridos os grãos, teve alta de 16,38% impulsionada principalmente pelo complexo soja. O grão de soja movimentou nos quatro meses 3.097.120 toneladas, crescendo 34,6% em relação ao mesmo período de 2016. O milho também se destacou aumentando a movimentação em 41,21%, totalizando 343.608t. O trigo teve impulso de 26,11% chegando a 874.347t.
            O movimento de embarcações também teve aumento no complexo portuário chegando a 1033 atracações. Em percentual, a suba foi 4,97% ante o mesmo período do ano passado. Os principais destinos das exportações nos quatro primeiros meses foram a China (3.280.319t), Irã (375.231t), Coréia do Sul (331.558t), Japão (248.232t) e Estados Unidos (226.285t). Já as importações vieram especialmente da Argentina (480.108t), Argélia, (203.039t), Estados Unidos (155.882t), Rússia (151.019t) e Marrocos (107.921t).