A Agrária, cooperativa agroindustrial do
Paraná, vai investir cerca de R$ 700 milhões até 2016. A maior parte dos
recursos será destinada ao aumento da produção de malte e à elevação do
espaço para armazenagem de grãos. Com um aporte de aproximadamente R$ 340 milhões, o grupo vai ampliar em quase 60% a fabricação de malte na planta de Guarapuava.
A cooperativa é uma das principais fornecedoras da matéria-prima para os fabricantes de cerveja do país. "O
Brasil não é autossuficiente em malte, importamos uma parte do que
vendemos. Por isso, vamos ampliar a capacidade", afirma Arnaldo Stock,
diretor financeiro.
O produto, feito de cevada, diferencia a
Agrária do perfil típico de cooperativas do Paraná, em que predominam
grãos, como soja, e suínos. O aumento da armazenagem de grãos,
por sua vez, consumirá cerca de R$ 200 milhões, incluindo melhorias de
acesso e pátio para veículos.
Os investimentos foram mantidos, mesmo com o cenário econômico ruim, porque eles já vinham sendo preparados antes da crise. "O
momento é de cautela e também estamos com receio. Talvez, se fossemos
começar a discutir os projetos agora, não seríamos tão audaciosos
assim", diz. A Agrária financiará a maior parte dos aportes
--cerca de 90%-- por meio do BNDES e do BRDE (Banco Regional de
Desenvolvimento do Extremo Sul).
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