segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Incerteza da Economia cresce 2,7 pontos de agosto para setembro

          O Indicador de Incerteza da Economia, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu 2,7 pontos na passagem de agosto para setembro deste ano. Com o resultado, o indicador chegou a 116,9 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, e se mantém elevado em termos históricos.
          O indicador é calculado com base em dois componentes: mídia (baseado na frequência de notícias com menção à incerteza na imprensa) e expectativa (construído a partir das previsões de analistas econômicos). O componente mídia subiu 1,5 ponto e chegou a 115,9 pontos. Já o componente expectativa teve alta de 5,8 pontos.
           De acordo com o pesquisador da FGV Aloisio Campelo Jr., a alta do indicador foi motivada principalmente por questões externas, como a tensão comercial entre Estados Unidos e China e a possibilidade de uma desaceleração mais forte da economia mundial em 2020. Além disso, fatores internos também contribuíram, em especial devido a temas como a reforma tributária e a dúvid

TCP Log registra recorde de contêineres no Depot Express

          A TCP Log, subsidiária logística da TCP – empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá - registrou recorde no número de contêineres que acessaram o Depot Express no mês de agosto, totalizando 2.468 unidades movimentadas (gate in), e o segundo melhor volume de saída, com 2.092 unidades (gate out). Prestes a completar dois anos de funcionamento, o Depot Express está localizado na retroárea do Porto de Paranaguá e tem o objetivo de otimizar a cadeia logística, solucionando a fila de espera de caminhões para a retirada de contêineres.
          Alexandre Rúbio, diretor Comercial do Terminal, explica que os recordes se devem à confiança do armador no trabalho da subsidiária. “A confiança do armador vem pouco a pouco. Ele testa o serviço para ver como funciona e, depois, começa a destinar muito mais contêineres. A expectativa é que em setembro os números sejam ainda maiores com a chegada de um novo armador que passará a utilizar os serviços”, revela. 
         O Depot Express oferece vantagens competitivas em relação a outros depósitos na retroárea,  como o funcionamento 24 horas por dia, sete dias por semana. “Trabalhamos além do horário comercial e isso permite que sejamos mais produtivos, já que são períodos com menos trânsito, por exemplo. Com isso, conseguimos entregar três vezes mais que os outros terminais, o que significa um giro mais rápido dos contêineres”, conta Rúbio.
          Segundo ele, os contêineres refrigerados vazios que chegam em Paranaguá são transferidos em caminhões próprios da TCP para o local, onde são vistoriados, reparados, higienizados e testados, ficando aptos a serem carregados em caminhão e seguirem viagem para as plantas dos exportadores. “O tempo médio de permanência dos contêineres é de 15,5 dias. Com o serviço prestado pelo armazém, conseguimos otimizar a cadeia, oferecendo eficiência operacional e reduzindo custos para os usuários”.
       Outro fator importante diz respeito ao sistema de informações integradas, que permite ao armador acompanhar todo o processo de armazenagem, desde a entrada até a saída. “Toda a informação é automatizada, o que permite que ele acompanhe todo o processo. Assim que entra no Terminal, fazemos a inspeção do contêiner, verificando a sua integridade e, se for necessário, já efetuamos os reparos. Depois disso, já está disponível para a retirada”, finaliza Rubio.

Irã pede ao setor petrolífero que se prepare para ataque dos Estados Unidos

          O ministro iraniano do Petróleo, Biyan Zangané, pediu neste domingo (29) a todas as empresas e instalações do setor petrolífero do país que estejam em estado "totalmente alerta" face a um possível ataque físico ou cibernético dos Estados Unidos. Zangané, que recentemente supervisionou a segurança de várias refinarias, ordenou que todas "as medidas administrativas, técnicas e operacionais necessárias para proteger as instalações" sejam adotadas de imediato.
          As declarações do ministro iraniano foram feitas na sequência da ponderação que os Estados Unidos admitiram estar fazendo sobre a possibilidade de realizar um ataque seletivo contra o Irã que, entre opções, inclua ataques cibernéticos contra refinarias e outras instalações do setor de energia.
          A avaliação dos Estados Unidos surge como represália pelos ataques, em 14 de setembro, contra duas instalações da companhia de petróleo saudita Aramco, pelas quais os EUA e a Arábia Saudita responsabilizam o Irã, embora o governo iraniano negue qualquer envolvimento.
Biyan Zangané disse ser necessário estar preparado para "enfrentar situações de emergência e minimizar qualquer dano, quer nas instalações, quer dos habitantes" da área, informou a agência oficial iraniana de notícias.
          A tensão entre o Irã e os Estados Unidos tem aumentado desde o ano passado, quando o presidente dos EUA, Donald Trump, retirou o país do acordo nuclear de 2015 e impôs novamente sanções ao Irã. O acordo de 2015, concluído após vários anos de esforços diplomáticos, prevê uma limitação do programa nuclear iraniano em troca do levantamento das sanções internacionais contra o país.
          No entanto, em maio de 2018, os Estados Unidos decidiram retirar-se unilateralmente do acordo e restabeleceram sanções punitivas contra o Irã, impedindo a recuperação econômica pretendida pelo país. Um ano depois, em maio de 2019, e após ter aguardado sem sucesso que as outras partes do acordo - França, Reino Unido, Alemanha, Rússia e China e União Europeia - ajudassem o país a contornar as novas sanções norte-americanas, o Irã anunciou que ia alterar progressivamente alguns dos compromissos assumidos.
          No início de julho, o governo iraniano anunciou o aumento do limite imposto às suas reservas de urânio enriquecido para 4,5%, ultrapassando o máximo autorizado pelo acordo (3,67%).
O chefe da diplomacia iraniana, Mohamad Yavad Zarif, garantiu, numa entrevista dada ontem (28) à estação norte-americana NBC, que os Estados Unidos "começaram uma guerra cibernética", garantindo, sem fornecer detalhes, que instalações nucleares foram atacadas "de uma maneira muito perigosa e irresponsável, que poderia ter matado milhões de pessoas".

Transporte de contêineres via cabotagem cresce 16% no primeiro semestre

          O transporte de contêineres por cabotagem cresceu cerca de 16% no primeiro semestre, em comparação com o mesmo período de 2018. De acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários, as empresas de navegação transportaram 14,6 milhões de toneladas nessa modalidade, contra 12,6 milhões de toneladas nos seis primeiros meses do ano passado. Em relação aos seis primeiros meses de 2010, o incremento desse tipo de carga transportada nesse modal é da ordem de 180%.
          O balanço feito pela Antaq indica que 49% desses equipamentos têm São Paulo como origem ou destino e que o transporte entre o estado e o Amazonas representa 11% da cabotagem. Em números gerais, a cabotagem nacional totalizou 113 milhões de toneladas no primeiro semestre, mantendo-se estável frente ao mesmo período de 2018 e com crescimento de 33% em relação aos seis primeiros meses de 2010.
          De janeiro a junho de 2019, a cabotagem representou 22% do mercado brasileiro de navegação, ante 72% do longo curso e 6% da navegação interior. O levantamento aponta ainda que 63% do volume transportado pela cabotagem em águas brasileiras no período corresponde a granéis líquidos e gasosos, sendo 82% por terminais privados e 18% por portos públicos. Outros 18% são referentes a granéis sólidos, dos quais 93% foram movimentados em terminais privados. O modal também movimentou 13% de carga conteinerizada (62% por portos públicos) e 6% de carga geral (81% via instalações privadas).
          Considerando as principais cargas movimentadas no primeiro semestre, a cabotagem teve participação de 66,4% da movimentação total de petróleo e derivados, 26,6% das operações de contêineres e 5,1% nas de minério de ferro. Nesse período, a participação da cabotagem nos cinco maiores terminais e portos que operam contêineres no Brasil atingiu 21% em Rio Grande (RS), 18% em Santos (SP) e também em Itapoá (SC), 14% em Paranaguá e 8% na Portonave (SC). Esses portos movimentaram 3 milhões de TEUs, 61% do total movimentado no país.
          A navegação de longo curso no Brasil totalizou 365,2 milhões de toneladas movimentadas no primeiro semestre, registrando queda de 5,16% na comparação com igual período de 2018. Já a movimentação de cargas por navegação interior atingiu 33 milhões de toneladas. De acordo com Antaq, o resultado representa crescimentos de 9,3% na movimentação total, 11,76% na movimentação de granéis sólidos, 5,23% de granéis líquidos, 2,93% (+5,23%), carga geral (+2,93%) e contêineres (+5,36%).

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Allink chega aos 25 anos de atuação comemorando crescimento de 20% no volume de cargas transportadas

          Reconhecida por clientes e parceiros pela excelência em seus serviços e atendimento, a Allink, que em setembro está comemorando 25 anos de atuação, é uma das maiores empresas do Brasil especializadas no transporte internacional de carga marítima consolidada (LCL) de importação e exportação. Pioneira no segmento NVOCC (Non Vessel Operator Common Carrier), a companhia tem muitos motivos para celebrar. Teve crescimento de 20% no volume de cargas transportadas, superando 295 mil metros cúbicos.
         “Fazer parte da plataforma WorldWide Alliance (WWA) é um de nossos principais diferenciais. A WWA é uma aliança entre os principais NVOCCs do mundo. Oferecemos mais de 2.400 serviços diretos de carga marítima LCL. A WWA permite ao cliente acessar informações sobre o andamento do transporte da carga, consultar as tarifas, além de solicitar reservas de qualquer lugar do mundo a qualquer momento. Tudo por meio de acessos restritos, seguros e exclusivos”, diz André Gobersztejn, diretor executivo da Allink.
          Nestes 25 anos de existência, a companhia sempre atuou de forma neutra, isto é, sendo parceira dos freight forwarders e despachantes aduaneiros, não atendendo diretamente a importadores e exportadores. Com matriz em São Paulo, 7 escritórios próprios e representantes localizados nos principais portos brasileiros, a Allink dispõe de diversos serviços regulares que ligam o mundo ao Brasil.
          “Nosso objetivo é ser reconhecido pela excelência no atendimento e prover as melhores soluções para os elos da cadeia logística, valorizando parcerias e o desenvolvimento da nossa equipe. Para tanto, o investimento na capacitação dos colaboradores e em novas ferramentas para atender aos clientes é constante na Allink”, afirma André Gobersztejn.
          Integrante do Grupo Wilson Sons, um dos maiores operadores de serviços portuários, marítimos e logísticos do Brasil, com mais de 180 anos de atuação, a Allink também é a única consolidadora aérea neutra no Brasil. No ano passado, transportou 295 mil metros cúbicos em cargas. 

          Por meio da plataforma WordWide Alliance (WWA), a empresa está presente em 72 países, com 169 escritórios distribuídos por todos os continentes, mais de 2.400 serviços diretos de carga marítima LCL e mais de 4.600 colaboradores envolvidos em suas atividades no mundo todo.
          A Allink é pioneira no segmento de transporte internacional de carga marítima consolidada de importação e exportação. Por meio de 8 escritórios próprios e representantes (Rio Grande, Porto Alegre, Itajaí, Paranaguá, Curitiba, Santos, São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Suape, Fortaleza, Belém e Manaus) no Brasil e seus parceiros nos principais portos do mundo, realiza o atendimento global de operações de importação e exportação.
         Membro co-fundador da WorldWide Alliance, pioneira e mais conceituada aliança de NVOCC’s neutros, a plataforma está presente em 72 países, com 169 escritórios, oferecendo mais de 2.400 serviços diretos de carga marítima - LCL. A Allink tem como estratégia desde a sua fundação ser uma empresa neutra, atuando em parceria com agentes de cargas (freight forwarder), comissárias de despacho e despachantes aduaneiros. (imagem de estande da Allink em feira de logistica) 


Economia deve crescer 0,9% este ano e 1,8% em 2020, diz Banco Central

          O Banco Central (BC) aumentou ligeiramente a previsão de crescimento da economia para este ano e prevê, ainda com “elevado grau de incerteza”, melhora no ritmo de expansão em 2020.
A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 0,8% para 0,9% em 2019, de acordo com o Relatório de Inflação, divulgado nesta quinta-feira (26), em Brasília.
          “Para o PIB de 2020, ainda com elevado grau de incerteza, projeta-se crescimento de 1,8%. Ressalte-se que essa perspectiva está condicionada ao cenário de continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira e pressupõe que o ritmo de crescimento subjacente da economia, que exclui os efeitos de estímulos temporários, será gradual”, disse o relatório, divulgado trimestralmente.
          De acordo com o documento, o resultado melhor que o esperado para o PIB do segundo trimestre de deste ano favoreceu o ajuste na estimativa para 2019. “A projeção ora apresentada considera ritmo de crescimento ainda lento no terceiro trimestre, em linha com indicadores coincidentes divulgados até o momento, e aceleração no quarto trimestre, para a qual deve contribuir o impulso das liberações extraordinárias de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Programa de Integração Social (PIS)/Programa de Formação de Patrimônio do Servidor Público (Pasep)”, afirma o Relatório de Inflação.
          A previsão para o crescimento da agropecuária passou de 1,1% para 1,8%. Segundo o BC, essa revisão é compatível com o resultado mais recente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aumentou a estimativa de safra para alguns produtos com elevada participação no setor da agricultura, como soja e milho.
          A projeção para o desempenho da indústria apresentou ligeira redução de 0,2% para 0,1%, com recuo na estimativa para a indústria extrativa e elevação ou estabilidade nos demais setores. “A redução na projeção para a indústria extrativa, de 1,5% para -1,6%, reflete diminuição no prognóstico da Petrobras para produção de petróleo em 2019 e a expectativa de que a recuperação da produção de minério de ferro, após o rompimento da barragem de mineração em Brumadinho, ocorra de forma mais gradual”, afirma o documento.
          Em sentido oposto, acrescenta, após o resultado do segundo trimestre, as estimativas para a indústria de transformação e para a construção civil foram revisadas de -0,3% para -0,2% e de -1,0% para 0,1%, respectivamente. A previsão de crescimento para produção e distribuição de eletricidade, gás e água foi mantida em 2,8%.
          A estimativa de crescimento para o setor de serviços em 2019 foi mantida em 1%. “Há, contudo, mudança relevante na composição, com aumentos nas estimativas para comércio (reflexo da ligeira melhora na previsão para a indústria de transformação e dos efeitos das liberações extraordinárias de recursos), serviços de informação, atividades imobiliárias e aluguel e outros serviços; compensados por reduções nas estimativas para os setores de transporte, armazenagem e correio, intermediação financeira e serviços relacionados e administração, saúde e educação públicas”, explica o relatório.
          Já a previsão para o crescimento do consumo das famílias foi revista de 1,4% para 1,6%, incorporando impacto da liberação extraordinária de recursos do FGTS e do PIS/Pasep.
A projeção para o crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – investimentos - recuou de 2,9% para 2,6%. A estimativa para o consumo do governo passou de crescimento de 0,3% para queda 0,3%, repercutindo o resultado do segundo trimestre.
          A estimativa de exportações de bens e serviços passou de crescimento de 1,5%, no relatório divulgado em junho, para queda de 0,5% e para as importações, de expansão de 3,8% para 1,9%. “O recuo na projeção para as exportações reflete redução no prognóstico para as vendas externas de petróleo e o aprofundamento da crise na Argentina, importante destino para bens industrializados.”
          A diminuição na estimativa para as importações decorre do resultado abaixo do esperado no segundo trimestre. Nesse cenário, diz o relatório, as contribuições da demanda interna e do setor externo para a evolução do PIB em 2019 são estimadas em 1,2 ponto percentual e queda de 0,3 ponto percentual, respectivamente.
          A previsão para 2020 é que as atividades da agropecuária, da indústria e de serviços avancem 2,6%, 2,2% e 1,4%, respectivamente. O Banco Central destacou a expectativa de aumento da produção de petróleo e de continuidade da recuperação da produção de minério de ferro.
As taxas de crescimento esperadas para o consumo das famílias e para a Formação Bruta de Capital Fixo são de 2,2% e de 2,9%, respectivamente. “Em cenário de restrição fiscal, o consumo do governo deve registrar expansão modesta, de 0,5%”, acentua o estudo. Exportações e importações de bens e serviços devem crescer 1,7% e 1,6%. O BC só espera por contribuição da demanda interna para o crescimento do PIB, estimada em 1,8 ponto percentual.

Movimentação nos portos brasileiros tem queda de mais de 3% no primeiro semestre

          O setor portuário brasileiro movimentou 513 milhões de toneladas no primeiro semestre, queda de 3,29% em relação ao mesmo período de 2018, quando as instalações portuárias brasileiras movimentaram 530,5 milhões de toneladas. De acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários, o resultado reflete o fraco desempenho da economia brasileira e a retração da economia mundial. Baseada em dados preliminares e no histórico de recuperação do segundo semestre, a Antaq vê tendência de recuperação, podendo até fechar o ano com leve crescimento nos números.
          No primeiro semestre, os terminais de uso privado (TUPs) responderam pela movimentação de 337 milhões de toneladas, 4,04% a menos que em igual período do ano passado. Os portos públicos movimentaram 176 milhões de toneladas, baixa de 1,83%. Os dados divulgados nesta quinta-feira (26) são consolidados pela gerência de estatística e avaliação de desempenho da agência.       
          Oito das nove principais instalações portuárias do país tiveram retração na movimentação de cargas no primeiro semestre deste ano em comparação a igual período de 2018. Entre os TUPs registraram as maiores quedas: Ponta da Madeira (-7,06%), Tubarão (-25,48%), São Sebastião (-0,55%) e Ilha Guaíba (-37,83%). Já entre os portos públicos, apuraram redução no volume movimentado: Santos (-3,36%), Itaguaí (-11,05), Paranaguá (-5,93%) e Rio Grande (-3,93%). Apenas o Terminal Aquaviário de Angra dos Reis apresentou variação positiva (11,40%).
          Os granéis sólidos movimentados nos seis primeiros meses deste ano totalizaram 314,6 milhões de toneladas, o que representa queda de 6,80% em comparação com o primeiro semestre de 2018. O volume de granéis líquidos apresentou acréscimo de 2,58% frente ao mesmo período do ano passado: 115,9 milhões de toneladas. Também houve incremento na movimentação de contêineres (+ 3,72%) e carga geral (+2,76%), totalizando, respectivamente, 55 milhões e 27,3 milhões de toneladas movimentadas.
          O milho foi um dos destaques entre as mercadorias nos primeiros seis meses do ano, com 9,2 milhões de toneladas de milho movimentadas, 116,53% acima do apurado no mesmo período de 2018. Petróleo e derivados representaram movimentação de 102,8 milhões de toneladas, 4,22% a mais na mesma base de comparação. Outros destaques foram os fertilizantes e ferro e aço, que registraram, respectivamente, incremento de 6,47% e 7,69% na comparação com igual período do ano passado.
         As principais quedas foram verificadas nas movimentações de minério de ferro (-8,90%), que registrou 16,5 milhões de toneladas a menos do que no primeiro semestre de 2018, e soja (-8,09%), com menos 5,3 milhões de toneladas na mesma base de comparação. Também apresentaram retração na movimentação no período: bauxita (-13,20%); carvão mineral (-13,51%) e pasta de celulose (-4,76%).
          A Antaq atribui a queda da movimentação no primeiro semestre de 2019 ao recuo nos embarques de minério de ferro. A avaliação da agência é que o granel vem enfrentando problemas desde a ponta inicial da cadeia produtiva, devido ao rompimento de barragens e a um período atípico de chuvas intensas na região norte do país.

Disputa sobre terminal fluvial de Manaus volta à Justiça

          A disputa que se arrasta há dez anos entre as concessionárias Super Terminais e Porto Chibatão, envolvendo a ampliação do Terminal Portuário de Manaus, voltou para a Justiça. No final da semana passada, a Chibatão apelou da decisão da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) que deu aval à Super Terminais em agosto para iniciar as obras de ampliação de seu terminal.         
         Essa havia sido a primeira vez que a autarquia se pronunciava sobre o assunto, já que movimentações na Justiça vinham impedindo que o assunto entrasse na pauta das reuniões de diretoria da agência desde 2014. Chibatão pediu também que o caso seja reavaliado pela Antaq, uma vez que teria desconsiderado seus argumentos contra o projeto da Super Terminais.
          As duas operadoras portuárias, que ocupam terrenos vizinhos à margem do Rio Negro, brigam sobre a ampliação do terminal desde 2009. Juntas, respondem por quase a totalidade da movimentação de cargas de cerca de 550 empresas que usam o porto amazonense.
          O projeto da Super Terminais prevê a instalação de um cais flutuante e a ampliação do pátio de armazenamento, com investimentos de R$ 150 milhões. A Super Terminais alega que, com o embargo, a empresa já acumula prejuízos de cerca de R$ 30 milhões e foi obrigada a desligar mais de 140 colaboradores. Procurada, a Porto Chibatão não se manifestou.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Amazon vai comprar 100 mil veículos elétricos para o seu sistema de entregas de encomendas

   
          A Amazon comprometeu-se nesta quarta-feira, 25, a comprar 100 mil veículos elétricos à Rivian para a entrega das suas encomendas. A medida foi anunciada com o objetivo de contribuir para o cumprimento do Acordo de Paris antes da data final. 
         O gigante de e-commerce liderado por Jeff Bezos informou que terá os suas primeiros carros elétricos nas estradas já em 2021,. Segundo a empresa, serão cerca de 10 mil veículos em 2022 e a frota completa em circulação até 2030.           Além disso, a Amazon compromete-se a utilizar energia 100% renovável até 2030 e neutra em carbono até 2040. O investimento ficará em torno de  90,5 milhões de euros em projetos de reflorestação em todo o mundo.
         “Se uma empresa com tantas infraestruturas físicas como a Amazon, que entrega mais de 10 bilhões de artigos por ano pode cumprir os objetivos do Acordo de Paris dez anos mais cedo, então todas a empresas podem fazê-lo”, afirma Bezos. De acordo com a Amazon, os 100 mil veículos elétricos poderão permitir uma redução de emissões de cerca de quatro milhões de toneladas de carbono até 2030.

CMA CGM lança na China maior porta-contêineres do mundo movido a GNL

          O grupo CMA CGM lançou nesta quarta-feira (25), na China, o maior porta-contêineres movido a gás natural liquefeito (GNL) do mundo, com 23 mil teus. O CMA CGM Jacques Saade foi o primeiro a ser entregue de uma série de nove navios que estão em construção no estaleiro Shanghai Jiangnan-Changxing.
         Esses novos conteineiros serão incorporados à frota do grupo em 2020, na linha entre Ásia e o norte europeu, sob o registro de bandeira francesa (RIF). Os navios têm 400 metros de comprimento e 61 metros de largura e vão estampar o logotipo "LNG Powered". O nome da primeira unidade da nova série homenageia o fundador do grupo.
         A companhia destaca que o navio, equipado com tecnologias ambientalmente sustentáveis, será seu futuro carro-chefe. A CMA CGM afirma que é a primeira companhia de navegação no mundo a eleger o GNL para abastecer seus mega porta-contêineres. Segundo o armador, o GNL contribui para redução em 99% de emissões de óxidos de enxofre e partículas finas, em até 85% de emissões de óxidos de nitrogênio e em cerca de 20% de dióxido de carbono (CO2).
          O anúncio da decisão da companhia de construir essa série foi feito em 2017 pelo presidente do grupo, Rodolphe Saadé. De acordo com a companhia, a escolha reafirma o compromisso de proteção do meio ambiente e liderança dentro do processo de transição energética do setor. "Com o lançamento desse primeiro navio de 23 mil TEUs movido a GNL, demonstramos que a transição energética pode efetivamente ser bem-sucedida em nosso setor se todos os players trabalharem juntos. Abre o caminho para uma abordagem do transporte marítimo global, onde o crescimento econômico e competitividade podem coexistir com sustentabilidade e a luta contra mudanças climáticas", disse Saadé durante o evento de lançamento.
           Os nove navios terão soluções de ponta, como a visualização aprimorada de mapas para instruções de navegação mais dinâmicas e um sistema de previsão de trajeto otimizado que mostra a posição prevista do navio nos três minutos sequentes. Além dessas tecnologias, as embarcações terão sistema de visão inteligente que projeta uma vista aérea da área ao redor do navio e telas de realidade aumentada que proporcionam à tripulação informações mais precisas sobre a taxa de rotação do navio, a distância até o cais e as velocidades transversais.
         A primeira unidade dessa nova classe de navios também será equipada com sistema de gerenciamento da ventilação dos contêineres refrigerados levados no porão. As formas dos cascos do Jacques Saade e embarcações irmãs foram projetadas com hidrodinâmica otimizada.
         Os 528 navios da CMA CGM atendem mais de 420 portos em todos os continentes e, em 2018, transportaram aproximadamente 21 milhões de teus (unidade equivalente a 20 pés). Com a CEVA, empresa de serviços logísticos do grupo, a CMA CGM movimentou mais de 500 mil toneladas de frete aéreo e 1,9 milhões de toneladas de frete por terra no ano passado. O grupo está presente em 160 países e emprega 110 mil pessoas ao redor mundo, dos quais 2.400 estão em Marselha, onde fica seu escritório central.

Ministra diz que Brasil pode diversificar exportações para o Oriente Médio

          A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse nesta quarta-feira (25) que a missão ao Oriente Médio mostrou que o Brasil precisa diversificar a pauta exportadora. "Nos quatro países árabes que visitou – Egito, Arábia Saudita, Kuwait e Emirados Árabes Unidos, há mercado para o Brasil vender produtos com valor agregado", destacou, citando como exemplo o Kuwait onde a população consome produtos mais caros, por ter uma renda per capita média de US$ 40 mil.
          De acordo com Cristina, 70% da carne de ave consumida nesses países são provenientes do Brasil. Ele entende que gora, os produtores nacionais precisam levar itens diferenciados para a mesa dos árabes, como cortes especiais de carnes. “O Brasil vai ter que começar a pensar a exportar não só commodities, mas agregar valor”, explicou, ao fazer um balanço da missão durante entrevista à imprensa em Bonito (MS), onde conduz a 9ª Reunião dos Ministros da Agricultura do Brics. “Temos que acompanhar as tendências que o mundo quer, o que os consumidores querem”, ressaltou.
           Durante a viagem ao Oriente Médio, entre os dias 11 e 23 de setembro, governos da região anunciaram a abertura de mercado para produtos do Brasil. O Egito, para a importação de lácteos brasileiros, a Arábia Saudita, a compra de castanhas, derivados de ovos e ampliação do acesso a frutas e o Kuwait liberou a entrada de mel.
           Segundo a ministra, os países demonstraram interesse em investir no agro brasileiro e em obras de logística, como rodovias e ferrovias. Outro pedido foi a realização de parcerias com a Embrapa para intercâmbio de experiências tecnológicas. Uma delas prevê o envio de 10 mil cabras para o Egito, medida que pode beneficiar o Nordeste brasileiro, onde há um centro avançado de pesquisas sobre caprinos e ovinos, localizado em Sobral (CE).
          A ministra salientou que a Carta de Bonito, declaração final da reunião dos ministros da Agricultura do grupo, que termina nesta quinta-feira (26), refletirá “as políticas globais com cinco países que irão trabalhar em conjunto”. Cristina voltou a criticar o protecionismo adotado pelos países ricos, como a imposição de altas tarifas e barreiras sanitárias e comerciais. “São ferramentas usadas pelos os países que estão acostumados a ter esse mercados e ficam incomodados com o protagonismo, principalmente do Brasil, na agropecuária. Essa é a crítica para que se melhore esse ambiente, pois o mundo precisa de muitos alimentos”, acusou.