quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Tecon Rio Grande consolida diversificação de cargas conteinerizadas


          Nos últimos dois anos, o Tecon Rio Grande realizou uma série de investimentos em equipamentos, tecnologia e treinamento de equipe, totalizando cerca de R$ 170 milhões. Estes investimentos vieram também para fomentar a conteinerização de novas cargas, uma das formas encontradas para manter os volumes atuais e alçar novos mercados.
          A conteinerização de cargas tradicionalmente transportadas a granel se aplica no terminal principalmente na importação de fertilizantes, no Projeto Toras, exportação de grãos e cargas refrigeradas.
          O Tecon tem fomentado a importação de fertilizantes via contêineres. A carga pode ser entregue ao cliente em big bags, em caçambas onde o big bag já foi rompido ou mesmo a granel. Além de melhores custos, os importadores de fertilizantes ganham mais independência na compra dos produtos, maior eficiência no fluxo de caixa e garantem estoques menores. Em 2018, 3.240 teus de fertilizantes foram importados no projeto de conteinerização.
          Já a implantação do projeto de estufagem de toras de madeira tem conseguido promover um crescimento significativo na movimentação dessa carga para fora do País. As toras de madeira são medidas e certificadas logo que chegam ao terminal, passando por um tratamento térmico de fumigação e estufagem nos contêineres. Com isso, há uma solução completa na qual se gerencia todo o processo de execução, fornecendo suporte para o exportador. Esse projeto de estufagem de toras garantiu um crescimento recorde de 208% em 2018, com 4.242 teus exportados via Tecon Rio Grande.
          A conteinerização de grãos, outra área explorada pela equipe de novas cargas, garante maior autonomia para exportadores, permitindo o fracionamento das cargas e maior controle da rede de distribuição do produto. Em estruturas de terceiros ocorre a estufagem, com total assessoria do Tecon para os exportadores. No ano de 2018 foram exportados 1.748 teus de grãos conteinerizados.
          O mesmo acontece com as cargas refrigeradas, o mais recente investimento foi de 09 novas estantes reefer. O segmento possui grande potencial e apresentou aumento de 16% em 2018, totalizando mais de 56 mil teus. As principais cargas abrangem frango congelado, carne bovina e suína, sucos e peixes.
          O diretor Comercial do Tecon Rio Grande, Renê Wlach comenta: “O Tecon está devidamente estruturado para aumentar sua diversificação e ampliar os volumes transportados. O cenário das indústrias e da produção agrícola gaúcha apresenta desafios constantes, por esta razão temos inovado na busca por novos mercados e obtido muito sucesso”.


China apoia reformas propostas pelo Governo Bolsonaro e espera ampliar parceria comercial com o país


          O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, afirmou nesta quarta-feira (27) que apóia as reformas propostas do governo e espera ampliar a parceria comercial entre os dois países. Ele participou do encontro com empresários promovidos pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais) China na capital paulista. Segundo o embaixador, o Brasil ingressou em uma “nova etapa de desenvolvimento”.
           “O Brasil entrou em uma nova etapa de desenvolvimento, dedicada às reformas das instituições políticas e econômicas. A China apóia as reformas do governo brasileiro, pois vão trazer bem-estar ao povo brasileiro”, disse ele.
          Wanming lembrou que a China foi o maior parceiro comercial do Brasil por três anos consecutivos. Pelos dados do Ministério da Economia, o comércio entre os dois países, somando exportações e importações, atingiu R$ 100 bilhões no ano passado. Os principais produtos de exportação do Brasil são soja e petróleo (não refinado) A filial internacional do Lide China reúne líderes, empresários e autoridades públicas com o objetivo de incrementar os negócios entre chineses e brasileiros.
          O embaixador chinês destacou a crescente demanda por consumo que o país oriental apresenta e as oportunidades que esse cenário pode oferecer ao Brasil. “Nos próximos 15 anos, a importação [pela China] de 33 trilhões de dólares é a expectativa média”, estimou.
          No cargo há dois meses, o embaixador disse que estabeleceu diálogo com o presidente Jair Bolsonaro e os ministros para tranbsmitir o interesse da China em aprofundar a cooperação financeira e comercial. “O presidente Bolsonaro manifestou que vai dedicar todos os esforços para ampliar o relacionamento com a China, sobretudo [a parceria] comercial”, afirmou o embaixador chinês.
          A cooperação entre Brasil e China vai se intensificar nos setores da indústria, energia, processamento de produtos agrícolas e refino de petróleo, segmentos que trazem mais valor agregado. A China, segundo o embaixador, deixou para trás o crescimento em alta velocidade e, agora, prioriza a qualidade. “O crescimento da economia mundial está ainda anêmico. Nesse contexto, nossos dois países devem aproveitar o potencial de mercado”, afirmou o diplomata chinês.

Maersk LIne avalia que ano será de cautela paa o comércio exterior brasileiro


          A Maersk Line avalia que o ano será de cautela para o comércio exterior brasileiro devido ao ritmo de retomada da economia e às reformas que o governo tenta aprovar junto ao Congresso. A expectativa da empresa é que a retomada se dê somente em 2020, porém ainda existem muitas incertezas quanto às mudanças nas regras da previdência e questões tributárias, consideradas cruciais para recuperação econômica brasileira e geração de empregos. A expectativa dos varejistas é que o consumo brasileiro comece a melhorar de forma discreta no segundo trimestre de 2019. A análise consta no relatório trimestral da companhia divulgado nesta quarta-feira (27). 
          A leitura é que janeiro começou relativamente fraco após o resultado das importações e exportações totais terem crescido apenas 2% no último trimestre do ano passado. Nos últimos três meses de 2018, as exportações cresceram 5%, enquanto as importações caíram 1% abaixo do esperado. Apenas as importações de alimentos, bebidas e produtos químicos registraram crescimento no período. Todos os outros segmentos caíram um ou dois dígitos, aponta o relatório. “Estamos cautelosos em relação a 2019. Muita coisa precisa acontecer no Brasil antes que a economia comece a se recuperar. As reformas propostas e o crescimento do emprego precisariam ser implementadas antes que o consumo e as importações comecem a crescer novamente", observa Antonio Dominguez, diretor geral da Maersk para a costa leste da América do Sul. 
          A Maersk estima que as importações fiquem estáveis em relação ao último ano e espera que o desempenho negativo esperado para os primeiros seis meses de 2019 seja compensado pelo crescimento do segundo semestre. O relatório indica que as importações só voltarão a subir no segundo trimestre porque as empresas devem começar a contratar novamente e os varejistas precisarão reabastecer os estoques esgotados. Já as exportações vêm crescendo de forma modesta, porém constante — de 2% a 3%, em meio à falta de oferta de contêineres e navios. A Maersk afirma que uma mudança só é possível com investimentos em contêineres. “O Brasil ainda está muito longe de uma recuperação impulsionada pelo consumo", acrescenta Dominguez.
           A companhia de transporte marítimo mantém a previsão, que vem desde 2016, de que o comércio só começará a se expandir em 2020. A empresa reduziu, de 5% para 2%, a previsão para crescimento do comércio em 2019 que havia sido feita em novembro do ano passado. Antes da recessão econômica de 2015, o Brasil cresceu um dígito por ano. Em 2018, o total de importações e exportações cresceu 4,9%, ante previsão da Maersk, que era de 3,5%.
          A Maersk estima que o crescimento do PIB brasileiro em 2019 seja de 2,30%, contra as projeções atuais do mercado, que estão em média de 2,53%. Para companhia, o percentual é fraco, considerando a baixa base de comparação para uma economia que registrou queda do PIB per capita desde 2014. “O governo está se concentrando em pensões e reformas tributárias, mas o Congresso ainda tem que aprovar as novas leis e isso pode levar o resto do ano. Neste momento, estamos mais otimistas para o ano de 2020", diz Dominguez.
          O gerente de produtos da Maersk para costa leste da América do Sul, Matias Concha, explicou que os números de importação vão parecer fracos no primeiro semestre de 2019, dentre outras razões, devido ao efeito da Copa do Mundo sentido no primeiro semestre de 2018. Outro impacto foi causado pela greve dos caminhoneiros, além da desvalorização do Real acima de 17% no ano passado, muito influenciado pelo cenário das Eleições.  A empresa espera que os volumes de importações no segundo semestre de 2019 melhorem, pois o consumo de 2018 foi significativamente prejudicado nos seis meses até o Natal. "A linha base para as importações do segundo semestre deste ano é muito baixa, e isso ajudará os números a ficarem consideravelmente melhores", acrescenta Concha.

Empresários visitam novos dirigentes do Porto de Imbituba


          Empresários da Associação Empresarial de Imbituba (ACIM) visitaram a nova diretoria da SCPar Porto de Imbituba. Diretores da entidade e integrantes do Núcleo de Comércio Exterior (ACIM Comex) foram recebidos pelo diretor-presidente Jamazi Alfredo Ziegler, Dr. Roberto Luís Figueiredo dos Santos Júnior, diretor jurídico, e Alexandre Pinter, diretor administrativo, comercial e financeiro.
          Os empresários buscaram o Porto para uma aproximação, focados no fortalecimento da relação Porto-Cidade, com destaque para as parcerias que já são desenvolvidas, como a participação da Autoridade Portuária no núcleo e os eventos de geração de negócios. “A ACIM tem sido fomentadora de ações para o Porto que precisam ser reforçadas, especialmente nas reivindicações de linhas comerciais em parceria com as associações empresariais da Regional Sul da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC). “O Porto de Imbituba hoje é da região e queremos continuar participando juntos, devido a importância que o Porto tem para o desenvolvimento da região”, afirmou Adilson Silvestre, presidente da ACIM.
          Durante o encontro, os novos gestores do Porto falaram sobre o trabalho de imersão que tem sido realizado com a equipe interna, buscando o compartilhamento de Know-how com a equipe do Porto, a melhoria dos processos e a eficiência portuária. Ziegler destacou a qualidade técnica dos colaboradores da empresa, com alto grau de formação acadêmica e experiência profissional. “Estamos na fase de adaptação, conhecendo as pessoas e as demandas, mas as portas estão abertas para conversarmos com os investidores, dar mais competitividade ao Porto e fazer a cidade crescer”, ressaltou o presidente Ziegler.
          O coordenador do núcleo ACIM Comex, Marcelo Cordini, apresentou o grupo e focou na importância de o Porto ter uma representatividade na associação. “Nem todos os problemas conseguimos resolver sozinhos, mas nos últimos anos, com a participação de alguns membros do corpo técnico, esta comunicação tem melhorado. Hoje discutimos pautas sobre Receita Federal, Anvisa, temas que envolvem diretamente o Porto e essa parceria é fundamental para o desenvolvimento dos negócios de comércio exterior em Imbituba e o aumento de movimentação portuária como um todo”, frisa.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Codesa propõe investir dinheiro da venda de terminal em nova rodovia


          O terminal portuário VIX-30, do Porto de Vitória, será leiloado no dia 22 de março, na Bovespa. A instalação pertence à Companhia Docas do Espírito Santo (Cdesa), e a expectativa é de que os recursos arrecadados sejam aplicados em uma nova rodovia.
          "Propusemos ao ministro (da Infraestrutura) que os recursos arrecadados sejam convertidos em uma nova rodovia de ligação exclusiva ao Cais de Capuaba, em Vila Velha", declarou o presidente da Codesa, Luis Claudio Montenegro. Segundo ele, o arrendamento do terminal foi motivado por problemas de abastecimento.
           "O Espírito Santo tem uma escassez de terminais operando com combustíveis importados. E, com alguns problemas de logística que a Petrobras vem enfrentando, às vezes sofremos com desabastecimento no Estado. E há um potencial enorme para um terminal de granéis no Porto de Vitória", argumentou Montenegro.
           O presidente avalia ainda que o leilão será muito disputado. "Existem várias empresas interessadas no terminal. E é uma proposta muito benéfica, pois vai possibilitar o fim do desabastecimento e a queda no preço dos combustíveis", explica.
          A expectativa é de que, com o arrendamento, as operações do porto cresçam em, ao menos, 10%. "Estimamos que, no primeiro ano de operações, cerca de 600 mil toneladas de granéis sejam movimentadas no terminal", destaca.
          O Ministério da Infraestrutura informou que o lance inicial do leilão será de R$128 milhões, e o prazo para arrendamento do terminal será de 25 anos. De acordo com a Associação Brasileira de Logística e Transporte de Cargas (ABTC), o terminal portuário VIX-30 mede 74.156 metros quadrados. Segundo o governador Renato Casagrande, o investimento é de grande importância para o Espírito Santo. "Vai dar segurança ao fornecimento de combustíveis e trazer novos recursos para o estado".