Os três maiores grupos de transporte
marítimo mundial de contêineres estão interessadas na compra da Log-In Logística Intermodal, companhia
brasileira de navegação costeira integrada. A MSC e a CMA CGM estariam estudando os ativos da empresa,
além da Maersk, de acordo com fontes do setor.
As três gigantes internacionais, contudo, procuradas, preferiram não se pronunciar. Já a Log-In informou, indagada sobre o assunto, que mantém o conteúdo do
fato relevante divulgado em 21 de maio. Nele, a companhia afirma que
está avaliando "alternativas estratégicas junto a potenciais
investidores". Mas destacou que "não há qualquer acordo firmado que
confira segurança quanto à conclusão de qualquer transação com qualquer
investidor".
No segundo semestre de 2014, a Log-In contratou a BR
Partners como sua assessora financeira. Nesta segunda-feira, o presidente da armadora, Vital Lopes,
disse que a empresa está em busca de capital para investimento, mas
sustentou que a Log-In não está à venda. Depois emendou que a empresa
"está à venda todos os dias" por ser de capital aberto e estar
diariamente na Bolsa de Valores.
O grande negócio da empresa é
oferecer soluções porta a porta na navegação costeira, sendo o principal
negócio o transporte marítimo regular de contêineres. O grupo
Maersk já opera na navegação doméstica (cabotagem) de contêineres no
Brasil com a subsidiária Mercosul Line, concorrente da Log-In. A
Mercosul Line é a terceira em volumes em um mercado disputado por três
empresas e liderado pela Aliança, da Oetker.
A francesa CMA
CGM manifesta há anos a intenção de entrar na cabotagem brasileira. Com o
dólar alto, os ativos no Brasil ficaram atrativos para os estrangeiros. A
Log-In utiliza oito navios porta-contêineres, com capacidade total para
19.500 Teus (contêiner de 20 pés). Quatro são próprios (Log-In
Jacarandá, Log-In Jatobá, Log-In Pantanal e Log-In Amazônia) e os demais
são afretados (Angol, Aldebaran, Frizia e RR Europa). As embarcações
escalam vários portos do país ligando o Norte ao Sul, além de conectar o
Brasil aos países do Mercosul.
A Log-In atua também com o
graneleiro (próprio) Log-In Tambaqui. A embarcação atende a um contrato
de 25 anos com a Alunorte, para viagens entre os portos de Trombetas e
Vila do Conde (PA). Ainda para atender a Alunorte, a Log-In aluga mais
dois navios graneleiros em contratos por viagem. E afreta uma embarcação
para carga geral, o BBC Scandinávia. Desde 2007 ela está
investindo cerca de R$ 1 bilhão na construção de cinco embarcações para
contêineres e duas para granel. Dos sete navios, três foram entregues e
um foi lançado ao mar. A previsão é que os três porta-contêineres
restantes sejam entregues até 2017.
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