quinta-feira, 30 de abril de 2015

"Os gargalos logísticos assombram o Brasil" é a reportagem de capa da última edição da Revista Mundo

      "Os gargalos logísticos assombram o Brasil" é o tema da reportagem especial da última edição da Revista Mundo (número 461). Mostra as dificuldades que enfrentam os produtores para escoar sua produção, a falta de investimentos suficientes em infraestrutura, os custos de transportes e armazenagem, a precariedade nas estradas e outros problemas que afligem a todos os segmentos da economia nacional.

      A situação e as soluções possíveis são avaliadas e apontadas na reportagem pelos presidentes da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), CNI (Confederação Nacional da Indústria), ABTP (Associação Brasileira dos Terminais Portuários) e Abralog (Associação Brasileira de Logística ) e por um professor especialista em logística da Fundação Dom Cabral. A edição apresenta também entrevista com o presidente da Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), Luiz Carlos Côrrea Carvalho, que endossa o coro de críticas às carências logísticas e ressalta que o "agronegócio brasileiro hoje exporta cinco vezes mais que no ano 2000."

      Acompanhe ainda os nossos colunistas Samir Keedir, Milton Lourenço e Walter Veppo, além de outras matérias de interesse do mundo do comércio exterior. Faça como 23 mil profissionais que acessaram pelas redes sociais a edição de março (mais os 10 mil que leram a revista no formato impresso) Acesse integralmente e sem custos a edição de abril (bem como as anteriores, mantidas em arquivo) da Revista MUNDO pelo www.facebook/MundoComexRevista.

Bolsas européias fecham o pregão desta quinta-feira em leve alta em sessões marcadas pela volatilidade

      As bolsas da Europa encerraram o pregão desta quinta-feira (30) em leve alta, em sessões marcadas pela volatilidade, compensando parcialmente as fortes perdas registradas na quarta. Os investidores buscaram ajustar suas carteiras após dados da zona do euro sinalizarem ligeira melhora na economia da região e os números do mercado de trabalho nos Estados Unidos sustentarem um certo otimismo no mercado.

      A instabilidade no câmbio e a expectativa em torno das negociações envolvendo a Grécia, entretanto, ajudaram a manter o ritmo de gangorra nas bolsas. Em Londres, o índice FTSE-100 subiu 0,21%, para 6.960,63 pontos; em Paris, o CAC-40 teve elevação de 0,14%, para 5.046,49 pontos; e na Bblsa de Frankfurt, o índice DAX avançou 0,19%, para 11.4545,38. Em Madri, o Ibex-35 subiu 0,05% e fechou aos 11.385,00 pontos, enquanto em Lisboa o PSI-20 avançou 1,39%, para 6.094,68 pontos; e, em Milão, o FTSE-MIB teve alta de 0,22%, para 23.045,52 pontos.

      Pela manhã, a Eurostat, a agência de estatísticas da União Europeia, informou que o índice de preços ao consumidor da zona do euro ficou estável em abril, ante igual mês do ano passado, após quatro meses consecutivos de declínio. A taxa de desemprego da região também não variou, permanecendo em março em 11,3% e se situando ligeiramente acima das previsões dos economistas, de 11,2%.

Camex concede desoneração temporária do Imposto de Importação para 187 itens

      A Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior concedeu hoje (30) desoneração temporária do Imposto de Importação para bens de capital, informática e telecomunicações. Foram contemplados 177 bens de capital (máquinas e equipamentos), dos quais 19 tiveram a redução da alíquota renovada.

      No caso dos bens de informática e telecomunicações, foram dez concessões. No total, portanto, foram 187 itens desonerados, de acordo com resoluções da Camex publicadas no Diário Oficial da União desta quinta-feira (30). Segundo o ministério, em relação aos bens de capital, a maioria tem alíquota do Imposto de Importação de 14%. Com a desoneração, o patamar cairá para 2%, valendo até 31 de dezembro de 2016. Em se tratando dos bens de informática e telecomunicações, o imposto, nas faixas de 10% e 16%, também será reduzido para 2%, valendo até 31 de dezembro deste ano.

      Esse tipo de desoneração acontece frequentemente, no âmbito do regime especial chamado ex-tarifário. O regime consiste na redução temporária do imposto de importação, visando a estimular os investimentos da indústria nacional. São desonerados somente os bens de capital e produtos de informática e telecomunicações que não tenham fabricação em território nacional. De acordo com o ministério, as desonerações de hoje incentivam investimentos de US$ 2,089 bilhões.

China decide elevar teto para US$ 10 bilhões aos investidores estrangeiros no país

      O governo chinês decidiu elevar o teto para investidores estrangeiros, incluindo o fundo soberano de Cingapura e o braço australiano do grupo norte-americano Vanguard, em US$ 10 bilhões para a compra de ações e bônus no país. 

      A medida faz parte da estratégia de Pequim de acelerar a abertura dos mercados chineses.
Há tempos, gestores de fundos estrangeiros vêm pedindo maior acesso à China, especialmente com a bolsa de Xangai acumulando ganhos de quase 40% em 2015, após anos seguidos de desempenho fraco. 

      Desde o final do ano passado, Hong Kong, ex-domínio britânico, que mantém regime diferenciado do resto do país, tem uma ligação comercial com o mercado acionário chinês que facilita o acesso aos negócios em Xangai. Imagem do Centro Financeiro Internacional de Hong Kong.

DHL manda equipe de emergências para ajudar às vítimas do terremoto no Nepal



      O Grupo Deutsche Post DHL enviou sua equipe de emergências (DRT, conforme sigla em inglês) a Katmandú, no Nepal, após o terremoto devastador de 7,8 graus de magnitude que matou (5.238) e feriu (10.500) milhares de pessoas no país. Nesta quinta-feira, o time de apoio humanitário internacional do grupo alemão se prepara para viabilizar o transporte aéreo de itens emergenciais necessários, tais como equipamentos técnicos, água e alimentos.

      A DHL irá fornecer apoio logístico para ajudar a gerenciar toda ajuda internacional recebida, além de controlar os itens no Aeroporto Internacional de Tribhuvan, em Katmandú, para posterior distribuição pelas organizações locais e internacionais aos cidadãos necessitados. O CEO da DHL, Frank Appel, CEO do Grupo, ressalta que a escala de destruição em massa do terremoto ocorrido no Nepal paralisou a infraestrutura do país devido à destruição de estradas e aeroportos locais, impondo um enorme desafio logístico para todos os esforços de ajuda.

       "É uma corrida contra o tempo para resgatar vítimas que ainda estão presas nos escombros, bem como para atender aqueles que necessitam urgentemente de assistência e serviços essenciais básicos, tais como assistência médica, alimentos e água", diz o executivo. “A entrada repentina de grandes quantidades de itens de socorro no aeroporto de Katmandú coloca a prova a capacidade local de distribuir esses itens em tempo hábil, de modo que cheguem até os indivíduos necessitados", destacou.

       Segundo Appel, "este é o suporte logístico específico que a DHL prestará no aeroporto do país." Explicou que a equipe é composta por voluntários altamente treinados que fornecem conhecimentos logísticos para ajudar a organizar toda a assistência recebida, visando facilitar sua posterior distribuição às vítimas da forma mais rápida possível", disse Appel.

SEP aguarda para hoje liberação do processo de licitação de arrendamentos nos portos de Santos e do Pará

       A Secretaria Especial de Portos (SEP) da Presidência da República informou que aguarda para hoje a liberação pelo Tribunal de Contas da União (TCU) do processo que trata da licitação de arrendamentos de áreas nos portos de Santos (SP) e do Pará. A expectativa foi manifestada na tarde dessa quarta-feira pelo ministro Edinho Araújo.

      "Ao longo de 18 meses essa consulta recebeu inúmeros pedidos de vista do TCU. A nossa expectativa é que a matéria seja apreciada hoje", disse o ministro na abertura da 5ª Conferência de Logística Brasil-Alemanha, na sede da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). Ele explicou que a licitação envolve investimentos represados da ordem de R$ 4,7 bilhões, em 29 áreas de arrendamentos em Santos e no Pará, com previsão de capacidade de mais 47 milhões de toneladas de cargas, apenas no bloco 1.

       O ministro de Portos também manteve reunião nessa terça-feira, 28, com a presidente Dilma Rousseff e representantes de outras pastas para discutir o pacote de concessões para o setor de infraestrutura, que deverá ser lançado pelo governo em maio. Araújo lembrou que no setor portuário há atualmente 39 projetos determinais autorizados, com investimentos estimados em R$ 11 bilhões.

Mais de dez mil empregados já foram demitidos dos estaleiros desde dezembro de 2014 por causa dos escândalos na Petrobras

        Quando acendeu o sinal amarelo nos estaleiros nacionais em novembro do ano passado, por força de atrasos nos pagamentos pela Sete Brasil, a indústria da construção naval brasileira trabalhava com um cenário otimista. A crise na Sete Brasil, que encomendou 28 sondas a cinco grandes estaleiros, e os desdobramentos da Operação Lava-Jato, que investiga desvios na Petrobras, modificaram por completo esse cenário.
      A partir de dezembro até fim de março, mais de dez mil empregados foram cortados dos estaleiros e outras 30 mil demissões podem ocorrer até julho caso não haja sinais de novas encomendas pela Petrobras e não seja encontrada uma solução para a crise na Sete Brasil. "A realidade hoje é diferente da vivida nos últimos anos", afirmou o presidente do Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore), Ariovaldo Rocha.

      O Sinaval, que representa os estaleiros, lembra que havia 82.472 empregados no setor em dezembro de 2014 e, em 31 de março, esse contingente foi reduzido para 72.066. Houve corte de 10.406 vagas, parte explicado pela conclusão de obras de navios e plataformas, mas sobretudo pela crise que se estendeu pelos estaleiros a partir dos problemas na Sete Brasil. Se não surgirem novidades positivas para o setor até meados do ano, a força de trabalho nos estaleiros poderá ser reduzida à metade do que era em dezembro.

       O dirigente disse que será preciso ver os sinais que serão emitidos pela Petrobras em seu plano de negócios 2015-2019, o qual pode ser anunciado em maio, e também o encaminhamento para a crise na Sete Brasil. No fim de fevereiro, a empresa tinha dívidas de US$ 850 milhões com os estaleiros. No começo deste mês, a empresa anunciou ter chegado a um acordo com bancos credores para rolar por 90 dias dívidas de curto prazo.

   
       No mercado, circulam informações de que Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal poderiam substituir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como financiadores de longo prazo para a Sete Brasil. Em nota, o estaleiro informou que "A Sete Brasil tem atuado prioritariamente, e em várias frentes, para a contratação de linhas de crédito de longo prazo que possibilitem o avanço do projeto por hora em andamento. A empresa espera, dessa forma, que a retomada dos níveis de produção da indústria naval brasileira ocorra no menor prazo possível."

Presidente do Badesul acredita na retomada do pólo naval de charqueadas (RS)

       O grupo paranaense Inepar, que encontra-se em recuperação judicial, deve apresentar, na próxima semana, a operação de Charqueadas, da Iesa Óleo e Gás, controlada pelo grupo, como um dos ativos a serem colocados à venda para quitar débitos com credores com os quais o grupo tem negócios. O processo tramita na 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial da Comarca de São Paulo (SP) e registra o Badesul como um dos credores com garantia. A Iesa deve R$ 44 milhões para o banco.

      Segundo o presidente do Badesul, Marcelo Lopes, já há dois grupos asiáticos interessados na compra da planta, que deve ser comercializada por um valor estimado entre R$ 75 milhões e R$ 89 milhões. O Badesul registrou queda de 23% no lucro líquido acumulado na gestão 2011/2014 em relação à anterior (2007/2010), redução que, de acordo com o presidente, seria justificada pelo valor devido pela Iesa.

      A poucos dias de deixar o cargo, Lopes contabiliza os últimos esforços da diretoria para entregar a gestão com os melhores encaminhamentos possíveis. Nem mesmo a previsão de realização de um concurso público, aprovado pelo ex-governador Tarso Genro (que perdeu a eleição para José Ivo Sartori) no ano passado, ficou de fora do empenho final da equipe. "Estamos deixando tudo pronto para a realização do concurso por parte da nova diretoria", pontua Lopes.

      Outra entrega garantida à próxima equipe é a de desembolsos já realizados pelo banco neste ano, no total de R$ 300 milhões. "Estamos trabalhando duro", salienta o presidente, que diz seguir o exemplo de Genro após o resultado das eleições de 2014. Assim como o ex-governador, que manteve os esforços focados na renegociação da dívida do Estado até as últimas semanas de seu mandato, Lopes assegura que a atual diretoria não esmoreceu frente à mudança política. "O banco é mais importante."

      Entre as ações recentes, Lopes destaca o trabalho forte em busca de uma solução para o impasse com a Iesa. A diretoria do Badesul tem acompanhado o processo de recuperação judicial e da venda do ativo com interesse não só no pagamento dos débitos, mas também na manutenção das operações do polo e, principalmente, dos 1,6 mil empregos gerados.

       Existe viabilidade econômica para os possíveis compradores, assegura o diretor de Participações e Inovação e diretor de Operações do Badesul, Luis Felipe Maldaner. "As empresas brasileiras que poderiam assumir a produção dos módulos estão impedidas por conta da Operação Lava Jato, mas a Petrobras vai continuar dependendo dessas estruturas", acentua, ressaltando que para grupos de fora, como os asiáticos, a compra da fábrica é uma oportunidade de ingressar nesse espaço.

Projeto do Arco Metropolitano de Recife tem licença ambiental aprovada e edital de obras sai em breve

       A licença prévia para o lote 2 do Arco Metropolitano de Recife foi liberada pelo organismo ambiental do estado de Pernambuco. O documento era aguardado para que o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) possa elaborar o termo de referência para lançar o edital da licitação para contratar a empresa responsável pela elaboração do projeto e execução das obras.
 
      O objetivo é construir uma pista dupla que ligará a BR-101 ao norte de Recife com o trecho sul da mesma rodovia, facilitando a mobilidade de cargas que tem como origem ou destino o Porto de Suape. A nova via também vai aliviar o tráfego no trecho da rodovia que passa por Recife, já que vai retirar, da capital, o trânsito de longa distância.

      O empreendimento será custeado com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e foi dividido em dois lotes. O lote 2, cuja licença provisória foi liberada, tem cerca de 45 quilômetros, com início no entroncamento com a BR-408, em São Lourenço da Mata, e término no entroncamento com a BR-101, próximo a Cabo de Santo Agostinho. Os procedimentos para a licitação do lote 1, que parte de Goiana, terminando no entroncamento com a BR-408, serão iniciados depois de concluído o processo do lote 2.

Cresce a possibilidade de liberação de exportação de carne brasileira para os EUA

      As negociações envolvendo a liberação da importação de carne bovina in natura brasileira pelos Estados Unidos, que se arrastam há anos, evoluíram e podem ser definidas durante o encontro dos presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama, em Washington, dia 30 de junho.

       A informação foi revelada nesta quarta-feira pela embaixadora norte-americana em Brasília, Liliana Ayalde, na Agrishow, feira do agronegócio, que se realiza em Ribeirão Preto (SP). "Estamos trabalhando muito bem com as autoridades do Ministério da Agricultura (do Brasil. Não gostaria de afirmar, mas esperamos que possamos fazer algo concreto", adiantou, revelando que o assunto está na pauta da reunião entre os dois presidentes.

      A embaixadora lembrou que igualmente os norte-americanos têm interesse no mercado brasileiro para alguns tipos de carne produzidas nos Estados Unidos. Ela, no entanto, não indicou quais seriam estas carnes. 

PIB brasileiro terá pior desempenho em duas décadas segundo o FMI

      O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2015 deverá confirmar a pior desaceleração da economia em mais de duas décadas. A previsão aparece no relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional), divulgado nesta quarta-feira. Mas o organismo recomenda que apesar da atividade enfraquecida o governo deve manter as medidas de aperto nos gastos públicos.

      O estudo do FMI, intitulado "Perspectiva Econômica Regional", aponta que o país passa pela desaceleração mais grave nos últimos vinte anos, mas terá que insistir com os recentes esforços para conter o aumento da dívida pública e repor a confiança no quadro da política macroeconômica. A diretora geral do fundo, Christine Lagarde, elogiou o ajuste na economia, contudo, disse que é necessário implementar as reformas estruturais.

      A previsão de economistas da instituição é que o PIB brasileiro encolha 1% este ano, o que seria um dos piores desempenhos entre as principais economias mundiais. A perspectiva, segundo os técnicos, é de que a recuperação, moderada, aconteça em 2016, com crescimento de 1%. O FMI atribui a situação brasileira  à baixa confiança dos empresários que, por isso, não investem.

Brasil e Rússia assinam acordo de facilitação de comércio que beneficiará o agronegócio

      O governo brasileiro assinou um acordo de facilitação de comércio com a Rússia. O entendimento inicial objetiva a dar abertura a um sistema de lista pré-autorizada (prelisting) para todos os estabelecimentos exportadores de produtos de origem animal. A secretária de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo, explicou que esse sistema prevê que o país exportador, no caso o Brasil, selecione os estabelecimentos que atendem os requisitos exigidos pelo país importador.

      “O país exportador passa a lista dos estabelecimentos que ele garante que atendem às exigências do país importador. Além de cumprir os requisitos sanitários do nosso sistema de inspeção federal, atende também aos requisitos do país importador”, relatou Palermo. Para os lácteos, o prelisting já está em funcionamento e a exportação dos produtos acontece sem a necessidade de missão prévia de inspeção dos estabelecimentos.

      Atualmente, 12 plantas industriais do setor são autorizadas a exportar para a Rússia. A secretária considera que essa é uma forma efetiva de diminuir a burocracia no comércio entre os dois países.
A intenção é que até o final de junho haja um acordo efetivo de prelisting para as exportações para a Rússia.  As autoridades russas querem estabelecer o mesmo sistema de habilitação para o comércio de pescado.


Lucro consolidado da Panalpina no trimestre aumenta em 10%

      A Panalpina aumentou seu resultado operacional e o lucro consolidado no primeiro trimestre de 2015 em 10%, para CHF 19,6 milhões, enquanto o EBIT cresceu 3%. Na comparação ano-a-ano, o EBIT e a taxa de conversão aumentaram em Frete Marítimo, com crescimento de 5% no volume, porém no Frete Aéreo, houve uma diminuição, onde o volume teve um pequeno crescimento de 1%.

      Os volumes de Frete Aéreo cresceram 1% no primeiro trimestre, contra um crescimento estimado de mercado de 3 a 4%, ocasionado principalmente por volumes mais baixos no setor automotivo. Já no frete marítimo cresceu 5% ano a ano, acima de um crescimento estimado de mercado de 3%. O lucro bruto por teu diminuiu 8%, mas subiu em relação ao quarto trimestre de 2014. A saída da empresa de unidades de negócios de baixo desempenho fez com que o lucro bruto de produto Logística do Grupo diminuísse 3%.

      A companhia acredita que a leitura do mercado será difícil, diante do ambiente econômico mais fraco que o esperado e as incertezas em torno da evolução do preço do petróleo o mercado.“Vamos nos concentrar na execução da estratégia de como podemos transformar o nosso negócio. No geral, permanecemos cautelosamente otimistas e esperamos crescer em linha com o mercado de frete aéreo e superar o mercado em transporte marítimo”, informou em comunicado.

Seminário em São Paulo aponta falhas na "cadeia fria" que provocam prejuízos

      A executiva Nathalia Lima, da Válida Laboratórios de Ensaios Térmicos, afirmou que "existem falhas na cadeia fria que obrigam a adoção de medidas para evitar prejuízos com perdas e (as medidas) devem durar até o final da cadeia". Explicou que do montante de danos, conforme a Organização Mundial da Saúde, 50% das vacinas chegam ao cliente final sem condições de uso. A executiva foi uma das palestrantes no seminário “Tendências e Novas Soluções para a Cadeia Fria”, realizado nesta quarta-feira, (29), em São Paulo (SP).
     
      Segundo Nathalia, os cuidados envolvem desde a embalagem, protocolo, relatório até pontos como critério de aceitação de estabilidade do produto a ser transportado e seu consequente monitoramento contínuo e/ou periódico. Já Liana Montemor, do Grupo Polar, observou que antes de definir o perfil térmico da carga, é preciso analisar e conhecer o percurso que a mercadoria terá de seguir, ou seja, estação do ano, regiões que a carga vai passar, os modais a serem utilizados, bem como áreas que ofereçam riscos para a entrega de produtos.

      O evento reuniu embarcadores, farmacêuticos e profissionais de companhias como UPS e Restitui Logística e apontou as falhas da cadeia fria e os equipamentos e serviços que o mercado têm à disposição. Para os presentes, o maior problema ainda é a falta de controle de ponta a ponta da cadeia. Segundo os presentes, não basta o modal, o transportador, a dona da carga e o receptor adotarem cuidados, a distribuidora ainda necessita de treinamento.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Presidente da Eletronuclear pede afastamento por causa de denúncias de pagamento de propina em Angra 3

      O diretor-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, requereu licença do cargo hoje, informou na noite desta quarta-feira (29) a controladora Eletrobras. O pedido de afastamento ocorreu após notícias veiculadas na imprensa de que teriam sido feitas negociações para pagamento de supostas propinas a Silva nas obras da usina nuclear de Angra 3. A denúncia teria sido feita em delação premiada do ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini, no âmbito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

      Segundo o comunicado da Eletrobras, Silva justificou, no pedido de licença, que seu afastamento "garantirá a independência e transparência dos trabalhos de investigação a serem realizados, tendo se colocado à disposição para prestar todos os esclarecimentos que se fizerem necessários para apuração do assunto". O conselho de administração da Eletronuclear aprovou que o cargo de diretor-presidente da companhia seja assumido interinamente, durante a licença, pelo atual diretor de Operações daquela empresa, Pedro José Diniz Figueiredo.

      A Eletrobras informou também que a comissão interna criada para fiscalizar a contratação de construtoras para a obra de Angra 3 ainda não concluiu os trabalhos. Além disso, a administração da companhia aprovou hoje a contratação de empresa especializada para realizar a investigação. O objetivo, segundo a estatal, é " garantir a transparência e independência dos trabalhos, sob o ponto de vista da legislação brasileira e norte-americana".

Presidente da Abigraf afirma que "mecanismos meramente monetários (como elevar a Selic) são nocivos à retomada do crescimento"



      O presidente da Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica), Levi Ceregato, afirmou que a decisão do Copom de posicionar a Selic em 13,25% ao ano, mantém os juros reais brasileiros em torno de cinco por cento e em primeiro lugar no ranking mundial, bem acima do segundo e terceiros colocados, a China e a Índia, competidores diretos do Brasil no comércio exterior, cujas taxas giram em torno de três por cento. “Infelizmente, esses mecanismos meramente monetários já não produzem efeitos no sentido de conter a inflação e são nocivos à meta de retomada do crescimento”, criticou ele.

      Segundo o dirigente, independentemente dos juros e dos demais obstáculos e causas da crise econômica brasileira, é preciso trabalhar muito e lutar contra o agravamento da situação econômica. “Somos um país com 200 milhões de habitantes e, portanto, com um dos maiores mercados consumidores do mundo", argumentou Levi.

      O presidente lembrou que é preciso alimentar, vestir, gerar empregos e manter com dignidade todo esse imenso contingente populacional. "Ao fazer isso, estaremos movimentando a economia. Assim, não basta lamentar os juros altos e demais problemas. É hora da superação, da criatividade, das promoções, campanhas inteligentes e do respeito à lei da oferta e da procura como reguladora dos preços e de muito trabalho. Também é necessário continuar reivindicando políticas públicas que estimulem os setores produtivos e repudiando a corrupção”, disse.

Copom eleva em 0,50 ponto percentual a Selic que passa para 13,25% ao ano

      O Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu, nesta quarta-feira (29) por unanimidade, elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto porcentual, passando para 13,25% ao ano. A alta vai ao encontro da expectativa da maior parte do mercado financeiro. A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 2 e 3 de junho de 2015.

Expert americano em soluções sugere em evento da ApexBrasil que empresas brasileiras invistam em exportação



      O empresário Greg Seminara, dos Estados Unidos, dono da Export Solutions, aconselhou hoje em São Paulo (SP) que "em meio à crise econômica que o Brasil vivencia, há, sim, uma boa notícias para as empresas e produtos brasileiros. É ho
ra de exportar". Sugeriu a estratégia durante evento promovido pela Apex-Brasil - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos. Ele também apresentou orientações e dicas para que companhias nacionais coloquem seus produtos nas redes de varejo do exterior.

      O encontro na capital paulista objetivou mostrar ações para marcar presença no mercado internacional e aproveitar a oportunidade de vender no exterior, às empresas associadas ao Sweet Brasil, projeto setorial de promoção de exportação, desenvolvido em parceria entre a Apex-Brasil e a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados – ABICAB. 

       A Nugali, de Pomerode (SC), foi um dos destaques. A indústria investiu quase R$ 1 milhão em desenvolvimento de produtos e adequação de linha para o mercado externo. “O projeto de expansão, iniciado este ano, inclui uma nova unidade fabril e prevê um valor em torno de R$ 10 milhões nos próximos seis anos”, comentou o presidente da empresa, Ivan Blumenschein.

Presidente da Petrobras convida Graça Foster para participar da cerimônia de entrega de Prêmio à empresa nos Estados Unidos



      O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, convidou à ex-presidente Graça Foster e a todos os diretores da gestão dela, para irem à Houston, Estados Unidos, participar da cerimônia de entrega do prêmio que a empresa vai receber da OTC (Offshore Technology Conference). A decisão foi interpretada por analistas como um gesto de gentileza e também de justiça, já que as ações que resultaram na premiação foram desenvolvidas em grande parte na gestão anterior.

       A Petrobras foi escolhida como a melhor companhia do mundo pelo desenvolvimento de novas tecnologias na exploração de óleo e gás em águas ultraprofundas no pré-sal brasileiro. A entrega do prêmio será num jantar especial na noite do próximo domingo (dia 3) na abertura oficial da OTC 2015, a maior feira de petróleo do mundo, no Reliant Stadium, em Houston. 

      Os ex-dirigentes ainda não confirmaram, pelo menos publicamente, se aceitaram ou não o convite. Os mesmos analistas avaliaram que um constrangimento natural, pelos escândalos que envolvem a estatal, possa ser fator preponderante para que eles não aceitem estar presentes, mas a homenagem a eles, principalmente ao engenheiro José Formigli, ex-diretor de exploração e produção, seria justa, consideram os especialistas.