sexta-feira, 26 de abril de 2024

Principais portos mundiais de contêineres sinalizam para reabilitação do comércio internacional


A maioria dos grandes portos nos Estados Unidos, Europa e Ásia registraram um forte aumento nos volumes no primeiro trimestre, com dois dos principais terminais de entrada da Europa apresentando seus melhores volumes em três anos. O maior porto da Europa, Roterdam (foto), alcançou desempenho de 3,29 MTEUs no primeiro trimestre de 2024, um crescimento de 2% em relação ao ano anterior, e o primeiro trimestral desde o primeiro trimestre de 2021.

O recém-nomeado CEO do complexo dos Países Baixos, Boudewijn Siemons disse que os números foram os "primeiros sinais de que o mundo do comércio está melhorando." Os números mais elevados devem-se ao aumento das importações asiáticas, embora a crise do Mar Vermelho também esteja criando negócios para os portos europeus: os desvios em torno do Cabo da Boa Esperança estão fazendo com que mais carga seja descarregada nos portos do norte da Europa para transbordo para o Mediterrâneo.

O porto de Antuérpia-Bruges, na Bélgica, teve um aumento homólogo ainda maior na movimentação de contentores no 1º trimestre de 2024, de 6%, para 3,29 MTEUs. Os volumes começaram a crescer a partir de fevereiro. Março atingiu o melhor valor mensal do porto em 3 anos. O resultado foi um aumento de 3,0 MTEUs. No quarto trimestre de 2023, Antuérpia-Bruges aumentou a sua quota de movimentação de contêineres. O corredor Hamburgo-Le Havre registrou ao todo elevações de 0,3%, para 29% no período.

Nos Estados Unidos, Los Angeles alcançou o terceiro melhor primeiro trimestre já registrado da sua história, chegando em março ao oitavo mês consecutivo de crescimento anual. Durante o primeiro trimestre de 2024, movimentou 2,38 MTEUs, uma expansão de quase 30% em relação a 2023, embora a vizinha Long Beach tenha reportado um aumento muito menor, de apenas 2,6%.

O resultado de Los Angeles ficou entre os números mais fortes do primeiro trimestre de sua história, atrás apenas dos anos pandêmicos de 2021 e 2022. Seu presidente-executivo, Gene Seroka, disse que espera mais no segundo trimestre. “Um mercado de trabalho forte e contínuo os gastos do consumidor ajudarão a direcionar o frete para Los Angeles nos próximos mese,"calculou.

Cingapura também registrou um aumento homólogo de 10,7% nos volumes durante o primeiro trimestre, até 9,97 MTEUs. Entre os principais portos globais, apenas Hong Kong sofreu uma descida, com o desempenho caindo -2,3% para 3,35 MTEUs. Em relação a terminais especificamente, a Cosco Shipping Ports  apresentou um aumento de 9,2% no seu desempenho global, com crescimento positivo em cada um dos seus seis segmentos individuais, compreendendo cinco regiões chinesas e o seu segmento internacional.

Ministro da Agricultura recebe propostas da CNA com prioridades para o Plano Safra 2024/25

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, esteve na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para escutar as propostas da entidade para o Plano Safra 2024/2025. Na oportunidade, o presidente da entidade, João Martins entregou ao ministro um documento com dez pontos considerados prioritários. O objetivo da entidade é contribuir na elaboração do próximo conjunto de políticas públicas que visam apoiar e financiar a produção agropecuária no Brasil.

Em seu discurso, o ministro Fávaro elogiou e destacou a importância do trabalho da CNA para que seja feito um novo Plano Safra mais assertivo e que atenda os anseios dos produtores. “Em linhas gerais, as prioridades apresentadas hoje estão todas sincronizadas com o que o Governo vem discutindo. Isso nos dá a certeza de que faremos deste um Plano Safra ainda mais inovador, com responsabilidade ambiental, com taxas de juros compatíveis, com linhas de créditos que venham atender os anseios de produtores nesse momento difícil, de renda achatada, de intempéries climáticas, pensando muito na modernização do seguro”, ressaltou Fávaro.

O documento apresentado ao ministro foi construído em conjunto com as federações de agricultura e pecuária, sindicatos rurais, produtores e entidades setoriais, durante encontros realizados com representantes das regiões Norte, Nordeste, Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Entre os pontos abordados no material estão o aumento dos recursos financiáveis; fortalecimento do seguro rural; regulamentação da lei que criou o Fundo de Catástrofe; rebate de taxas ou aumento do limite financiável; coibir as práticas de venda casada; priorização de recursos para as linhas de investimento, entre outros. “Ouvimos todas as partes do Brasil para construir uma proposta detalhada que beneficiem os produtores rurais”, afirmou Martins. “Nós da CNA estamos a disposição para ajudar no que for possível”, concluiu o presidente.

 

Antaq promove audiência pública sobre terminal no Porto do Rio de Janeiro, que prevê investimento de R$ 101 milhões

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) realizou, nesta semana, a Audiência Pública nº 06/2024, voltada ao recebimento de contribuições, subsídios e sugestões para o aprimoramento dos documentos técnicos e jurídicos relativos à realização de certame licitatório para o arrendamento do terminal RDJ07, localizado no Rio de Janeiro (RJ). A área movimenta carga de apoio offshore e a estimativa é que o investimento ao longo dos 25 anos do contrato seja de 101,7 milhões.

O diretor relator do processo que trata da concessão da área, Caio Farias, destacou que “o projeto de concessão do terminal portuário RDJ07 é fundamental para garantir o abastecimento energético do país”. Ressaltou que o terminal proporcionará um atendimento mais eficiente às unidades marítimas envolvidas na exploração e produção de petróleo e gás natural. Acrescentou que essa iniciativa oferece “a oportunidade de discutir questões que impactam diretamente na infraestrutura e logística do país, contribuindo assim para a redução do Custo Brasil”.

Ao todo a audiência pública teve dois inscritos que participaram contribuindo de forma escrita na audiência. O prazo para envio das contribuições vai até o dia 8 de maio de 2024. As minutas jurídicas e os documentos técnicos objeto do presente aviso de consulta pública estarão disponíveis no site da ANTAQ.

Serão consideradas pela Agência apenas as contribuições, subsídios e sugestões que tenham por objeto as minutas colocadas em consulta e audiência públicas. As contribuições podem ser dirigidas à ANTAQ até as 23h59 do dia 8 de maio de 2024, exclusivamente por meio e na forma do formulário eletrônico, não sendo aceitas contribuições por outros meios.

Será permitido anexar imagens digitais, tais como mapas, plantas e fotos, exclusivamente através do e-mail: anexo_audiencia062024@antaq.gov.br, mediante identificação do contribuinte e no prazo estipulado. As contribuições em texto deverão ser preenchidas nos campos apropriados do formulário eletrônico. Caso o interessado não disponha dos recursos necessários para o envio da contribuição por meio do formulário eletrônico, poderá fazê-lo utilizando o computador da Secretaria-Geral (SGE) da Agência, em B

 

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Rota pelo Cabo da Boa Esperança salva o transporte marítimo de contêineres, mas não beneficia o planeta


A escalada dos ataques Houthi no Mar Vermelho fez com que a maioria dos navios porta-contêineres que ligam o Extremo Oriente à Europa e à costa leste dos EUA evitassem o Canal de Suez e navegassem ao redor do Cabo da Boa Esperança. Embora esta rota tenha salvado o transporte marítimo ao proporcionar águas mais seguras, não beneficia o planeta da mesma forma, uma vez que provocou um rápido aumento nas emissões de carbono, de acordo com os últimos dados do Índice de Referência Marítima de Emissões de Carbono (CEI) da Xeneta.

No primeiro trimestre de 2024, período imediatamente após o início dos ataques no Mar Vermelho, a classificação média CEI das 13 principais rotas de transporte de contêineres do mundo atingiu 107,5 pontos. Esta é a primeira vez que o CEI médio excede 100 a nível global (uma leitura abaixo de 100 indica uma melhoria nas emissões de carbono nos últimos cinco anos).

Além disso, marcou um aumento de 15,2% em relação ao quarto trimestre de 2023. Ao comparar o 1º trimestre de 2024 com o mesmo período de 2018, apenas cinco das 13 rotas principais emitiram menos CO2 por tonelada de carga transportada. Além disso, em comparação com o quarto trimestre de 2023, 10 das 13 rotas principais registraram um aumento médio no CO2 emitido por tonelada de carga.

Os maiores aumentos na CEI foram registrados nas rotas que regressam ao Extremo Oriente provenientes do Mediterrâneo e do Norte da Europa, com 34,1% e 31,1%, respectivamente. Itinerários mais longos, mais emissões de CO2 Naturalmente, a principal razão para o aumento das emissões de carbono é o aumento da distância.

Os desvios em torno do Cabo da Boa Esperança significam que a distância média que um contêiner é transportado por mar em nível mundial aumentou 11% em comparação com o início de 2023. Na rota do Extremo Oriente para o Mediterrâneo, considerando o trânsito por Boa Esperança, a distância média de navegação de um contêiner aumentou 60,7% no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o quarto trimestre de 2023.

Em termos reais, isso significa que um contêiner nesta rota é transportado por 15.200 milhas náuticas em média, em comparação com 9.400 milhas náuticas no quarto trimestre de 2023. Mas a distância não é o único fator. Os desvios em torno do Cabo da Boa Esperança geraram uma procura adicional de serviços de transporte marítimo, pelo que os navios tiveram que acelerar a sua navegação para tentar mitigar a maior distância, isto à custa da queima de mais combustível.

Segundo a agência Clarksons, globalmente, a velocidade média de navegação de navios porta-contêineres entre 12 mil e 17 mil TEUs atingiu 15,4 nós em janeiro, a velocidade mais alta desde junho de 2022, quando o impacto da Covid-19 ainda causava perturbações significativas. Embora as velocidades tenham diminuído ligeiramente desde janeiro, a média global ainda estava acima dos 15 nós em meados de abril, o que terá um impacto negativo no desempenho das emissões de carbono.

Este aumento de velocidade não é observado apenas nas rotas diretamente afetadas pelos desvios do Mar Vermelho. De fato, apenas em quatro das 13 rotas principais o CEI abrandou no primeiro trimestre face ao quarto. As companhias marítimas foram forçadas a utilizar navios mais antigos e menos eficientes para satisfazer esta procura adicional. Coincidentemente, estes navios também são mais pequenos, o que significa que são menos eficientes em termos de emissões médias de CO2 por tonelada de carga transportada.

Assim, entre o Extremo Oriente e o Mediterrâneo, o tamanho médio dos navios destacados diminuiu 5,1% no primeiro trimestre de 2024, para 15.160 TEU. Além disso, a idade média dos navios utilizados nesta rota aumentou um ano, para 7,4 anos, no primeiro trimestre de 2024, em comparação com o quarto trimestre de 2023. Em vez disso, de acordo com Xeneta, o fator de carga de um navio porta-contêineres, ou seja, a quantidade de carga transportada versus capacidade, ajudou a compensar o aumento das emissões na maioria das rotas principais.

Entre o Extremo Oriente e o Norte da Europa, a taxa de ocupação aumentou 6,1 pontos percentuais. Esta é uma das razões pelas quais esta rota teve um aumento menor na sua pontuação. Segundo Xeneta, a deterioração do CEI no primeiro trimestre de 2024 demonstra o impacto sério e imediato que o conflito no Mar Vermelho tem nas emissões de carbono da cadeia de abastecimento. Além disso, prevê que se os navios continuarem a navegar distâncias maiores em torno do Cabo da Boa Esperança, será quase inevitável que o desempenho da CEI seja pior em comparação com os níveis de 2023.

Complexo de Suape vai receber até final de junho 14 mil veículos da BYD

O Porto de Suape, em Pernambuco, vai receber até a última semana de junho, cerca de 14 mil veículos da BYD.  A BYD parece ter escolhido o porto pernambucano como seu “hub” nordestino e  quase dois mil veículos da BYD  desembarcaram entre os últimos dias 15 e 16 de abril.  Uma nova remessa de carros já está deixando a costa de Shenzhen, na China, para, chegando em Suape, ser distribuída para toda a região Nordeste.

Apesar de ter um porto exclusivo para automóveis,  o Terminal Miguel Oliveira em Candeias, também conhecido como Porto da Ford, a Bahia não parece estar nos planos da BYD para receber os automóveis importados, pelo menos nesse primeiro momento. O porto de Salvador também apresenta condições para receber automóveis.  Tudo indica, porém, que a opção por Suape está relacionada com as empresas importadoras

As operações da BYD estão sendo feitas pela Comexport, a maior empresa de comércio exterior do Brasil e que detém exclusividade com a BYD. Outra importadora, a Nexus, que atua no ramo logístico automotivo e é subsidiária nacional do grupo japonês K-Line, implantou há cerca de três anos um hub de veículos em Suape.

 

Antaq promove audiência pública sobre a licitação definitiva no Porto de Itajaí


A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) realizou, nesta semana, a Audiência Pública nº 03/2024, voltada ao recebimento de contribuições, subsídios e sugestões para o aprimoramento dos documentos técnicos e jurídicos relativos à realização de certame licitatório para a concessão no Porto de Itajaí (SC).

O edital prevê investimentos, para a área, na ordem dos R$ 2,8 bilhões ao longo de nove anos, a expansão do pátio do porto de forma compatível com a expansão da poligonal, ações voltadas para a redução de emissões de gases de efeito estufa, entre outros pontos. 

O leilão também vai aumentar a capacidade do porto, reduzir custos e criar empregos e renda para o município e o entorno. Com a concessão será possível retomar as operações portuárias em Itajaí de forma estruturada e com segurança jurídica para a região, além de garantir o estímulo à eficiência logística na região Sul do país e a competitividade portuária. 

O diretor relator do processo que tratou da concessão da área, Wilson Lima Filho, destacou que “não haverá duas autoridades portuárias com a licitação. É importante ficar claro que só há uma autoridade portuária para o Porto de Itajaí e ela permanece pública”.

Ao todo a audiência pública 19 inscritos participaram contribuindo de forma oral na audiência. O prazo para envio das contribuições vai até o dia 10 de maio de 2024. As minutas jurídicas e os documentos técnicos objeto do presente aviso de consulta pública estarão disponíveis no site da ANTAQ.

Serão consideradas pela Agência apenas as contribuições, subsídios e sugestões que tenham por objeto as minutas colocadas em consulta e audiência públicas. As contribuições podem ser dirigidas à ANTAQ até as 23h59 do dia 10 de maio de 2024, exclusivamente por meio e na forma do formulário eletrônico, não sendo aceitas contribuições por outros meios.

Será permitido anexar imagens digitais, tais como mapas, plantas e fotos, exclusivamente através do e-mail anexo_audiencia032024@antaq.gov.br, mediante identificação do contribuinte e no prazo estipulado. As contribuições em texto deverão ser preenchidas nos campos apropriados do formulário eletrônico.

Caso o interessado não disponha dos recursos necessários para o envio da contribuição por meio do formulário eletrônico, poderá fazê-lo utilizando o computador da Secretaria-Geral (SGE) da Agência, em Brasília/DF, ou nas suas Unidades Regionais, cujos endereços se encontram disponíveis no sítio da ANTAQ.

 

Exportações brasileiras em 2023 tem a carne bovina e o milho entre os destaques

Carvão, brasa e carne, essa combinação é querida entre os brasileiros, principalmente no almoço de domingo, e até mesmo uns legumes assados como o milho. Como forma de celebrar estes ingredientes que estão presentes na mesa da população, nesta quarta-feira (24) é comemorado o Dia Internacional do Milho; Dia do Boi e do Churrasco.  

A data objetiva solenizar a agropecuária brasileira, já que o país é um dos principais produtores e exportadores do mundo. “O Brasil é esse grande produtor de alimentos graças nossa agropecuária forte, geradora de renda e oportunidade”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. 

No que se refere a carne bovina, um dos setores produtivos mais importantes da economia nacional, o Brasil é o segundo maior produtor, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, de acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI).  

Já em relação ao ranking de países exportadores, o Brasil está em 1º lugar com relação comercial com 159 países. Somente no ano passado, foram exportados cerca de 2,536 milhões de toneladas de carne bovina in natura e processada. Os principais compradores do produto brasileiro são: China, Estados Unidos, Chile, Hong Kong e Emirados Árabes Unidos. 

Para o ano de 2024, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revela que a expectativa é de aumento na produção com 10 milhões de toneladas. Destes, 6,6 milhões de toneladas serão destinados ao mercado interno e 3,5 milhões de toneladas devem ser exportadas.  

Para o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa, o desempenho reflete a qualidade superior dos produtos brasileiros. “As exportações são uma importante fonte de receita, contribuindo para o fortalecimento da economia, a geração de emprego e renda, e a sustentabilidade do setor agrícola”, afirma. 

Outro ponto de destaque é a abertura de novos mercados. desde o início do ano passado, foram abertos mercados de carne bovina para México e República Dominicana, além de carne bovina enlatada para o Japão e carne bovina processada para Singapura. 

Do cozinho a refogado, ele pode virar pamonha ou curau. A diversidade do milho é grande e está sempre presente na mesa dos brasileiros devido também ao seu valor nutricional, rico em fibras e bioativos. Também é usado para a produção de bioetanol, silagem, entre outros.  

Conforme a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), há diversos tipos de milhos cultivados no Brasil. É o segundo grão mais produzido no país. Desde a década de 1976/77 houve um crescimento de 88,8% de área plantada e de 585% da produção, em relação à safra 2022/23. 

O milho é a principal cultura cultivada na segunda safra brasileira, segundo a Conab. A expectativa de produção estimada é de 110,9 milhões de toneladas no total. Sendo 23,3 milhões de toneladas de colheita na primeira e 85,6 na segunda safra. Os principais estados produtores são Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná. Para o consumo interno a projeção é em torno de 84 milhões de toneladas.  

As exportações do grão em 2023 passaram de mais de US$ 13,4 bilhões. E até março deste ano já foram exportados mais de US$1,6 bilhões. De acordo com a SCRI o Brasil é o maior exportador do mundo e o terceiro maior produtor. Em 2023, mais de 120 países importaram milho brasileiro, sendo os principais: China, Japão, Coréia do Sul, Irã e Taiwan.  

Segundo o secretário Perosa, o sucesso das exportações de milho e carne bovina demonstra a robustez e a força da economia agrícola. “No último ano, alcançamos a liderança mundial na exportação de milho e mantivemos posições de destaque em carnes bovinas”, ressalta ele. 

 

Maersk destaca impacto da logística integrada na experiência do cliente

A logística integrada está registrando um rápido crescimento e desempenha um papel importante na definição do futuro da gestão da cadeia de abastecimento. Por isso, a Maersk pretende ser um verdadeiro integrador logístico, conectando e simplificando a cadeia de abastecimento por meio de soluções globais ponta a ponta. Atualmente, a armadora está presente em mais de 130 países e pode gerenciar todo o transporte de um produto, incluindo serviços terrestres, desembaraço aduaneiro, transporte marítimo, gestão de armazéns e distribuição, entre outros.

Ao integrar produção, armazenamento, transporte e entrega final, as empresas experimentam prazos de entrega reduzidos e interrupções mínimas. Este processo simplificado se traduz diretamente em entregas mais rápidas aos clientes, atendendo às expectativas de seus pedidos, e também contribui para a otimização geral da cadeia de suprimentos, observa  nota da Maersk.

“Uma das principais vantagens da logística integrada é a maior precisão e a redução de erros. Os sistemas integrados fornecem visibilidade abrangente do estoque, processamento de pedidos e rastreamento de remessas. Esse nível de precisão garante que os clientes recebam os produtos certos na hora certa, resultando em maior confiança na marca. “Entregas precisas são essenciais para uma experiência positiva do cliente, minimizando problemas como pedidos incorretos ou atrasos nas remessas, melhorando, em última análise, a satisfação e a fidelidade do cliente”, concluiu da nota da Maersk.

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Maersk altera alguns serviços entre América do Norte, Caribe e América do Sul


A Maersk revisou alguns de seus serviços atuais nas Américas. Entre estes, a ligação entre a América do Norte e o Caribe, através do serviço 'Bonita', que oferece uma ligação semanal direta de Port Everglades a La Guaira, Venezuela, com um tempo de trânsito de 5 dias; e para Puerto Cabello, Venezuela, com tempo de trânsito de 7 dias, que também se conecta ao porto de Kingston, Jamaica, com tempo de trânsito de 2 dias.

A Maersk anunciou ainda a disponibilidade de duas travessias semanais da América Central para Port Everglades, Flórida, EUA. Com o novo serviço ‘Bonita’, a Maersk agora oferece travessias em Puerto Cortés, Honduras, com tempo de trânsito de 4 dias; e em Santo Tomás de Castilla, Guatemala, com tempo de trânsito de 3 dias até Port Everglades.

Além disso, o novo serviço 'Bonita' oferece agora uma ligação direta semanal de Cartagena, Colômbia, para Puerto Cortés, Honduras, com um tempo de trânsito de 2 dias; e para Santo Tomás de Castilla, Guatemala, com tempo de trânsito de 4 dias. A Maersk também está oferecendo uma nova ligação semanal em La Guaira, Venezuela, através do serviço feeder ‘La Guaira’ a partir de 19 de abril.

O novo itinerário inclui escalas em Manzanillo, Panamá; Cartagena Colômbia; La Guaíra, Venezuela; Puerto Cabello e Manzanillo no Panamá. Por fim, a Maersk destacou sua abertura a novas oportunidades em destinos no Mercosul e na costa leste dos Estados Unidos.

Embora os serviços estejam totalmente operacionais, a companhia marítima indicou que também poderá considerar novas oportunidades para estes destinos, uma vez que implementará uma mensalidade adicional. embarcação a partir do final de abril com saídas de Santos + Itapoá ou Paranaguá para Cartagena e Panamá, para outras conexões.

Como este mês a Colômbia iniciou a temporada de flores para o Dia das Mães, isso poderá afetar principalmente os Estados Unidos, com prioridade de reserva para produtos perecíveis e esperando sobretaxas adicionais para produtos secos. Além disso, a capacidade da Ásia-Pacífico é limitada, com atrasos esperados por volta das férias de abril.

 

Porto de Santos alcança novos recordes de movimentação em março e no acumulado do ano

O Porto de Santos (SP) movimentou em março 16,0 milhões de toneladas de mercadorias, registrando a melhor marca para esse período e ficando 5,0% acima do apurado no ano passado (15,3 milhões de toneladas). Esse desempenho elevou em 15,9% o movimento acumulado no primeiro trimestre que soma 42,3 milhões de toneladas, também recorde para o período.

Mais uma vez o açúcar destaca-se, com 1,9 milhão de toneladas (+95,6%) no mês e 6,1 milhões de toneladas no acumulado do ano (+97,8%); seguida pela carga conteinerizada que somou, em março, 454.645 TEU (medida equivalente a um contêiner de 20 pés), mais 21,6%, e 1,2 milhão de TEU no acumulado do ano (+20,6%).

As carnes, o café em grãos e o farelo de soja também apresentaram bom desempenho, com aumento de, respectivamente, 46%, 39,2% e 1,4% no mês e 22,1%, 49,6% e 17,3% no acumulado do ano. Entre os líquidos a granel destacou-se o óleo diesel e gasóleo, com crescimento mensal de 241,4% (272,3 mil toneladas) e anual de 197,0% (672,7 mil toneladas).

O presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, revela que a previsão é encerrar o ano com 23,5 milhões de toneladas de açúcar embarcadas, 31,9 milhões de toneladas de soja e 20,2 milhões de toneladas de milho. Pomini explica que “a infraestrutura para atendimento às safras agrícolas está em expansão no complexo portuário de Santos. Players multinacionais de alimentos vêm fazendo investimentos na capacidade do Porto para movimentação de grãos”.

No geral, os embarques atingiram no mês, 12,3 milhões de toneladas, um crescimento de 5,5% e no acumulado do ano, com 31,1 milhões de toneladas, ficando 17,6% acima do mesmo período de 2023. Já as descargas somaram 3,7 milhões de toneladas, ficando 3,3% acima do apurado em março do ano anterior e o acumulado no trimestre atingiu 11,1 milhões de toneladas, também apresentando crescimento de 11,5%.

Os granéis sólidos somaram no mês 8,5 milhões de toneladas (+5,1%) e no acumulado do ano 21,2 milhões de toneladas (+11,2%), melhor marca para o período. Já os granéis líquidos atingiram 1,7 milhão de toneladas em março (+2,0%) e no trimestre 4,9 milhões de toneladas (+11,8%), também a melhor marca acumulada no período.

A atracação de navios nos 3 primeiros meses do ano atingiu 1.381 embarcações, crescimento de 7,7%. A participação acumulada do Porto de Santos na corrente comercial brasileira apresentou crescimento ao atingir 29,3% frente ao mesmo período do ano anterior (27,9%). Cerca de 16,6% das transações comerciais nacionais com o exterior tiveram a China como país parceiro. São Paulo, com 34,5%, permanece como o Estado com maior participação nas transações comerciais com o exterior, por Santos.

 

Ministro da Agricultura debate investimentos na savana com representantes de países africanos

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, recebeu representantes do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) para apresentarem e debaterem sobre investimentos na agricultura tropical e desenvolvimento da savana africana com foco na segurança alimentar, A reunião foi nesta semana na sede do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em Brasília.

O ministro destacou o empenho do Governo Federal para o fortalecimento das relações com países do Sul global. “O Banco Africano de Desenvolvimento pode ser uma porta de entrada para as oportunidades de trocas de conhecimento e investimentos entre a União Africana e o Brasil”, disse.

Na ocasião, o ministro anunciou os novos postos de adidos agrícolas na Argélia, Etiópia e Nigéria. Ao todo, serão sete adidos agrícolas atuando na África, somando-se aos postos na África do Sul, Egito, Marrocos e Angola.

Presidente do BAD, Akinwumi Adesina ressaltou o crescimento da agricultura brasileira nas últimas décadas e a importância do desenvolvimento tecnológico proveniente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Além disso, evidenciou o potencial do continente africano para o combate à desnutrição mundial.

O BAD conta com membros de 53 países africanos, com financiamento de países europeus, americanos e asiáticos, e tem por objetivo o fomento do desenvolvimento econômico e o progresso social na África.

Conforme o presidente, o banco está realizando a maior mobilização de recursos de sua história para o desenvolvimento agrícola do continente. Entre os projetos em desenvolvimento, estão 25 zonas de processamento agroindustrial instaladas em 11 países.

Como principal proposta para o avanço da agricultura na África, está a troca de conhecimento entre a ciência de agricultura tropical desenvolvida pela Embrapa para o aprimoramento agrícola nas regiões de savana, de forma a alavancar o potencial do continente para a produção de alimentos.

Nos últimos anos, a África tem buscado tecnologias voltadas para agricultura, para a melhora da resiliência climática e produção de alimentos mais nutrientes. Diante disso, a reunião também buscou o diálogo estratégico entre os governos e o suporte de instrumentos de políticas voltadas para a agronegócio, como o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), crédito rural, participações de Fundos Garantidores de Crédito e acesso a tecnologias e insumos agrícolas.

Participaram da reunião o secretário-adjunto da Secretaria Executiva, Cleber Soares; o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa; o assessor especial do ministro, Carlos Augustin; o vice-presidente de Desenvolvimento Regional e Integração, Marie-Laure Akin-Olugbade; o assessor especial para Instituições Financeiras, Gauthier Bourlard Chefe do escritório de parcerias; entre outros.

 

B20 Brasil e G20 debatem em Brasília a presença de mulheres no comércio internacional

O B20 Brasil promoveu, nesta terça-feira, 23, em Brasília, o workshop Mulheres no Comércio Internacional. O encontro foi feito em colaboração com o G20 para discutir os desafios enfrentados pelas mulheres no comércio internacional. Realizado no auditório da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o workshop reuniu líderes, membros e parceiros do B20 e do G20, com o objetivo de iniciar diálogos significativos para o setor.

A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Tatiana Prazeres, participou da abertura, ao lado de Constanza Negri – Sherpa, do B20 Brasil, Marion Jansen, diretora de Comércio e Agricultura da OECD, e Janaina Gama, do W20 Brasil. A oficina marcou o início das discussões para identificar os desafios de empresas lideradas por mulheres no comércio internacional. A iniciativa também buscou oferecer perspectivas significativas aos governos das 20 principais economias do mundo, que fazem parte do G20.

O tema é uma das pautas prioritárias do Grupo de Trabalho de Comércio e Investimentos do G20, coordenado por Tatiana e pelo embaixador Fernando Pimentel, do MRE. O GT se reunirá ainda essa semana, na sede do G20, em Brasília. A partir da identificação dos desafios enfrentados pelas mulheres no comércio internacional por parte do B20, o grupo irá elaborar um compêndio de melhores práticas adotadas pelos países para mitigar as disparidades de gênero no comércio exterior.

Empresas lideradas por mulheres ainda enfrentam desafios para acessar mercados estrangeiros e aproveitar as oportunidades. De acordo com o Centro de Comércio Internacional (ITC), apenas cerca de 20% das empresas exportadoras globais são de propriedade de mulheres. No Brasil, essa proporção é ainda menor, com apenas 14% das empresas exportadoras sendo predominantemente de propriedade feminina, de acordo com o estudo “Mulheres no Comércio Exterior, Uma Análise para o Brasil”, recentemente lançado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC.

O estudo revela ainda que em 2019, aproximadamente 2,6 milhões de mulheres ocuparam cargos em empresas que atuaram no comércio internacional. Esse número representa 32,5% dos empregos totais dessas empresas. Segundo o documento, as mulheres estão mais presentes nas empresas que exportam produtos de maior valor agregado, destinados a países de maior renda.

Para a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), há uma lacuna adicional que não pode ser explicada apenas pelas características das empresas, mas que pode estar relacionada a diversos obstáculos enfrentados pelas mulheres ao se envolverem no comércio internacional, incluindo o acesso limitado a financiamento, restrições de tempo devido a responsabilidades familiares e falta de acesso a uma rede de contatos profissionais.

Quando as mulheres têm a oportunidade de participar plenamente da economia, os benefícios são significativos, contribuindo para o crescimento econômico sustentável. A participação econômica das mulheres impulsiona o desenvolvimento, reduz a pobreza, combate a desigualdade e promove o bem-estar de pessoas. Para enriquecer a discussão e garantir a implementação efetiva de medidas nesse meio, o B20 convocou membros de sua força-tarefa de Comércio e Investimento, bem como do Conselho de Ação para Mulheres, Diversidade e Inclusão.

Estes membros colaborarão na identificação das barreiras que limitam a representatividade das mulheres no comércio internacional. As informações coletadas serão fundamentais para o trabalho do GT sobre Comércio e Investimento do G20. O Women in Trade é uma iniciativa do G20 e B20 Brasil, realizada com o apoio do W20 Brasil (Women 20), BCG (Boston Consulting Group), OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e ITC (International Trade Centre), fruto de uma colaboração entre os principais atores do setor empresarial e governamental.

 

terça-feira, 23 de abril de 2024

Triângulo do lítio na América do Sul ganha protagonismo ante a forte demanda em resposta a transição energética mundial


O lítio é um dos elementos fundamentais para a transição energética e tem sido considerado um recurso estratégico pelos países da região que possuem depósitos abundantes. Pode ser utilizado em diversas áreas, mas sua função se destaca em baterias de íon-lítio para veículos elétricos, além de estar presente nas indústrias de construção e farmacêutica, e também é utilizado para operação de aparelhos eletrônicos, drones e para energia armazenamento elétrico. Atualmente, a maior quantidade de lítio do mundo está concentrada na América Latina: Argentina, Chile e Bolívia, o também chamado “triângulo do lítio”.

Especialistas asseguram que há um boom deste metal, num contexto em que o mundo quer fazer a transição para energias menos poluentes. Em detalhe, composto pelo Salar de Uyuni na Bolívia, pelo Salar de Atacama no Chile e pelo Salar de Hombre Muerto na Argentina, concentram, até 85%, as reservas deste mineral na forma de salmouras provenientes de lagos salgados.

Os principais mercados compradores de lítio são os Estados Unidos, China, Rússia e Europa. O Governo do Chile implementou a estratégia nacional para o lítio, na qual procura que as empresas estatais se associem a empresas do sector privado em áreas consideradas estrategicamente importantes. Nessa linha, a Ministra de Minas, Aurora Williams, anunciou, no dia 15 de abril de 2024, que foi iniciado o processo para que as empresas privadas possam manifestar seu interesse para futuras entregas de contratos operacionais especiais (CEOL) de exploração e produção de lítio.

Este processo insere-se no plano com que o Executivo pretende aumentar a produção de lítio, que contempla o controlo do Estado sobre as “salinas estratégicas”, a possibilidade de empresas privadas liderarem alguns dos projetos e a proteção de uma percentagem de ecossistemas salinos. O objetivo do edital de manifestação de interesse é saber em quais salinas há atração de particulares, e não gerar premiações.

Atualmente apenas duas empresas extraem lítio no Chile: a chilena SQM e a americana Albemarle. O país exportou, pelos principais portos do norte do Chile, cerca de 250 mil toneladas do metal, através de diversos produtos, em 2023, segundo o último relatório da Subsecretaria de Relações Econômicas Internacionais (Subrei). Por sua vez, o ministro das Finanças do Chile, Mario Marcel, anunciou que o governo espera ter entre três e quatro novos projetos de lítio em operação até 2026.

A corrida pela extração de lítio ganhou força nos últimos meses na Bolívia. Em fevereiro, o Estado lançou uma segunda chamada para atrair capital estrangeiro para desenvolver plantas de lítio que processem o material extraído pela empresa estatal Yacimientos de Litio Bolivianos (YLB). Até agora, a Bolívia apenas assinou acordos com empresas chinesas e russas para o desenvolvimento desta infra-estrutura, uma vez que o lítio no país é propriedade estatal e não há concessões que possam ser dadas a entidades privadas.

No total, o Ministro de Hidrocarbonetos Franklin Molina contempla o desenvolvimento destes projetos piloto em sete salinas da Bolívia: Uyuni, Coipasa, Pastos Grandes, Capina, Cañapa, Chiguana e Empexa. O cálculo preliminar da Yacimientos de Litio Bolivianos é que, se a infraestrutura for concluída, a Bolívia poderá exportar cerca de 65 mil toneladas. Até o momento, os dados de 2022 indicam a exportação de apenas 600 toneladas de carbonato de lítio enviadas dos principais portos do norte do Chile (Antofagasta, Iquique e Arica) para a China, Rússia e Emirados Árabes Unidos.

Atualmente existem três projetos em produção na Argentina: o primeiro é o Proyecto Fénix, com mais de 30 anos de atividade no Salar del Hombre Muerto de Catamarca, onde hoje opera o Arcadium (anteriormente Livent fundido com Allkem); O segundo é o projeto Salar de Olaroz em Jujuy, que iniciou a produção em 2016 e também está nas mãos da Arcadium, e o terceiro é o projeto Caucharí Olaroz, operado pela Minera EXAR desde junho de 2023, um consórcio de lítio formado pela canadense Lithium Argentina (antiga Lithium Americas), a chinesa Ganfeng Lithium e a estatal Jujuy Energía y Minería Sociedad del Estado (JEMSE). Além disso, em 3 de julho, a Eramine Sudamericana S.A. inaugurará em Salta o quarto projeto de lítio na Argentina e o primeiro naquela província, com potencial de produção numa primeira etapa de 24.000 toneladas de equivalente de carbonato de lítio (LCE) por ano.

Malásia confirma habilitação de mais quatro frigoríficos brasileiros para exportação de carne de frango halal

O governo federal recebeu a confirmação, pelo Departamento de Serviços Veterinários (DVS) e pelo Departamento de Desenvolvimento Islâmico (JAKIM) da Malásia, da habilitação de mais quatro frigoríficos para a exportação de carne de frango halal. O anúncio foi feito após missão e auditoria realizadas por funcionários daquele país ao Brasil, em outubro e novembro do ano passado.

As novas habilitações estão localizadas no Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, ampliando o alcance das exportações do agronegócio brasileiro nesse segmento. Com a expansão, o número de plantas frigoríficas do Brasil autorizadas a exportar para o mercado malaio passa de três para sete.

O crescimento reflete o reconhecimento e a confiança na qualidade da carne de frango halal produzida no Brasil. A Malásia é conhecida por suas rigorosas normas de qualidade e segurança alimentar, especialmente para produtos halal, que devem atender a criteriosas práticas de preparação, conforme a lei islâmica.

No último ano, o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de carne de frango halal, somando cerca de US$ 20 milhões. Com as novas plantas habilitadas, espera-se que esse volume possa dobrar, fortalecendo a posição do Brasil como um dos principais fornecedores de carne halal no mercado internacional.

“Esse avanço é estratégico para o setor agropecuário brasileiro e demonstra a capacidade do país de atender a mercados altamente exigentes, mantendo-se fiel aos padrões internacionais de qualidade e segurança alimentar. A expansão das exportações para a Malásia também deve impulsionar a economia local, gerando mais empregos e oportunidades no setor”, ressaltou Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

 

Cosco anuncia otimização dos serviços na rota Extremo Oriente/Costa Leste da América do Sul


A Cosco Shipping anunciou que os serviços do Extremo Oriente à Costa Leste da América do Sul (ESA2/ESA) serão melhorados e otimizados a partir de maio de 2024. Após a atualização, o novo serviço ‘ESA2’ começará em Tianjin no dia 5 de maio. O itinerário será: Tianjin - Qingdao - Xangai - Ningbo - Shekou - Singapura -Rio de Janeiro - Santos - Paranaguá - Itapoa - Navegantes - Santos - Rio De Janeiro - Colombo - Singapura - Hong Kong - Tianjin.

Enquanto isso, o novo serviço 'ESA' terá início em Xangai no dia 10 de maio e o itinerário será: Xangai - Ningbo - Yantian - Hong Kong - Singapura - Rio De Janeiro - Santos - Navegantes - Montevidéu - Buenos Aires - Paranaguá - Santos - Singapura - Hong Kong - Xangai.  O 'ESA2' será atualizado utilizando navios de 14.000 TEU com 2.100 conexões reefer, com foco no mercado brasileiro.

Além disso, o serviço ‘ESA’ continuará a ter ligações diretas para Brasil, Argentina e Uruguai. Maior cobertura no Extremo Oriente: O novo 'ESA2' acrescenta a escala de Colombo no Sudeste Asiático, aumentando a rota de carga refrigerada da costa leste da América do Sul ao Médio Oriente. Também adiciona uma escala em Tianjin, no norte da China, fornecendo um serviço direto exclusivo da costa leste da América do Sul para Tianjin.

Portos gaúchos movimentam mais de 9 milhões de toneladas de cargas no 1º trimestre

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) projeta uma tendência de alta na movimentação portuária nacional nos próximos quatro anos, após o setor ter movimentado 1,303 bilhão de toneladas entre janeiro e dezembro de 2023 – trata-se do maior volume registrado na série histórica, com crescimento de 6,9% em relação a 2022.

A Portos RS, empresa pública que administra o sistema hidroportuário do Rio Grande do Sul, acaba de divulgar os dados do primeiro trimestre deste ano relativos às instalações administradas pela companhia. Ao todo, mais de 9,43 milhões de toneladas de carga passaram pelas unidades.

O Porto de Porto Alegre registrou aumento de 33,17% na movimentação em relação ao mesmo período de 2023. Foram mais de 258 mil toneladas de cargas nos três primeiros meses de 2024, o recorde dos últimos dez anos.

Já o Porto do Rio Grande, apesar de ter apresentado queda de 1,68% em toneladas transportadas, superou os 8,88 milhões de toneladas na comparação com o primeiro trimestre de 2023. 

A unidade também consolidou sua posição como principal via de entrada para veículos importados no Rio Grande do Sul por via marítima. No período, a unidade recebeu 643 automóveis. 

Em relação aos mesmos meses do ano passado, os dados de 2024 representam o aumento de cerca de 330%. Confira, a seguir, o resumo dos dados sobre as unidades administradas pela Portos RS.

Porto de Pelotas

No primeiro trimestre de 2024, a unidade movimentou 293.977 toneladas, com destaque para as toras de madeira, que registraram uma movimentação de 243.601 toneladas. Já o clínquer, que é o cimento em sua fase bruta de fabricação, alcançou 50.376 toneladas.

Porto de Porto Alegre

O porto foi responsável pelo transporte de 258.289 toneladas nos três primeiros meses deste ano, um aumento de 33,17% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram movimentadas 193.951 toneladas.

Porto do Rio Grande

De janeiro a março deste ano, o porto marítimo gaúcho movimentou o volume de 8.884.382 toneladas. O principal destaque fica para a soja em grão, que registrou uma variação positiva de 22,72% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior.

 

Ministério da Agricultura aperta o cerco a fraudes nas importações

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) recebeu nos últimos meses 22 denúncias com suspeita de fraudes em processos de importação, sendo 13 delas consideradas procedentes e duas improcedentes. Sete permanecem em análise.

A chegada das denúncias ao MDIC se relaciona à portaria que regulamentou a atuação da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nessa área, em julho do ano passado, bem como ao fortalecimento do Grupo de Inteligência de Comércio Exterior (GI-CEX), do qual a Receita Federal também participa.

As importações em que a Secex constatou indícios de irregularidades vão de bolas de tênis a tubos de aço, passando por fios de poliéster, roupas íntimas, chaves de latão e até redes de pesca, entre outros produtos.

As ilegalidades mais comuns são a classificação fiscal fraudulenta do produto importado e o subfaturamento dos valores declarados nas operações, quando o importador recolhe menos tributos do que o devido.

Nos casos sem atendimento das exigências apresentadas, a Secex não aprovou os pedidos de licença de importação. No âmbito da fiscalização aduaneira, a Receita Federal tem atuado mediante ações antes e depois da entrada das mercadorias no país.

“O monitoramento de importações sobre as quais pairem suspeitas de irregularidades com base no licenciamento não automático e nas medidas de controle aduaneiro atesta a preocupação do governo federal com a garantia de condições justas de concorrência entre produtos importados e nacionais”, explica Renato Agostinho da Silva, diretor do Departamento de Operações de Comércio Exterior da Secex. “Nos casos em que a licença não automática é exigida, o importador deverá não apenas declarar, mas comprovar mediante documentos que sua operação não apresenta desconformidades com a legislação”.

Entre os produtos cujas importações revelam suspeitas de irregularidades estão matérias-primas utilizadas para várias aplicações, como no caso de fios (ou filamentos) de poliéster – empregados na fabricação de roupas, artigos esportivos, revestimentos automotivos e calçados, entre outros.

Nesse caso, a partir de denúncia encaminhada pelo setor privado, a Secex selecionou alguns importadores para monitoramento prévio e constatou que, de um total de 140 pedidos de licença de importação apresentados no primeiro trimestre deste ano, 81 (58%) não cumpriram as exigências para que fossem autorizados.

Em outra investigação, relativa a fibras de vidro – usadas na indústrias automotiva, na aeronáutica e na construção civil, por exemplo – as medidas aplicadas pela Secex levaram a uma redução de 91,5% das importações sob classificação incorreta.

Veja abaixo a lista dos produtos em que se constatou indícios de irregularidades nas importações, com as respectivas suspeitas investigadas:

CHAVE DE LATÃO – subfaturamento

POLIACETAL POLIÉTER (PAPE) - classificação fiscal incorreta da mercadoria

TUBOS DOS TIPOS UTILIZADOS EM OLEODUTOS E GASODUTOS - classificação fiscal incorreta da mercadoria

PNEUS PARA VEÍCULOS DE PASSEIO E DE CARGA (duas denúncias) – inconsistência nos dados declarados e subfaturamento

FIBRAS DE VIDRO - classificação incorreta, falsa declaração de origem

TUBOS DE AÇO - subfaturamento

BOLAS DE TÊNIS - subfaturamento

BOLAS DE BEACH TÊNIS - subfaturamento

ROUPAS ÍNTIMAS FEMININAS DE ALGODÃO - subfaturamento

ROUPAS ÍNTIMAS FEMININAS DE OUTRAS MATÉRIAS TÊXTEIS - subfaturamento e classificação fiscal incorreta das mercadorias

FIOS DE POLIÉSTER - subfaturamento

REDES PARA PESCA - subfaturamento

Categoria

Empresa, Indústria e Comércio

 

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Escalada do conflito no Golfo Pérsico causa efeito dominó no transporte marítimo mundial


O transporte global de contêineres tem sido afetado por numerosos incidentes geopolíticos e ambientais nos últimos tempos, e em plena conformidade com o conceito de que a anormalidade é o novo normal, a escalada do conflito no Oriente Médio, após na madrugada de sábado, 13 de Abril, as forças militares iranianas apreenderam o navio de 14.952 TEU “MSC Aries” que se dirigia para a Índia a partir do porto de Mina Khalifa, em Abu Dhabi. O incidente ocorreu perto do Estreito de Ormuz, porta de entrada para o Golfo Pérsico, levantando preocupações sobre a segurança das cadeias de abastecimento marítimo na região.

Embora Mina Khalifa seja um importante centro de carga conteinerizada, o Golfo Pérsico é também o lar de Jebel Ali no Dubai, que representa 4,6% do volume mundial de carga marítima contentorizada. Na “Lista dos Cem Portos do Lloyd 2022”, Abu Dhabi ficou em 57º lugar, movimentando 3,4 milhões de TEUs em 2021, enquanto Dubai ocupa o 11º lugar com um desempenho de 13,7 milhões de TEUs por ano.  

Mas os efeitos desta nova perturbação não se concentram apenas na área do Golfo Pérsico e teme-se que pouco a pouco os dominós comecem a cair. Na verdade, os dados da Xeneta mostram que Jebel Ali não é apenas um dos portos mais importantes do mundo, mas também é sensível à agitação e ao conflito geopolítico.

Olhando para uma rota importante de Xangai a Jebel Ali, as taxas médias à vista aumentaram 87% à medida que 2023 deu lugar a 2024, atingindo 3.132 dólares/FEU. Isto coincidiu com o aumento da tensão e a eclosão do conflito no Mar Vermelho, com os serviços de transporte de contêineres desviados da região em busca de águas mais seguras em torno da África do Sul. Isto fez com que as taxas nesta rota continuassem a subir, atingindo US$ 3.300/FEU em 15 de janeiro, antes de cair para US$ 2.300/FEU em meados de fevereiro, à medida que os serviços de transporte marítimo começaram a normalizar em relação aos desvios do Mar Vermelho.

No entanto, a consultora nota que o mercado spot reagiu mais uma vez às recentes crescentes tensões geopolíticas, aumentando 32% entre 22 de março e 17 de abril para atingir os 2.849 dólares/FEU. Ainda não se sabe como esta situação afetará o resto das rotas globais, mas por enquanto está claro que a tensão não diminuirá. De acordo com o analista da indústria marítima Lars Jensen, as forças dos EUA no Mar Vermelho engajaram e destruíram 2 drones de ataque na área do Iêmen controlada pelos Houthi.

Embora o ministro das Relações Exteriores iraniano tenha afirmado que “o Irã se esforça para criar um ambiente marítimo seguro no Estreito de Ormuz e no Golfo”, depois de acusar o “MSC Aries” de ter sido “apreendido” devido a violações da lei marítima. Um sinal positivo no sombrio panorama geopolítico talvez seja as perspectivas publicadas pelo Fundo Monetário Internacional para a economia mundial.

A entidade prevê que o PIB global cresça 3,2% tanto em 2024 como em 2025, que é o mesmo nível observado em 2023, mas para 2024 significa uma pequena melhoria em relação à última projeção de janeiro. Embora positivo, o número ainda é modesto e, para piorar a situação para algumas regiões do globo, não será distribuído uniformemente. Por exemplo, a Europa enfrenta um crescimento de apenas 0,8% em 2024 e 1,5% em 2025, e dentro disto espera-se que a Alemanha cresça apenas 0,2% em 2024. No outro extremo da escala, a Índia deverá crescer 6,8% em 2024 e 6,5%. % em 2025.

Etapa de audiências públicas sobre a construção do túnel Santos-Guarujá é finalizada

A etapa de sessões de audiências públicas sobre o túnel imerso de ligação entre os municípios de Santos-Guarujá, localizado em Santos (SP), foi finalizada na sexta-feira, 19. As audiências haviam se iniciado na quarta-feira (17/04), em Santos, Guarujá e na sede do Porto de Santos, respectivamente.

O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), Eduardo Nery, o diretor Alber Vasconcelos e o superintendente de Regulação da Agência, José Renato Fialho, participaram presencialmente das audiências. Na sessão, foram tratados os estudos e documentos jurídicos referentes ao projeto de parceria público-privada (PPP) envolvendo os serviços públicos de planejamento, construção, operação, manutenção e realização dos investimentos necessários à exploração do túnel Santos-Guarujá.

Nesse projeto, compete à ANTAQ (Agência Nacional de Transporte Aquaviário) ficar atenta aos possíveis impactos na operação do Porto de Santos desde a fase de planejamento até a execução da obra do túnel. A Agência reitera que vai garantir a preservação do serviço adequado e o mínimo impacto negativo na relação porto-cidades.