quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
SEP autoriza segunda prorrogação antecipada de contrato de arrendamento portuário
A Secretaria de Portos (SEP) autorizou, no último dia útil do ano, a segunda prorrogação
antecipada de contratos de arrendamento portuário. O termo aditivo foi assinado
pela Companhia Docas do estado de São Paulo (Codesp) e a filial de Santos (SP) da ADM do
Brasil Ltda. O processo de prorrogação antecipada está
previsto no Art. 57 da Lei dos Portos (nº 12.815/2013) e foi regulamentado pela
Portaria SEP/PR nº349/2014. A empresa investirá cerca de R$ 3 bilhões ao
longo do novo período contratual, com a vigência até agosto de 2037, incluindo
aportes para a manutenção, revitalização e na atualidade dos ativos. Em
atendimento às disposições da Portaria, foi estabelecido novo parâmetro de
movimentação mínima e instituído parâmetro de desempenho operacional. A ADM
deverá cumprir a movimentação mínima de carga de três milhões de toneladas por
ano, a partir de 2017, o que representa uma elevação de cerca de 250% em relação
à movimentação mínima atualmente estabelecida no
contrato. Hoje estão protocolados no sistema SEP/Antaq cerca de 20
pedidos de antecipação de prorrogações, que somam aproximadamente R$ 10 bilhões
em investimentos.
Petrobras não divulgará demonstrações contábeis do trimestre sem relatório da PwC
A Petrobras emitiu nota na tarde desta quarta-feira, 31 de dezembro, informando que não divulgará no dia 12 de janeiro de 2015 as demonstrações contábeis do terceiro trimestre de 2014, sem o relatório de revisão do seu auditor externo PricewaterhouseCoopers (PwC). A nota garantiu que a Petrobras nunca afirmou que seria no dia 12/01, destacando que, conforme informado em 29 de dezembro de 2014, a divulgação ocorrerá no mês de janeiro de 2015. Com esse prazo, a Companhia assegurou que atenderá suas obrigações dentro do tempo estabelecido pelos seus contratos financeiros, considerados os períodos de tolerância contratuais aplicáveis, e de modo a evitar o vencimento antecipado da dívida pelos credores. A Petrobras reafirmou que está empenhada em divulgar as demonstrações contábeis do terceiro trimestre revisadas pela PwC assim que possível.
Investidores fazem retirada recorde de aplicações no mercado financeiro brasileiro
O escândalo na Petrobras e a
possibilidade de uma alta dos juros nos Estados Unidos levaram os investidores a fazer uma retirada recorde de aplicações no mercado financeiro
brasileiro. Os dados divulgados nesta quarta-feira pelo
Banco Central mostra que a fuga de capital foi de US$ 11,3 bilhões
em dezembro (até a sexta-feira passada), a maior
já vista desde que o BC começou a registrar os dados em 1982. O volume superou inclusive os saques feitos durante momentos de crise como os de 2008. A autoridade monetária informou que mesmo com os negócios
parcialmente suspensos por causa do feriado do Natal, o mercado
financeiro brasileiro registrou uma saída de US$ 3,8 bilhões na semana
passada. Somente na sexta-feira a fuga foi de US$ 2,1 bilhões. Quanto
maior a saída de moeda americana, mais cara ela fica no mercado interno. A principal incerteza, segundo analistas, é em relação ao momento em que o Tesouro americano
aumentará os juros. Essa dúvida provocou o movimento de investidores internacionais de
tirarem suas aplicações de mercados emergentes como o Brasil colocando na
segurança dos títulos dos Estados Unidos, considerados um padrão
mundial. Para aumentar ainda mais a pressão sobre o câmbio no mercado
brasileiro, o Real tem sido atacado pelos próprios bancos brasileiros
que têm investimentos em instrumentos cambiais e lucram com a alta do
dólar. Ao longo do ano, a moeda americana ficou 13% mais cara. A
expectativa do mercado financeiro é de que aumente ainda mais e passe dos
atuais R$ 2,66 para R$ 2,80 no fim do ano que vem. Alguns especialistas
já veem o dólar a R$ 3 em 2015.
Presidente Dilma anuncia últimos 14 ministros que faltavam para completar o gabinete
A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira
os últimos 14 nomes que ainda faltavam para completar sua nova equipe
ministerial, a quem dará posse amanhã, após sua própria posse. Desses,
13 ministros estão sendo confirmados nos cargos que já ocupam hoje. O
único que deixa a Esplanada dos Ministérios é o chanceler Luiz
Figueiredo, que vai para a embaixada brasileira em Washington. Para seu
lugar no Ministério das Relações Exteriores foi indicado o embaixador Mauro Vieira, atualmente na embaixada
do Brasil na capital dos Estados Unidos. A troca já era esperada, assim como a permanência dos outros 13 nomes no primeiro escalão do governo.
Estaleiros instalados no Rio Grande do Sul enfrentam futuro incerto
A decisão da Petrobras de suspender 23 empresas de participar de novas licitações por estarem envolvidas em escândalos de corrupção investigados pela Operação Lava-jato da polícia Federal pode respingar com força nos estaleiros instalados no Rio Grande do Sul. Quatro deles operam nas cidades de Rio Grande e São José do Norte e têm contratos com a estatal. A posição da petrolífera aumentou o clima de incerteza em relação ao futuro dessas unidades que já vêm enfrentando problemas para saldar seus compromissos, especialmente com os trabalhadores. Mesmo que a direção da companhia tenha anunciado que as encomendas atuais estão preservadas, exceto às da Iesa Óleo e Gás, cujo contrato foi rescindido, a medida coloca em dúvida a manutenção dos estaleiros controlados pela Engevix e pela Queiroz Galvão e do que tem a Setal como sócia. "O futuro é preocupante, a indústria naval interagiu com a comunidade da região e muitas empresas investiram por causa do polo", afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas de Rio Grande e São José do Norte, Benito Gonçalves. Os projetos em risco são a construção da plataforma P-74 pelo EBR, sete cascos e três navios-sonda pelo Estaleiro Rio Grande e três contratos do Estaleiro Honório Bicaho, agora operado pela QGI, sucessoa da Quip e controlada pela Queiroz Galvão.
Empresários e líderes do setor portuário dizem desconhecer novo ministro da SEP
O deputado federal Edinho Araújo (PMDB-SP) teve seu nome recebido com ceticismo para comandar a
Secretaria de Portos (SEP). Empresários e líderes do setor. Líderes de entidades de classe ligados ao segmento portuário disseram desconhecer o parlamentar. Segundo eles, prevaleceu, mais uma vez na SEP, a necessidade do governo de acomodar forças políticas aliadas.
Com a indicação, a Secretaria será comandada, pela primeira vez, pelo
PMDB. Próximo do vice-presidente da República, Michel Temer,
Araújo foi eleito para o quarto mandato como deputado na Câmara Federal.
Em 2013, integrou comitiva de Temer que visitou a China. O deputado paulista considerou "legítimas" as preocupações do setor privado com a
chegada de mais um político para comandar o órgão, mas afirmou que é
político com viés técnico e que gosta de resultados. "Gosto de trabalhar com
gente competente, ética e séria. E tenho jogo de cintura para ouvir o
setor político", garntiu. Confirmou que é amigo de Temer, citado nos meios
político e empresarial como "fiador" da sua indicação, mas avaliou que ela foi resultado de um conjunto de fatores, entre os quais
pertencer ao PMDB e ser deputado com mandato em vigor. Natural de Santa Fé do Sul (SP), onde foi prefeito, Araújol também foi
prefeito de São José do Rio Preto (SP) por dois mandatos e deputado
estadual. Como deputado federal, foi relator-revisor da MP do Código
Florestal, relatou a nova Lei Seca, em 2012, e também projeto sobre
isenção de pedágios. "Sempre integrei, como titular, a comissão de
viação e transporte da Câmara dos Deputados e presidi essa comissão em
1998. Tenho viés ligado à infraestrutura", afirmou. Ele revelou estar atento às discussões sobre as
novas licitações portuárias, cujos primeiros editais estão no Tribunal
de Contas da União (TCU) há cerca de um ano. No meio empresarial,
o nome de Araújo para a SEP causou surpresa: "Minha primeira reação foi
entrar na internet para conhecer a biografia, não sabemos qual a
relação dele com o setor", disse um executivo. A avaliação de
empresários é que a nomeação vai impor um hiato de meses até que o novo
ministro se inteire dos desafios da pasta. "Esperamos que ele possa
servir de interlocutor em um momento em que o setor está totalmente
paralisado", disse um empresário. Para Wilen Manteli, presidente
da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), não é
necessário que o novo ministro seja um especialista, desde que tenha "um
conceito geral" de porto. Segundo ele, "o setor está tão ruim, que não
pode piorar". "A essa altura só no resta dar um voto de confiança".
"Esperamos que ele traga uma gestão eficiente", disse Murillo
Barbosa, diretor-presidente da Associação de Terminais Portuários
Privados (ATP). Nelson Carlini, presidente do conselho de administração
da LogZ, disse que o governo precisa dar agilidade à aprovação de
projetos de terminais portuários privados. Apesar de o governo
ter aprovado uma nova lei para os portos, existem pontos pendentes. Há
"paralisia" de investimentos devido à insegurança jurídica dos contratos
pré-1993, dificuldades em liberar no TCU os editais para novas
licitações portuárias e demora nas aprovações das antecipações das
renovações dos contratos pós-1993, além de limitações para ampliar
terminais privados, os TUPs. Outro ponto é o aumento dos custos de mão
de obra no porto público em detrimento da total liberdade de contratação
nos TUPs, o que acentuou a assimetria concorrencial entre os dois
modelos. Essa assimetria foi um dos maiores contrassensos da nova Lei
dos Portos (12.815). "A lei tem de ser revista. Ela acaba com o porto
público ao ampliar os custos e impor retrocessos na relação
capital-trabalho. Além disso, desmontou as companhias docas ao
centralizar tudo em Brasília, mas a SEP e a Antaq (Agência Nacional de
Tranportes Aquaviários) não têm estrutura para isso", afirma outro
empresário.
Petrobras promete divulgar balanço em janeiro, sem relatório da PwC
A Petrobras prometeu divulgar em
janeiro o balanço do terceiro trimestre de 2014. Mas já adiantou que o documento não terá o relatório de revisão da PwC, que faz auditoria externa nas
contas da estatal. "Com esse prazo, a companhia estará atendendo suas
obrigações dentro do tempo estabelecido pelos seus contratos financeiros,
considerados os períodos de tolerância contratuais aplicáveis, e de modo a
evitar o vencimento antecipado da dívida pelos credores", informou em nota. A petrolífera está atrasada com a entrega do balanço porque, uma
vez conhecidas as denúncias da Operação Lava Jato, a PwC determinou à empresa
dar baixa nos valores dos investimentos em ativos inflados por
propinas. As denúncias começaram a ser reveladas com o depoimento do
ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa à Justiça, em outubro. Ele afirmou
ter existido na empresa o funcionamento de um cartel de empreiteiras que
decidiam os resultados das licitações e cobravam propinas de 3%, parte das quais
destinadas a partidos políticos. A empresa tentou apresentar um balanço
não auditado em 12 de dezembro, sem sucesso. A presidente da empresa, Graça
Foster, reconheceu que levará anos para que todas as baixas relativas a
corrupção sejam feitas. No comunicado divulgado agora, a estatal
diz que está revisando seu planejamento para o ano de 2015, "implementando uma
série de ações voltadas para a preservação do caixa, de forma a viabilizar seus
investimentos sem a necessidade de efetuar novas captações". Informa, ainda,
que está melhorando seus controles internos e empenhada em divulgar as
demonstrações contábeis do terceiro trimestre revisadas pela PwC assim que
possível.
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
Porto de Itajaí movimenta 1 milhão de teus entre janeiro e novembro
Ambev é a companhia mais valiosa entre as que têm ações na Bovespa
A Ambev manteve a posição de companhia
mais valiosa entre as com ações negociadas na Bolsa de Valores
de São Paulo, mesmo tendo perdido R$ 4 bilhões em seu valor de mercado
de 2013, quando igualmente liderou o ranking. A fabricante de bebidas fechou o
ano valendo R$ 256 bilhões, contra R$ 270 bilhões no ano
passado. O segundo e o terceiro lugar foram ocupados pelos
dois maiores bancos privados do país: o Itaú Unibanco, com valor de
mercado de R$ 183 bilhões) e o Bradesco, valendo R$ 145 bilhões. A quarta colocação ficou com a
Petrobras, com valor de mercado de R$ 127 bilhões, uma perda de R$ 87
bilhões em relação ao ano passado, quando valia R$ 214 bilhões e estava
em segundo lugar no ranking das empresas mais valiosas da Bolsa. O
levantamento foi feito a pedido do jornal O GLOBO para a consultoria Economática. A vale foi outra gigante que perdeu espaço, caindo da terceira para a quinta posição.
A queda da Petrobras no ranking reflete a perda de cerca de
40% no valor de suas ações este ano, com a empresa assolada por
denúncias de desvio de recursos utilizados para corrupção. O reajuste
dos combustíveis abaixo do esperado e a queda do preço do petróleo no
mercado internacional também afetaram o desempenho das açõesA empresa foi afetada em várias frente: denúncias, preço
do petróleo em baixa no mercado externo e reajuste dos combustíveis
abaixo do esperado - diz Maurício Pedrosa, sócio da Queluz Asset
Management. passou da
terceira para quinta posição no ranking deste ano, sendo superada pelos
bancos. A Vale foi prejudicada pelo preço do minério de ferro no
exterior, que atingiu o menor patamar desde 2009, ficando abaixo de US$
68 a tonelada.
Participação em feira na Alemanha rende expansão no market share da BCF Plásticos
A participação da BCF
Plásticos na Medica 2014, a maior feira hospitalar do mundo realizada em
Dusseldorf, Alemanha, deverá significar um aumento de 25% no marketshare
da empresa no mercado internacional em 2015. Durante o evento, a empresa fechou
negócios e firmou parcerias para a comercialização de divisórias móveis
sanfonadas em PVC para hospitais da Argélia, Arábia Saudita e Emirados Árabes,
além de países da Europa.
De acordo com Dylan Goes
de Barros, gerente de exportações da empresa, a qualidade do material foi fator
decisivo para despertar o interesse externo no produto brasileiro. “O preço
competitivo e o baixo custo de manutenção também contribuíram para a boa
aceitação das divisórias no mercado internacional, principalmente em
territórios pouco explorados”, comenta.
Segundo Barros, a
presença da BCF Plásticos na Médica 2014 consolida a posição da marca no
mercado de manufaturados em PVC em nível internacional. “Além disso, ajuda a
reforçar a imagem do Brasil como exportador de produtos industrializados, e não
apenas de commodities”, analisa.
Petrobras proíbe novos contratos para 23 companhias investigadas pela Lava-jato
A Petrobras decidiu proibir novos contratos para 23
empresas brasileiras e estrangeiras que estão sendo investigadas na Operação
Lava Jato. Em reunião de diretoria, a empresa tomou esta decisão
anunciada oficialmente. Na lista, estão algumas das maiores construtoras do país, como
Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Odebrecht, Queiroz Galvão, OAS, UTC e
Mendes Junior. Elas estão proibidas de participar de licitações futuras da
companhia. A proibição não tem prazo de validade. O comunicado não trata dos contratos em vigor. Não foi anunciado o que será feito. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que regula o mercado de capitais, a estatal informou ainda que constituiu as "Comissões para Análise de Aplicação de Sanção". Dependendo do resultado, cada empresa poderá ser punida de forma diferente, sendo proibida, por exemplo, de participar de licitações durante um certo período ou, em caso mais grave, ser banida da lista de fornecedores.
|
Corredor de Exportação de Paranaguá bate recorde de movimentação em dezembro
O Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá registrou recorde no último mês do ano. Este é o melhor dezembro da história do complexo paranaense. Nesses 30
dias, foram exportadas mais de 982,7 mil toneladas de grãos. O volume é 31%
maior que o recorde anterior de 749 mil toneladas, em dezembro de 2012, e 47,5%
maior que o volume registrado em 2013, 665,8 mil toneladas. Segundo o
diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa),
Luiz Henrique Dividino, a expectativa é que os próximos meses também sejam
bastante produtivos; não apenas pela chegada da soja da nova safra (2014/15),
mas, principalmente, pelo início das operações com os dois novos carregadores do
berço 213, no final de fevereiro. “Um dos shiploaders está pronto e o
segundo acaba de receber a lança – peça que avança sobre o porão do navio para o
carregamento. Esta avança até 30 metros sobre a embarcação, quase 10 metros a
mais que os equipamentos atuais. Essas e outras características dos novos
carregadores permitem operar com navios de maior porte, reduzindo o tempo de
embarque e o custo de transporte marítimo em até 10%, em razão também do maior
volume de transporte por navio”, afirma Dividino. A velocidade de
carregamentos dos novos shiploaders é de duas mil toneladas por hora (cerca de
30% maior que a dos equipamentos substituídos). Além de trabalharem com maior
confiabilidade operacional (menos paradas para manutenção) e maior agilidade nos
movimentos operacionais, o equipamento permite ainda reduzir os tempos de
interrupções nas mudanças de porões dos navios em até 15%. “Até meados
do novo ano, teremos quatro novos shiploaders. Nos próximos meses começam a ser
montados outros dois equipamentos: um será instalado no berço 212 e outro no
214”, conclui o diretor-presidente da Appa. Enquanto a soja da nova safra não entra, o produto que se destaca nas
exportações do Corredor do porto de Paranaguá, no mês de dezembro, é o milho. Só
do produto, já chegaram, entres os dias 1 e 29 do mês, 12.337 caminhões
carregados. Em 2013, eram 7.645. Apesar desta recuperação verificada em
dezembro, no acumulado geral, as exportações de milho ainda estão em baixa,
muito por conta da baixa cotação internacional do produto. As origens do grão
têm sido, principalmente, os estados do Paraná, Mato Grosso e Goiás. De acordo com a Divisão de Silos, da Administração dos Portos de Paranaguá e
Antonina (Appa), é comum virar o ano ainda carregando e exportando o milho. No
entanto, o volume tem chamado a atenção. Este mês, até o dia 29, já foram
descarregados (dos caminhões) mais de 446,4 mil toneladas do produto. Neste período, ainda segundo os dados da equipe, já foram exportadas mais de 487
mil toneladas de milho. Nos mesmos 29 dias de dezembro, no ano passado, não
chegou a 219 mil toneladas - menos da metade do volume. Para os próximos 20
dias, além das 103 mil toneladas que estão sendo carregadas esta semana, outras
311 mil toneladas já são esperadas para carregar os navios que aguardam para
atracar no Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá. O milho
exportado pelo Corredor de Exportação paranaense tem como principais destinos o
Irã, Vietnã, Coréia do Sul, Marrocos e Japão, respectivamente. O Porto de
Paranaguá é o segundo porto do país em exportação de milho, atrás apenas do
Porto de Santos. Além do milho, os
caminhões que estão chegando, este mês, ao Pátio de Triagem do Porto de
Paranaguá estão carregados de trigo (4,8 mil veículos) e farelo de soja (4,2 mil
veículos). De soja ainda não há registro, no período. Em 2013, nos 29
dias de dezembro, já havia registro da chegada de 122 caminhões de soja. O
produto que não chegou, nesse período do ano passado, foi o trigo.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
PIB do agronegócio representa 23% da economia brasileira
O
Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio em 2014 representou entre 22,0% e
23,0% do PIB total da economia brasileira, com cerca de R$ 1,1 trilhão. As
atividades agrícolas representam 70% e a pecuária, cerca de 30% do valor
produzido no ano. Segundo a Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (AGE/Mapa), esse resultado mostra que
houve expansão, não apenas da produção das lavouras e da pecuária, mas também
do setor de insumos, como fertilizantes, defensivos, máquinas e equipamentos. O aumento da produção de grãos e carnes foi um dos fatores responsáveis por
esses resultados do PIB e do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP). Tanto
a safra de grãos, quanto a produção de carnes, foram as maiores obtidas até
hoje no Brasil. Para os grãos a safra é estimada em 193,5 milhões de toneladas,
e para as carnes, 25,9 milhões de toneladas. A estimativa de faturamento da agropecuária expressa em VBP em 2014 é de R$
461,6 bilhões, 2,5 % superior ao obtido em 2013, que foi de R$ 450,3 bilhões. A
pecuária teve um melhor desempenho do que as lavouras, apresentando um
crescimento real de 10,3 % em relação a 2013. Já as lavouras tiveram um
decréscimo de 1,6 %. Os preços mais baixos este ano para atividades relevantes como cana-de-açúcar,
milho, cacau, feijão, soja e trigo, foram responsáveis pela redução do VBP das
lavouras. Já na pecuária, o aumento no faturamento, em especial das carnes
bovina, suína e de frango, deve-se ao comportamento favorável do mercado
internacional quanto à demanda de preços. Segundo a AGE, pesquisas mostram que 90% do crescimento do produto agropecuário
deve-se aos ganhos de produtividade e 10% ao aumento no uso de insumos. Mesmo
com impactos climáticos fortes em algumas regiões como, por exemplo, o excesso
de chuvas, secas ou geadas, a produtividade tem tido aumento contínuo no tempo,
o que é essencial para garantir o crescimento do setor em prazo mais longo. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a safra de grãos em 2015 é
estimada em cerca de 202 milhões de toneladas. A previsão é que haja um
crescimento de 4,2% na produção, e aumento de área de 1,5%.
Agronegócio brasileiro é marcado em 2014 pela ampliação de mercados
A ampliação e manutenção de
mercados no agronegócio brasileiro, com ênfase em questões sanitárias e
fitossanitárias, marcou o ano de 2014. Dentre os países que abriram o mercado para os produtos
brasileiros estão Rússia, México, Japão, África do Sul, China, Coreia do Sul,
Colômbia, Iraque, Irã, Egito e Tailândia. Entre as negociações, na área de produtos de origem animal,
destacam-se a abertura do mercado russo, grande importador mundial para. Em
agosto deste ano, a Rússia anunciou uma liberação recorde de estabelecimentos
brasileiros habilitados para exportar carne de aves, suínos e bovinos, miúdos
de bovinos, além de produtos lácteos para aquele país. Atualmente, o Brasil
possui 162 estabelecimentos habilitados para exportar para a Rússia. Este ano foi marcado ainda pelo início das exportações de carne
suína pelo estado de Santa Catarina ao Japão e de carne de frango para o
México. Em ambos os casos, o Brasil estava habilitado desde 2013 para exportar,
mas foi este ano que os embarques começaram a ganhar volume: para o Japão foram
exportados, entre janeiro e novembro, US$ 15,92 milhões em carne suína e para o
México, US$ 32,99 milhões em carne de frango. Após nove anos de negociações, a África do Sul finalmente
suspendeu o embargo à carne suína brasileira. O embargo estava em vigor desde
2005, quando o Brasil teve os últimos casos de febre aftosa. Além disso,
a Colômbia habilitou o Brasil para exportação de couro bovino, a Coreia do Sul,
para gelatina, Tailândia para o tabaco, e Iraque, para exportação de bovinos
vivos. O registro de dois casos de Encefalopatia Espongiforme Bovina
(EEB), em 2012 e 2014, resultou no embargo à carne bovina brasileira pelo Irã,
Egito e China. Mas após negociações com as autoridades, os embargos também
foram suspensos este ano. Com a Arábia Saudita e Japão, as negociações
encontram-se em estágio avançado para a exportação do produto. Nestes casos,
com exceção do Japão, houve missões do Ministro da Agricultura Neri Geller a
esses países.
Assinar:
Postagens (Atom)