O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários
(Antaq), Mario Povia (foto), disse hoje (23) que, apesar das dificuldades
econômicas do país e do mundo, o setor portuário tem se mostrado viável e
interessante à iniciativa privada. Segundo ele, os portos brasileiros
já registram aumento de produtividade em decorrência das políticas
destinadas ao setor pelo governo federal.
"Nunca tivemos
tantas ferramentas de planejamento", avaliou Povia durante audiência
pública na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados. "O
biênio 2015/2016 se constituirá na hora e a vez do modal [portuário].
Este setor tem se mostrado viável e atrativo à iniciativa privada",
acrescentou.
Segundo ele, as dificuldades pelas quais passa o
país não têm prejudicado o setor portuário, que tem apresentado
resultados bastante positivos. "O Brasil não está às mil maravilhas.
Temos de vencer a burocracia e tornar os processos mais ágeis para
realizar investimentos. Mas não está ruim para o setor portuário. Em
dois anos registramos crescimento de 30% no número de Terminais de Uso
Privado[TUPs]", ponderou.
O diretor da Antaq explicou que, em razão das
políticas dedicadas pelo governo federal ao setor, "há diversos portos
batendo recorde de produtividade". Citou os portos de Santos (SP),
Imbituba (SC) e Itaqui (MA). "O Porto de Vitória [ES] tem feito
descarregamento de navios em tempo recorde", acrescentou.
O
ministro da Secretaria de Portos da Presidência da República, Edinho
Araújo, também participou da audiência. Ao lembrar que 95% do que o país
importa ou exporta passa pelos terminais portuários, Araújo atribuiu à
Lei dos Portos (Lei n.° 12.815/2013) o aumento de investimentos no
setor. A Lei dos Portos regula a exploração pela União dos portos e
instalações portuárias e as atividades desempenhadas pelos operadores
portuários.Segundo Araújo, desde que a Lei dos Portos entrou em vigor
houve aumento do número de TUPs no país de oito para 16.
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