quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Expedidores buscam estratégias para aliviar problemas na cadeia de abastecimento nos EUA e evitar custos elevados nos transportes


As empresas afetadas por altos custos logísticos e congestionamentos no transporte de mercadorias estão expandindo estratégias para aliviar os problemas da cadeia de abastecimento no novo ano. Alguns aplicam o uso de medidas provisórias, como armazenamento de carga em reboques de caminhões ociosos, enquanto outros lutam para extrair capacidade adicional de redes de distribuição sobrecarregadas para cortar custos ao adquirir produtos e commodities mais perto de casa, relata o Wall Street Journal.

Varejistas, fabricantes e distribuidores, incluindo empresas menores que lutam para acompanhar seus concorrentes bem capitalizados, estão respondendo à falta de espaço de transporte, pois as empresas se apressaram no ano passado para repor os estoques esgotados. A demanda está ultrapassando a capacidade disponível para transporte, transporte rodoviário e redes de entrega de pacotes, aumentando os custos da cadeia de suprimentos e reduzindo as margens.

Com o fim da temporada de pico, as táticas adotadas pelas empresas durante 2021 continuam pressionando, já que as taxas de frete devem aumentar ainda mais em 2022, já que os robustos gastos do consumidor dos EUA ainda empurram a forte demanda por transporte e a crise da cadeia de abastecimento.

"Eles estão procurando todas as maneiras possíveis de reduzir seus próprios custos para que possam fazer a equação funcionar para eles do ponto de vista da lucratividade", disse Lisa Ellram, professora de gerenciamento da cadeia de suprimentos da Farmer School of Business da Universidade de Miami. em Oxford, Ohio.

Operadoras grandes e engenhosas, como a Home Depot e o Walmart, tomaram medidas caras, como o fretamento de navios, mas as pequenas e médias empresas têm menos recursos aos quais recorrer.

A HomeLife Media LLC, sediada na Califórnia, proprietária de sites de comércio eletrônico que vendem produtos relacionados a animais de estimação, importa a maioria de seus produtos da China, mas começou a comprar joias, suplementos para cães e outros itens de fornecedores dos EUA depois que os custos de transporte marítimo se multiplicaram e o aumento dos custos do transporte aéreo diminui seus lucros.

 

Porto de Rio Grande embarca 12 mil cabeças de bovinos vivos exportados para o Egito

O navio MV Elevation zarpou nesta quarta-feira, 29, do Porto de Rio Grande, carregando cerca de 12 mil cabeças de bovinos, que têm como destino o Egito. O último lote chegou no final da tarde de ontem ao terminal, de caminhão, vindo de Cristal (RS), a 150 quilômetros do terminal gaúcho.

Esse foi o único embarque nesse ano de gado vivo pelo complexo portuário mais ao sul do país. Em 2020, foram escoados pelo terminal 107,22 mil animais e, em 2019, o número chegou a 130,91 mil. O maior volume, no entanto, ocorreu em 2018, quando embarcaram 167,57 mil bovinos.

Antes de embarcar, as condições do navio foram examinadas pela equipe da Vigiagro (Vigilância Agropecuária Internacional), do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Os técnicos avaliaram a capacidade da embarcação em atender a exigência de bem-estar dos animais durante a viagem, e também realizou a leitura do chip nos bovinos, verificando se estavam aptos.

 

Terminal catarinense de Itapoá capta R$ 750 milhões para investimentos em ampliação

Ao completar 10 anos de operação, em 2021, o Porto Itapoá se consolidou como o quinto maior porto do Brasil em movimentação de contêineres, com crescimento de mais de 12% em relação a 2020. Para os próximos anos as previsões e projeções dos cenários nacional e internacional, levando em conta a participação do Terminal do Norte de Santa Catarina na logística brasileira, demandou que a empresa avançasse em seu plano de ampliação.

Desde 2018 o empreendimento possui uma capacidade de movimentação de 1,2 milhão de TEUs por ano. Em 2021 o Terminal deu início a um projeto de captação de recursos no mercado financeiro para viabilizar um acréscimo de capacidade de sua estrutura para 1,6 milhão de TEUs, o que deve ser uma das maiores capacidades operacionais entre os portos de contêineres do País.

O plano de expansão do Terminal, reconhecido pela Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, do Ministério da Infraestrutura, como um projeto prioritário para a logística nacional, ampliará a área de pátio do Porto Itapoá em mais 200 mil m², finalizando uma área total de pátio de 450 mil m².

 No dia 17 de dezembro o projeto de captação de recursos foi concluído culminando com a captação de R$ 750 milhões, através da emissão de debêntures incentivadas, processo esse coordenado pelo BTG, com participação da XP. A consolidação do financiamento avançou principalmente em função da saúde financeira da empresa, como a evidente liquidez e geração de caixa, somada ao planejamento operacional e comercial do Terminal.

 

 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Porto de Dock Sud, na Argentina, começa as obras de dragagem, um investimento de US$ 18,5 milhões


O porto de Dock Sud, província de Buenos Aires, Argentina, após 30 anos, iniciou as obras de dragagem com investimento de US$ 18,5 milhões. A obra está ligada ao aprofundamento e manutenção portuária e é fundamental não só para garantir a entrada dos navios, mas também para a utilização segura e fluida dos canais e hidrovias interiores, informou La Noticia 1.

A dragagem foi realizada pelo Consórcio, que administrou o processo licitatório e executará a obra com recursos próprios, além disso, solicitou também de forma unificada a autorização ambiental para todas as áreas de dragagem. “Isso marca uma diferença substancial em relação aos esforços anteriores, quando se utilizava a figura da dragagem de emergência e as obras eram dirigidas por empresas privadas”, frisaram do governo.

O ministro da Produção, Ciência e Inovação Tecnológica da província de Buenos Aires, Augusto Costa; junto com o Ministro dos Transportes da Nação, Alexis Guerrera; e a presidente do Dock Sud Management Consortium, Carla Monrabal.

O presidente destacou que “depois de 30 anos em que nenhuma dragagem integral foi realizada, hoje é o início de uma nova etapa, que marcará um antes e um depois para Port Dock Sud. Estou orgulhoso de ter podido trabalhar junto com tantas organizações que colaboraram para tornar isso possível hoje. "

“Esta obra é muito importante e é a primeira a ser realizada pelo consórcio”, disse Costa, acrescentando: “Esta obra servirá para melhorar a competitividade e produtividade do Porto. Para Alexis Guerrera e nosso Ministério, fortalecendo a Buenos Aires portos é uma prioridade Temos uma agenda muito ampla para fortalecer nossos portos, com os quais vamos continuar trabalhando, Ministro Guerrera ”, garantiu.

Por sua vez, o Ministro Guerrera disse que “o porto de Dock Sud é estratégico para todo o nosso país, com potencial para se expandir e prestar mais serviços, e foi fundamental após 30 anos para realizar e realizar esta dragagem”.

 

Governo Federal pretende injetar R$ 108 bilhões em projetos para transporte rodoviário em 2022

O portfólio do MInfra para 2022 aponta para a transferência de mais de 13 mil quilômetros de pistas, o que pode gerar mais de R$ 108 bilhões em investimentos. Parte deste montante ainda está sendo estruturado pela pasta junto com a Empresa de Planejamento e Logística S.A. (EPL). Entre os leilões mais aguardados, estão os seis lotes rodoviários no Paraná, que somam mais de R$ 44 bilhões em aportes privados. Outros dois projetos também estão em estágio avançados para irem a leilão: os das BR-381/262/MG/ES, com aporte privado de cerca de R$ 7,3 bilhões, e das BR-116/493/465/RJ/MG, na ligação entre Rio de Janeiro e Governador Valadares (MG), com investimentos de mais de R$ 9 bilhões. A pasta também avança para a realização dos certames da BR-040/495/MG/RJ, BR-040/DF/GO/MG e de quatro lotes no Centro-Norte, atravessando os estados de Goiás, Mato Grosso e Rondônia.

O Governo Federal superou a marca de dois mil quilômetros de obras rodoviárias em 2021, entre duplicações, pavimentação, adequações e restaurações, com 80 entregas e mais de R$ 3,1 bilhões investidos para o incremento da movimentação de cargas por todo o país. O total ultrapassa quatro mil quilômetros de novas pistas, desde 2019. Além disso, assegurou mais R$ 24,5 bilhōes em investimentos com a realização de mais três concessões – entre elas, o maior leilão da história do setor – e projeta a contratação de outros R$ 100 bilhões com mais de 13 mil km que podem vir a ser leiloados em 2022.

“Vamos ver uma melhoria grande com o que está sendo contratado este momento, porque é o maior esforço de transferência de ativos para iniciativa privada da nossa história, a gente vai ver a infraestrutura mudando muito e não vai ser obra do acaso, vai ser com o que está sendo plantado agora, por que estamos olhando infraestrutura como questão de estado, não estamos olhando o resultado desse ano, estamos olhando o resultado de 10 e 15 anos, os resultados lá na frente”, afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

Entre as principais entregas realizadas com investimento público está a conclusão da duplicação de 168 quilômetros de pistas da BR-163/364/MT, entre Cuiabá a Rondonópolis. Fundamental para a melhora na competitividade do agronegócio mato-grossense. Em Rondônia, a Ponte do Abunã, na BR-364, uma reivindicação histórica da população para a ligação do Acre com o restante do país. Até então, a travessia no Rio Madeira só era feita por balsas, em um trajeto que durava, em média, duas horas. Agora, leva menos de cinco minutos.

Também se destacam as duplicações de quase 50 quilômetros de pistas na Bahia, em rotas importantes como a BR-101, entre Feira de Santana e Entre Rios, e a BR-116, desde Feira de Santana até Santa Bárbara. No estado, também foi entregue a pavimentação de mais de 77 quilômetros da BR-235, entre os municípios de Jeremoabo e Canché. O MInfra ainda se mostrou presente em duplicações na BR-470, em Santa Catarina, e na BR-101, em Sergipe; e na nova travessia superior na região metropolitana de Maceió, no entroncamento das rodovias da BR-104/AL com a BR-316/AL, que vai melhorar o acesso ao aeroporto Zumbi dos Palmares. No total, mais de 57 mil quilômetros de estradas federais estão cobertos por contratos de manutenção periódica.

Em 2021, as concessões rodoviárias garantiram R$ 24,5 bilhões de investimentos no setor ao longo dos próximos anos – R$ 37,3 bilhões desde 2019. O ano ficou marcado pelo maior leilão rodoviário da história com a relicitação da Dutra, em um projeto que agora envolve também a BR-101, na ligação entre São Paulo e Rio de Janeiro. As duas rodovias receberão quase R$ 15 bilhões em investimentos para a ampliação de capacidade, como a implantação de 600 quilômetros de faixas adicionais, equivalente a “quadruplicação” da rodovia em cada sentindo. Entre as inovações, a utilização do sistema free flow de cobrança por livre passagem, sem a necessidade de praças de pedágio, para tornar o trânsito mais dinâmico na região de Guarulhos (SP).

Já a malha rodoviária federal do centro-norte do país receberá a injeção de quase R$ 10 bilhões de investimentos com as outras duas concessões do setor: BR-153/080/414/TO/GO e BR-163/230/MT/PA, rotas importantes para o agronegócio e expansão da logística de movimentação de cargas com o fortalecimento do escoamento pelo Arco Norte. A primeira receberá o aporte de R$ 7,8 bilhões, enquanto a BR-163 tem investimentos previstos de R$ 1,8 bilhão em um contrato com 10 anos de duração.