terça-feira, 30 de junho de 2015

Estados Unidos liberam importação de carne bovina in natura do Brasil

       O governo norte-americano liberou a entrada de carne bovina brasileira in natura no seu mercado interno. A decisão, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, possibilitará que 14 estados livres de febre aftosa com vacinação habilitem-se a a exportar, entre eles o Rio Grande do Sul.

       Segundo a ministra Kátia Abreu, a abertura representará uma senha que poderá facilitar outras parcerias. A meta agora é conquistar em até cinco anos o embarque de pelo menos 100 mil toneladas anuais de carne bovina para os Estados Unidos.

       Os gaúchos contam com quatro plantas que já vendem para o exterior. Mas o presidente o Sicadergs (Sindicato das Empresas de Abate de Carnes do Estado), Ronei Lauxen (foto), acredita que por se tratar de um novo mercado, os frigoríficos tenham de passar por uma nova vistoria técnica brasileira e norte-americana.
       "Pela qualidade do nosso rebanho, que é similar ao do Uruguai, de quem eles já compram, a tendência é que ganharemos preferência em relação aos demais estados do país", argumentou  Lauxen. "Esperamos que isso estimule o nosso pecuarista a produzir mais, porque a produção atual não é suficiente", ressalvou.

       As plantas do Frigorífico Silva, de Santa Maria, e as unidades da Marfrig, em Alegrete, Bagé e São Gabriel são as indústrias com mais chances de atender o mercado norte-americano, calculou o presidente do Sicadergs. Já o presidente da Abiec (Associação das Indústrias de Carne), Antonio Camardelli, afirmou que entrar no mercado dos EUA é como acertar na mega sena. "Tem um diferencial de credibilidade em relação aos demais mercados, o que vai ajudar a entrar em outros países do Nafta (grupo formado por EUA, Canadá e México)", acrescentou ele.

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