O americano/brasileiro David Neeleman (foto), fundador da Azul, que comprou a TAP
em sociedade com um empresário português, afirmou nesta quarta-feira
que pretende expandir as operações da aérea para 10 novos destinos nos
Estados Unidos e "oito ou dez" no Brasil, para atrair mais passageiros
desses países para a Europa. "Vamos expandir muito para os
Estados Unidos, há muitas oportunidades lá e no Brasil. Mais dez
destinos nos EUA achamos que podemos voar, mais oito ou 10 no Brasil",
disse o empresário. "Vai ser história de crescimento", prognosticou.
Atualmente, a TAP opera diretamente voos para Newark, em Nova Jersey, e para Miami. No Brasil opera voos para 11 destinos. Humberto
Pedrosa, o sócio de Neeleman, disse que o objetivo dos novos donos é
transformar a empresa na melhor da Europa. O acordo de compra da
companhia foi assinado hoje com o governo português. O empresário frisou
que quer "reconquistar a confiança de colaboradores, clientes,
parceiros, fornecedores. Queremos fazer da TAP a melhor da Europa", prometeu.
Segundo
Neeleman, eles pretendem injetar capital na empresa, que tem
mais de EUR 1 bilhão em dívidas. O consórcio Atlantic Gateway vai
investir até EUR 800 milhões na companhia. Os novos donos
afirmaram que também planejam renovar a frota de aeronaves da TAP.
Pedrosa é presidente do grupo de transportes português Barraqueiro, que
detém 50,1% do consórcio vencedor, o Gateway, cumprindo o requisito da
nacionalidade europeia obrigatório para quem controla companhias aéreas.
A holding DGN, do brasileiro-americano Neeleman, detém os outros 49,9%.
Eles pagarão EUR 354 milhões por 61% da aérea.
O atual
presidente da TAP, o brasileiro Fernando Pinto, afirmou que se vai manter à frente da
empresa durante a passagem para os novos donos, deixando em aberto o
que acontecerá depois.
"Ambos somos empreendedores, não
somos investidores financeiros, temos conhecimento dos setores onde
atuamos", afirmou, segundo reportagem publicada pelo site do português
Jornal de Negócios. "A TAP é uma empresa portuguesa que iremos fazer
crescer sustentadamente", garantiu o empresário, acrescentando que
"estamos nos negócios para ficar, para investir, e na TAP não será
diferente".
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