sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Volkswagen exporta 22 caminhões para distribuídoras da Coca-Cola na Guatemala e no Haiti


A Volkswagen Caminhões e Ônibus acaba de entregar 22 veículos para distribuidoras da Coca-Cola na América Latina. As vendas coincidem com marcos históricos da VWCO nesses países: são 15 anos de atuação no Haiti e quatro anos de operação mais robusta na Guatemala.

Os modelos vão atuar no transporte das bebidas em distâncias maiores nos dois países. Ao todo, são 10 unidades do Constellation 24.280 V-Tronic, outras sete do Constellation 17.280 V-Tronic e mais cinco do Constellation 31.320.

A Guatemala é o destino das unidades com 24 e 17 toneladas de peso bruto total. Os caminhões operam com carroceria rebaixada 100% de alumínio para fazer a rota de dois engarrafadores da Coca-Cola no país, a Los Volcanes e a Abasa. Estão equipados já com tecnologia Euro 5, o que foi um dos diferenciais para a cliente, que também valorizou o ganho de produtividade e conforto com os dois modelos.

“Estamos fortalecendo nossa posição no mercado guatemalteco. Nos últimos anos, temos crescido nossa participação e o segmento de bebidas tem sido um grande parceiro nosso nessa empreitada. Isso porque entregamos o produto com as características que o cliente deseja”, avalia Fernando Madrid, consultor comercial de Vendas Internacionais da montadora, responsável pelos negócios na Guatemala.

Presente há 15 anos no Haiti, a VW Caminhões e Ônibus celebra esse marco com uma encomenda sob medida para a operação da Coca-Cola no país: as cinco unidades do Constellation 31.320  foram transformadas em cavalo-mecânico e chegam ao país para trabalhar com semirreboques para transporte de bebidas.

“Estamos prontos para atender às mais diferentes aplicações, seguindo nossa filosofia ‘menos você não quer, mais você não precisa’. Para isso, contamos com uma equipe especializada em customizar nossos veículos e processos de acordo com a demanda do cliente”, ressalta Guilherme Oliveira, consultor comercial de Vendas Internacionais da montadora que atende ao Haiti.

 

Maersk adverte que operações 24 horas nos terminais de Los Angeles e Long Beach não resolverão desafios logísticos

Em seu discurso em um painel na Conferência Internacional de Comércio do Atlântico Sul, o diretor Administrativo Regional da Maersk para a América do Norte, Narin Phol, discutiu os desafios atuais da cadeia de suprimentos dos EUA e as maneiras de seguir em frente.

Na ocasião, ele destacou que a situação atual é uma história de crescimento nos Estados Unidos, e a alteração na cadeia de suprimentos que está sendo observada é um subproduto desse crescimento. O desafio é que cada parte da cadeia de suprimentos dos EUA precisa desenvolver mais resiliência e capacidade para atender à demanda do consumidor.

A esse respeito, ele observou que a Maersk aprecia e aplaude os comentários do presidente Joe Biden, que enfatiza que um retorno à normalidade só pode ser alcançado com o apoio total de todos os participantes da cadeia de abastecimento, e que não há solução fácil ou um componente individual de falha na cadeia de abastecimento. “Ainda vai levar algum tempo, mas estamos fazendo o que podemos para lidar com o ambiente atual e esperamos que os fluxos de carga e as entregas normais sejam retomados”, disse Phol.

Los Angeles e Long Beach 24 horas por dia, 7 dias por semana

Sobre a medida tomada pelos portos de Los Angeles e Long Beach para operar 24 horas por dia, 7 dias por semana, ele destacou que “os detalhes operacionais ainda precisam ser refinados” e acrescentou que “esse nível de operação não é uma solução simples de implementar da noite para o dia. na parte da manhã - e não resolve os desafios mais amplos de capacidade da cadeia de abastecimento e escassez de trabalhadores em trabalhos de caminhão, armazém e cadeia de abastecimento ", disse ele.

Hoje, o APM Terminals Pier 400 Los Angeles oferece 20 horas de operação de porta de caminhão todos os dias da semana, o que significa 2.000 atendimentos por dia e também funciona aos sábados. Na última sexta-feira, 15 de outubro, houve 49% de não apresentação de contêineres de importação nas marcações de 2.000 caminhões e no sábado houve 50% de não comparecimento. Portanto, o terminal está trabalhando com a comunidade de caminhões para tratar e resolver essa situação.

 

Porto de Santos prepara licitação histórica com investimento previsto de US$ 395 milhões

O crescimento da movimentação de contêineres no Porto de Santos (SP) continua na casa dos dois dígitos, acumulando 3,6 milhões de TEUs até setembro, 19,6% acima do registrado neste período em 2020 (3,0 milhões de TEUs) a melhor marca já registrada no período.

Este desempenho ocorre apesar da escassez de contêineres que afeta o mercado internacional, ocasionada pela forte demanda que vem sendo registrada nos principais portos dos Estados Unidos, Ásia e Europa.

Os fertilizantes também se destacaram, com alta de 28,6% no acumulado do ano (5,8 milhões de toneladas). No mês de setembro, o aumento foi de 77,1% (871.104 toneladas) em relação a setembro de 2020.

O diretor-geral da Autoridade Portuária de Santos (SPA), Fernando Biral, destacou a importância da implantação, na região de Outeirinhos, do novo terminal STS 53, que será dedicado ao manuseio e armazenamento de minerais sólidos a granel - especialmente fertilizantes e sulfatos - e uma linha ferroviária que permitirá o transporte dessa carga de retorno por via férrea para atender à tendência de crescimento.

Biral comentou ainda que, em linha com o aumento da movimentação de contêineres, “a SPA e o Ministério da Infraestrutura estão preparando a maior licitação já realizada no Porto de Santos, a STS 10, em Saboó, que envolverá investimentos preliminares estimados em US $ 395 , 8 milhões e capacidade para 2,5 milhões de TEUs.

O diretor de Operações da SPA, Marcelo Ribeiro, explicou que com o objetivo de agilizar a operação portuária, dados os sucessivos recordes de movimentação obtidos nos últimos dois anos e as projeções de crescimento até 2040, “a Capitania dos Portos tem focado sua atuação não apenas no implementação de novas infra-estruturas, mas também na implementação de inovações tecnológicas, na procura de soluções partilhadas para a atividade operacional do Porto de Santos.

Entre eles, Ribeiro destacou a implantação da norma que estabelece as diretrizes para a colaboração com a comunidade portuária e agentes públicos e privados da região. “E não parou por aí. Demos os primeiros passos para a implantação de uma rede wireless de longo alcance (Internet das Coisas) no Porto de Santos, estratégica para otimizar a logística portuária, e a mudança de plataforma para agendamento de chegada de caminhões para o Porto, que tem novidades que aprimoram o processo ”, disse.

 

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Companhias de navegação deverão pagar pelo atraso de contêineres nos terminais de Los Angeles e Long Beach


O aglomerado de navios ancorados em frente aos portos de Los Angeles (foto) e Long Beach (LA-LB), nos Estados Unidos, à espera de um local de atracação para poder desembarcar as mercadorias que transportam, tornaram-se um ícone do colapso da Cadeia de Abastecimento. Cerca de 77 navios aguardam nas docas dos terminais da Califórnia com produtos a bordo no valor de US $ 24.000 milhões e cuja retenção aumenta a cada hora os custos do transporte marítimo, a perda de mercadorias, a escassez de varejo, a desaceleração da produção fabril, em um cenário que segundo especialistas vai durar até meados do próximo ano.

Isso significa que o transporte de um contêiner pelos dois portos dos EUA agora leva três vezes mais tempo do que normalmente. Em setembro, cerca de um terço dos contêineres nos portos de Los Angeles e Long Beach ficaram mais de cinco dias antes de serem embarcados, de acordo com a Goldman Sachs. Antes que o aumento das importações induzido pela pandemia começasse em meados de 2020, os contêineres com destino à entrega local ficavam em média nos terminais de contêineres por menos de quatro dias, enquanto os contêineres para trens ficavam menos de dois dias.

Ryan Petersen, CEO da empresa de logística de mercadorias Flexport, após um passeio pelo porto de Long Beach, observou que as operações portuárias estavam "paralisadas" e observou no complexo "contêineres empilhados no pátio do terminal" por falta de espaço. Em suma, observou, “os terminais estão simplesmente a transbordar de contentores, o que significa que já não têm espaço para receber novos contentores, nem dos navios nem do interior. É um verdadeiro engarrafamento”.

 

Ações da Wilson Sons passam a ser negociadas no novo mercado da Bolsa B3, em São Paulo

As ações da Wilson Sons passaram a ser negociadas no Novo Mercado da B3 com o código PORT3. A listagem ocorre após uma reestruturação em que a antiga Wilson Sons Limited (WSL) foi incorporada pela sua controlada, Wilson Sons Holdings Brasil S/A (WS S/A), visando simplificar e otimizar a estrutura societária da companhia, aumentar a liquidez das ações e ampliar o acesso ao mercado de capitais. 

Uma das empresas mais antigas em atividade no Brasil – fundada há 184 anos em Salvador/BA – a Wilson Sons é a maior operadora integrada de logística portuária e marítima do país. E a escolha do código PORT3 para a negociação no Novo Mercado visou justamente facilitar a identificação, pelos investidores, do mercado de atuação da companhia.

A reestruturação foi aprovada em 22 de setembro pelo Conselho de Administração da WSL, pelas autoridades regulatórias, e finalmente pelos acionistas de ambas empresas em 22 de outubro. Fernando Salek, CEO da companhia, disse que “Acreditamos que este movimento poderá destravar um valor significativo para todos os nossos stakeholders, e está alinhado ao comprometimento bicentenário da Wilson Sons em exercer o seu papel fundamental no desenvolvimento e competitividade do Brasil.” 

A presença da Wilson Sons na bolsa brasileira ocorria, antes, por meio de Certificados de Depósito de Ações (BDRs) patrocinados pela WSL. Com a aprovação da operação, todos os acionistas e titulares de BDRs da WSL receberam ações da WS S/A, listadas no Novo Mercado da B3, na mesma proporção. “A listagem direta no Novo Mercado reforça o nosso compromisso com as melhores práticas de governança”, acrescentou Salek.

Governos do Estado do Paraná e do Paraguai buscam ampliar parcerias via Porto de Paranaguá

O governador Carlos Massa Ratinho Junior se reuniu no Palácio Iguaçu, sede do governo do Paraná, em Curitiba com o embaixador do Paraguai no Brasil, Juan Ángel Delgadillo. O encontro serviu para estreitar relações e prospectar novos projetos que possam ajudar no desenvolvimento de ambos os lados.

Ratinho Junior ressaltou que o Paraná busca ampliar a parceria com o Paraguai, especialmente no aspecto logístico, comercial e energético, tanto via Porto de Paranaguá quanto via Itaipu Binacional. Atualmente, as mercadorias paraguaias saem do País por meio de barcaças pelos rios Paraná e Paraguai até os portos da Argentina e Uruguai. Há, porém, um movimento bilateral para retomar a parceria, extremamente forte e competitiva, até o início dos anos 2000.

“O Porto de Paranaguá pode voltar a ser o grande terminal de escoamento da safra paraguaia pelo Oceano Atlântico. Há em andamento o projeto de novas concessões rodoviárias no Estado e também da construção da Nova Ferroeste, ações que vão diminuir o custo para quem exporta”, afirmou ele, destacando que o Paraguai é atualmente o terceiro maior produtor de soja do mundo.

O governador lembrou que está em andamento a obra de derrocagem da Palangana, em Paranaguá. Intervenção que vai permitir, muito em breve, a homologação de mais um metro de calado operacional, ampliando a possibilidade de atracagem de navios maiores, com mais volume de carga.

O governador afirmou ainda que já há uma grande sociedade em andamento por meio da Itaipu Binacional. Daqui a dois anos, em 2023, quando o tratado completar 50 anos, está prevista a revisão do Anexo C, que estabelece as bases financeiras e de prestação de serviços de eletricidade da usina. A negociação entre brasileiros e paraguaios ocorrerá no mesmo ano que a empresa quitará todas as dívidas contraídas para a construção da usina.

“Estamos à disposição e em busca de projetos que possam resultar no crescimento regional, que sejam tão bons para o Paraná quanto para o Paraguai”, destacou Ratinho Junior.

O embaixador Delgadillo disse acreditar que a comunhão de esforços e o bom ambiente político ajudam na costura de novas ações em conjunto. “Os projetos de infraestrutura do Paraná são relacionados à diminuição de custos, o que interessa sobremaneira ao Paraguai”, afirmou. “Tenho certeza de que podemos ampliar a parceria em relação ao Porto de Paranaguá e também usar ainda mais a usina de Itaipu como indutor do desenvolvimento de toda a região”, ressaltou o embaixador.

Participaram do encontro o vice-governador Darci Piana; o chefe da Casa Civil, Guto Silva; o diretor-presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero; Bráulio Pupim, diplomata do Escritório de Representação do Itamaraty no Paraná (Erepar); o primeiro-secretário da Embaixada do Paraguai no Brasil, Fernando Lopez Closs; e o cônsul-geral do Paraguai em Curitiba, Carlos José Fleitas Rodríguez.