domingo, 28 de junho de 2015

Governo espera que BNDES comece a liberar os empréstimos para consórcios que venceram leilões de rodovias

       O governo federal vai descobrir de forma mais efetiva nos próximos dias as consequências da Operação Lava-jato sobre as concessões em infraestrutura. O Palácio do Planalto espera que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) comece a liberar os empréstimos de longo prazo para os consórcios que venceram os leilões de rodovias realizados em 2013. Esses grupos são compostos, em boa parte, por construtoras que hoje estão no alvo da Polícia Federal na Operação Lava Jato.

       Quando o governo leiloou as rodovias, prometeu financiamento do BNDES de duas formas: por meio de um empréstimo-ponte, de liberação rápida, que permitiria aos consórcios duplicarem pelo menos 10% do trecho concedido, uma condição necessária para a cobrança do pedágio. Ao mesmo tempo, seria liberado um empréstimo de longo prazo para fazer o restante dos investimentos previstos no contrato, principalmente concluir a duplicação de todo o trecho no prazo de cinco anos.

       O empréstimo-ponte saiu para quase todos os vencedores, exceto a Galvão Engenharia, que arrematou o trecho da BR-153 em Goiás e Tocantins em maio de 2014, dois meses depois do início da Lava Jato. Sem o empréstimo, o consórcio pretende repassar a concessão. Já o empréstimo de longo prazo não saiu para nenhuma das vencedoras, que desde o ano passado se mostram preocupadas com o risco de atraso. A primeira operação do tipo está prestes a sair e não será polêmica, porque o tomador é a concessionária MGO, formada por um conjunto de médias construtoras que não são alvo da Polícia Federal.

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