segunda-feira, 22 de junho de 2015

Marfrig direciona expansão para unidades no exterior, especialmente na Ásia

       O diretor de Relações com Investidores e vice-presidente de Planejamento Estratégico da Marfrig, Marcelo Di Lorenzo, afirmou nesta segunda-feira (22) que a companhia não pretende se desfazer de mais ativos após a venda da Moy Park à JBS - operação anunciada ontem e que deve ser finalizada ainda este ano. Segundo ele, "a transação é transformacional e resolve a questão da estrutura de capital da companhia". "Não faremos mais nada em relação às outras empresas do grupo, iremos crescê-las", disse, em teleconferência com analistas e investidores.

       O presidente do Conselho de Administração da Marfrig, Marcos Molina (foto), afirmou que a companhia não planeja focar em aquisições com a melhora em seu endividamento bruto, alcançado agora com a venda da Moy Park, sua subsidiária no Reino Unido. O executivo defende que há um potencial grande de crescimento nas unidades atuais da Marfrig e que é preciso garantir esse crescimento orgânico antes de pensar em novas compras. Esse valor, juntamente com o fluxo de caixa da companhia, será empregado em projetos de expansão, sobretudo na Ásia. "Para 2015 e 2016 já temos muito o que crescer dentro de casa", disse. Segundo ele, "o conselho (da empresa) também entende que o potencial de crescimento das unidades é muito grande".

       Com a operação, a Marfrig estima que seu endividamento bruto cairá em mais de 40% e a alavancagem pode ser reduzida a 3,7 vezes a dívida líquida sobre Ebitda até o fim do ano. Ao fim de 2014, esta medida estava em 4,98 vezes e em 6,20 vezes no primeiro trimestre de 2015.
A empresa também estima que quase a totalidade do valor pago pela JBS pela Moy Park (cerca de US$ 1,5 bilhão) seja destinado ao pagamento de dívidas. Com isso, os executivos preveem um decréscimo natural no pagamento de juros, que poderia chegar a R$ 300 milhões ao ano.

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