terça-feira, 31 de março de 2020

UPS testa veículos elétricos da Gaussin em Londres para mover contêineres e semirreboques

          A UPS iniciou a realização de testes de adaptação e durabilidade de veículos elétricos da Gaussin dotados de capacidade de condução autônoma, para mover semirreboques e contêineres dentro das instalações do tecnologicamente avançado Hub da companhia em Londres, Reino Unido.
          Durante a fase inicial de testes, a UPS irá operar os veículos – conhecidos no setor de logística como “shifters” – com motoristas nas cabines, para avaliar a operacionalidade das viaturas e as eficiências que elas permitem. No final do ano, a empresa avançará para a próxima fase desta operação, iniciando os testes de condução autônoma.
         “Estes testes fazem parte de um grande esforço da UPS para integrar veículos elétricos em toda a sua rede global. Os shifters da Gaussin vão ajudar a reduzir os nossos custos de combustível e as emissões”, afirmou Juan Perez, diretor de informação e engenharia da UPS.
         “Também estamos ansiosos por testar estes veículos no modo de condução autônoma. Esta é uma grande oportunidade para avaliarmos estas tecnologias dentro das nossas instalações,”disse o executivo.
         Os veículos elétricos da Gaussin têm emissões zero e incluem uma nova tecnologia de troca de bateria, que permite que os shifters sejam operados dia e noite, pois a bateria descarregada é imediatamente substituída por outra totalmente carregada. Além disso, os veículos terão inúmeras câmaras, sensores e algoritmos sofisticados para melhorar a sua segurança. Estas tecnologias continuarão a criar eficiências e a melhorar a segurança nas operações da UPS.
         “Experimentar estes shifters elétricos com capacidade de condução autónoma faz parte da estratégia de transformação da UPS, possibilitada pela inovação tecnológica”, referiu Carlton Rose, presidente de manutenção e engenharia da frota global da UPS. “Continuamos a pesquisar e implementar a mais recente tecnologia no que diz respeito a veículos com potencial para melhorar a nossa eficiência operacional, adotando uma abordagem evolutiva na adoção das tecnologias relacionadas com os veículos autônomos”.
         As equipes da Gaussin e da UPS Engineering estão em estreita colaboração desde 2018, com o objetivo de codesenvolver um veículo shifter elétrico que seja versátil, atualizável e competitivo. O shifter Gaussin que a UPS está a testar em Londres consegue mover reboques, semirreboques e contentores, em modo manual e autônomo.
         “Esta colaboração com a UPS trouxe informações valiosas para as equipas de engenharia da Gaussin e agora temos a satisfação de ver o veículo em operação ao vivo”, disse Christophe Gaussin, CEO da Gaussin. “Os nossos shifters permitirão poupar em custos de manutenção e energia. O seu sistema exclusivo de troca de bateria possibilita operar continuamente e contribuirá para a eficiência operacional e produtividade da UPS,”acrescentou.

CMA CGM conclui venda de oito terminais por US$ 815 milhões


          A CMA CGM concluiu a venda de participações em oito terminais portuários por US$ 815 milhões. As unidades foram negociadas para sua joint venture com a China Merchants Port Group.
          O grupo francês, no final de 2019, havia chegado a acordo com a companhia chinesa para vender participações em 10 terminais portuários ao empreendimento Terminal Link, pertencente aos dois, por US$ 968 milhões. A venda faz parte dos esforços para financiar a aquisição da Ceva Logistics, com sede na Suíça.
          Os oito primeiros terminais incluídos na transação são Odessa Terminal (Ucrânia), CMA CGM PSA Lion Terminal (Cingapura), Kingston Freeport Terminal (Jamaica), Rotterdam World Gateway (Holanda), Qingdao Qianwan United Terminal Avançado de Contêineres (China), Vietnã Internacional Terminal de Contêineres, Cidade de Ho Chi Minh (Vietnã), Terminal Internacional de Laem Chabang (Tailândia) e Terminal de Umm Qasr (Iraque).
         A venda por US$ 153 milhões dos outros dois terminais abrangidos pelo acordo deverá ser concluída durante o primeiro semestre do ano. Mas o negócio ainda está sujeito à aprovação regulatória.

segunda-feira, 30 de março de 2020

Receitas da Deutsche Post DHL aumentam 2,9% em 2019

          O grupo Deutsche Post DHL (DPDHL) registrou, em 2019, um crescimento da sua receita em 2,9% face ao ano anterior, totalizando 63,3 mil milhões de euros. O lucro operacional (EBIT) aumentou 30,6% para um recorde de 4,1 mil milhões de euros, alcançando assim a sua meta de 2019 de 4 mil milhões para 4,3 mil milhões de euros.
         As divisões da DHL geraram um lucro operacional total de 3,4 mil milhões de euros. No ano passado, o grupo DPDHL reforçou o investimento, tendo gasto um total de 3,6 mil milhões de euros em todas as divisões, que inclui 1,1 mil milhões de euros para a modernização da frota aérea da divisão Express.
         No ano de 2019, a divisão Express manteve a tendência de crescimento das receitas e lucros. As receitas aumentaram 5,9%, relativamente ao exercício e 2018, para 17,1 mil milhões de euros.         Especialmente encorajador foi o fato de a divisão Express ter registrado novamente um crescimento nas várias regiões.
         Este desempenho foi, mais uma vez, impulsionado pelo forte crescimento no negócio expresso internacional (TDI). Os volumes diários neste segmento aumentaram 5,7% em comparação com o ano anterior.
          O aumento do volume permitiu que a divisão utilizasse a sua rede express global de forma ainda mais eficiente. O lucro operacional aumentou em 4,2%, para 2 mil milhões de euros, enquanto a margem operacional continua alta, com 11,9%.

Mercado global deve seguir sendo fonte estável de fornecimento de alimentos, diz FAO


         Durante a cúpula virtual extraordinária do G20 sobre o coronavírus (Covid-19), o diretor geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Qu Dongyu, convidou os líderes dos países do G20 a adotarem medidas para manter os sistemas alimentares globais funcionando adequadamente em meio à crise do vírus.
         "A pandemia de Covid-19 está afetando os sistemas alimentares e todas as dimensões da segurança alimentar no mundo. Nenhum país está imune. Temos que garantir que as cadeias de valor alimentar não sejam interrompidas e continuem funcionando bem, e promover a produção e disponibilidade de alimentos diversificados, seguros e nutritivos para todos ", acrescentou.
         Além disso, ele alertou que os confinamentos e restrições de movimento podem atrapalhar a produção, processamento, distribuição e venda de alimentos, o que pode ter um impacto imediato e sério sobre as pessoas com mobilidade reduzida. "Os pobres e vulneráveis ​​serão os mais afetados, e os governos devem fortalecer os mecanismos de segurança social para garantir seu acesso aos alimentos", afirmou.
         Dongyu esclareceu que os mercados mundiais são bem supridos, mas reconheceu que há preocupação. O diretor lembrou que, durante a crise global de 2008, a incerteza provocou uma onda de restrições à exportação por alguns países, enquanto outros começaram a importar alimentos compulsivamente. Para não se repetir, insiste na implementação de medidas que garantam que o mercado mundial continue sendo uma fonte transparente, estável e confiável de suprimento de alimentos.

Cobrança de FMM pelo BNDES é suspensa por até seis meses

          O Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) suspendeu a cobrança de empréstimos por até seis meses para reduzir os impactos das ações de prevenção ao novo coronavírus (Covid-19). A medida emergencial aprovada pelo banco poderá ser estendida aos financiamentos celebrados pelo BNDES com recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM), sujeita aos prazos máximos de carência estabelecidos na legislação e observadas as políticas e normas de crédito do banco de fomento.
         O Ministério da Infraestrutura, que administra o fundo por meio de um conselho diretor, informou que a suspensão temporária não prejudicará a execução do orçamento de 2020 para novas contratações porque o FMM acumulou excedentes de arrecadação nos últimos anos.
         Os financiamentos com recursos do FMM têm prazo de até quatro anos de carência e até 20 anos de amortização, de acordo com a regulamentação do Conselho Monetário Nacional (CMN).       
         O BNDES é o principal agente financiador do FMM, com saldo emprestado de R$ 23,5 bilhões. Principal fonte de financiamento de longo prazo do setor naval, o FMM disponibiliza recursos para a instalação e modernização de estaleiros e para que as empresas brasileiras possam estabelecer-se, renovar ou ampliar sua frota de embarcações.

Mapa anuncia processo para desbuocratizar importação em portos, aeroportos e fronteiras

          A fiscalização das importações de produtos vegetais e de seus subprodutos já está sendo processada em um único sistema do governo federal: o Portal Único de Comércio Exterior. O sistema possibilita um controle mais seguro e mais ágil das importações.
          Trata-se de um esforço articulado entre o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento e o Ministério da Economia, com o objetivo de reduzir a burocracia nos portos brasileiros, promovendo a facilitação do comércio internacional seguro.
          Atualmente, os fiscais do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) para promover a fiscalização de uma importação de farinha de trigo, por exemplo, precisavam acessar três sistemas diferentes. O usuário igualmente precisava depositar as mesmas informações em diferentes bases de dados.
          A partir de agora, toda a informação será processada no Portal Único de Comércio Exterior. As informações são checadas eletronicamente pelo Mapa e enquadradas em um nível de fiscalização (canal verde, amarelo ou vermelho). O Auditor Fiscal Federal Agropecuário adota as providências na medida do necessário.
          A iniciativa permitirá que cargas de baixo risco ou aquelas onde o controle é apenas documental sejam liberadas em poucos minutos, otimizando o tempo das equipes de fiscalização que poderão intensificar as inspeções de produtos e insumos de maior risco bem como dos produtos perecíveis que precisam ser liberados mais rapidamente para manutenção da qualidade e conservação desses alimentos.
          O novo processo também pretende facilitar a solicitação de autorizações de importação em um fluxo que consolida as ações realizadas nas Superintendências Federais de Agricultura em um único processo que será posteriormente utilizado pelo Vigiagro, facilitando o atendimento dos usuários que atualmente precisam abrir processos em até três diferentes sistemas do MAPA para a uma mesma operação de importação.
           O novo processo de importação é um passo intermediário e ainda não utiliza a Declaração Única de Importação (DUIMP), mas já permitirá ao Vigiagro a aplicação do gerenciamento de risco nas importações, trazendo mais agilidade e redução no tempo de processamento dessas operações. Isso permitirá aos importadores colher os benefícios que os exportadores já estão usufruindo com a integração entre as plataformas digitais do Mapa e do Ministério da Economia.
          Em 2018, as exportações de carne foram as beneficiadas. O tempo na época foi reduzido de 3 dias para cerca de 5 minutos. Em 2019, foram as exportações de algodão, complexo soja, milho e demais produtos vegetais, com a redução do tempo da emissão dos certificados internacionais. Essa é a terceira onda de desburocratização no Vigiagro e que alcança toda operação de importação de produtos vegetais pelos portos, aeroportos e postos de fronteira de todo país.
          A iniciativa é resultado da parceria entre o Vigiagro e a Secretaria de Comércio Exterior – Secex do Ministério da Economia. Os dois órgãos vêm trabalhando de forma conjunta desde 2017 para integração das plataformas do Mapa com o Portal Único.
          A Secretaria de Defesa Agropecuária destaca que essa é uma medida alinhada ao compromisso do governo brasileiro com o Acordo de Facilitação de Comércio (AFC) da Organização Mundial do Comércio, concluído em Bali, por ocasião da IX Conferência Ministerial da OMC, em dezembro de 2013, que entrou em vigor em março de 2016. Os produtos para os quais já é possível utilizar a nova sistemática podem ser consultados no portal Siscomex Importação.

Porto de Rio Grande realiza maior embarque de gado da sua história


          O Porto de Rio Grande, no extremo sul do Brasil, está realizando, nesta segunda-feira, 30, o maior embarque de gado da sua história. A operação é no Cais do Estaleiro Rio Grande, onde ocorre o carregamento de cerca de 20 mil cabeças de gado com destino à Jordânia, coordenado pela Operadora Sagres em parceria com o estaleiro.
          O navio Bader III, especializado neste tipo de operação, atracou no último final de semana. Conta com infraestrutura de transporte dentro dos melhores e maiores padrões internacionais da modalidade. A embarcação tem capacidade para mais de 26 mil toneladas, mede 204 metros de comprimento e 26,5 metros de largura.
          Segundo a Sagres, operadora responsável pelo carregamento da embarcação, antes de chegar ao local da atracação o navio passou por uma série de protocolos de fiscalização e condicionantes pré-operacionais. Dentro deste protocolo está o estrito cumprimento das determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Receita Federal e da Autoridade Portuária do Porto do Rio Grande. 
         Não está sendo permitido o desembarque de nenhum membro da tripulação em solo brasileiro para evitar e conter a disseminação da Covid-19. O diretor superintendente do porto de Rio Grande, Fernando Estima, estabeleceu, ainda, por meio de Ordem de Serviço, outros protocolos e medidas, assim como também existem pré-requisitos operacionais da própria operadora e do terminal.
         O superintendente lembrou que este é um dos compromissos do Governo do Estado: não deixar os portos pararem durante essa pandemia. "Estamos ajudando na segurança alimentar, e prova disso são as exportações de gado e soja que estamos fazendo", explicou.
         O navio foi inspecionado e liberado para embarque do gado vindo de várias partes do Estado. A maioria dos animais são de raças europeias como Hereford e Angus, e suas cruzas como Braford e Brangus, padrões apreciados em mercados consumidores do Oriente Médio pela qualidade e sabor da carne.
         Carregamentos como este estão em conformidade com o desejo de produtores gaúcho e foram um pedido feito pelo mercado, e especialmente fechados na última visita do presidente da Farsul, Gedeão Pereira. O dirigente adiantou que o Rio Grande do Sul tem capacidade de aumentar a exportação de gado para diversos mercados globais.


Países da América Latina reforçam ações para garantir operações portuárias em meio a pandemia do novo coronavírus


         Os Ministérios da Casa Civil, de Justiça e Segurança Pública, de Infraestrutura e de Saúde, no Brasil, estabeleceram uma portaria para restringir a entrada de estrangeiros pelos portos. A restrição é válida por 30 dias para estrangeiros de todas as nacionalidades, incluindo tripulações de navios. Poderá haver autorização excepcional para assistência médica ou para a conexão aérea de retorno ao país de origem.
         No México (porto de Vera Cruz, na foto), a Coordenação Geral de Portos e Marinha Mercante (CGPMM) da Secretaria de Comunicações e Transportes (SCT) instruiu Medidas de Prevenção e Controle em portos marítimos, para a detecção de casos suspeitos de Covid-19.
         Em comunicação com a Unidade de Capitães de Porto e Assuntos Marítimos do Secretário da Marinha, responsável por autorizar a chegada de navios aos portos, foi permitido permanecer nas áreas de ancoragem e ancoragem de cruzeiros turísticos que deixou de operar em suas rotas de serviço e facilitar o reabastecimento de suprimentos no caminho de volta aos seus portos de origem e, nos casos exigidos, foram concedidos os apoios necessários ao desembarque de passageiros.
         No Chile, o Iquique Terminal Internacional (ITI) realiza ações como controle de temperatura para seus colaboradores. Na sua vez. pias móveis foram implementadas nas áreas operacionais do porto. A iniciativa desenvolvida foi pela equipe de Prevenção e Obras Civis, juntamente com uma das empresas contratadas pelo ITI.
         No Terminal Sul do Pacífico Valparaíso (TPS), foram estabelecidas medidas de controle sanitário, que consistem no controle da temperatura, inicialmente por meio de termômetros sem contato e, atualmente, por meio de câmeras termográficas, para todas as pessoas que entram no porto.