quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Banco do Brics já aprovou onze pedidos de financiamento, no valor total de US$ 3 bilhões

         O vice-presidente para Risco, Estratégia, Parcerias e Pesquisas do Novo Banco de Desenvolvimento, também conhecido como Banco do Brics, Paulo Nogueira Batista Júnior, informou hoje (31) que a instituição aprovou nessa quarta-feira (30) quatro novos projetos (dois na China, um na Índia e outro na Rússia), o que eleva para 11 o número de empréstimos concedidos desde que o banco entrou em operação em 2015. O valor total dos financiamentos é de US$ 3 bilhões.
        Com sede em Xangai, o banco financia projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável nos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África da Sul), mas as operações podem ser estendidas a nações em desenvolvimento que desejem fazer empréstimos com a instituição.
         O executivo também informou que o banco está planejando incorporar novos membros. “Já começamos a discutir com países potencialmente interessados”, disse. “O banco vai expandir gradualmente o número de membros. Não temos ainda capacidade operacional de absorver muitos de uma vez. A expectativa é de que, no final de 2021, o banco terá presença em todas as regiões do mundo”.
         Em abril, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinou acordo com o Novo Banco de Desenvolvimento, que prevê empréstimo inicial no valor de US$ 300 milhões para apoio a investimentos em geração de energias renováveis no Brasil. “Há novos projetos em discussão sendo estudados para o Brasil”, disse Batista Júnior.

Dockshore ganha prioridade do Fundo de Marinha Mercante para construir dique flutuante

         A Dockshore obteve prioridade do Fundo da Marinha Mercante no valor total de R$ 118,8 milhões para construção de um dique flutuante. O valor foi aprovado em Brasília durante a 35ª reunião ordinária do Conselho Diretor do Fundo de Marinha Mercante (CDFMM), que aprovou um total de R$ 1,6 bilhão em prioridades para financiamento de projetos da indústria naval no país.
        Na ocasião, a Perlatus Navegação conseguiu prioridade para construção de duas embarcações de desembarque de veículos e materiais (EDVMs) no valor total de R$ 6,12 milhões. Já a Yara Aquacultura recebeu prioridade para construção de duas embarcações do tipo Work Boat e duas embarcações do tipo Feed Barge, com valor total de R$ 5,9 milhões.
          A Navegação Aliança fará conversão do rebocador Guaíba para empurrador. Esse processo havia sido anteriormente priorizado em dezembro de 2016, bem como alteração do CNPJ do Estaleiro Navegação Aliança Ltda para o Estaleiro de Construções e Reparos Navais Vitória Ltda, responsável pela conversão da embarcação, no valor de R$ 2,2 milhões.
         No apoio marítimo, a Bram Offshore fará a docagem de classe de 11 embarcações com recursos do FMM, sendo nove PSVs, um AHTS e um WSV — valor total de R$ 32,75 milhões. Já a Baru Offshore recebeu prioridade referente à suplementação de recursos para a construção de seis embarcações do tipo UT-4000 (cascos ETP-038 a ETP-043), anteriormente priorizados em setembro de 2014, com valor de suplementação de R$ 14,2 milhões. A Baru também recebeu prioridade para docagem e reparo de sete embarcações do tipo UT-4000 (cascos C-32 a C-36, C-38 e C-39) que totalizam R$ 2,6 milhões.
         Na navegação interior, o Terminal de Grãos Ponta da Montanha obteve R$ 41,9 milhões em prioridade para construção de um terminal flutuante de apoio à movimentação de grãos (casco EA-200), anteriormente priorizado em agosto de 2016. O CDFMM também aprovou prioridade de R$ 57,7 milhões para modernização de 87 barcaças graneleiras operadas pela Hermasa Navegação, originalmente priorizadas em maio de 2015.
         De acordo com o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MTPAC), poderão ser financiados pelo FMM até 90% do valor dos projetos pleiteados. O percentual de financiamento dependerá do conteúdo nacional de cada projeto e do tipo de embarcação, conforme estabelecido na resolução 3828/2009 do Conselho Monetário Nacional.
         Os interessados em apresentar seus projetos para obtenção de prioridade destinada ao financiamento com recursos do FMM, têm o prazo até 9 de outubro. A próxima reunião ordinária (36ª) do CDFMM está prevista para o dia 7 de dezembro.

Volume de transporte da Hapag-Lloyd cresce 14% no primeiro semestre

         O volume de transporte da Hapag-Lloyd aumentou 14%, para 4,2 milhões de teus, no primeiro semestre deste ano na comparação com 2016. Este valor, consolidado desde 24 de Maio, incluiu quase 250 mil teus provenientes da United Arab Shipping Company (UASC), com a qual a Hapag-Lloyd se fundiu nessa data.
         No mesmo período, a Hapag-Loyd registrou um EBITDA (sigla inglesa para lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 360,4 milhões de euros, contra 196,7 milhões no período homólogo do ano anterior, e um EBIT (sigla inglesa para resultados antes de juros e impostos) de 87,3 milhões de euros, contra -39,7 milhões de euros no primeiro semestre de 2016.
         Segundo a empresa, as tarifas combinadas da Hapag-Lloyd e da UASC atingiram 1,056 euros por teus, 1% acima do valor das tarifas da Hapag-Lloyd no primeiro semestre de 2016, e as receitas cresceram para 4,518 milhões euros (contra 3,785 milhões no primeiro semestre do ano anterior), incluindo já 199 milhões de euros resultantes da inclusão da UASC.
         Foi igualmente registrada uma quebra de 46,1 milhões de euros nos resultados líquidos do grupo, bastante abaixo da verificada no primeiro semestre de 2016 (-142,1milhões de euros). Segundo a empresa, a fusão com a UASC deverá gerar poupanças anuais de 364 milhões de euros a partir de 2019.

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Cargas que caíram de navio da Log-In alcançam área de preservação em São Sebastião

         Potes de plásticos, escovas de dente, embalagens e produtos natalinos estão entre as mercadorias que chegaram, pelo mar, ao Refúgio de Vida Silvestre de Alcatrazes, em São Sebastião, no Litoral Norte do Estado, nos últimos dias. Trata-se de cargas dos 46 contêineres que caíram no mar, no início do mês, na Barra de Santos. Enquanto isso, o navio que os transportava, o Log-in Pantanal, deixou o cais santista nesta terça-feira (29). Sua armadora arcará com uma multa de R$ 10 mil pelos danos ambientais. 
         Na madrugada do último dia 11, depois de concluir uma operação no cais santista, o Log-In Pantanal aguardava, na Barra de Santos, por uma nova janela de atracação. O navio retornaria ao complexo para concluir seu carregamento. Mas a queda dos 46 contêineres no mar atrasou seus planos. 
         A operação no Porto de Santos foi concluída apenas nesta terça-feira (29) no Terminal de Contêineres (Tecon), que fica na Margem Esquerda (Guarujá). Na instalação, o cargueiro recebeu 209 contêineres e desembarcou apenas uma caixa metálica. Depois, na manhã de ontem, deixou o complexo santista. 
         Mas os vestígios da contaminação ainda são vistos em toda a região. A poluição no Refúgio de Vida Silvestre de Alcatrazes foi constatada por analistas ambientais do Instituto Chico Mendes (ICMBio), órgão responsável pela gestão da unidade de conservação. 
         Os produtos estão espalhados pela região do Saco do Funil, enseada que fica na parte norte da ilha de Alcatrazes. De acordo com o ICMBio, em vistoria, foi possível identificar mercadorias que podem causar impacto sobre a fauna da área protegida. 
        A preocupação está relacionada aos produtos que podem ser ingeridos por tartarugas ou levados por aves para os ninhos. Entre os artigos encontrados, estavam bolas usadas como enfeites de Natal – embrulhadas em sacos de plásticos, que causam grandes riscos à fauna. 
        As ações do ICMBio não se encerram com a autuação da armadora do navio, a Log-In. Novas vistorias serão realizadas para verificar se houve impactos no ecossistema protegido, especialmente à fauna. Estamos também em comunicação com a empresa que está realizando o serviço de limpeza desses materiais, a fim de propiciar os meios necessários para que os responsáveis cumpram com sua obrigação de recolhimento dos mesmos também em Alcatrazes”.
        Após o recebimento do auto de infração, que será enviado pelos Correios, a Log-In terá 20 dias para apresentar sua defesa ao ICMBio. Além disso, a armadora receberá, hoje, a notificação do Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que estabelece o prazo de 30 dias para o recolhimento de 38 contêineres que ainda estão submersos.
       Técnicos do Instituto Argonauta, uma organização que atua no monitoramento das praia da Bacia de Santos, vem encontrando, desde a semana passada, nas areias de São Sebastião, Caraguatatuba e Ubatuba produtos que foram transportados no Log-In Pantanal. 
       Na semana passada, as mercadorias chegaram às praias de Guaecá, Baraqueçaba e Grande, em São Sebastião, e Itaguaçu e Perequê, em Ilhabela. A quantidade recolhida foi equivalente ao volume de uma caminhonete. Na quarta-feira, as mesmas mercadorias começaram a aparecer na praia das Toninhas, em Ubatuba.

Governo brasileiro vai recorrer da decisão da OMC contra subsídio nos setores de automóveis, telecomunicações e informática

         O governo brasileiro deverá recorrer da decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) na qual foi condenado por políticas de subsídio adotadas em programas nos setores de automóveis, telecomunicações e informática. O relatório já era do conhecimento do governo brasileiro, mas só foi oficialmente divulgado hoje (30) pela OMC, após concluída sua tradução.
         “Nossa tendência é apelar, mas não vou entrar em detalhe no conteúdo por razões óbvias de estratégia”, disse o subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, Carlos Márcio Bicalho Cozendey, em entrevista coletiva na qual comentou o relatório da OMC.
         A União Europeia e o Japão abriram processos contra o Inovar-Auto, de incentivo à inovação tecnológica na cadeia produtiva de veículos automotores, o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores e Displays (Padis) e a Lei de Informática. Houve processos também contra os programas de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos para TV Digital e o de inclusão digital. Estes, no entanto, já terminaram.
         O Brasil tem agora prazo de 60 dias, contados a partir do dia 19 de setembro, para decidir se recorre da decisão. Caso isso ocorra, o caso será novamente examinado. Com isso, a expectativa é que se levem pelo menos mais seis meses para que o caso seja encerrado.

Índice de Incerteza da Economia da FGV recua 5,9 pontos de julho para agosto

       O Indicador de Incerteza da Economia, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 5,9 pontos na passagem de julho para agosto, e chegou a 130,1 pontos, em uma escala de zero a 200.
É a segunda queda consecutiva do indicador, que recuperou cerca de metade da forte alta observada entre abril e junho, sob efeito da crise política iniciada em 17 de maio, de acordo com a FGV.
       Ela considera que, apesar das duas quedas, o nível do indicador ainda está muito alto e tem potencial para afetar negativamente tanto os investimentos quanto a intenção de compra dos consumidores brasileiros.
O Indicador de Incerteza da Economia é calculado com base em avaliações sobre três componentes: mídia (que se baseia na frequência de menções à incerteza na economia), expectativa (baseada nas estimativas de especialistas para a inflação e a taxa de câmbio) e mercado (tem por base a volatilidade do mercado de ações, medido pelo Ibovespa).
       Segundo a FGV, a queda do indicador em agosto foi provocada por recuos em dois dos três componentes: a mídia caiu 5,2 pontos, enquanto a expectativa diminuiu 3,1 pontos. Já o componente mercado cresceu 0,4 ponto.

Maersk, CMA CGM e Hamburg Süd terão serviço combinado no Sepetiba Tecon

         O terminal Sepetiba Tecon  vai começar a operar um serviço combinado entre a Maersk, CMA CGM e Hamburg Süd. Serão duas escalas semanais de importação e exportação entre Brasil e norte da Europa e do Mediterrâneo, no porto fluminense.
         A escala em Sepetiba visa tornar mais rápido o trânsito entre os terminais do Rio de Janeiro e os portos europeus. A primeira embarcação a atracar no porto de Itaguaí será o "CMA CGM Magdalena", navio de 300 metros de comprimento e 48 de largura, previsto para outubro.
         Este serviço é esperado para contribuir com um movimento combinado de 45 mil teus de de carga combinada de café, automóveis e produtos químicos, entre outros. No sentido importação, estão previstos 15 mil teus/ano através deste novo serviço.

ABTP considera positiva proposta de privatização da Codesa, mas pede cautela no processo

         A proposta do governo de privatizar a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) soa positiva, porque deve conferir maior agilidade e eficiência à autoridade portuária, avalia José Di Bella, diretor executivo da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP). A associação reúne mais de 70 empresas responsáveis pela movimentação de cerca de 70% de toda a carga portuária brasileira. Entretanto, ele reforça que o desenho do modelo de desestatização exige cautela.
         Segundo Di Bella, os questionamentos que o setor privado se faz no momento giram em torno do grau de maturidade desses estudos de privatização e do quão alinhados eles estão com o momento que o País vive. “O que foi feito há quatro anos captava um cenário de crescimento econômico contínuo, de expansão rápida. A crise mudou drasticamente o nosso setor”. Uma avaliação adequada é essencial para que não se crie expectativas de demanda que não irão se concretizar na conjuntura atual, defende o dirigente.
         Outro foco de atenção do mercado está na definição do modelo pelo qual a desestatização da Codesa será feita. “Ainda não sabemos se será uma privatização com venda de ativo ou uma concessão de gestão, em que a iniciativa privada assume as funções de administração parcial ou total, ou até mesmo uma cisão da companhia docas”, observa Di Bella.
         De todo modo, o diretor da ABTP destaca que a Codesa se tornará um projeto-piloto emblemático e que seu sucesso interessa ao setor portuário, porque demonstraria a possibilidade de se trazer mais eficiência às operações do setor. “O desempenho das companhias docas costuma ser lento, muito em virtude de elas estarem inseridas no processo burocrático de uma empresa pública. Também há a dificuldade de captação de recursos, porque dependem da União. Tudo isso pode ser aprimorado”.
         O que o mercado espera dessa privatização é que ela atenda ao binômio de maior eficiência com menor custo que o da gestão pública. Di Bella afirma que as autoridades portuárias precisam ter condições de agir rapidamente para se adequar às demandas do mercado, para evitar que se perca janelas de oportunidades, como ocorre hoje. Como exemplo, ele cita o modelo europeu de gestão, que, apesar de “landlord”, combina agilidade com visão de longo prazo. “Lá o arrendamento das áreas é estabelecido a partir de critérios muito objetivos, como quem traz mais negócios e cargos para tal país, muito mais flexíveis do que a gente tem aqui”, explica.
         O Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) delegou ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a contratação do estudo para a desestatização da Codesa, que administra os portos organizados de Vitória, Praia Mole e Barra do Riacho. De acordo com informações do próprio governo, é possível que seja concedida toda a operação portuária da Codesa, com a transferência de passivos para o privado, ou apenas a operação do terminal de Barra do Riacho.
         O diretor da associação defende que o processo de privatização seja dividido em duas etapas. Primeiramente seria feita a análise e a definição do modelo de desestatização adequado às particularidades da Codesa, para só então partir para o leilão propriamente dito. “Mas, pelo que temos conhecimento, isso está sendo somado em um pacote único, sendo que a previsibilidade do modelo e de qual será a demanda ainda são muito embrionárias. Esse processo tem que ser mais cauteloso, justamente para garantir o sucesso da operação”.
         Além da Codesa, há outras seis companhias docas vinculadas ao Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, nos Estados do Pará, Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. A escolha do governo pela Codesa justifica-se pelo fato de a companhia ser bem organizada e equilibrada, afirma Di Bella. “Ela será importante para testar o modelo de privatização.”
         Apesar da queda do volume movimentado nos portos públicos e privados em 2016 devido à piora da crise econômica, a Codesa encerrou o ano com lucro líquido e recorde de receita bruta, que totalizou R$ 134,13 milhões. O crescimento das receitas ante 2015 foi de 0,89%. O lucro líquido foi de R$ 747,16 mil, o que a empresa comemorou, tendo em vista o significativo o impacto do recrudescimento da crise econômica no setor portuário, conforme demonstrativo financeiro.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Estabilidade do dólar no primeiro semestre faz Banco Central voltar a ter lucro

         A relativa estabilidade do dólar em 2017 fez o Banco Central (BC) voltar a ter lucro após ter fechado o ano passado com o primeiro prejuízo desde 2008, quando a instituição adotou o atual sistema de divulgação de resultados. Nos seis primeiros meses de 2017, a instituição financeira teve ganhos operacionais de R$ 11,3 bilhões.
         Se forem considerados o custo com a administração das reservas internacionais e as operações de swap cambial (venda de dólares no mercado futuro), o BC teve perda de R$ 15,7 bilhões. Desde 2008, esse resultado é registrado numa contabilidade separada.
         Em relação ao lucro operacional de R$ 11,3 bilhões, o Banco Central explicou que a alta do dólar diminuiu o passivo (obrigações) do banco em moedas estrangeiras. Isso porque os ativos (que cobrem as obrigações) valorizaram-se ao fazer a conversão em reais.
          Em relação ao resultado negativo de R$ 15,7 bilhões na conta cambial, a alta de 1,95% da moeda norte-americana no primeiro semestre aumentou, em reais, o valor das reservas internacionais, mas esse efeito foi compensado pelo aumento do custo de captação dos ativos estrangeiros. O BC perdeu R$ 19,1 bilhões com a valorização das reservas externas.
         O ganho no valor das reservas internacionais foi parcialmente compensado pelo ganho de R$ 3,4 bilhões com as operações de swap. Isso ocorreu porque a estabilidade do dólar fez o BC ter um pequeno ganho com as vendas de dólares no mercado futuro.
         O dólar subiu de R$ 3,25 no fim de dezembro do ano passado para R$ 3,312 no fim de junho deste ano. Em 2016, quando a divisa tinha iniciado o ano em R$ 4,03 e caiu 17%, o Banco Central tinha tido prejuízos recordes nas duas contas: perdas operacionais de R$ 9,5 bilhões e de R$ 240,3 bilhões na conta cambial .
         O Banco Central repassará o ganho operacional de R$ 11,3 bilhões ao Tesouro Nacional em até 10 dias úteis. A perda de R$ 15,7 bilhões nas operações cambiais será coberta por meio de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional até o décimo dia útil de 2018, como estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal.
         As duas operações entre o Banco Central e o Tesouro não têm impacto no déficit primário (resultado negativo nas contas do governo antes do pagamento dos juros da dívida pública) nem afetam as verbas disponíveis no Orçamento.

Temer vai à China participar de reunião do Brics e buscar investimentos

         O presidente Michel Temer embarca na manhã desta terça-feira (29) para a China, onde fará visita de Estado e participará da 9ª cúpula do Brics, grupo formado pelo Brasil, a Rússia, China, Índia e África do Sul. No país asiático, que é o principal parceiro comercial do Brasil, Temer vai apresentar o pacote de concessões e privatizações de aeroportos, portos, rodovias e linhas de transmissão, lançado na semana passada pelo governo, que inclui a venda de parte da Eletrobras.
         O embaixador brasileiro na China, Marcos Caramuru, identifica o setor elétrico, as rodovias, ferrovias e os portos como as áreas de maior potencial de interesse dos chineses no Brasil. “Tem ativos na área de infraestrutura que vão interessar aos chineses e fazer com que eles se posicionem para participar dos leilões. A China foi o país que mais investiu em infraestrutura no mundo. Por trás disso, eles têm uma capacidade de financiamento robusta”, disse.
         A chegada de Temer a Pequim está marcada para o próximo dia 31. No dia 1º de setembro, ele terá reuniões com o presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro Li Keqiang. No sábado (2), Temer vai participar do Seminário Empresarial Brasil-China, organizado pela Apex-Brasil, que reunirá líderes empresariais chineses que já investem ou têm interesse em investir no Brasil.
         Durante a visita, está prevista a assinatura de acordos nas áreas de comércio, investimentos e intercâmbio entre pessoas, por meio da extensão da validade de vistos para turismo e negócios.
Temer viaja acompanhado pelos ministros das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, do Planejamento, Dyogo Oliveira, dos Transportes, Maurício Quintella, da Agricultura, Blairo Maggi, de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, e do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra. A comitiva também é composta por 11 parlamentares.
         Entre os dias 3 e 5 de setembro, o presidente participará da cúpula do Brics na cidade chinesa de Xiamen. Situada na província de Fujian, na Costa Sudeste da China, Xiamen foi umas das primeiras a conseguir o status de zona econômica especial, em 1980. As zonas econômicas especiais chinesas têm como características a abertura ao investimento estrangeiro, a adoção de incentivos fiscais e a produção industrial diversificada, destinada especialmente às exportações.
         Importante cidade portuária, Xiamen também tem, entre suas principais atividades econômicas, a indústria pesqueira, a construção naval, a produção de máquinas e equipamentos e os setores de telecomunicações e de serviços financeiros. Outro destaque da economia local é o parque tecnológico voltado para a indústria de software, com 2,7 mil empresas.
         O secretário-geral do Partido Comunista de Xiamen, Pei Jinjia, disse, em entrevista coletiva em maio, que o trabalho de preparação da cidade para sediar a cúpula foi conduzido paralelamente à reconstrução da infraestrutura destruída pelo devastador tufão Meranti, que atingiu a região em meados de setembro do ano passado.

Cepsa anuncia início da comercialização de novo combustível marítimo no Porto de Barcelona

          A Cepsa anunciou o arranque da comercialização de RMK500, um combustível marítimo com um teor de 3,5% de enxofre, no porto de Barcelona. Este combustível, produzido na refinaria da empresa em Gibratar, tem o mesmo teor de enxofre do que o FO380, mas é mais denso, viscoso e barato, o que o torna muito procurado, segundo a Cepsa.
         Graças ao que considera uma procura elevada, a empresa aposta agora em fornecer o RMK500 a navios de grande tonelagem no porto de Barcelona, depois de se ter tornado o seu primeiro e único fornecedor nos portos de Algeciras, onde distribuiu mais de um milhão de toneladas em 2016, e em Gibraltar, onde começou a distribui-lo em Junho.

Sete Brasil adia para outubro assembleia para analisar novo plano de recuperação judicial

         A Sete Brasil adiou para o dia 10 de outubro assembleia de credores que seria realizada nesta segunda (28) para analisar o novo plano de recuperação judicial, entregue à Justiça no início do mês. A empresa não comenta o assunto, mas a reportagem apurou que o adiamento teve como objetivo dar mais prazo para negociações com a Petrobras a respeito do número de sondas que podem ser contratadas pela estatal.
         No dia 23 de junho, a Petrobras informou que sua diretoria havia autorizado o reinício das conversas com a Sete, empresa criada no governo Lula para ser a maior fornecedora de sondas de perfuração para o pré-sal. Com o início da Operação Lava Jato, a Sete passou a enfrentar dificuldades ara obter financiamento e, em abril de 2016, apelou à recuperação judicial, com uma dívida calculada em R$ 19,3 bilhões.
         O novo plano prioriza a construção de quatro das 29 sondas contratadas -aquelas em estágio mais avançado de construção e que estão em estaleiros com capacidade para concluir as obras mais rapidamente e, se possível, com recursos próprios. Como garantia, a Sete propõe dar aos estaleiros o direito de vender as unidades, caso atrase os pagamentos.
         O plano diz que a empresa precisará de US$ 4,345 bilhões para construir até oito sondas e dá prioridade sobre o fluxo de caixa às instituições que emprestarem os recursos. Os atuais credores só começariam a receber recursos a partir de 2020.
         A empresa tem como sócios a Petrobras, os bancos BTG Pactual, Santander e Bradesco, os fundos de pensão Petros, Funcef e Previ -dos empregados da Petrobras, Caixa e Banco do Brasil, respectivamente- e investidores estrangeiros. No início do ano, os fundos de pensão iniciaram processos de arbitragem internacional contra a Petrobras para tentar recuperar o investimento. Segundo a estatal, o valor pedido é R$ 4,475 bilhões.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Agroconsul prevê crescimento das exportações de carne bovina abaixo do esperado

         As exportações de carne bovina do Brasil deverão aumentar 10 % ante o ano passado, para 1,5 milhão de toneladas em 2017, mas o crescimento será menor do que o projetado anteriormente, de acordo com avaliação da consultoria Agroconsult, divulgada no final da semana passada. Na avaliação anterior, a consultoria estimava que as exportações de carne bovina do Brasil crescessem em 20%.
         No entanto, uma série de problemas, incluindo o escândalo envolvendo fiscalização sanitária denunciado pela Operação Carne Fraca, prejudicou as operações dos maiores processadores de carne do Brasil. A interpretação foi feita pelo analista de pecuária da Agroconsult, Maurício Nogueira.
         A avaliação foi apresentada durante conferência sobre a expedição técnica Rally da Pecuária.
A delação dos irmãos Batista, da gigante JBS, também influenciou as previsões, disse Nogueira.
Com o escândalo, muitos pecuaristas endureceram as negociações com a JBS, exigindo pagamentos à vista, preocupados com a saúde financeira do grupo.
         “Considerando o tamanho da JBS, isso afetou toda a cadeia produtiva”, disse ele.
Paralelamente, a Agroconsult informou que a produção de carne bovina do Brasil deverá totalizar 9,4 milhões de toneladas em 2017, ante 10,1 milhões de toneladas na previsão anterior e 9,1 milhões de toneladas em 2016.
       Com uma fraca demanda no mercado doméstico adicionando pressão para a indústria, disse Nogueira, a projeção de abates no país foi revisada para baixo, para 39,5 milhões de cabeças, neste ano. A expectativa era de 40,4 milhões na projeção de abril.

Parceria entre Pecém e Roterdã deve incluir a gestão compartilhada do Cipp

         O Governo do Estado do Ceará enviou à Assembleia Legislativa uma mensagem que pretende ampliar a abrangência da Cearáportos, que hoje administra o Porto do Pecém. Caso a parceria entre o Executivo e a Autoridade do Porto holandês seja confirmada, a gestão compartilhada do Terminal Portuário do Pecém deverá abranger também a do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp).
        No último dia 11, o governador enviou à Assembleia Legislativa uma mensagem (nº 8163) que altera a legislação que trata da Companhia de Integração Portuária do Ceará (Cearáportos). A proposta do governo pretende modificar também a legislação que trata da atuação da Companhia Administradora da Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE Ceará), para que atue de maneira integrada à Cearáportos.
          A expectativa do Governo do Ceará é que a parceria com o Porto de Roterdã seja firmada até dezembro para que em 2018 seja iniciada a gestão compartilhada entre o Estado e os holandeses. A mensagem também propõe a modificação da denominação social da Cearáportos para Complexo Industrial e Portuário do Pecém S.A. (Cipp S.A.), evidenciando a maior abrangência da atuação desta companhia, que passa a atuar vinculada administrativamente à SDE, e não mais à Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra).
         Segundo o texto da mensagem do governador, as "mudanças são necessárias para incrementar a atuação dessas duas companhias estaduais, essenciais para promover de maneira ainda mais efetiva o desenvolvimento econômico e social do Estado do Ceará, notadamente do Complexo Industrial e Portuário do Pecém". Em setembro, diretores da Autoridade do Porto de Roterdã, entre os quais o CEO da entidade, René van Der Plas, deverão estar no Ceará para ratificar o Memorando de Entendimento (MoU) firmado com a Cearáportos em março.
         O titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Ceará (SDE), César Ribeiro, adianta que nos próximos 15 dias, o governo deve se reunir com representantes do Porto de Roterdã, possivelmente em Lisboa, para tratar do cronograma. "Essa reunião é para definir os últimos detalhes. O cronograma está rigorosamente em dia e foi um compromisso do governador com o CEO do Porto de Roterdã", diz Ribeiro. "Há um interesse muito grande, dos dois lados, nessa parceria. Isso vai mudar a realidade do Porto do Pecém, da ZPE, e do complexo como um todo", acrescenta o titular da SDE.
         Conforme Ribeiro, no momento estão sendo tratadas questões operacionais, de como seria o modelo de parceria, de como seria a participação do Estado nas operações e diretorias, a definição dos valores dos espaços e áreas do complexo, da expectativa de movimentação de cargas, dentre outros fatores. "Esse é um processo muito complexo. A gente está muito otimista por tudo o que o Porto de Roterdã já fez em outros portos", destaca.

domingo, 27 de agosto de 2017

Construtora naval sul-coreana tem 5 mil funcionários inativos por falta de encomendas

         A construtora naval sul-coreana Hyundai Heavy Industries (HHI) enfrenta um cenário de 5 mil trabalhadores inativos por falta de encomendas. Por isto, está solicitando a essa força de trabalho que aceite licenças sem vencimento a partir de Setembro, informou o jornal Korea Times.
        Segundo o jornal, a empresa inclusive pediu apoio aos sindicatos no sentido de convencerem esses trabalhadores, que representam cerca de 30% dos 17 mil trabalhadores da HHI, a aceitarem a proposta. A alegação da indústria é de que isto ajudará a reduzir os custos e a manter a empresa em atividade num quadro econômico adverso.
         Se não alcançar o seu objetivo, dado que a medida requer a concordância dos trabalhadores, a empresa pondera suspender algumas linhas de produção e submeter os trabalhadores a programas de formação. A advertência é revelada pelo mesmo jornal. Citando fonte da HHI, o jornal refere que a partir de Setembro, os trabalhadores excedentes ficarão sem trabalho e que se seguirá um diálogo com os sindicatos para debater a duração e as condições dessa situação.
         De acordo com a mesma fonte, esta foi a solução encontrada pela empresa face à recusa dos trabalhadores em aceitarem uma redução de 20% no seu vencimento base. E não fica afastada a hipótese de solicitar licenças sem vencimento a mais trabalhadores em 2018 se se mantiver a dificuldade em conquistar novas encomendas. Um quadro provável, até porque a falta de trabalho deverá manter-se até Junho do próximo ano, dado que a empresa não garantiu encomendas suficientes nos últimos dois anos, refere o jornal.
          Segundo o jornal, desde Junho o catálogo de encomendas da HHI se situa em 85 pedidos, menos 25 em relação ao mesmo período do ano anterior. No primeiro semestre deste ano, a empresa só terá assegurado 17 novas encomendas e desde Novembro de 2014 que não tem encomendas para nenhuma instalação offshore.
         O Korea Times recorda que este mês, ao contrário do que esperava, a HHI não conquistou a encomenda estimada em 1,18 mil milhões de euros para construir porta-contêineres destinados à CMA CGM. A armadora francesa optou pelas empresas chinesas Hudong Zhounghua Shipbuilding e Shanghai Waigaoqiao Shipbuilding devido a uma proposta de preço mais baixa (135,7 milhões de euros por navio, contra 148,4 milhões de euros da empresa sul-coreana).

Governo do Rio de Janeiro anuncia queda no roubo de cargas no Estado

         O governo do Rio de Janeiro divulgou nota neste domingo (27) em que afirma que os índices de roubos de cargas nas estradas federais que cortam o estado diminuíram e que em algumas rodovias a queda chega a menos de 50%. As informações têm como origem dados divulgados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
         Segundo dados do governo do Rio, os números são “os primeiros resultados da integração entre as Forças de Segurança estaduais e federais. As informações da Polícia Federal indicam que os roubos começaram a diminuir já a partir do início do segundo semestre do ano, quando o reforço no patrulhamento das rodovias foi intensificado”.
         Dos 117 casos registrados em junho, o número de roubos de carga caiu para 37 até a última sexta-feira (25), diz a nota. “Na Via Dutra, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo, os roubos caíram 52%. Entre 15 de junho e 14 de julho, foram 57 casos. Entre 15 de julho e 17 de agosto último, o número caiu para 27”.
         De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), em maio foram registrados 1.239 casos, enquanto que em julho as ocorrências caíram para 908 roubos de cargas. “Nos três últimos meses, o roubo de cargas diminuiu em todo o estado”, afirma a nota.
         As informações lembram que o governo do Rio lançou em julho último o plano Carga Segura para o Enfrentamento ao Roubo de Cargas, elaborado pela Secretaria de Segurança. O projeto, que vai se estender até o fim de 2018, inclui um conjunto de ações envolvendo o estado com reforço e participação da Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal, além da integração com os Ministérios da Justiça e da Defesa (e que incluem a participação das Forças Armadas); além do setor privado. Segundo ainda o governo, atualmente 1.220 agentes da Polícia Rodoviária Federal ajudam no policiamento ostensivo no estado do Rio.

Log-In terá 30 dias para retirar contêineres do mar em Santos

         Há quase duas semanas submersos, 38 dos 46 contêineres que caíram do navio Log-In Pantanal permanecem no fundo do mar da Barra de Santos. Mas isto deve ser alterado em breve. O Ibama irá notificar a armadora Log-In, proprietária do cargueiro, a resgatar os objetos no prazo de 30 dias, além de informar a destinação de cada um deles.
         A informação foi dada pela agente ambiental federal do escritório regional do Ibama Ana Angélica Alabarce, que acompanha o caso desde seu início. Segundo ela, além destes que afundaram no momento do acidente, outros oito flutuaram e se dispersaram. Até o momento, sete foram localizados e retirados do mar.
Cerca de 3 kg de lixo foram encontrados
em Ubatuba e Caraguatatuba (Foto: Divulgação)
         Para tentar localizar os produtos que estavam no interior dos contentores – parte dessa carga chegou a praias do Litoral Norte – desde seu início, a Log-In já utilizou quatro embarcações, um helicóptero e um aparelho de mapeamento do fundo do mar, o side scan. A equipe tem mais de 50 pessoas envolvidas na operação, contando com técnicos que vieram dos Estados Unidos para dar apoio aos serviços. 
         Com isso, cerca de 47 quilômetros quadrados submarinos foram escaneados – uma área equivalente a mais de seis vezes o espaço ocupado pelo Porto de Santos – e 18 contêineres localizados. “Agora, eles estão ampliando o número de mergulhadores para que comecem a planejar a retirada destes que foram encontrados”, afirmou Ana Angélica Alabarce.
         Logo após o acidente, o navio Log-In Pantanal atracou em um dos berços da Libra Terminais, na Margem Direita do Porto de Santos. Na instalação, os contêineres que foram danificados durante o acidente começaram a ser removidos. Até a última terça-feira, 22 já haviam sido retirados.
         Depois de sair de um terminal do Porto de Santos, no dia 10 deste mês, o Log-In Pantanal aguardava no fundeadouro 3 (área na costa de Guarujá onde os navios esperam uma vaga no cais) autorização para atracar em outra instalação. Entre 1 hora e 2h50 do dia 11, com a forte agitação do mar e ondas que ultrapassavam os quatro metros, contêineres que estavam no convés da embarcação caíram no mar. Parte deles acabou afundando no local, mas oito flutuaram e se espalharam pela costa da Baixada Santista.      Naquele e nos dias seguintes, eles acabaram recolhidos nas orlas de Guarujá e São Vicente. 
         Com a queda, alguns contêineres que caíram acabaram abertos e os produtos que transportavam se espalharam pelo mar. Isso levou moradores da região a ir ao local com barcos e pegar os artigos - o que foi combatido pelas autoridades policiais. Entre as cargas recolhidas da água, estavam mochilas, bicicletas (avaliadas em mais de R$ 12 mil) e aparelhos de ar-condicionado.
         A Capitania dos Portos de São Paulo, órgão da Marinha que fiscaliza a segurança da navegação no complexo marítimo, instaurou um inquérito administrativo para apurar as causas e as responsabilidades pelo acidente. A previsão é de que esse processo seja concluído em 90 dias - em meados de novembro. O Ibama aguarda a conclusão da apuração da Autoridade Marítima para avaliar quais penalidades serão aplicadas à armadora Log-In.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Temer considera anúncio de projetos de concessão e privatização medida corajosa

         O presidente Michel Temer disse hoje (25), em vídeo publicado nas redes sociais, que o anúncio dos 57 projetos de concessão e privatização de empresas públicas feito pelo governo na quarta-feira (23) foi uma medida “corajosa”. Com a iniciativa, o governo espera arrecadar, a partir deste ano, cerca de R$ 44 bilhões ao longo dos anos de vigência dos contratos.
         “Escolhemos 57 projetos que vão tornar o Brasil mais moderno e nos ajudarão a eliminar de vez a crise que tanto nos prejudicou nos últimos anos. Com essa medida, convenhamos, corajosa, nosso objetivo não é cobrir o déficit fiscal, mas criar empregos, gerar renda e oferecer um serviço de melhor qualidade a população”, disse. O pacote inclui aeroportos, rodovias, portos e linhas de transmissão.
         Segundo Temer, os bilhões arrecadados pelo governo serão investidos no que “realmente importa”, que é saúde pública, segurança, infraestrutura e educação.
         No vídeo, Temer fez um balanço dos anúncios feitos nesta semana e disse que o Brasil ficou mais leve, justo, desenvolvido e social. O presidente citou o adiantamento da liberação do PIS/Pasep para idosos e o lançamento de uma linha de crédito do Banco do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para agilizar micro, pequenas e médias empresas.

Gigante da exportação de carne bovina diz que Brasil tem desafio de melhorar qualidade para não perder mercado

         Com o maior rebanho mundial e ocupando o segundo lugar em produção e exportação de carne bovina, o Brasil tem agora o desafio de melhorar a qualidade do produto, segundo o gerente de Inteligência de Mercado da Minerva Foods, Leonardo Alencar. "O aumento de produção tem que vir com ganho de qualidade. Sem ganho de qualidade, há o risco de termos que comer mais e mais, porque os países lá fora não vão querer comprar nossa carne".
         A Minerva Foods é uma das empresas líderes na América do Sul na produção e comercialização de carne bovina. Alencar participou do 5º Fórum de Agricultura da América do Sul, promovido pelo Agronegócio Gazeta do Povo, em Curitiba.
         A qualidade da carne brasileira voltou a ser discutida desde a Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal, que denunciou a comercialização de carne adulterada no mercado interno e externo. O maior rigor de outros países em relação à carne brasileira levou recentemente à suspensão das importações de carne fresca pelos Estados Unidos (EUA). O Brasil havia conseguido abrir esse mercado após 17 anos de negociação.
         "O mercado internacional conhece a carne do Brasil, sabe que é competitiva e de qualidade, mas o ponto principal [que faz com que compre a carne brasileira] ainda é a competitividade, mais que a qualidade", diz o gerente.
        O Brasil, segundo Alencar, está bem posicionado internacionalmente. Em 2016, o país aparece como o segundo maior exportador, com 19,7% da fatia mundial, atrás da Índia, com 23,2%. Em terceiro lugar vem a Austrália, com 18,5%, e em quarto, os Estados Unidos, com 16,3%. Em 2017, o cenário se mantém mais ou menos constante - a Índia, 19,8%; o Brasil, 19,2%; a Austrália, 17,3%, e os Estados Unidos, 16,7%.
         "O Brasil tem hoje produto de qualidade e produto sem qualidade, tem produto barato, bastante competitivo. A gente consegue atender a quase todos os mercados. Exportamos para mais de 100 países.   Os Estados Unidos e a Austrália exportam para menos de cinco países. O Uruguai, a Argentina, todos para poucos".
         De acordo com o gerente, da Minerva Foods, o Brasil tem produção bastante heterogênea, o que acaba prejudicando a imagem do produto. Atualmente, um dos principais concorrentes é a Índia, que oferece carne barata e de baixa qualidade. "A gente tem que continuar se diferenciando para não ficar nessa briga com a Índia. Hoje temos a carne ingrediente, a da Índia, que é consumida misturada em outros produtos, tem aquela carne que se compra no supermercado e até mesmo em restaurantes, que é a carne dos EUA, e tem a carne premium, que é do Uruguai, da Argentina e Austrália. O Brasil precisa caminhar nesse sentido", defende. Para Alencar, o Brasil consegue atender a nichos específicos de qualidade, mas a maior produção do país "ainda está longe disso".
         O mercado externo tornou-se atrativo especialmente pelo câmbio, com o dólar alto e com a queda do consumo no mercado interno, devido à crise econômica. Alencar diz que o Brasil tem cenário favorável, primeiro pela diminuição da exportação de outros países. Entre 2000 e 2017, a Rússia registrou retração de 34,3%; o México, de 34,6%; a China, de 21,2%; e os Estados Unidos, de 4,8%. Como segundo fator, ele cita o aumento do rebanho. Também entre 2000 e 2017, o Brasil aumentou em 54,5% o rebanho. Outros países da América do Sul que se destacam no mercado da carne bovina tiveram aumentos menores: o Paraguai aumentou em 39,8%; a Argentina, em 6,3%; e, o Uruguai, em 12,2%.
         O Brasil tem hoje, de acordo com dados divulgados pela Minerva, 215 milhões de cabeças de gado e produz 9,5 milhões de toneladas de carne bovina. A produtividade é considerada baixa quando comparada com os Estados Unidos, que produzem 12 milhões de toneladas, com 86 milhões de cabeças de gado. Os números demonstram o potencial de crescimento da produção.  "Temos que continuar aumentando os investimentos e melhorando produtividade. Agora, isso não pode ser feito de maneira desconexa em relação à qualidade, ou vamos começar a inundar o mercado com uma carne que não necessariamente tem a absorção no ritmo em que a gente está mantendo a produção". 

Pesquisa da Alphaliner mostra crescimento na movimentação global de contêineres

          O movimento de contêineres nos portos cresceu 6,7% no primeiro semestre de 2017 e no final do ano terá crescido 6% face ao ano anterior. A informação é do World Maritime News, com base em dados da consultora em transporte marítimo Alphaliner, obtidos a partir de universo de 250 portos com um movimento global anual de 550 milhões de teus.
         Segundo a Alphaliner, citada pelo jornal, no segundo trimestre do ano, este crescimento foi de 7,4%, contra 5,9% no primeiro trimestre, indiciando uma tendência que deverá prosseguir no segundo semestre e que os dados de Julho parecem comprovar.
       O crescimento verificou-se em todas as regiões, com os portos do sul da Ásia na vanguarda, registrando uma subida de 9,3%, seguidos dos portos do Médio Oriente, com um aumento de 3,1%. Segundo o jornal, no primeiro semestre deste ano, os portos chineses registraram um crescimento de 8,4% e os dos Estados Unidos 8,2%.
         Num universo dos principais 30 portos, o jornal destaca Ningbo e Guangzhou, ambos na China, com crescimentos de 14,4% e 11,7%, respectivamente. Já o porto de Algeciras, em Espanha, sofreu uma queda de 9,4%. Os portos de Lianyungang (China) e Bremerhaven (Alemanha) também sofreram perdas significativas, de 7,2% e 4%, respectivamente.
         Recorde-se que, conforme aqui oportunamente referimos, a consultora Drewry também já assinalara um crescimento semelhante, de 6,6%, no movimento portuário de contêineres durante o primeiro semestre deste ano, com base numa amostra de 150 portos de todo o mundo, bem como a continuação da tendência ao longo do segundo semestre.

Terminal de Açúcar de Suape terá investimentos para ampliação da área

         O Terminal de Açúcar de Suape, também chamado de Agrovia do Nordeste, foi contemplado no pacote federal. O empreendimento instalado no cais 5 do porto pernambucano, em uma área de 72,5 mil metros quadrados, recebeu autorização para novos investimentos na ampliação de sua capacidade, atualmente de 750 mil toneladas de açúcar. A assinatura de um aditivo está prevista para o segundo trimestre do próximo ano.
         O projeto de expansão já era uma intenção do consórcio responsável pelo terminal, formado pela Odebrecht Transport, com 75% de participação acionária e a Agrovia, que detém 25% das ações. As empresas tentavam vencer entraves burocráticos para levar o plano à frente, entre eles conseguir a autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
         “Com a inclusão no PPI, os caminhos estão abertos", avaliou o vice-governador e secretário de Desenvolvimento do Estado, Raul Henry. De acordo com ele, estão previstos R$ 60 milhões em investimentos para ampliação física, novos equipamentos e preparação da estrutura para a movimentar, além do açúcar, grãos, como a cevada e o trigo. Empresas do polo cervejeiro, na Mata Norte do Estado, têm especial interesse na movimentação de cevada - um dos ingredientes da bebida - no porto. Já a movimentação de trigo atende tanto a indústria alimentícia local, como pode atrair novos investidores para o Estado.
         Do lado da produção açucareira, o presidente do Sindicato do Açúcar e do Álcool (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha, avaliou que a ampliação do terminal é prova de que as exportações da commodity seguem bastante estimuladas por compradores internacionais. “A produção açucareira do Nordeste pode ser escoada via porto de Suape e do Recife. Suape tem se caracterizado muito por importações. É preciso maior maturidade com exportações”, apontou.
         O terminal Agrovia do Nordeste começou a operar no fim do ano passado. O contrato de arrendamento entre o consórcio e o porto é válido por 25 anos.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Modernização do Porto Novo, em Rio Grande, tem mais uma etapa da obra concluída



         Foi entregue nesta terça-feira, 23, mais uma etapa da obra de modernização do Porto Novo, cais público do Porto do Rio Grande.  A obra está em execução desde 2014 e deve ser entregue completamente concluída ainda neste ano. A obra está sendo executada pela Cejen Engenharia com recursos do Governo Federal. Até o momento, já são 825 metros entregues à operação em fase de testes.
        O Porto Novo é o local em que os operadores portuários podem realizar a movimentação de diversos tipos distintos de cargas. São produtos movimentados atualmente no cais público: celulose, toras de madeiras, insumos para fertilizantes, veículos de passeios, equipamentos agrícolas e cargas de projeto. O cais possui cerca de 1900 metros alinhados e a obra está modernizando 1.125 metros.
       A modernização inclui ainda o aumento de área operacional em mais de 11 mil metros quadrados, visto que da estrutura antiga são 11 metros a mais de estrutura em direção à lagoa. “A modernização é essencial para dar mais celeridade ao processo portuário. O cais que está sendo concluído é de mesmo porte dos países europeus, o que coloca o Porto Novo apto a movimentar com equipamentos e navios de primeiro mundo”, avalia o diretor superintendente do Porto do Rio Grande Janir Branco.
       Esta é a maior obra já realizada no cais do Porto Novo desde sua inauguração em 1915. O projeto está sendo financiado pelo Governo Federal, através do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil.  Estão sendo investidos no Porto do Rio Grande cerca de R$97 milhões.

Acordo pioneiro deverá reduzir acidentes com cargas perigosas no Porto de Santos

         O número de sinistros de grandes proporções com cargas perigosas no Porto de Santos deverá cair substancialmente, a depender do acordo firmado no Porto de Santos, no último 21/08. É que o termo de cooperação técnica, assinado pela Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM), Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (ABTRA), a empresa Suatrans e a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), consiste em inserir as informações do Manual de Atendimento a Emergências com Produtos Perigosos, da Abiquim, no Banco de Dados de Produtos Perigosos, criado pelo Grupo de Trabalho de Prevenção de Sinistro (GTPS) no Porto de Santos e locado na Janela única Portuária (JUP/ABTRA).
         Esse banco de dados, criado há sete meses pelo GTPS sob a coordenação da Antaq, replica as informações sobre a localização exata das cargas perigosas nos terminais, de modo que, na iminência de um incidente, os técnicos da Unidade de Segurança do Porto podem acessá-las imediatamente e informar o Corpo de Bombeiros.
         Agora, com as novas informações, do aplicativo Pró-Química On-line, desenvolvido pela Suatrans para o manual da Abiquim, “os agentes de combate aos sinistros terão também a ficha técnica completa do produto sinistrado”, explica o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo. “Isso vai agilizar a tomada de decisão sobre a forma de combater o sinistro, evitando que tome proporções maiores”.
         O diretor-presidente da Codesp, Alex Oliva, acrescenta que os dados identificados imediatamente pela Autoridade Portuária serão transmitidos aos agentes envolvidos no combate ao incidente em até cinco minutos, contra até oito horas exigidas anteriormente.
         “A medida vai garantir muito maior segurança aos trabalhadores portuários e também aos cidadãos da Baixada Santista”, acrescenta o presidente da ABTRA, Bayard Umbuzeiro Filho. Ele ressalta que o projeto é pioneiro no Brasil e ganha ainda maior importância por ocorrer justamente no maior complexo portuário do País.
         O deputado João Paulo Papa prometeu tratar a questão em audiência pública na Câmara, visando a estendê-la aos demais portos brasileiros.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Governo federal planeja privatizar portos de Vitória e Barra do Riacho

         O governo Federal, depois do Aeroporto de Vitória, tem interesse em entregar a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), estatal que administra os portos de Vitória e Barra do Riacho, à iniciativa privada. A confirmação deverá ser feita  nesta quarta-feira (23). No total, será anunciado uma carteira de 58 projetos incorporados ao Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), para serem postos a venda ou entregue a iniciativa privada.
         De acordo com reportagem, estão na lista a privatização a Eletrobras, 11 blocos de linhas de transmissão de energia, rodovias, terminais portuários, aeroportos, venda ou extinção de outras empresas públicas, entre elas a Casa da Moeda, Companhias Docas do Espírito Santo e do Maranhão, Casemg e CeasaMinas e o início de estudos para a concessão do Parque Olímpico do Rio.
         Os detalhes doe pacote estão previstos para serem divulgados depois da reunião do conselho do PPI, marcada para quarta. O conjunto de medidas tem por necessidade levantar receitas para cumprir a meta fiscal de déficit primário de R$ 159 bilhões em 2018
Aeroporto de Vitória
         Na quarta-feira (16), a senadora Rose de Freitas (PMDB), informou que o governo federal irá entregar a administração do Aeroporto de Vitória à iniciativa privada no início de 2018, prazo de conclusão das obras de reforma e ampliação. O Ministério do Transporte informou que no final de agostos deve acontecer uma reunião para definir os detalhes.

Superintendência-geral do Cade considera complexa compra da Hamburg Süd pela Maersk

         A superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) declarou "complexa" a aquisição da alemã Hamburg Südamerikanische Dampfschifffahrts-Gesellschaft (HSDG) pela gigante dinamarquesa Maersk Line, segundo publicação no Diário Oficial da União desta terça-feira.
         A autarquia exige a realização de diligências para aprofundar a investigação sobre as condições de rivalidade nos mercados afetados pela operação, bem como informa que poderá prorrogar posteriormente o prazo de análise, se julgar necessário.
         Em junho, a Maersk concordou em vender a Mercosul Line, sua unidade brasileira, para a empresa de transporte de contêineres CMA CGM, a fim de obter autorização no país para a aquisição da alemã Hamburg Sud.
         Na ocasião, os detalhes do acordo financeiro não foram divulgados.
Conforme parecer técnico no site do Cade, o ato de concentração resulta em elevadas participações de mercado em algumas das rotas do mercado de transporte marítimo regular de contêineres operadas pelas empresas.
         "A concentração é mais preocupante quando é levada em consideração a participação dos consórcios dos quais as Requerentes fazem parte", diz o documento.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Queda de 46 contêineres na Barra de Santos serve de alerta para evitar novas tragédias com cargas no mar

         A queda de 46 contêineres no mar na Barra de Santos é considerada uma das maiores do País pela quantidade de produtos que foram parar nas águas da região. O fato das mercadorias armazenadas não serem consideradas tóxicas foi um alívio, mas a possibilidade de que isso ocorra novamente com outro tipo de carga coloca especialistas em alerta.
       “São várias causas que levam a acidentes deste tipo e as mais frequentes são a falta de determinação específica do peso e do local de cada contêiner”, analisa o diretor-geral da Ramboll do Brasil, Eugênio Singer.
        A falta de fiscalização do acondicionamento dos produtos nos portos, principalmente os menores, faz com que esse risco cresça. “Os navios acabam não tendo uma informação precisa de peso, de balanceamento, de como essa carga está distribuída, o que seria essencial para a segurança”, diz.
         A tecnologia pode ser um passo para resolver esse problema. Singer cita um sistema de gerenciamento integrado de Engenharia Naval, utilizado em plataformas de petróleo, que avalia como a carga está distribuída na embarcação, as condições oceânicas, que, à distância, ajudaria o comandante do navio a fazer manobras que evitassem danos.
         Quanto às causas do acidente com o navio da Log-In, o especialista prefere não apostar em nenhuma hipótese, mas o diretor da Ramboll afirma que a ocorrência deixou evidente outro problema. “A ação de emergência foi falha. Houve dispersão dos contêineres, pessoas pegando a mercadoria, produtos se espalhando por toda a região. Mostrou que não estamos preparados nem para um pequeno incidente. Imagine em situações maiores e mais alarmantes”. 
         “Aconteceu fora do Porto de Santos, mas a queda de carga poderia ter acontecido dentro do cais. Não há um guindaste no local para se remover essa carga e nem um plano de emergência para isso”, afirma ele.
         Na sexta-feira, secretários municipais de Meio Ambiente das cidades da Baixada Santista estiveram reunidos em Guarujá para tratar da questão da prevenção de acidentes. Entre as reivindicações, estava a criação de um gabinete de emergência.
Na Praia Saco do Major, funcionários de empresa retiram contêiner que caiu do navio (Foto: Divulgação)


Outro lado
         Procurada para falar sobre os procedimentos de emergência dentro do Porto de Santos, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) afirma, por meio de nota, que o acidente ocorreu na Barra, “em local externo à área do Porto Organizado e, portanto, fora da jurisdição desta empresa”.
       Questionado sobre a questão da fiscalização do embarque das mercadorias e da segurança dentro dos cais, o Ministério dos Transportes, Aviação Civil e Portos informou apenas que cuida da elaboração de políticas públicas nacionais de transportes ferroviário, rodoviário e aquaviário. (fonte: Tribuna de Santos)

Latam inaugura novo terminal de cargas em Imperatriz, no Maranhão



       A Latam Cargo Brasil, unidade de cargas da Latam Airlines Brasil, inaugura hoje (21) seu novo Terminal de Cargas no aeroporto de Imperatriz (MA). Com investimentos de R$ 390,8 mil, o terminal teve a área operacional ampliada dos atuais 63m² para 150m², o que vai gerar um aumento de 18% na movimentação de cargas, com previsão de aproximadamente 41 toneladas ao mês, considerando o destino Imperatriz, e 11 toneladas tendo Imperatriz como origem.
        Para ampliar o leque de encomendas, o espaço conta também com um freezer para mercadorias perecíveis e uma doca para embarque e retirada de grandes volumes. Os principais produtos movimentados no terminal são confecções, eletrônicos e perecíveis.
         “A base de Imperatriz é extremamente importante para as operações da companhia, por ser um polo de transporte de cargas para outras regiões do país, tendo como principais destinos São Luís, Brasília, Manaus e São Paulo. Por isso fizemos esses investimentos para ampliar a capacidade de armazenagem e manuseio de cargas, elevar o nível dos serviços aos clientes, melhorar as condições de acessibilidade e fortalecer nossa presença neste mercado”, destaca o gerente comercial sênior de cargas doméstico Brasil, da Latam Cargo Brasil, Diogo Elias.
        “Nossa aposta mostrou que estávamos certos, pois o movimento de cargas já começa a retomar em diferentes regiões do pais, especialmente no Norte e Nordeste”, explica Diogo Elias, ressaltando que a expansão do Terminal de Imperatriz segue essa lógica –  em Imperatriz, o movimento de cargas da companhia aumentou 37% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período do ano passado, e o market-share da empresa é de 86%.
        O novo terminal integra o plano de negócios da empresa que prevê, até o final deste ano, a injeção de R$ 94 milhões em reformas e construção de 22 novos terminais de carga, além de investimentos em tecnologia e segurança. O plano, iniciado em 2013, foi mantido pela empresa mesmo com a crise econômica, devido à perspectiva de crescimento do mercado após o período de retração.
         O terminal de Imperatriz funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, e aos sábados, das 8h às 12h. Dispõe de estacionamento para os clientes e loja para atendimentos.