quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Contesc comemora três anos de funcionamento com 100% de crescimento na movimentação de contêineres


            Maior segurança para as cargas, maior eficiência em custos e menor impacto para o meio ambiente são algumas das vantagens apontadas pelas empresas que aderiram à navegação interior no Rio Grande do Sul. Os números comprovam a preferência pelo modal. 
            A inauguração do Contesc (Terminal de Santa Clara) em outubro de 2016, completa três anos da reativação do transporte de cargas pelo Rio Jacuí, e comemora crescimento anual acima de 100% na movimentação de contêineres por navegação interior. Desde o início das operações o Contesc já movimentou mais de 99 mil TEU.
          O Contesc, empresa do grupo Wilson Sons, opera com quatro viagens semanais entre os dois terminais, realizadas por duas barcaças. Os produtos – de importação, exportação e cabotagem – têm como origem ou destino as cidades de Farroupilha, Carlos Barbosa, Garibaldi, Caxias do Sul, Veranópolis, Cruz Alta, Lajeado, Taquari, Serafina Corrêa, entre outras. Os clientes contam ainda, com a possibilidade de estufar e desovar produtos no armazém do Contesc, gerando uma economia de até 20% no transporte de cargas.
        Em 2018, o transporte fluvial foi responsável por 8% dos TEU (unidade correspondente a um contêiner de 20 pés) movimentados pelo Tecon Rio Grande em 2018, somados os fluxos de importação, exportação e cabotagem. “Trata-se de um negócio altamente estratégico para o estado. O sucesso da operação ratifica a necessidade de alternativas logísticas para o mercado", destaca Paulo Bertinetti, diretor-presidente do Tecon Rio Grande.
          Bertinetti lembra que o Contesc fez recentemente um estudo sobre emissão de gases do efeito estufa (GEE) na navegação interior. O cálculo mostra que o transporte rodoviário, feito por caminhões, emite 74% mais GEE em comparação às barcaças. A pesquisa mediu o combustível consumido por cada meio de transporte para movimentar a mesma quantidade de carga, no período de 12 meses, num percurso de aproximadamente 350 quilômetros.
            De acordo com recente relatório da Antaq sobre transporte de cargas, o destaque do primeiro semestre de 2019 ficou por conta da navegação interior. O modal movimentou 33 milhões de toneladas no período, contabilizando crescimento tanto na movimentação total (+9,30%), quanto na movimentação de granéis sólidos (+11,76%), granéis líquidos (+5,23%), carga geral (+2,93%) e contêineres (+5,36%). O Tecon Rio Grande é o hoje o terminal que mais movimenta contêineres por via fluvial no Brasil, de acordo com ranking da mesma Agência (Antaq).

Recursos do BID vão aprimorar programas de defesa agropecuária no país

          O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai destinar os US$ 195 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) a programas para garantir que o Brasil continue livre da febre aftosa, aumente as áreas sem a peste suína clássica (PSC) e da mosca da carambola, com a estruturação e a modernização da defesa agropecuária.
           Os recursos serão repassados pelo Tesouro Nacional em operação autorizada pelo Senado Federal, conforme Resolução 26 do Senado Federal, publicada nesta quarta-feira (30) no Diário Oficial da União. A linha de crédito será destinada à execução do Programa de Modernização e Fortalecimento da Defesa Agropecuária (ProDefesa). As ações deverão ser executadas em cinco anos. O governo brasileiro terá prazo de pagamento de 25 anos com juros anuais de 2,79% (Libor).
           Dos US$ 195 milhões, o controle e erradicação de pragas e doenças receberá US$ 137 milhões, a melhoria da eficiência dos serviços de defesa agropecuária ficará com US$ 23 milhões, e ao conhecimento e inovação para a defesa agropecuária caberá US$ 35 milhões. Adicionalmente, o Ministério aportará contrapartida de US$ 5 milhões para acompanhamento e avaliação dos projetos.
           “Os recursos garantirão a modernização dos serviços de defesa agropecuária, repercutindo na segurança alimentar e na conquista de novos mercados externos”, disse o secretário substituto da Defesa Agropecuária, Fernando Mendes. O ProDefesa tem o objetivo de contribuir para o aumento da produtividade agropecuária e para o acesso a mercados nacionais e internacionais via fortalecimento dos Serviços de Defesa Agropecuária (SSA) do país.
           O programa visa melhorar o controle de pragas vegetais quarentenárias e doenças animais de grande impacto econômico, com foco na febre aftosa, peste suína clássica e mosca da carambola. Também busca o aprimoramento dos serviços da Secretaria de Defesa Agropecuária que afetam o desempenho do setor agropecuário brasileiro.
           No caso da febre aftosa, o Mapa manterá a execução do Plano Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) para que o Brasil passe de país livre de aftosa com vacinação para a condição de área sem vacinação em 2026. O plano prevê auditorias dos serviços veterinários estaduais, fortalecimento dos controles sanitários dos estados, entre outras ações, com monitoramento semestral pelo Mapa.
           Para a peste suína clássica, os esforços serão voltados ao aumento do número de estados reconhecidos pelo Mapa como livres da PSC, passando dos atuais 16 para 23 estados em 2023. As medidas previstas incluem relatórios de estudos epidemiológicos realizados nos estados da zona não livre, declaração de novas zonas livres de PSC, intensificação do controle da circulação de suínos, capacitação do serviço veterinário oficial dos estados e educação sanitária dos produtores rurais.
           O combate à mosca da carambola, que atinge áreas dos estados do Amapá, de Roraima e do Pará, visa manter o restante do país livre da praga. Serão fortalecidos os postos de controle na fronteira e nas estradas internas do Amapá. O projeto incluirá a vigilância de armadilhas em todo o país e ações de controle e erradicação em áreas onde as moscas forem detectadas. Também haverá capacitação de técnicos das instituições envolvidas, assim como dos produtores, por meio de campanhas de educação sanitária.
           Também está previsto o aprimoramento dos procedimentos nos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDAs) do Ministério. Para isso, deverá haver redução do tempo para realização das análises, diminuição na rejeição de amostras no momento de seu recebimento nos laboratórios, automação do recebimento das amostras, análises laboratoriais e entrega de resultados, aquisições e contratos, credenciamento de laboratórios, gerenciamento de demandas e controle dos estoques.
           Outro aprimoramento será realizado no Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), para diminuição dos tempos médios de liberação de mercadorias de exportação e de importação nos portos. Será financiada a implementação de sistema unificado e informatizado de gerenciamento de trânsito internacional de produtos agropecuários (denominado “SIGVIG”) para acelerar os processos envolvendo a exportação de soja em grão e a de carne congelada e resfriada, além da importação de frutas (maçã) e de insumos agropecuários (fertilizante mineral e defensivos agrícolas).
           Também haverá redução no tempo médio dos serviços de inspeção, de registro e de autorização de produtos incluindo os sistemas de exportação de bebidas e importação de material genético animal e animais vivos e registro de produtos de origem animal. Na área de normas, o Mapa vai reduzir o tempo médio de elaboração e publicação das regulamentações da SDA, com a instalação de sistema de acompanhamento, em tempo real de todos os atos normativos. (imagem da sede do BID, em Washington, EUA)

Calçadistas brasileiros participam de missão comercial ao Peru em novembro

         Com o objetivo de incrementar as exportações para o Peru, um total de 29 marcas brasileiras de calçados participa da Missão Comercial àquele país nos próximos dias 11 a 13 de novembro. O apoio é do Brazilian Footwear, programa de apoio às exportações de calçados mantido pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
         A Missão inicia com um seminário preparatório sobre o mercado peruano no dia 11, no Hotel Costa del Sol, em Lima. Com especialistas sobre o tema, o evento trará informações sobre o panorama atual do mercado, bem como as perspectivas econômicas do País, especificidades como os hábitos de consumo, os regramentos do comércio local, e o relacionamento mais efetivo com veículos da imprensa local, entre outros assuntos.
        “A ideia deste primeiro encontro é trazer dados importantes que irão auxiliar as empresas no aproveitamento máximo não só da Missão Comercial, mas também de todas as ações futuras naquele mercado”, explica a coordenadora de Promoção de Imagem da Abicalçados, Alice Rodrigues. Após a agenda, serão realizadas visitas a importantes centros comerciais com o objetivo de conhecer o varejo local.
         No dia 12, inicia o showroom de marcas, também no Hotel Costa del Sol. As rodadas de negócios foram marcadas pela metodologia matchmaking, quando as mesmas são pré-agendadas cruzando a demanda do importador com a oferta da marca, visando otimizar o relacionamento e potencializar as vendas. No mesmo dia será realizado o Photocall, evento que colocará frente a frente as marcas brasileiras e os jornalistas dos principais veículos do Peru. O showroom de marcas segue até o dia 13.
         “A expectativa de negócios é positiva, mas mais importante do que a efetivação das vendas é esse primeiro relacionamento das marcas com o varejo peruano”, projeta a analista de Promoção Comercial da Abicalçados, Paola Pontin, ressaltando que é a primeira ação do Brazilian Footwear no mercado peruano.
         Estreando como mercado-alvo do Brazilian Footwear no biênio 2019/2021, o Peru tem uma população de quase 33 milhões de habitantes e consome, anualmente, mais de 116 milhões de pares (com consumo per capita de 3,6 pares). Segundo o Estudo Estratégico do Peru, realizado pela Abicalçados, 42% dos calçados consumidos são importados, o que abre espaço para o incremento das exportações brasileiras.
          O Peru também se destaca por ser um país em constante crescimento, com elevação do PIB acima da média registrada nos demais países da América Latina. A previsão é de que, até 2023, o país cresça 4% ao ano. Entre janeiro e setembro deste ano, mais de 3,3 milhões de pares de calçados verde-amarelos foram enviados para o Peru, o que coloca o país como o 7º principal destino do produto nacional no exterior.
         Participam da Missão as marcas Usaflex, Di Valentini, Ala, Zatz, Democrata, Sapatoterapia, Offline, Sua Cia, Smidt, Mariotta, Coratta, Suzana Santos, Renata Mello, Stéphanie Classic, Werner, Andine, Bebecê, Cecconello, Valentina, Eléia, Kildare, Savelli, Ferrucci, Klin, World Colors, Plugt, Peki Lili, Marina Mello e Vicenza.



Porto de Santos alcança em setembro segunda maior movimentação de contêineres da sua história

          O Porto de Santos registrou em setembro a segunda maior movimentação mensal de contêineres da história, com alta de 9% em relação a setembro de 2018. Foram 386.165 teus, resultado apenas menor que o registrado em agosto de 2018 (387.791 teus). No total geral de toneladas movimentadas o resultado teve leve queda, de 0,1%, em relação ao mesmo período de 2018, para 11.569.319 toneladas.
          O resultado de setembro pode ser atribuído principalmente às retrações nos embarques de açúcar a granel (-34,6%), de farelo de soja a granel (-39,4%) e de soja em grãos a granel (-34,9%), que refletiram também na queda do volume total de embarques (-3,7%). Aumento de 38,2% nos embarques de milho contribuiu para amenizar o resultado geral deste fluxo de carga.
          Os desembarques, por sua vez, registraram aumento de 9,3% no volume movimentado. O número foi impactado pelas altas nas cargas de adubos (+30,6%) e óleo diesel e gasóleo (+335,6%). Os primeiros nove meses de 2019 a movimentação de cargas no Porto de Santos atingiu o patamar de 99.984.814 toneladas, resultado 0,4% inferior ao observado no mesmo período do ano passado (100.399.995).
         O fluxo de embarque apurou queda de 1,3% no volume, enquanto os desembarques permaneceram em alta, com crescimento de 1,8% no período em relação ao exercício anterior. As cargas do complexo soja (grãos e farelo) mantiveram a maior movimentação (21.495.630 toneladas), embora com registro de queda em relação ao ano passado (11,3%). O milho, puxado pelo crescimento de 61,3 %, tem a segunda maior movimentação (11.096.837), superando o açúcar, que registrou recuo de 11,9% (10.216.244).
         Na quarta maior movimentação e líder nos desembarques, o adubo teve 31,4% de alta (3.788.903). Completaram as dez maiores movimentações: celulose (3.557.453 toneladas, crescimento de 6,4%); óleo diesel (carga de desembarque, com 23,6% de aumento e 1.723.077 toneladas); café (134% de crescimento, 1.700.702); sucos cítricos (1.584.193, queda de 7,6%), enxofre (desembarque, 1.267.463 toneladas, queda de 22,3%) e carnes (1.183.388, crescimento de 126,3%).
          A movimentação de contêineres, que cresceu 9% no mês, teve queda no ano, somando 3.060.044 teus, número 1% inferior ao registrado no mesmo período de 2018 (3.091.227). O número de navios no Porto de Santos registrou 3.616 atracações entre janeiro e setembro de 2019, recuo de 0,8% em relação ao mesmo período de 2018 (3.646 atracações). Isso resultou no aumento de 0,78% na produtividade média, com 28.421 toneladas por embarcação.


Editais para concessão de áreas de movimentação de celulose em Santos serão publicados no 1º trimestre de 2020

          Os editais para realização dos leilões das áreas STS 14 e STS 14A, destinadas à movimentação de celulose no Porto de Santos, devem ser publicados no primeiro trimestre de 2020. A confirmação é do diretor-geral da Antaq, Mário Povia, que participou de audiência presencial no centro de treinamento do porto paulista.
       A Agência organizou a reunião. Participaram representantes do Ministério da Infraestrutura, da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (SPPI), da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), do setor regulado, entre outros.
          As áreas estão localizadas na região da Ponta da Praia. O lote STS14 possui 31.018 m² e o STS14A, 34.975 m². Os dois serão atendidos por três berços de atracação contíguos, contam com conexões rodoviárias e estão localizados ao lado das linhas férreas do porto. “É uma carga limpa e que vai agregar valor ao porto. Serão dois terminais modernos”, afirmou Povia.
         Para o diretor da Antaq, Adalberto Tokarski, a movimentação de celulose tem potencial de crescimento, e a licitação desses terminais contribuirá para isso. Já o diretor Francisval Mendes destacou que o programa de arrendamento portuário visa reduzir custos e aumentar a eficiência do porto.
         As minutas jurídicas e documentos técnicos desta audiência/consulta pública estão disponíveis no endereço eletrônico portal.Antaq.gov.br/index.php/acesso-a-informacao/audiência-publica-2/ e as contribuições podem ser dirigidas à Antaq até as 23h59 do dia 01/11/2019, exclusivamente por meio e na forma do formulário eletrônico disponível em portal.Antaq.gov.br.