sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Wilson Sons triplica área do Centro de Distribuição de Santo André



         A Wilson Sons Logística, empresa do Grupo Wilson Sons que oferece soluções integradas para as cadeias de comércio exterior e doméstica, envolvendo terminais alfandegados e centros de distribuição, triplicou a área do seu Centro de Distribuição em Santo André. A unidade incorporou recentemente parte do armazém vizinho às suas instalações, aumentando seu espaço total dedicado à armazenagem doméstica de 5 mil m² para 17 mil m². 
        O centro de distribuição tem localização estratégica e privilegiada ao lado da EADI Santo André, o maior porto seco de São Paulo, e foi idealizado para oferecer, em um único site, serviços completos de cadeia integrada, com soluções para os clientes que realizam operações de importação e exportação no Terminal Alfandegado. 
         Segundo o diretor executivo da Wilson Sons Logística, Thomas Rittscher III, a expansão vai fortalecer ainda mais a Plataforma Regional São Paulo. Para ele, ao optarem pelas soluções oferecidas pela empresa, os clientes ganham tempo e agilidade.
         “Um dos principais benefícios para os clientes é uma economia de cerca de 60% nos custos logísticos, por meio da eliminação da necessidade de transferência das cargas para outro armazém ou Centro de Distribuição após o desembaraço aduaneiro, além de concentrar as operações logísticas num único local, desde a entrada da mercadoria no Brasil”, relatou o executivo. Ele destacou ainda a redução do “lead time” (período entre o início de uma atividade e seu término) como um grande diferencial, viabilizando a disponibilidade do produto em até 24 horas após a nacionalização.
        Com o novo espaço, que já está em operação após passar por ajustes na infraestrutura, a Wilson Sons Logística assume também dois novos clientes: a Cannon e a Johnsons Controls. Entre os serviços oferecidos pelo novo CD Santo André estão armazenagem geral ou sob regime de filial, salas/escritórios exclusivos para clientes, operações dedicadas, serviços customizados (etiquetagem, rotulagem e montagem de kits) e transporte de transferência ou distribuição para os clientes finais em todo o território nacional. 

Pesquisa avalia viabilidade de usar gás natural no transporte naval no Brasil

         O gás natural, usado no transporte terrestre em automóveis e em veículos pesados como ônibus e caminhões, tem ganhado espaço no transporte naval para abastecer navios em países como Estados Unidos e Noruega. Um grupo de pesquisadores do Centro de Pesquisa para Inovação em Gás Natural – Research Centre for Gas Innovation (RCGI, na sigla em inglês) –, apoiado pela Fapesp, BG Group-Shell e instituições de pesquisa, tem estudado a viabilidade de utilizar no Brasil o combustível considerado “de transição”, por ter uma queima mais limpa do que outros de origem fóssil empregados em aplicações navais.
         O escopo do projeto foi apresentado durante o “1st Day Sustainable Gas Research & Innovation Conference 2016”, realizado nos dias 27 e 28 de setembro em São Paulo. O evento reuniu cerca de 140 pesquisadores do RCGI e do Sustainable Gas Institute (SGI) do Imperial College London, da Inglaterra, para discutir projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação em gás natural, biogás e hidrogênio, incluindo novas tecnologias e aplicações e formas de diminuir as emissões de gases de efeito estufa.
         “Faremos inicialmente um roadmap [conjunto de diretrizes e instruções] para avaliar as possibilidades de empregar o gás natural no setor marítimo brasileiro, levando em conta fatores tecnológicos, econômicos e ambientais”, disse Claudio Muller Prado Sampaio, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e um dos coordenadores do projeto, à Agência FAPESP.
         De acordo com Sampaio, o combustível usado hoje no setor marítimo internacional é o óleo combustível pesado ou residual – heavy fuel oil (HFO, na sigla em inglês). O HFO é considerado o pior produto do petróleo, por ser a parte remanescente da destilação das frações pesadas obtidas em vários processos de refino do petróleo, e precisa ser aquecido e purificado para ser usado em motores de combustão interna para geração de calor.
         O processo de combustão do óleo nos motores para geração de calor causa a liberação para a atmosfera de grandes quantidades de óxido de enxofre (NOX) contido no produto e de material particulado, explicou Sampaio. A fim de regular as emissões desses poluentes pelo transporte marítimo – responsável por mais de 3% das emissões globais de CO2, podendo chegar a 5% em 2050 –, a Organização Internacional Marítima (IMO, na sigla em inglês) estabeleceu, em 2008, que a partir de 2015 os navios que navegarem pelas chamadas zonas de controle de emissões de enxofre – como o mar Báltico, o mar do Norte e o canal da Mancha – não podem utilizar combustível com mais de 0,1% de enxofre.
         A medida determinou ainda que  os armadores poderiam optar por diferentes métodos para estar de acordo com a regulamentação. Entre esses métodos estão a utilização de combustível com baixo teor de enxofre, de gás natural liquefeito para propulsão ou o uso de lavadores ou outras tecnologias que purifiquem os gases de escape dos motores.
         “Essa busca por combustíveis com baixo teor de enxofre tornou o gás natural liquefeito competitivo e interessante para o setor marítimo internacional, uma vez que ele praticamente não possui enxofre e outros compostos nocivos como o óxido de nitrogênio”, disse Sampaio. “Além disso, com a entrada dos Estados Unidos na exploração de gás de xisto, passando a produzir uma grande quantidade de gás natural, houve um aumento da oferta de gás natural liquefeito no mercado internacional. Isso levou a um barateamento do produto.”
         Alguns países produtores de gás natural, como os Estados Unidos, saíram na frente e começaram a construir embarcações com motor dual fuel – movidas a dois tipos de combustível – e a criar regiões de armazenamento de gás natural liquefeito para reabastecimento das embarcações. E, mais recentemente, começaram a desenvolver projetos de navios porta-contêineres e de apoio a plataformas offshore movidos a gás natural.
         A Noruega, por sua vez, subsidiou projetos voltados a desenvolver embarcações com motores híbridos, também movidos com gás natural liquefeito, a fim de aumentar a economia de combustível e diminuir as emissões de gases de efeito estufa, apontou Sampaio. “Como a maioria dessas embarcações tem sido desenvolvida no exterior, não sabemos quais técnicas foram utilizadas para construí-las”, disse.
         “Pretendemos desenvolver projetos de embarcações movidas a gás natural liquefeito mais adaptadas às condições marítimas brasileiras, como com menor calado, ou outro sistema de posicionamento dinâmico [usado pelas embarcações para manter uma posição estável ao fazer operações de carga e descarga, independentemente das condições de mar e vento]”, disse o professor da Poli-USP.
         Os pesquisadores também avaliarão a disponibilidade de gás natural das reservas brasileiras e farão projeções de oferta e demanda do produto para o setor marítimo nacional nas próximas décadas.
Com 500 bilhões de metros cúbicos de reservas provadas, o Brasil tem a segunda maior reserva de gás natural da América Latina, perdendo apenas para a Venezuela.
         Nos últimos seis anos, o aumento da participação do gás natural na matriz energética brasileira foi de 30%. Entretanto, hoje, boa parte do gás natural produzida no País é reinjetada no subsolo, inclusive aquela parcela oriunda do pré-sal, calculada em 6,3 bilhões de m³ em 2014. Naquele ano, 5,1% da produção total brasileira foi queimada ou perdida, e 18,0%, reinjetada. Em comparação a 2013, o volume de queimas e perdas em 2014 cresceu 24,3%, e o de reinjeção aumentou 47,8%.
         “Tem sido injetado atualmente uma quantidade de gás natural no pré-sal que equivale a um terço do consumo brasileiro”, comparou Julio Meneghini, diretor acadêmico do RCGI. “O Brasil poderia deixar de importar o gás natural da Bolívia e substituí-lo pelo gás produzido no pré-sal se resolvermos questões como a purificação, retirada de CO2 e a logística de distribuição.”
         Segundo o pesquisador, um dos principais problemas apresentados pelo gás natural contido na camada do pré-sal é que ele possui um alto conteúdo de CO2 – o que o torna semelhante a um biogás.
A fim de purificá-lo e viabilizar o transporte e a distribuição desse gás, os pesquisadores do RCGI têm estudado diferente rotas, afirmou Meneghini. "Hoje estão sendo desenvolvidos no RCGI 29 projetos em três programas de pesquisa – Engenharia, Físico-química e de Políticas de energia e economia –, por equipes multidisciplinares compostas por engenheiros, além de advogados, economistas, geógrafos, biólogos, experts em energia, físicos e químicos."
         O RCGI é um dos três Centros de Pesquisa Aplicada Colaborativa criados pela FAPESP em 2015, que envolvem grandes parcerias entre empresas e universidades ou institutos, todos eles com um contrato por até 10 anos para desenvolver atividades de pesquisa avançada.
Resultado de uma parceria entre a Fundação, o BG Group-Shell, a Poli e o Instituto de Energia e Ambiente (IEE), ambos da USP, e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), o centro foi concebido para desenvolver pesquisas sobre uso e aplicações de gás natural.
         A meta é intensificar sua presença na matriz energética paulista e brasileira e contribuir para a redução de emissões de gases de efeito estufa. “Cada R$ 1 investido pela FAPESP nesses Centros de Pesquisa Aplicada Colaborativa mobiliza mais R$ 1 da empresa e R$ 2 da universidade ou instituto de pesquisa. Isso representa uma boa multiplicação”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, na abertura do evento. Também participou do evento José Goldemberg, presidente da FAPESP.

Compra do UK Mail Group amplia presença da DHL na Europa

         A DHL, depois de confirmar a compra do UK Mail Group, por meio da assessoria do grupo Deutsche Post, afirmou que a transação “trará mais expertise nas operações de e-commerce e entregas de pacotes fracionados, aproveitando o mercado e a base existente de clientes do UK Mail, agregando valor substancial às ações da empresa”.
         Na nota, a DHL também destacou que a operação amplia a presença da companhia na Europa e, em especial, no Reino Unido “trazendo benefícios significativos com a sinergia”. Para o Lloyd’s List, o conselheiro do grupo Deutsche Post DHL, Juergen Gerdes, confirmou a importância do comércio eletrônico para a atividade: “a expansão atualmente em curso de nossa rede de entregas de pacotes na Europa acompanha a crescente demanda de nossa base de clientes do e-commerce para entregas internacionais.
         Como líder do mercado de entregas de pacotes na Alemanha, o Deutsche Post DHL Group já atingiu uma presença bastante forte em vários países europeus”. Além disso, Gerdes elogiou a gestão e a reputação do UK Mail, como “fornecedor de serviços de qualidade no Reino Unido, que complementa a nossa oferta de serviços integrados”.
         Com a aquisição, a DHL se estabelece fortemente nos três principais mercados do e-commerce da Europa: Reino Unido, Alemanha e França, o que, segundo Juergen Gerdes, abrange mais de 60% do varejo online no continente”. O valor oferecido à vista pelo Deutsche Post DHL Group, segundo Lloyd’s List foi de 242,7 milhões de libras, ou US$ 315 milhões, o que representa 43,1% a mais do que os valores públicos das ações do UK Mail, com base nos registros desta última terça-feira (27) – oferta que levou os diretores do UK Mail a recomendarem a aceitação unânime por parte dos acionistas.
         O Wall Street Journal relembra que a negociação vem justamente em uma época na qual temos testemunhado uma frenética atividade no setor de logística, especialmente na Europa, onde os líderes globais do segmento UPS, FedEx e Deutsche Post estão em constante alternância pela liderança. Ao mesmo tempo – ressalta o WSJ – novos players estão entrando no mercado, a exemplo da própria Amazon, que vem ganhando espaço no setor de logística, ao criar sua própria rede de entregas, inicialmente nos Estados Unidos.

PF investiga suspeita de de superfaturamento de R$ 47,4 milhões em obra de dragagem no Porto de Rio Grande

         A Polícia Federal abriu inquérito criminal para investigar os contratos da dragagem e aprofundamento dos molhes da barra do Porto de Rio Grande (RS), suspeitas de terem sido superfaturadas em R$ 47,4 milhões. As duas obras foram incluídas num pacote envolvendo outras 36 em todo o país, realizadas pela Odebrecht, cujo ex-presidente Marcelo Odebrecht está preso, condenado por por desvios de dinheiro da Petrobras. "Os contratos motivaram pagamento de vantagens indevidas a agentes ainda não identificados", revelou o delegado federal Filipe Pace, encarregado das investigações.
         Nos dois casos de Rio Grande, a PF relacionou e-mails trocados entre dirigentes da Odebrecht em que são mencionados pagamentos para pessoas com os codinomes Betão, Zambão, Legislador e Operador. Todos teriam recebido suborno, na interpretação do delegado, para ajudar na obtenção dos contratos por parte da empreiteira. Os e-mails confirmam suspeita de superfaturamento levantada em 2013 pelo TCU (Tribunal de Contas da União).
         Segundo a auditoria do tribunal, o aprofundamento dos canais do terminal marítimo teria sido superfaturado em R$ 47,4 milhões. Os auditores calculam que o consórcio formado pela Odebrecht com a belga Jan de Nut (que atua no Brasil desde 1997) aplicou duas taxas semelhantes na composição dos custos da dragagem. Os valores referiam-se a margens de incerteza de prazos na realização da obra, por fatores de maré e objetos no mar.
         A superposição das taxas teria provocado sobrepreço no valor final, que teria sido influenciado ainda pela inclusão desnecessária de fator multiplicador no custo relativo ao volume de material a ser retirado pelas dragas. A Operação Lava-Jato dsconfia que taxas e aditivos ao contrato original, em alguns casos, seriam truques contábeis para disfarçar corrupção.
         O contrato de dragagem celebrado em 10 de agosto de 2009 entre a Odebrecht, Jan de Nul e Secretaria Especial de Portos foi de R$ 196 milhões. Estabelecia em três anos o aprofundamento e alargamento dos canais de acesso ao porto gaúcho e manutenção deles. Prevista para ser concluída em 2012, a obra foi finalizada apenas em 2015. A profundidade do canal externo passou de 14 metros para 16 metros. As obras ajudaram a ampliar em 35% o volume de cargas e descargas de navios.
         A Odebrecht, em nota, disse que o tema em questão é objeto de auditoria do TCU, ao qual estão sendo apresentadas todas as explicações referentes aos apontamentos. Mas, em resposta, o tribunal esclareceu que o consórcio Odebrecht/Jan de Nul, na planilha de preços, não considerou despesas eventuais e outras exigências determinadas no contrato. A Jan de Nul não se pronunciou até agora.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Auditores da Receita Federal protestam com operação padrão no Aeroporto de Brasília

         Auditores da Receita Federal protestaram nesta quinta-feira (29) no Aeroporto Internacional de Brasília, com realização de operação padrão, para cobrar a aprovação do Projeto de Lei 5.864/16, que estrutura a carreira e trata do reajuste negociado com a categoria em março deste ano.
         O projeto foi encaminhado ao Congresso Nacional em março, mas só teve uma comissão especial instalada para analisá-lo na Câmara dos Deputados em julho. Além da demora, o governo inseriu mudanças no texto que alteram o que havia sido negociado com a categoria, segundo o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco).
         Além de Brasília, também houve protesto com operação padrão em outros aeroportos do país, portos e postos de fronteira. Entre as reivindicações dos auditores-fiscais estão a garantia de prerrogativas para o cargo, precedência nos setores administrativos e nos de fiscalização e proteção das atribuições dos auditores.

MAN apresenta caminhões com tecnologias sustentáveis na mostra IAA de Hanover, Alemanha



         A MAN Latin America, fabricante mundial da marca Volkswagen Caminhões e Ônibus apresentou seus veículos aos visitantes do IAA, maior mostra de veículos comerciais do mundo, tecnologias sustentáveis desenvolvidas pela engenharia brasileira. Foram mostrados modelos com foco em tecnologia e conectividade que partiram da fábrica de Resende (RJ) para o salão em Hannover, na Alemanha, para um público oriundo das mais diversas partes do mundo. Confira e conheça as atrações no vídeo: https://vimeo.com/184849145
         O VW Constellation 24.280, favorito do transporte brasileiro há oito anos ininterruptos, desembarca na Alemanha equipado com kit GNV. O protótipo tem estimadas baixas de 20% nas emissões de CO2 frente aos motores diesel. Com autonomia de até 200 quilômetros, o sistema de armazenagem de gás natural não altera a capacidade de carga útil, a mesma para a versão a diesel, podendo levar até 10 pallets de 1.250 quilos, o equivalente a cerca de 9.400 garrafas, no caso do transporte de bebidas, por exemplo.
        Dentre as principais especificações técnicas do modelo estão motorização MAN E0836 280 cavalos, transmissão manual de seis velocidades e a já consagrada tecnologia Smart Ratio, patenteada e totalmente desenvolvida pela Engenharia da MAN Latin America em Resende, que torna possível aproveitar ao máximo as duas relações do eixo e multiplicar o potencial da caixa.
       Outro craque presente no estande é o VW 25.420 8x2 série Prime, que celebra os dez anos de lançamento da linha Constellation, a favorita no mercado brasileiro. Com acabamento interno diferenciado, cor exclusiva, transmissão automatizada V-Tronic e outros detalhes premium que destacam ainda mais as características de qualidade mundialmente conhecidas da marca Volkswagen, o modelo em exposição enfoca o meio ambiente.
        O mais potente veículo da gama Volkswagen Caminhões é equipado com motor Cummins ISL 9 litros, com 420 cavalos de potência e 1.850 Nm de torque. Uma das maiores vantagens do modelo é justamente seu peso reduzido, o que proporciona capacidade de carga extra de 1 tonelada na  comparação com seus principais concorrentes. O modelo é equipado com caixa automatizada V-Tronic ZF de 16 marchas, o que contribui substancialmente para reduzir o consumo de combustível, ampliar a produtividade e rentabilidade da operação.
       O transporte de passageiros também marca presença no IAA e desembarca com uma solução bem brasileira: o VW Volksbus 18.280 OT LE preparado para diesel de cana-de-açúcar. O chassi, equipado com suspensão pneumática integral, motor MAN D08 EGR de seis cilindros e 280 cavalos e transmissão automática ZF Ecolife, foi concebido para rodar com combustível renovável que reduz em 30% a 70% a emissão de NOx (óxidos de nitrogênio) e materiais particulados. O rendimento do motor é outro destaque: os ganhos chegam a 5%. O VW Volksbus 18.280 tem capacidade para 40 passageiros. O chassi pode receber carrocerias de até 13,2 metros e é ideal para o transporte urbano.

Camex prorroga redução de 10% para 0% na alíquota de importação de feijão



         A Câmara de Comércio Exterior (Camex) prorrogou a redução de 10% para zero por cento a alíquota de importação do feijão por mais três meses. A medida vale para todos os países, exceto os do Mercosul, onde ela já não é cobrada. A Camex também renovou por mais três meses a redução de 8% para zero por cento da tarifa de importação de milho de terceiros países (fora do Mercosul).
        A reunião da Camex teve a participação do presidente Michel Temer e do ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento). As medidas devem ser publicadas nos próximos dias no Diário Oficial da União. Segundo o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Odilson Ribeiro e Silva, as decisões da Camex visam a garantir o abastecimento dos dois produtos no mercado interno.
        No caso do feijão, o aumento da oferta é necessário para ampliar a disponibilidade interna do produto, cuja safra foi comprometida pelas adversidades climáticas do primeiro semestre deste ano. Isso trouxe impacto nos preços ao consumidor. Não há limite para importação do produto.
       O milho também tem oferta insuficiente para atender a demanda interna. Por isso, precisa ser complementado com importações em razão da comercialização antecipada da safra para outros mercados. O limite de importação é de 1 milhão de toneladas.

     A Camex tomou mais duas decisões destinadas a produtos regionais. O órgão prorrogou por mais cinco anos a aplicação da tarifa antidumping sobre as importações de sacos de juta da Índia e Bangladesh.
       Já para a borracha natural, a alíquota de importação subiu de 4% para 14% por um ano. A elevação objetiva manter a oferta estratégica interna do produto, que corria riscos por causa da queda dos preços internacionais do látex, abaixo valor do mínimo de garantia, de R$ 2,00/kg, estabelecido pelo Mapa.

Bolsas da Ásia e do Pacífico fecham em alta em reação a acordo da Opep

         As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam em alta generalizada nesta quinta-feira (29), após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) chegar ontem a um inesperado acordo preliminar para reduzir sua produção, que poderá ser finalizado em novembro.
         Em Tóquio (foto), o índice Nikkei subiu 1,39%, a 16.693,71 pontos, enquanto na China, o Xangai Composto avançou 0,36%, a 2.998,48 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve alta de 0,39%, a 1.985,92 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng mostrou valorização de 0,51%, a 23.739,47 pontos.
         Ontem, representantes da Opep anunciaram que o grupo pretende cortar sua produção combinada de petróleo para o intervalo de 32,5 milhões a 33 milhões de barris por dia, de 33,2 milhões de barris diários em agosto. O cartel, no entanto, não deverá implementar o plano antes de novembro, quando fará uma reunião de cúpula.
         Em reação à notícia da Opep, os contratos de petróleo dispararam mais de 5% nos negócios de quarta-feira, assegurando o maior ganho diário desde abril.
Entre empresas ligadas ao setor de energia, os papéis das petrolíferas japonesas Inpex e Japan Petroleum Exploration saltaram 5,7% e 8,8% em Tóquio, respectivamente.
         Alguns analistas, no entanto, temem que a Opep não consiga seguir adiante com o acordo. Uma iniciativa anunciada em abril, para congelar a produção, acabou fracassando após a desistência da Arábia Saudita.
         Em outras partes da Ásia, o Taiex subiu 0,83% no mercado taiwanês, a 9.270,90 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,76% em Seul, a 2.068,72 pontos, e o filipino PSEi registrou alta de 1,69%, a 7.714,86 pontos.
         Na Oceania, a bolsa australiana foi igualmente favorecida pela novidade da Opep e o S&P/ASX 200 avançou 1,1% em Sydney, a 5.471,30 pontos, o maior nível de fechamento desde 30 de agosto. O índice australiano foi impulsionado tanto por petrolíferas, como Oil Search (+7%) e Woodside Petroleum (+7,3%), quanto por mineradoras, incluindo BHP Billiton (+4,7%) e Rio Tinto (+3,7%).

Antaq entrega nesta quinta o Prêmio de Sustentsabilidade ambiental Aquaviária

         A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) realiza nesta quinta-feira (29), o II Seminário de Sustentabilidade Ambiental nos Transportes Aquaviários e entrega o Prêmio Antaq de Sustentabilidade Ambiental Aquaviária. Os dois eventos acontecem no auditório da Confederação Nacional do Transporte – CNT, em Brasília-DF.
         O Seminário iniciou às 9h e conta com a participação de palestrantes divididos em dois painéis: Institucional Ambiental e Gestão do Meio Ambiente. O encontro terá a participação de representantes da Antaq, Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Confederação Nacional do Transporte, Anvisa, Ibama e das áreas de meio ambiente dos portos de São Sebastião, Paranaguá, Santos e Itajaí.
         A entrega do Prêmio Antaq de Sustentabilidade Ambiental Aquaviária aos vencedores será feita a partir das 17h15. Nesta primeira edição, serão premiados os três portos públicos que obtiveram melhor avaliação no Índice de Desempenho Ambiental (IDA) da Antaq.
         O método para calcular um índice de desempenho da gestão ambiental em portos organizados foi desenvolvido após a assinatura de um termo de cooperação técnica entre a ANTAQ e a Fundação Universidade de Brasília, mais especificamente com o Centro Interdisciplinar de Estudos em Transportes –
         Com isso, foi criado o índice de Desempenho Ambiental (IDA), com o objetivo de avaliar as ações das autoridades portuárias com vistas ao atendimento da legislação ambiental e a redução dos impactos ambientais das operações realizadas em suas áreas de administração.
       O questionário do IDA é aplicado aos portos organizados desde 2012. Os 38 indicadores que o compõem foram escolhidos com base em literatura técnica especializada, legislação ambiental aplicável e boas práticas observadas no setor portuário mundial, contemplando aspectos como a existência de licença ambiental vigente, planos de emergência, destinação adequada de resíduos, educação ambiental, segurança do trabalho e monitoramento da qualidade da água.
         A grande contribuição do IDA consiste na identificação de possibilidades de melhorias da gestão ambiental dos portos e da elaboração de estudos mais aprofundados e detalhados em torno de temas específicos, possibilitando, assim, o aperfeiçoamento das ações de gestão e das políticas para que se alcance uma melhor compatibilização do setor portuário com o desenvolvimento sustentável.

CNI pede fim do acordo de transporte marítimo com o Chile

         O comércio entre Brasil e Chile caiu nos últimos anos, preocupando os empresários brasileiros, já que o Chile é o segundo principal destino de investimento das indústrias nacionais, sétimo principal destino de exportação e o 13º maior fornecedor de insumos. Por isso, a Camex (Câmara de Comércio Exterior) decidiu examinar a possibilidade de pôr fim ao acordo de transporte marítimo entre as duas nações, que criou um duopólio na rota Brasil-Chile-Brasil. Em rotas mais distantes, mas sem acordo de exclusividade, como Brasil-Equador ou Brasil-Peru, há pelo menos 30 navios com custos que chegam a ser 40% menores.
         O acordo foi assinado em 1974, quando havia a necessidade de estimular a indústria nascente de armadores, mas hoje só duas empresas, multinacionais, operam a rota, com oito navios. Atualmente, do total de mercadorias brasileiras exportadas para o Chile, 54,44% usam modal marítimo. E 69,19% das importações de produtos chilenos chegam ao Brasil pelo mar.
         Para o diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Abijaodi, essa é a oportunidade de o governo mostrar ao setor privado que o discurso para a expansão do comércio exterior está afinado com suas ações. A Confederação entende que a Camex deve pôr um fim a esse acordo que garante reserva de mercado e denuncie o Tratado de Transporte Marítimo.
         “O acordo criou um privilégio e um mecanismo de transferência de renda do exportador e do importador brasileiro para o transportador. O governo tem a chance de acabar com este acordo que tem vários efeitos negativos para o comércio exterior. Os exportadores sofrem com fretes elevados, ausência de navios e falta de oferta em horários adequados. A denúncia do acordo é um passo a favor da competitividade e da concorrência”, disse o diretor.
         Uma pesquisa da CNI, com 847 empresas exportadoras, apontou que o custo do transporte é o principal desafio à competitividade das exportações brasileiras. O elevado preço do frete explica, em parte, o porquê de o Brasil ser uma das dez maiores economias globais, mas participar de apenas 1,2% do volume mundial de exportações de bens.
         O acordo prevê que apenas navios de bandeira brasileira ou chilena podem operar na rota Brasil-Chile-Brasil e prejudica mais de 3,6 mil exportadores brasileiros e quase 1,2 mil importadores de setores importantes da economia nacional como automotivo, máquinas e equipamentos, cerâmica, papel e celulose, metais, cosméticos e higiene e agronegócio.

Governo vai questionar EUA a respeito da sobretaxa a produtos siderúrgicos do Brasil

         O ministro das Relações Exteriores, José Serra, anunciou nesta quarta-feira (28), que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu hoje dar prosseguimento à abertura de um questionamento aos Estados Unidos a respeito da sobretaxa de produtos siderúrgicos brasileiros. "Vamos usar o mecanismo de solução de controvérsias. Houve a imposição dessas taxas e vamos dar início a uma preliminar que desembocará na Organização Mundial do Comércio (OMC)", disse o ministro, após as três horas de reunião da Câmara.
         Serra citou que também foi tratada a questão do livre comércio dentro do Mercosul, lembrando que existem ainda cerca de 80 barreiras dentro do bloco. Também foi debatida a uniformização das barreiras fitossanitárias e tecnológicas do grupo. "Discutir essas barreiras é uma questão essencial, sem falar nas negociações com outros blocos, como a União Europeia", defendeu.
         O ministro confirmou também que o governo seguirá o cronograma do Reintegra, com a alíquota de desconto tributário - atualmente em 0,10% - voltando para 2% a partir de janeiro de 2017 e chegando a 3% em janeiro de 2018. A decisão já havia sido anunciada pela manhã pelo ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, após reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
         Serra adiantou que a Camex buscará promover a facilitação do comércio com parceiros estratégicos do Brasil, inclusive com a criação da figura do "ombudsman" para o setor. Assim como já dito pelo presidente Michel Temer na abertura da reunião, será lançado o Operador Logístico Internacional para facilitar as exportações de micro e pequenas empresas.
         O ministro disse ainda que houve consenso sobre a denúncia do tratado marítimo bilateral que o Brasil tem com o Chile desde 1974, que prevê exclusividade às empresas brasileiras e chilenas no transporte de carga entre os dois países, o que encarece demais o frete. "Mas o Ministério dos Transportes pediu mais tempo para analisar o encerramento do acordo. Mesmo com a decisão, irá demorar quatro meses para se comunicar ao Chile", completou.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Bndes restabelece crédito para o Badesul, que havia sido suspenso por causa de calotes sofridos pelo banco gaúcho

         O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) restabeleceu o limite de crédito para o Badesul. A decisão ocorreu após encontro nesta quarta-feira (28) entre representante da agência de fomento e área do banco federal no Rio de Janeiro. Segundo a assessoria de imprensa do Bndes, o plano de reestruturação apresentado pela agência possibilitou a reativação do limite, que foi suspenso em 14 de setembro.
         A medida foi adotada devido a débitos milionários de tomadores, muitos ligados ao polo naval gaúcho, e problemas em controles e aprovação de créditos. Em 2015, já haviam sido feito apontamentos pelo Banco Central (BC) e Tribunal de Contas do Estado. Na reunião, estiveram o secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, e a diretora-presidente do Badesul, Susana Kakuta.
         Em nota, o governo estadual confirmou o retorno do fluxo de operações. Foram à reunião integrantes do conselho do Badesul e da Secretaria da Fazenda do Estado. As liberações de recursos estarão condicionadas ao plano, que deve assegurar ponto de equilíbrio operacional e redução de dependência ao Bndes, que acompanhará a aplicação. "Agora é mãos à obra na retomada das operações para a reconstrução de uma nova vida no Badesul", disse a presidente.
         Nesta quinta-feira (29), está prevista a primeira reunião da Comissão de Sindicância instaurada pelo Badesul e Estado para averiguar irregularidades na liberação de recursos no período da gestão indicada pelo Governo Tarso Genro. O foco principal serão empréstimos sem as garantias necessárias repassados às empresas Óleo e Gás, Wind Power Energia e D’Itália, que ultrapassam rombo de R$ 140 milhões.
         A instituição gaúcha já vinha sofrendo com perdas decorrentes de projetos mal sucedidos, passou a enfrentar seu período de maior fragilidade nas últimas semanas, com a perspectiva de quebra da relação com o Bndes, que representa 95% das operações do banco de fomento. Nos últimos dois anos, 25 empresas que tinham empréstimos junto ao Badesul entraram em recuperação judicial, forçando a instituição a lançar R$ 355 milhões como prejuízo.

TCP seleciona estudantes para o seu Programa de Trainee


         A TCP (Terminal de Contêineres de Paranaguá) abriu inscrições para seu Programa de Trainee. O objetivo é selecionar jovens talentos com perfil empreendedor, para compor as áreas de Finanças, Gestão Comercial, Operações e Desenvolvimento de Novos Negócios na empresa. As vagas são para Curitiba, Paranaguá e outras cidades do interior do Paraná.
         O período de inscrição vai até o dia 23 de outubro, conta com a assessoria da Page Talent, e será realizado em etapas. “São testes on-line de português, inglês e raciocínio lógico, além de dinâmicas de grupos e painel final com os diretores”, explicou Thais Marques, gerente de Recursos Humanos da TCP.
         O Programa de Trainees conta com o know how da Advent International, uma das maiores empresas de private equity do mundo, com mais de US$ 42 bilhões em ativos sob gestão, 12 escritórios no mundo, e acionista da TCP desde 2011. Há mais de 10 anos a Advent promove e incentiva programas voltados a identificar, desenvolver, estimular e reter talentos nas empresas que fazem parte de seu portfólio de investimentos no Brasil.
         Segundo Thais, o programa tem duração de 12 meses e os trainees participam de treinamentos “on the job”, desenvolvendo projetos atrelados aos objetivos da TCP. “O objetivo é que os trainees tenham autonomia e espaço para atuar de forma empreendedora, além de ser uma ótima oportunidade para o crescimento e desenvolvimento profissional”, enfatizou.
         Podem participar estudantes dos cursos de Administração, Economia, Engenharias, Matemática e áreas correlatas, com conclusão de curso entre dezembro de 2014 e dezembro de 2016. Os pré-requisitos são: inglês avançado, pacote office (Word, Excel e Power Point) e disponibilidade para mudança de localidade durante e após o programa. As inscrições podem ser feitas em vagas.com.br/v1404591.