sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Scania testa caminhões com condução autônoma em rodovia sueca, autorizada pela agência de transportes do país


 

          A Scania obteve autorização da Agência Sueca de Transportes para testar os seus caminhões de condução autônoma na autoestrada E4, entre Södertälje e Jönköping. A montadora anunciou que os testes irão ocorrer em colaboração com a TuSimple, empresa de desenvolvimento de veículos autónomos.

          Em comunicado, a fabricante revelou que os caminhões entrarão no serviço comercial com o Laboratório de Transportes da Scania. Eles serão carregados de mercadorias para as operações de produção da montadora.

          Os veículos são conduzidos autonomamente, mas, por razões de segurança, são supervisionados por um condutor (Nível 4 na escala de SAE). Um engenheiro de testes também estará a bordo durante os testes para monitorizar e verificar as informações transmitidas ao caminhão.

          “Tanto nos EUA, como na China, os testes já estão sendo feitos em caminhões de acordo com o Nível, 4 em estradas públicas. No entanto, tanto quanto sei, a Scania é a primeira na Europa a testar a tecnologia numa autoestrada e com carga”, afirma Hans Nordin, responsável pelo projeto Hub2hub (condução na autoestrada entre centros de carga). “Num futuro próximo, esperamos ainda conseguir testar a tecnologia noutros países europeus e na China”, acrescenta ele.

          “Avançamos tanto no desenvolvimento de veículos de condução autônoma que a tecnologia poderá estar pronta para ser introduzida no mercado dentro dos próximos cinco anos para este tipo de transporte. No entanto, irá demorar mais tempo até que os veículos autônomos para condução em estrada com duas faixas, e em ambientes urbanos, se torne uma realidade”, conclui o responsável pelo projeto Hub2hub. No final deste ano, a Scania planeja expandir os testes de condução autônoma para abarcar toda a rota entre Södertälje e Helsingborg.

Minfra mostra na Embaixada da Índia programa ferroviário para investidores estrangeiros

 

        O secretário Executivo do Ministério da Infraestrutura (MInfra), Marcelo Sampaio, participou, nesta quinta-feira (25), do webinar Cooperação em Ferrovias, promovido pela Embaixada da Índia. O objetivo do evento foi apresentar aos investidores estrangeiros a carteira de projetos da Pasta, com foco especial nas ferrovias, e os esforços para tornar o segmento de infraestrutura brasileiro mais eficiente e competitivo.

           Durante a apresentação, Sampaio ressaltou a importância da parceria da Índia com o Brasil e em como essa cooperação irá ajudar no desenvolvimento brasileiro. “Serão mais de 20 mil quilômetros de ferrovias a serem leiloadas e mais de R$ 63 bilhões em investimentos. O Brasil tem uma base consolidada e uma carteira robusta de ativos para oferecer aos investidores, vamos garantir a construção de um país melhor para os benefícios chegarem”, afirmou o secretário.

           Além disso, o secretário ainda celebrou uma grande vitória para a infraestrutura a concessão da Ferrovia Norte-Sul, que começará a operar no próximo mês. “Essa é uma conquista para a logística nacional. Ela integrará terminais portuários das duas regiões e isso significa crescimento em exportações e investimentos”, complementou.

           O diretor do Departamento de Estruturação e Articulação de Parcerias, Fábio Rogério, apresentou alguns pontos importantes sobre o programa de concessões do ministério para garantir projetos mais sustentáveis. “Nossas premissas são trazer a noção de sustentabilidade para que os nossos projetos sejam reconhecidos com o “selo verde”. Desta forma, vamos garantir a segurança necessária e maior respeitabilidade aos projetos de ferrovias, como a Ferrogrão e a FIOL, que tem leilões marcados para este ano”, comentou.

Projeto da BR do Mar visa incrementar a cabotagem e pode incluir criação da Empresa Brasileira de Navegação

 

          O Programa BR do Mar busca retomar a cabotagem no país cuja população está 60% concentrada próximo ao litoral, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e onde seu extenso litoral de 7.367 km é totalmente adequado ao transporte marítimo de bens. No entanto, esse modal representa atualmente apenas 11% de toda a carga transportada no país, 70% corresponde a petróleo, informa o Brasil 61.

          O Projeto de Lei 4.199 / 2020, que institui o programa, segue em tramitação no Congresso. O objetivo é aumentar a oferta de serviços de transporte de cabotagem na costa brasileira, aumentando a competitividade das empresas que oferecem o serviço e fomentando o desenvolvimento da indústria naval nacional. Entre as principais propostas está a flexibilização do afretamento de navios estrangeiros pelas Empresas Brasileiras de Navegação (EBN).

          O professor Aldery Silveira Júnior, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de Brasília, aponta quatro vantagens do uso do transporte de cabotagem: economia; preservação do meio ambiente; segurança rodoviária e segurança da carga. O primeiro está relacionado ao custo do transporte, que, segundo o professor, seria muito mais barato se houvesse um volume maior de cargas.

          Como a demanda pela cabotagem atualmente é muito baixa, o custo é próximo ao do transporte rodoviário. No entanto, o especialista destaca que “o transporte de mercadorias por cabotagem não é economicamente viável para curtas distâncias. É muito adequado para médias e longas distâncias. Principalmente a partir de 1.000 quilômetros”, avalia Aldery.

          A vantagem ambiental, por outro lado, vem da redução de caminhões nas estradas, que liberam gás carbônico na atmosfera e degradam o pavimento, devido ao peso das cargas. Com a redução dos veículos de transporte rodoviário, o número de acidentes e congestionamentos também diminui. O professor observa ainda que a carga transportada pela cabotagem quase não é roubada e os danos são mínimos em comparação ao transporte rodoviário.

          Entre as propostas do PL 4199/2020 está a possibilidade de um investidor criar a Empresa Brasileira de Navegação (EBN), sem a necessidade de comprovar a propriedade de embarcações brasileiras, o que é uma exigência da legislação em vigor (Lei 9.432 / 97). Com a BR do Mar, as empresas poderão alugar embarcações estrangeiras, casco nu, ou seja, o afretador terá, por prazo determinado, a posse, uso e controle da embarcação, com suspensão da bandeira

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

CMA CGM Air Cargo realizará seu primeiro voo dia oito de março entre Liége e Chicago


 

          O Grupo CMA CGM, anunciou que sua nova divisão especializada em carga aérea CMA CGM Air Cargo começará a operar a partir de 8 de março com o primeiro voo cargueiro do Airbus A330-200F entre Liège (Bélgica) e Chicago (EUA).). A ele se juntará em 16 de março um segundo Airbus A330-200F que também atenderá o mercado dos EUA, dobrando a capacidade total oferecida.

          A CMA CGM observou que escolheu a Air Belgium e o aeroporto de Liège como base estratégica para suas operações. Desta forma, a CMA CGM Air Cargo contará com a experiência da Air Belgium para operar as aeronaves de sua frota. Esta dinâmica companhia aérea possui uma equipe de transporte aéreo de carga renomada.

          O Airbus A330-200F da CMA CGM ficará sediado em Liège, um dos centros de carga mais movimentados da Europa, estrategicamente localizado no coração de um grande centro populacional e beneficiando de várias opções de transporte intermodal: aéreo, marítimo, rodoviário e ferroviário.

          Além disso, o Grupo CMA CGM decidiu contar com a experiência de duas empresas europeias para comercializar os seus serviços e operar as suas aeronaves.

Terminal BTP é homologado para receber navios porta-contêineres de 366 metros de comprimento

 

          Representantes da Brasil Terminal Portuário (BTP) participaram, na sede da autoridade portuária, da solenidade de entrega do termo de homologação para receber navios porta contêineres de 366 metros de comprimento no canal de navegação santista. A autorização foi concedida pela Marinha do Brasil à Santos Port Authority (SPA) e aumenta o limite de 340 metros de comprimento para navios, até então os maiores permitidos para atracação.

         A Empresa celebrou a conquista, destacando  sua importância para um ambiente mais competitivo “Demos um importante passo na direção de elevar o Porto de Santos a um novo patamar de eficiência” afirmou Ricardo Arten, CEO da BTP. “Nós acreditamos no País, e queremos continuar investindo no desenvolvimento da infraestrutura operacional. Mas só conseguiremos atender às demandas crescentes do comércio exterior, se estivermos preparados” completou.

         A BTP conta com um cais contínuo de 1.108 metros, com capacidade para receber, simultaneamente, três navios dessa categoria de porta contêiner de 366 metros, os chamados new panamax class. Já seus berços estão preparados para atingir profundidade de até 17 metros. De acordo com o diretor de Operações, Marcio Guiot “Com a autorização para receber a geração do 366, que já se planeja para a costa brasileira, nossas condições operacionais também se tornam mais efetivas, com melhor utilização do cais da BTP”.

         O navio-tipo 336 comporta um quantidade máxima de 9 mil TEUs, já geração de 366 tem capacidade de embarcar 14 mil TEUs. Em maio de 2016, a BTP enfrentou uma restrição no seu calado, causando perdas operacionais significativas pela limitação ao recebimento de navios homologados de 336m, que à época já representava cerca de 45% das escalas do terminal. “A nova homologação do 366 é um marco para o nosso setor. Contudo, ainda mais importante que essa conquista é a garantia de que teremos aprofundamento e manutenção permanente no calado, para impulsionar a efetividade na movimentação em todo o cais santista e os altos níveis de performance operacional do terminal” concluiu.

         A expectativa da empresa é que a autorização para navegabilidade dos navios 366, concedida no dia de ontem, já comece a surtir efeito nos navios planejados para atender aos serviços com destino ao terminal.

Autoridades da Índia estabelecem novas exigências para importação de 24 produtos vegetais

 

          O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)anunciou que a partir de 1º de março passam a valer as novas exigências para exportação de 24 produtos vegetais para a Índia, relacionadas com organismos geneticamente modificados. As regras foram estabelecidas pelo país, por meio da FSSAI (Food Safety and Standards Authority of India). 

          “A exportação desses produtos deve estar acompanhada por um certificado oficial, conforme modelo estabelecido pela autoridade indiana, e que deverá ser emitido pelo Mapa no ponto de saída da mercadoria”, explica o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas, Carlos Goulart. 

          Todos esses produtos vegetais, independente do grau de processamento e do uso proposto, devem receber a referida certificação não-OGM. Os exportadores deverão solicitar a emissão do certificado na unidade da Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) de saída da mercadoria. 

Somente para os produtos que têm autorização para cultivo OGM no Brasil -  feijão (Phaseolus vulgaris), milho, soja e cana-de-açúcar - deverá ser apresentado o laudo de análise laboratorial, emitido por laboratório da rede credenciada Mapa, atestando a ausência de evento OGM na partida a ser exportada. 

          Os produtos vegetais sujeitos ao cumprimento da exigência estão indicados na tabela abaixo: 

 

Produto

Nome científico

1

Abacaxi

Ananas cosmosus

2

Abobora

Curcubita pepo

3

Alfafa

Medicago sativa

4

Ameixa

Prunus domestica L.

5

Arroz

Oryza sativa

6

Batata

Solanum tuberosum

7

Beterraba sacarina

Beta vulgaris

8

Cana de açucar

Saccharum sp

9

Cártamo

Carthamus Tinctorius

10

Maçã

Malus  domestica

11

Canola

Brassica napus

12

Feijão

Phaseolus vulgaris

13

Chicória

Cichorium intybus

14

Feijão Caupi

Vigna unguiculata

15

Beringela

Solanum melongen

16

Linhaça

Linum usitatissimum L. 

17

Milho

Zea mays

18

Melão

Cucumis melo

19

Mamão

Carica papaya

20

Nabo

Brassica rapo

21

Pimentas e pimentões

Capsicum annuum 

22

Soja

Glycine max

23

Tomate

Lycopersicon esculentum

24

Trigo

Triticum aestivum