sexta-feira, 29 de maio de 2015

CAP e Conaportos realizam reunião no porto de Rio Grande para examinar congelamento das tarifas



       O CAP (Conselho de Autoridade Portuária) realizou reunião nesta sexta-feira, 29, com a presença de trabalhadores, empresários e órgãos públicos, na sede do terminal marítimo gaúcho, em Rio Grande. O encontro debateu diversas questões do porto como dragagem, tarifas e atualização do PDZ.

       Presidido pela Secretaria Especial de Portos, o CAP debateu inicialmente as tarifas do Porto do Rio Grande. Gustavo Piccinini Dullius explicou como foram autorizadas as novas tabelas pela Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) e pediu que o Superintendente Janir Branco relatasse a metodologia utilizada pela Suprg. 

       Empresários e trabalhadores manifestaram suas posições sobre o assunto. A preocupação dos representantes das empresas quanto à dragagem de manutenção do canal de acesso também foi debatida. O presidente explicou o funcionamento do orçamento da SEP e irá levar a preocupação do grupo para Brasília. As reuniões do CAP são mensais.

       O prefeito de Pelotas, Eduardo Leite e a vice-prefeita, Paula Mascarenhas também visitaram hoje, 29 de maio, a estrutura do Porto Novo. A comitiva pelotense (foto, acompanhada de Marcos Fonseca), que contou a presença de diversos secretários, objetivou detalhar o projeto da Celulose Riograndense. O diretor de infraestrutura, Paulo Somensi e o diretor administrativo-financeiro, Adinelson Troca recepcionaram os políticos.   

       Acompanhados pelo diretor-presidente da Sagres, Marcos Fonseca, Eduardo Leite e toda a comitiva visitou os armazéns reformados para operar a Celulose. A operação irá movimentar a estrutura portuária da capital gaúcha, Pelotas e Rio Grande por meio de barcaças. A expectativa é de que 1,5 milhões de toneladas sejam movimentadas. A Sagres é a operadora portuária que está trabalhando diretamente com o grupo CMPC.

       Antes, na quinta-feira, 28, foi realizada a Reunião do Comitê local da Conaportos (Comissão Nacional das Autoridades nos Portos), presidida pelo representante da SEP, Gustavo Piccinini Dullius, que apresentou dados reunidos pelo Comitê Técnico Nacional. O material foi apresentado no encontro e incluiu os Indicadores de Desempenho dos Intervenientes e da Autoridade Portuária no Porto de Rio Grande. Os intervenientes são os diversos órgãos que auxiliam o processo de operação portuária. Os dados ainda estão em caráter experimental e em breve serão tornados públicos.



Grupo de empresários discute propostas para melhorar transporte no país

        O Niet (Núcleo de Inteligência e Estratégia em Transporte) teve sua primeira reunião de 2015. Instância de assessoramento do Sest Senat e do ITL (Instituto de Transporte e Logística), o grupo é composto por 36 integrantes, sendo 13 representantes das entidades de classe filiadas à CNT (Confederação Nacional dos Transportes), 13 especialistas do setor de transporte e 11 acadêmicos.

        Ao destacar que o Brasil, atualmente, investe apenas 0,29% do seu PIB em transporte e que os recentes cortes no Orçamento da União impactam diretamente o setor, o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, ressaltou a necessidade de dar visibilidade ao segmento e reforçar a importância da área, que é imprescindível para desenvolvimento de outras atividades econômicas.
 
       Para a diretora-executiva do Sest Senat, Nicole Goulart, o Niet pode contribuir para aprimorar a capacitação dos profissionais do setor. “Podemos aproveitar os trabalhos desenvolvidos pelo Núcleo para criar projetos no âmbito das nossas instituições”, declarou. As propostas serão apreciadas pela CNT e por todos os presidentes de seção. A expectativa é dar encaminhamento a elas e instituir um fórum de discussão.

3º Fórum de Usuários dos Portos será realizado em julho no Rio de Janeiro

       O 3º Fórum Brasileiro de Usuários dos Portos será realizado dia seis de julho, no Rio de Janeiro (RJ). Será aberto pelo ministro Edinho Araújo, da Secretaria Especial dos Portos da Presidência da República e terá entre os painelistas Washington Barbeito (Transroll), Nelson Carlini (Logz), Mario Povia (Antaq) e Ana Junqueira (Mdic). Mais informações pelo email eventos@portosenavios.com.br.

Parlamentares baianos se unem para salvar projeto naval de Enseada

        Os escândalos na Petrobras e suas subsidiárias, apurados pela Operação Lava Jato, já provocaram a demissão de mais de 6 mil trabalhadores nos últimos quatro meses no setor naval na Bahia. O projeto Enseada, que previa a construção de seis sondas e investimentos de R$ 1,7 bilhão, foi interrompido em novembro, quando já havia atingido 82% de avanço físico das obras.
 

       O presidente do Enseada, Fernando Barbosa, disse que para concluir as obras são necessários R$ 600 milhões, que aguardam liberação do financiamento concedido pelo Fundo da Marinha Mercante e do qual o empreendimento já havia recebido R$ 1 bilhão. "Precisamos que a Caixa e o Banco do Brasil liberem os empréstimos para que possamos retomar as atividades", explicou o executivo.

         Barbosa reforçou também a importância da manutenção dos acordos feitos com a Petrobras e afirmou que "para que isso aconteça a estatal precisa confirmar os contratos que ela assinou. Automaticamente, depois que a Petrobras decidir isso, os investimentos devem ser liberados", calculou.

        O senador Walter Pinheiro (PT) garantiu a união de toda bancada baiana - independente de partidos - em prol da liberação dos investimentos. "Aqui não  se trata nem de concepção de governo, nem de partido, mas da concepção de desenvolvimento econômico para o nosso estado", esclareceu.
 

       O deputado federal da oposição José Carlos Aleluia (DEM), ponderou que a bancada baiana sozinha não pode fazer muita coisa e por isso cobrou maior engajamento do governador Rui Costa. "É necessário que o governo assuma o comando das reivindicações. Os deputados isoladamente não vão conseguir resolver isso sozinhos". Aleluia afirmou que o motivo de todos os problemas estão na Petrobras. "O problema é gigantesco. É evidente que a origem de tudo está nos erros cometidos pela Petrobras na crise do petrolão".

Rumo Logística pretende captar mais de R$ 5 bilhões em financiamentos esse ano

       A Rumo Logística, controladora da Rumo ALL, pretende captar financiamentos de mais de R$ 5 bilhões ainda neste ano, como parte de seu plano de negócios 2015-2019. O plano foi aprovado em reunião do conselho de administração no dia 22 de maio, cuja ata foi arquivada nesta quinta-feira na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

       Segundo o documento, a companhia deve captar até R$ 3 bilhões pela linha Finem do BNDES, para os anos de 2015 e 2016. Outros captações ou emissões de debêntures de infraestrutura devem garantir mais R$ 1 bilhão em recursos. Estão previstas ainda a captação de US$ 150 milhões com agências de crédito à exportação,  35 milhões de euros da agências de crédito à exportação da Áustria, linhas de cheque especial ou assemelhadas (de crédito rotativo) perante bancos comerciais no valor agregado de até R$ 400 milhões e a contratação de crédito em standy-by, no valor de até R$ 600 milhões.

       Está prevista ainda a emissão ou renovação de fianças bancárias, de até R$ 1,4 bilhão, para liberação de recursos perante contratos celebrados com o BNDES e para garantias judiciais ou de contratos.Todas as operações deverão ser realizadas até 31 de dezembro de 2015.

TAM nega que já tenha escolhido a cidade que sediará o novo hub no Nordeste

       A TAM negou que já tenha escolhido a cidade que vai sediar o novo hub da companhia – um centro de conexões de voos que planeja construiir na região Nordeste. O desmentido foi feito após nota publicada na coluna Painel, da  edição desta quinta-feira do jornal Folha de S. Paulo, afirmar que a empresa aérea já havia escolhido Fortaleza como sede e que Natal e Recife teriam sido descartadas.
 

       A aérea brasileira, pertencente ao grupo chileno Latam, negou que a cidade tenha sido definida. “A companhia segue com o estudo de viabilidade do novo hub no Nordeste, considerando três cidades: Fortaleza, Natal e Recife. A previsão é que a escolha seja definida após o estudo ser concluído, o que deverá ocorrer até o fim de 2015”, garantiu a nota enviada pela assessoria de imprensa.

       Segundo a assessoria de imprensa do Governo do Ceará, a Gerência de Relações Institucionais e Governamentais da TAM também informou ao governador Robinson Faria que continuava o estudo de viabilidade da instalação do hub. De acordo com o representante da companhia, a empresa está na fase das reuniões técnicas e a previsão é que a definição só seja informada no fim deste ano.

SPH comunica que licença para operação da Hidrovia Brasil-Uruguai está autorizada pela Fepam

         A Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) do Rio Grande do Suil informou nesta quinta-feira, depois de reunião com a prefeitura de Cachoeira do Sul, que está autorizada a licença de operação, emitida pela Fepam (Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente), para a dragagem da Hidrovia do rio Jacuí.

        Segundo o diretor de hidrovias da SPH, Cristiano Nogueira da Rosa, a meta é concluir a dragagem até o final desse ano. Na reunião, a Prefeitura foi representada pelo chefe de Gabinete do Prefeito, Jonas Friedrich, e contou também com a presença de técnicos da SPH.

       No último dia 13 de maio, o prefeito Neiron Vargas manteve reunião em Brasília com o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, para tratar da hidrovia Brasil-Uruguai. Ficou definido que o assunto deve ser aprofundado em uma nova reunião que está sendo articulada por prefeitos gaúchos. 


       No mesmo dia,  Friedrich, participou de um seminário promovido pela FAMURS (Fundação das Associações de Municípios) onde foram abordadas as diretrizes do Projeto de Desenvolvimento das Regiões Hidrográficas, propostas pela Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), que congrega as entidades empresariais, as empresas produtoras de cargas com terminais próprios e as operadoras de embarcações fluviais.

Joaquim Levy quer que o BID lance títulos para financiar projetos de infraestrutura no Brasil

       O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pediu ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para que que lance títulos em reais no mercado para financiar projetos de infraestrutura no Brasil. O ministro e o presidente da instituição, Luis Alberto Moreno, discutiram ainda sobre os gargalos que afetam os projetos de infraestrutura no País.

       Desde o ano passado, entidades multilaterais como o BID estão autorizadas pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) a captar recursos no país. Moreno informou que o banco está avaliando o lançamento dos papéis, mas não informou valores a serem emitidos nem o prazo para que as operações comecem a ser feitas.

       “Os problemas do Brasil são os mesmos da América Latina. Temos os riscos da taxa de câmbio, da construção, de regulação, quando se está encaminhando um projeto e tem alguma dificuldade com a legislação. Todos esses riscos são as razões pelas quais os projetos de infraestrutura não são bancáveis tão rapidamente”, disse o ministro.

       Moreno não informou o custo das emissões, mas lembrou que o BID tem classificação triplo A pelas agências internacionais de classificação de risco, o que reduz o custo dos papéis. Por meio dos títulos, um emissor capta recursos no mercado financeiro para honrar compromissos ou financiar projetos. Em troca, compromete-se a devolver os recursos acrescidos de alguma correção. Quanto menor o risco, menor o custo de emissão. Hoje, o BID empresta US$ 2,3 bilhões por ano ao Brasil, quase tudo para projetos de governos estaduais. De acordo com Moreno, o BID emite títulos nos Estados Unidos, na Colômbia e em países da Ásia.

Transmar é comprada pela Svitzer, do grupo dinamarquês Maersk

       A Svitzer, do grupo dinamarquês Maerk, comprou o controle acionário da operadora de rebocagem brasileira Transmar Serviços Marítimos. Com um investimento de mais de R$ 200 milhões nos próximos dois anos, a empresa espera crescer em novos mercados e viu no mercado brasileiro de rebocagem uma oportunidade. Segundo o diretor administrativo da Svitzer Américas, Martin Helweg, a aquisição estabelece o primeiro passo da entrada da companhia no mercado de rebocagem brasileiro e ressalta “viemos para ficar”.

       O executivo afirmou que a ação veio de encontro a necessidade de oferecer melhores serviços para seus clientes, além de enxergar no mercado brasileiro oportunidades consideráveis de crescimento e melhorias de produtividade tanto na rebocagem portuária quanto nos segmentos de rebocagem dos terminais.

       “Acreditamos que existe um grande espaço de oportunidades de curto e médio prazo. Vemos que existem serviços mal servidos, e nossa meta é proporcionar para os nossos clientes sempre serviços a nível internacional, aos quais eles já estão acostumados a receber por nós”, explicou. Mesmo em um mercado cortando gastos e investimentos por conta do cenário caótico brasileiro, Helweg disse que é nesse momento que vê oportunidades. “Nós acreditamos no Brasil. Enquanto outras pessoas veem crise, nós vemos oportunidade”, ressaltou.

       Segudo ele, os portos a serem operados ainda estão sendo estudados pela companhia, mas destacou que a ideia é desafogar os gargalos dos portos brasileiros “e nós esperamos conseguir resolver esses problemas em um curto prazo. O que pudermos fazer para resolver, nós faremos”.

        Sediada no Rio de Janeiro, a Transmar opera em dois portos e em dois campos de petróleo, possui uma frota de dez navios e 74 funcionários. A empresa fornece serviços de apoio marítimo a portos e clientes offshore ao longo de toda a costa brasileira. A divisão brasileira, que em breve será chamada de Svitzer Brasil, será chefiada pelo diretor administrativo Dan Estebanez, que tem vários anos de experiência em diferentes posições no Grupo Maersk.

APM Terminals investe R$ 130 milhões em equipamentos e na recuperação do berço de atracação

       A APM Terminals investiu de R$ 130 milhões na recuperação do berço 1 e na aquisição de 24 terminal tractors, equipamento que substitui o uso dos caminhões para tráfego interno. Segundo o diretor superintendente da empresa no Brasil, Ricardo Arten, ela está disposta ainda a investir mais R$ 160 milhões caso ganhe a antecipação da prorrogação do contrato de arrendamento para 2043 referente aos berços 1 e 2, assim como a ampliação da área arrendada para os berços 3 e 4 em Itajaí, “proporcionando um layout adequado para aumentarmos a quantidade de equipamentos de cais (STS) e impulsionarmos a produtividade do pátio”.

       Os contratos de arrendamento portuário em vigor firmados sob a vigência da Lei nº. 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, que tenham previsão expressa de prorrogação ainda não realizada, poderão ser prorrogados antecipadamente, ao critério da SEP/ PR (Secretaria de Portos da Presidência da República) e condicionada à realização de novos investimentos. Arten informou que no Terminal de Pecém, foram investidos cerca de US$ 22 milhões na compra de terminal tractors e dois portêineres, que serão os maiores guindastes de cais em operação no Brasil. “Esperamos elevar a movimentação de contêineres neste terminal em 20% após a chegada dos equipamentos, no segundo semestre”, disse.

       Somente no segundo semestre de 2014, a APM Terminals Itajaí investiu cerca de US$ 2,2 milhões na compra de 24 terminals tractors, equipamentos desenvolvidos especialmente para serem utilizados em portos. Em Pecém, foram investidos US$ 22 milhões na aquisição de dois portêineres e 15 terminals tractors. Para o executivo, os investimentos na estrutura possibilitam uma maior eficiência operacional e, consequentemente, atraem novas linhas marítimas e navios cada vez maiores para para Santa Catarina.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

CMM aprova condições de refinanciamento do programa Procaminhoneiro

       O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira (28) as condições para o refinanciamento de parcelas de operações do programa Procaminhoneiro, administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

        Ficou estabelecido que a taxa de juros mínima dos contratos será de 6% ao ano., permanecendo a taxa original do contrato caso esta seja maior. O pagamento das 12 parcelas renegociadas será feito em até 12 meses após o fim do prazo original do contrato.

       Segundo o Ministério da Fazenda, o impacto fiscal da medida foi calculado em R$ 361,4 milhões, dos quais até R$ 6,6 milhões serão já em 2015. No último dia 21 de maio, o governo autorizou o BNDES a refinanciar até 12 parcelas dos contratos firmados até 31 de dezembro de 2014.

Sinaval adverte que se não for resolvida situação da Sete Brasil diversos estaleiros podem fechar as portas

       O Sindicato Nacional da Construção Naval (Sinaval) advertiu que sem receberem um centavo desde novembro do ano passado com a interrupção dos pagamentos para a construção de sondas de exploração de petróleo encomendadas pela Sete Brasil, principal fornecedora da Petrobras no pré-sal, diversos estaleiros nacionais podem fechar as portas, caso a empresa não retome suas atividades em até 90 dias. Segundo a entidade, as mais de 11 mil demissões no setor até agora podem dobrar nos próximos meses se a reestruturação da companhia não for concluída e as encomendas, retomadas.

       Entre 2012 e 2013, a Sete Brasil encomendou a construção de 29 sondas de exploração do pré-sal em estaleiros brasileiros, mas uma dívida estimada em US$ 4 bilhões paralisou as atividades da empresa. Além disso, os desdobramentos da operação Lava-Jato prejudicam a tarefa da Petrobras em auxiliar a reestruturação de sua maior fornecedora.

       "A previsão de receitas para o setor da construção naval em 2015 era de R$ 10 bilhões a R$ 12 bilhões, considerando a Sete Brasil. Sem a empresa, a receita dos estaleiros cairá para menos da metade, ficando em R$ 4 bilhões a R$ 4,5 bilhões", afirmou o presidente do Sinaval, Ariovaldo Rocha. Sem receber há seis meses, o setor não teria como suportar mais um trimestre sem a retomada dos pagamentos.

       "O processo de reestruturação da Sete Brasil precisa ocorrer rapidamente, mesmo que isso signifique uma redução significativa na quantidade de sondas planejadas. Pelo menos daria para rodar os estaleiros. O setor não suporta mais dois ou três meses sem pagamentos", alertou Rocha.

Grupo Schahin quer reverter judicialmente decisão da Petrobras de rescindir contratos de cinco navios-plataformas

       O Grupo Schahin informou nesta quinta-feira que "pretende ingressar imediatamente com ações nos tribunais brasileiros para reverter a decisão da Petrobras" de rescindir contratos para afretamento e serviços de operação e manutenção de cinco navios-plataformas. O Grupo Schahin, que está envolvido na Operação Lava Jato e entrou com pedido de recuperação em meados de abril, afirma que, no último dia 21, a Petrobras, "sem razão válida, rescindiu unilateralmente os contratos os contratos",

       Segundo o comunicado, "caso não revertida, tal rescisão irá resultar na perda de mais de 1 mil postos de trabalho e em prejuízo superior a US$ 4 bilhões para os credores e acionistas do Grupo Schahin". A empresa diz estar confiante de que terá sucesso na Justiça para reverter a rescisão.

       O Schahin destacou que, conforme anunciado anteriormente, no início de abril interrompeu temporariamente as operações em cinco de seus seis navios-plataformas. "A decisão foi tomada pelos acionistas do Grupo Schahin e sua experiente equipe de gestão, para evitar potenciais problemas operacionais decorrentes de uma pontual falta de liquidez ocasionada principalmente por uma ação de execução por parte de um credor", afirmou na nota.

União Europeia vai investir 315 bilhões de euros em infraestrutura para gerar empregos na região

       O países que compõem a União Europeia chegaram a um acordo para criar um fundo destinado a financiar investimentos públicos e privados de mais de 315 bilhões de euros em infraestrutura, estimulando as economias do grupo e incentivando a geração de empregos.

       As negociações, que se estenderam por toda a noite, terminaram com um acordo que visa à utilização de 21 bilhões de euros de instituições da União Europeia e a expectativa de atração de fundos de investidores privados.

       O vice-presidente da União Europeia, Jyrki Katainen, disse esperar que o plano seja completamente aprovado pelos 28 países membros da União Europeia e pelo Parlamento Europeu em junho. "O mais importante é começar a impulsionar os investimentos, os empregos e o crescimento", comentou.

Airbus confirma investimento de R$ 150 milhões em unidade para produzir equipamentos de segurança em Porto Alegre

       A Airbus confirmou nesta quarta-feira, em Paris, ao governador José Ivo Sartori (foto) o projeto de investimento superior a R$ 150 milhões na implantação de uma unidade para fabricar equipamentos de videomonitoramento em Porto Alegre.

       As operações devem começar em 2016. A ideia é criar um centro de desenvolvimento tecnológico. "O que se está oferecendo aqui não é propriamente um negócio, algo imediatista", disse Sartori, explicando que a falta de caixa do Estado para aplicação das tecnologias pode ser resolvida com recurso federal.

        O projeto prevê que a prefeitura da capital, o Estado e o governo federal sejam os primeiros consumidores dos produtos de segurança que serão produzidos na divisão da Airbus no país. O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, explicou que haverá um empenho para que o projeto seja o mais amplo possível. "Queremos que o conceito de cidade inteligente seja empregado em Porto Alegre, depois na região metropolitana e em mais cinquenta cidades gaúchas", resumiu o prefeito.

Petrobras negocia venda da Transpetro para empresário egípcio

       A Petrobras iniciou conversas com o empresário egípcio Mohamed Al Fayed, que podem resultar da venda de parte ou totalidade da Transpetro, uma de suas subsidiárias. As informações foram divulgadas por reportagem da Revista Época ontem, quarta-feira (27).
 

       As negociações fazem parte do plano  da petroleira em se desfazer de parte de seu patrimônio, com o objetivo de recuperar o caixa da empresa. Nesta semana também foram divulgadas informações de que a Petrobras colocará à venda cinco grupos de ativos e blocos do Pré-sal.

Expectativa de gaúchos e catarinenses é de ganhar novos mercados com o certificado de área livre da peste suína

       Os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina apostam na abertura de novos mercados para a carne suína da região com a certificação de área livre da peste suína clássica, anunciada pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal). A confirmação está sendo comunicada hoje, em Paris, ao governador gaúcho José Ivo Sartori, que encontra-se em viagem comercial pela Europa.

       O mesmo certificado será entregue ao governo catarinense nos próximos dias. Essa é a primeira vez que a entidade reconhece zonas e países livres da doença. "É mais uma garantia de qualidade que estamos dando para os consumidores tanto do Brasil quanto do mundo inteiro", acredita o vice-presidente da Acsurs (Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), Mauro Gobbi.

       A expectativa é que o trabalho feito pelos dois estados para a erradicação da doença seja revertido em novos negócios, embora seja difícil medir o impacto em números comenta Gobbi. O presidente da Abpa (Associação Brasileira de Proteína Animal), Francisco Turra (foto), espera que mercados como México, Coréia do Sul e África do Sul podem voltar as atenções para a carne suína gaúcha e catarinense.

      "Vamos ter resultados imediatos", aposta Turra, colocando a peste suína no mesmo patamar da febre aftosa para bovinos e da gripe aviária para as aves. O dirigente informa ainda que outros estados também estão pleiteando a mesma certificação. Entre os mais adiantados, cita Goiás, Paraná e Minas Gerais.

Valec define traçado da Ferrovia Norte-Sul que passa pelo Rio Grande do Sul

        A Valec Engenharia, Construções e Ferrovias definiu o traçado que passará pelo Rio Grande do Sul da Ferrovia Norte-Sul, que atravessará o país de Barcarena, no Pará, à Rio Grande. A empresa pública, vinculada ao Ministério dos Transportes, está concluindo agora o estudo técnico sobre o trajeto que será submetido ao próprio ministério. O deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), adiantou ter recebido informação da pasta de que o trecho proposto não deve ser alterado.

       A estrada cortará as regiões Noroeste e Central do Estado até chegar ao porto rio-grandino. Entre os municípios pelos quais passará a linha, estão Frederico Westphalen, Palmeiras das Missões, Cruz Alta e Pelotas. Goergen citou ainda como cidades abrangidas Caiçara, Iraí, Seberi, Boa Vista das Missões e Santa Maria.
 

       A assessoria de imprensa da Valec informou que "os estudos referentes ao Evtea (Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental) estão em fase de relatório preliminar com previsão de entrega do relatório final em junho".

       O deputado Goergen, que reuniu-se nesta quarta-feira com integrantes da Valec para tratar da ferrovia, adianta que o próximo passo será a realização do projeto executivo (que deve estimar o custo do empreendimento) e a licitação da obra, que tem previsão de levar em torno de 18 meses. O parlamentar defende que, com o apoio do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), que engloba os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, é possível agilizar o processo. A sugestão de Goergen é que o projeto seja colocado dentro do plano de concessões do governo federal.

       O deputado ressalta que, inicialmente, a ferrovia deverá escoar cargas agrícolas e industriais. Mas, futuramente, ele não descarta a possibilidade da realização do transporte de passageiros pelo modal. Goergen enfatiza ainda que a ferrovia beneficiará intensamente o porto do Rio Grande, pois permitirá ao complexo atrair cargas de diversas regiões do País.

Projeto de Lei que cria novo Código Comercial causa polêmica ao limitar responsabilidade do transportador marítimo

         O Projeto de Lei 1572/2011, de autoria do Deputado Vicente Cândido, que institui um novo Código Comercial, em tramitação na Câmara dos Deputados, tem causado divergências e opiniões opostas. A discussão central gera sobre a emenda 56, que trouxe para o Livro do Direito Marítimo que foi inserido na revisão Código Comercial, o princípio da limitação de responsabilidade do transportador marítimo em caso de avaria e abranda o dever de reparação integral.

       De acordo com essa emenda, se um navio danificar um cais ou equipamento do porto, este não ficará obrigado a ressarcir o dano integralmente, porém o inverso não se aplica aos terminais do porto.
A ABTP (Associação Brasileira de Terminais Portuários), que participou da Audiência Pública da Câmara dos Deputados, e se posicionou contra, disse considerar essa mudança inconstitucional.

       Entre os impactos desta emenda para o setor, estão o aumento dos seguros, dos fretes, dos custos portuários, o que gera também crescimento do custo Brasil, que se reflete na perda de competitividade do produto brasileiro. Uma nova audiência pública específica para o setor portuário foi marcada.

Equiport acredita que novas tecnologias e equipamentos podem minorar os gargalos de infraestrutura

       A Equiport, representante oficial no Brasil da Terex Port Solutions, principal equipamento para manuseio de contêineres nos terminais de meio e pequeno porte e o melhor suporte nos terminais mais desenvolvidos, acredita que os novos equipamentos e tecnologias podem ajudar no que se refere aos gargalos de infraestrutura do país.

        “Esses equipamentos ajudam sim, e muito, dando agilidade e segurança na cadeia logística dentro dos terminais”, explica Diogo Fontes, Gerente comercial da Equiport. Para ele, as novas tecnologias ajudam desde a sua chegada em 1995 e até hoje continuam ajudando no desenvolvimento dos portos e terminais, “pois é um equipamento simples porém muito versátil podendo trabalhar no manuseio de contêineres com carga solta em geral”.

       Mas Fontes ressalva que caso não haja uma manutenção adequada o equipamento pode atrapalhar nas operações. “Como qualquer máquina, sofre o desgaste natural nas operações. O segredo é mantê-los em dia e isso faz parte de nosso objetivo como representantes da marca líder no mercado”, completa.

       Com a maior frota de Reach Stackers em operação no Brasil, com mais de 460 Reach Stackers em quase cem clientes distribuídos em todo o território nacional de norte a sul do país, o executivo destaca que algumas melhorias ainda precisam ser feitas para que o Brasil se torne competitivo frente a outros países.

       Entre ações necessárias para esse avanço, o gerente comercial cita a melhora nos gargalos logísticos nas estradas de acesso aos portos, desenvolvimento dos transportes alternativos como ferroviário e aquaviário, a redução da burocracia nos processos de importação e exportação e “por último e para acompanhar o cenário nacional, diminuir a corrupção”.

Log-In não confirma mas pode estar negociando a compra ou sociedade com a Mercosul Line da Maersk

       A Log-In Logística Intermodal, transportadora de cabotagem, se manifestou sobre o fato de que estaria negociando a compra ou sociedade com a maior armadora do mundo, a dinamarquesa Maersk, dona da Mersocul Line, que também atua no modal no Brasil.

        Segundo nota oficial da companhia brasileira, assinada pelo diretor-presidente, Vital Jorge Lopes, a empresa não confirma a conversa, apenas admite que está avaliando alternativas estratégicas de negócios junto a potenciais investidores, tendo inclusive, no segundo semestre do ano passado, contratado a BR Partners Assessoria Financeira Ltda, com esse objetivo.

       Na nota, a Log-In esclareceu que não há qualquer acordo firmado e, questionada sobre a eventual parceria com a companhia dinamarquesa,  informou que não confirma e nem se pronuncia oficialmente. A Maersk não fez nenhum comentário sobre a notícia.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Abenav assina acordo com entidade espanhola de construção naval e offshore

       A Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore (Abenav) assinou um acordo de cooperação com a Aclunaga (Associação Cluster Del Naval Gallego), da Espanha. A parceria abrange 115 empresas da região da Galícia vinculadas à entidade espanhola e 26 companhias brasileiras associadas à Abenav.

      Segundo a Abenav, o convênio tem como objetivo o desenvolvimento de bens, equipes e serviços competitivos, incluindo uma futura cooperação dirigida à capacitação dos recursos humanos e a colaboração no âmbito da industrialização, além do intercâmbio tecnológico entre a indústria naval galega e brasileira.

       O acordo foi assinado no Rio de Janeiro (RJ), pelo gerente da Aclunaga, Oscar Gomez Diaz, e pelo presidente executivo da Abenav, Sergio Bacci. Imagem da cidade de La Coruña, na Espanha.

Dilma diz que esgotamento do superciclo de commodities obriga o país a buscar acordos comerciais internacionais

      A presidente Dilma Rousseff afirmou que o esgotamento do superciclo de commodities levará o Brasil a ser mais agressivo na busca de acordos comerciais internacionais. A declaração foi feita um dia após anunciar o início de negociações de um amplo tratado nessa área com o México, na capital daquele país.

       Depois de negligenciar esse setor em seu primeiro mandato, Dilma avaliou que há um “valor estratégico” na integração de países com grandes mercados internos. A visita ao México marcou uma mudança na posição do Brasil, com o anúncio da negociação comercial e a assinatura de um acordo de cooperação e facilitação de investimentos, o primeiro do tipo a ser firmado com um país do continente.

       A forte elevação no preço das commodities na última década e os programas sociais do governo deram impulso à expansão do mercado interno, que se transformou em um ativo no momento em que as cotações declinam, afirmou Dilma.

       Mas o cenário mudou com a desaceleração da demanda chinesa, que atingiu de maneira especial o minério de ferro, principal produto de exportação do Brasil. Também houve queda acentuada na cotação do petróleo, em razão da elevação da oferta do produto.

       “Aquela conjuntura que se caracterizou por preços elevadíssimos e quantidades elevadíssimas vai se estabilizar em um patamar de preços menores e quantidades menores. Não digo para o agronegócio nem para as proteínas, que têm outro desempenho, mas certamente para os minérios e para o petróleo”, observou Dilma.

       Em sua avaliação, a mudança obriga o governo a ter um “maior esforço” na área internacional e na busca por acordos que estimulem o comércio além da pauta de commodities - que continuarão a ser importantes, mas não terão o mesmo peso de antes.

Rússia suspende compra de dez frigoríficos brasileiros por uso de estimulantes de crescimento de animais

       A Rússia vai suspender temporariamente a compra de dez frigoríficos brasileiros. A decisão ocorreu após inspeção da agência agrícola russa Rosselkhoznadzor, entre 16 e 27 de março, que teria detectado práticas incompatíveis com a permissão para exportação de carne ao país, incluindo uso de estimulantes de crescimento de animais.

       A partir de 9 de junho, estarão vedadas ao país as vendas das plantas de suínos da BRF, em Goiás, e da Frigoestrela, de São Paulo.

      Para os bovinos, ficam vetadas duas unidades da JBS em Minas Gerais e Goiás, e duas da Marfrig, em São Paulo. Além deles, também estarão impossibilitados de exportadr temporariamente os frigoríficos Mato Grosse Bovinos e Nortão, os dois em Mato Grosso. A partir de 2 de junho, também estarão suspensas as exportações para a Rússia de carne bovina do Frigol, em São Paulo.

Expectativa do agronegócio brasileiro é de bom desempenho esse ano apesar do desanimador cenário econômico do país

       O agronegócio brasileiro, com um PIB (Produto Interno Bruto) de R$ 1,2 trilhão, projetado para esse ano mantém a expectativa de bom desempenho apesar do desanimador cenário econômico do país.  As exportações do setor em 2014 geraram superávit comercial de US$ 80 bilhões, enquanto os outros segmentos da economia apresentaram déficit de US$ 84 bilhões na balança comercial. As vendas externas do agronegócio totalizaram US$ 96 bilhões, com recuo de 3,2% na comparação com os US$ 99,97 bilhões, registrados em 2013, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária.

Proposta das concessionárias pode engordar em R$ 10 bilhões investimentos em ferrovias no Brasil

       O governo decidiu assumir uma postura mais pragmática diante da dificuldade em destravar os 10 mil quilômetros de novas ferrovias. Em reunião essa semana com as três principais concessionárias de trilhos do país, o ministro do Planejamento Nelson Barbosa ouviu uma proposta que pode engordar em até R$ 10 bilhões o volume de investimentos do programa de infraestrutura que a presidente Dilma Rousseff pretende anunciar no dia nove de junho.

Indústria de máquinas fecha o quadrimestre com crescimento de 4,5% e faturamento de R$ 31 bilhões

       A indústria de máquinas e equipamentos fechou o primeiro quadrimestre de 2015 com faturamento líquido de aproximadamente R$ 31,347 bilhões, aumento 4,5% ante o mesmo período de 2014. Em abril, o faturamento líquido mensal foi de R$ 7,574 bilhões, recuo de 14,6% na comparação com março. Já em relação a abril do ano passado, a queda foi de 6,2%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

       O consumo aparente de máquinas e equipamentos atingiu R$ 47,405 bilhões nos quatro primeiros meses de 2015, elevação de 2,2% ante o mesmo período do ano anterior. Em abril, o consumo aparente foi de R$ 12,013 bilhões, queda de 5,6% ante março. Já na comparação com o mesmo mês de 2014, a queda foi de 0,5%.

       O déficit comercial do setor apresentou retração de 17,1% no primeiro quadrimestre, para US$ 4,5 bilhões. Em abril o déficit foi de US$ 1,2 bilhão, queda de 13,6% ante abril do ano passado. Já na comparação com março, o déficit comercial subiu 24,9%.

       As exportações somaram US$ 2,63 bilhões no acumulado do ano, queda de 15,6% ante os quatro primeiros meses de 2014. Em abril, as vendas externas somaram US$ 614 milhões, queda de 32,2% ante março e de 22,9% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

       Já as importações totalizaram US$ 7,13 bilhões neste primeiro quadrimestre, queda de 16,6% ante o primeiro quadrimestre de 2014. Somente em abril, as importações chegaram a US$ 1,8 bilhão, queda de 2,8% na comparação com março e recuo de 17% ante abril do ano passado.

Brasil perde posições no ranking de competitividade ficando em 56º entre 61 países

        O Brasil perdeu posições no ranking das economias mais competitivas do mundo pelo quinto mês consecutivo. O país caiu duas posições e, entre 61 nações, passou a ser o 56º em termos de eficiência para fazer negócios. É a pior classificação desde 1996, quando foi incluído no World Competitiveness Yearbook, anuário da escola de negócios suíça IMD publicado desde 1989.

       Essa poderia ser a má notícia sobre a capacidade brasileira de competir globalmente, mas não é. A pior novidade é que menos competitivos que o Brasil na lista do IMD estão países em situação econômica, política e internacional muito pior do que a brasileira, exibindo conflitos domésticos ou externos de repercussão muito mais abrangente. 

       "Abaixo (no ranking), estão países com uma situação muito mais dramática que a do Brasil. Comparar o Brasil com a Ucrânia é brincadeira", afirma o professor da escola de negócios suíça IMD, Carlos Primo Braga. Os cinco países menos competitivos do mundo são Mongólia, Croácia, Argentina, Ucrânia e Venezuela. No extremo oposto e liderando o ranking, estão Estados Unidos, Hong Kong, Cingapura, Suíça e Canadá, nessa ordem.

       O resultado "dramático" da pesquisa, na opinião do professor da Fundação Dom Cabral, Carlos Arruda, é o fato de o Brasil ter obtido um resultado pior nos critérios em que vinha se saindo bem. "Caíram o desempenho doméstico e o emprego", afirma o professor da Dom Cabral, instituição parceira do IMD no anuário. No subindicador "Economia Doméstica", o Brasil caiu sete degraus de 2014 para 2015, ficando na 43ª posição. Em "Emprego", despencou 15 degraus, passando da 6ª para a 21ª posição.

Agência Fitch afirma que Brasil cresce menos que países em desenvolvimento e ratings semelhantes

       O diretor da agência de classificação de risco Fitch Ratings, Rafael Guedes, afirmou que o Brasil cresce menos que países com desenvolvimento e ratings semelhantes. "A questão do Brasil não é cíclica, mas estrutural. Há um problema estrutural muito sério no País", avaliou ele, em evento da Amcham Brasil, na manhã desta quarta-feira (27).

       Sem citar as expectativas para o rating do Brasil, Guedes lembrou que a mudança feita pela Fitch na perspectiva da nota do país, para negativa em abril último, refletiu a busca pelo crescimento a qualquer custo que deteriorou os números do Brasil de maneira forte e rápida. Segundo ele, essa alteração considerou o desequilíbrio macroeconômico local, as expectativas de crescimento para o País de cerca de 2% nos próximos anos e ainda o cenário político.

      "A popularidade da presidente Dilma Roussef está muito, muito baixa. Há escândalos acontecendo, na Petrobras - entramos em construtoras e vamos entrar na Eletrobras, construções elétricas - e isso tem impactado a confiança do investidor, empresário, consumidor; o aumento do desemprego, menor crescimento do crédito. Isso tudo levando a questionamentos para onde vai a dinâmica do Brasil", comentou o diretor da Fitch.

       Para Guedes, o pior momento da Operação Lava Jato, que apura denúncias de corrupção em contratos envolvendo a Petrobras, pode ainda não ter ocorrido, com a migração dos escândalos da construção para o setor elétrico e para a Eletrobras. "Seria ousado dizer que o pior momento da Lava Jato já passou. Com a migração dos escândalos para o setor de energia elétrica, não dá para saber onde a Lava Jato vai terminar", disse. Segundo ele, o "cenário político do Brasil é conturbado, mas estável".

Appa apresenta projeto de revitalização em via no porto de Paranaguá

       A diretoria da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e representantes do corpo técnico do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) apresentaram detalhes do projeto de revitalização da Avenida Bento Rocha na Câmara Municipal de Paranaguá na sessão desta terça-feira (26). A obra prevê renovar a pavimentação da via, realizar a drenagem correta do terreno e construir uma ciclovia no trecho.

       Apesar da via não ser de responsabilidade do porto, a obra será bancada por recursos próprios da Appa. Ao todo, serão cerca de R$ 15 milhões investidos na revitalização da avenida, no trecho da ponte do Rio Emboguaçú até a avenida portuária. “Tivemos a autorização da Antaq e do Governo Federal para destinar recursos próprios para esta obra, que é de fundamental importância para a cidade de Paranaguá”, afirma o diretor comercial da Appa, Lourenço Fregonese (foto).

       Além da recuperação das placas do pavimento do trecho de 2,8 quilômetros, será feita a drenagem do terreno, que garantirá maior longevidade à reforma da pista. “Esta é para ser uma obra duradoura. Como estamos no nível do mar, é preciso fazer uma boa drenagem no terreno. A última reforma realizada na avenida teve sua vida-útil comprometida por falta de cuidado nesta etapa da obra”, afirma o diretor de Engenharia e Manutenção, Paulinho Dalmaz. Metade dos recursos da revitalização serão investidos na drenagem do terreno.

Aliança investe em infraestrutura terrestre depois de comprar seis novos porta-contêineres



       A Aliança Navegação e Logística, empresa do Grupo Hamburg Süd, após finalizar o investimento de R$ 700 milhões na compra de 6 novos porta-contêineres, os maiores a operar no transporte costeiro no Brasil, com capacidades que variam de 3.800 a 4.800 contêineres, direcionará o foco para infraestrutura operacional terrestre.

       Como estratégia, a Aliança criou a ATM - Aliança Transporte Multimodal para atender às necessidades do mercado com ênfase maior no transporte terrestre. A empresa ampliou sua infraestrutura para recebimento, armazenagem, paletização, consolidação, desconsolidação e entrega de cargas a partir dos portos de Itapoá, em Santa Catarina e Chibatão, em Manaus.

      De acordo com Julian Thomas, diretor-superintendente da Aliança, após a renovação da frota, em 2015 a empresa disponibilizará a infraestrutura operacional necessária para garantir o nível de serviço no transporte multimodal e na geração de serviços de alto valor agregado às cadeias logísticas dos clientes. “Assim, pretendemos alcançar um crescimento de volume em torno de 10% em relação ao ano passado”, afirma.

       Outro foco importante da Aliança para o ano é aumentar ainda mais a atuação da empresa no transporte de cabotagem de carga de projeto. Em 2014, a empresa afretou um navio do tipo multipropósito para carregar equipamentos com grandes dimensões e volumes, entre eles, transformadores, reatores, turbinas, entre outros. Nomeado de “Aliança Energia”, o navio tem capacidade para transportar, aproximadamente, 19 mil toneladas de carga e é equipado com três guindastes, que juntos podem içar peças de até 800 toneladas.

Demora na análise da Anvisa em Santos leva importadores de medicamentos a migrar para portos de outros estados

       A demora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar a análise das importações no porto de Santos (SP) chegou a picos de 40 dias neste ano e mesmo que venha caindo nos últimos dias - a meta do governo, que ampliou o efetivo do posto de 16 para 26 agentes em março, é reduzir para sete dias - importadores paulistas temem que o novo patamar seja sazonal e buscam novos terminais em outros estados para realizar o desembarque dos produtos.

       "De dezembro a fevereiro geralmente o índice dobra ou triplica. Se ficasse linear, seria bom para todo mundo. Na prática, ainda falta pessoal", conta Geraldo Gonçalves, gerente de comércio exterior da MCassab. O grupo, especializado na importação, distribuição, trading e produção de insumos, concluiu em março a transferência de suas importações para os portos de Santa Catarina devido, sobretudo, à demora na liberação de importações pela Anvisa em Santos.


      A empresa importa por ano cerca de 2.800 teus, o equivalente a US$ 150 milhões. Há cerca sete anos, a maioria entrava no Brasil por Santos. Mesmo tendo custo extra para transferir a carga para São Paulo, o gasto é menor que as despesas com armazenagem e aluguel adicional do contêiner em Santos.

       "Em Santos o processo da Anvisa estava levando em média 25 dias, em Santa Catarina são sete dias", afirma Gonçalves. A empresa tem unidades próprias fora do país, onde o órgão equivalente à Anvisa gasta, no máximo, cinco dias para liberar uma carga. "Na Argentina e na China são cinco dias; nos Estados Unidos, dois", compara.

       Nos portos do Rio e do Espírito Santo, o órgão de vigilância sanitária leva dez dias, em média. Isso não inclui os prazos de inspeção de outros anuentes no comércio exterior, como o Ministério da Agricultura e Receita Federal - inferiores ao da Anvisa.
 

       Companhia menores estudam também importar por meio de outros portos para driblar o "custo Anvisa de Santos". A Gourmand Alimentos, que importa cerca de 120 contêineres ao ano, vai fazer um teste. Ainda neste semestre vai migrar parte das compras para Santa Catarina. Isso demandará a abertura de um escritório da empresa em território catarinense.

        "A alegação da demora é falta de pessoal e de equipamento, mas essa é a mesma alegação que ouço há dez anos", diz Sydney Bratt, diretor da Gourmand. A empresa já repassou o custo extra para o preço final do produto. O ponto crítico da Anvisa em Santos foi no fim de 2014 e início deste ano, entre outras razões devido à diminuição de servidores. Em novembro, uma operação da Polícia Federal em parceria com a própria Anvisa desmontou um esquema formado por agentes do órgão, empresários e despachantes aduaneiros que agiam ilicitamente para antecipar a liberação em processos de licença de importação e garantir a autorização sem análise e fiscalização adequados.

Governador Sartori busca parcerias na Europa para transformar o Rio Grande do Sul em polo avançado na área da saúde

       O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, liderando uma missão de políticos, incluindo o prefeito da capital gaúcha, José Fortunati, em viagem pela Europa, desembarcaram essa manhã, em Paris, onde visitarão as instalações da Airbus Defence & Space, empresa que já anunciou a intenção de criar um cluster voltado à tecnologia  da saúde em Porto Alegre.

       Nesta terça-feira, os membros da comitiva visitaram o Medical Valley, em Erlangen, na Alemanha, e assinou termo de compromisso para trazer o projeto para o Sul do Brasil. Mas para que a internacionalização do complexo germânico, que conta com gigantes como a Siemens, possa ser concretizada no Rio Grande do Sul, será necessária a renúncia de impostos pelo executivo estadual. Caso seja definido o acordo, as instalações deverão ficar em São Leopoldo.

       O Medical Valley tem mais de 500 empresas entre as de grande porte e startups, além de 16 universidades e mais de 40 institutos de saúde. A expectativa é de que os primeiros contratos operacionais sejam firmados até agosto deste ano e as operações comecem entre 2016 e 2017, podendo transformar o estado em um grande polo de referência na oferta de produtos e serviços em saúde avançada.