terça-feira, 31 de julho de 2018

Ministério das Minas e Energia libera instalação da segunda térmica no Porto do Açu

          O Ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, assinou nesta semana, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), a autorização para a implantação da Usina Termelétrica GNA II, que será desenvolvida pela empresa Gás Natural Açu (GNA) no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ). O empreendimento contará com 1.673 MW de capacidade instalada.
          “Estamos conseguimos avançar no sentido de garantir energia barata e limpa para o Brasil e as perspectivas são muito animadoras. Realizamos a entrega de outorga de 80 empreendimentos, que foram vencedores dos leilões A-4 e a A-6. Dentre eles, temos iniciativas no estado do Rio de Janeiro: as UTEs GNA I e GNA II e a Usina Vale Azul, que será implantada no município de Macaé. Minha expectava é que com o tempo possamos descentralizar essa produção, para diminuir o custo-final dessa energia para os demais estados brasileiros”, afirmou o ministr
          Desenvolvido pela Gás Natural Açu (GNA), parceria entre a Prumo Logística, a BP e a Siemens, a GNA II sagrou-se vencedora do leilão A-6, que aconteceu em dezembro de 2017. O início da operação comercial desta unidade está previsto para janeiro de 2023.
          “Com a outorga da segunda termelétrica, o Porto Açu se transforma no maior complexo termelétrico da América Latina, com 3GW de capacidade instalada, o que para nós é motivo de muito orgulho”, destacou Bernardo Perseke, presidente da GNA.
De acordo com José Magela, presidente da Prumo Logística – holding que desenvolve o Porto do Açu – “serão mais de R$ 8 bilhões investidos até 2023 na instalação das 2 termelétricas a gás natural e no terminal de regaseificação de GNL, o que significa geração de emprego e renda e desenvolvimento econômico não só para o Norte Fluminense, como para todo o Brasil”.
Em março deste ano, a GNA iniciou a construção da UTE GNA I, que começa a operar em janeiro de 2021. Ainda neste semestre, também será iniciada a construção do terminal de regaseificação de gás natural (GNL), com capacidade para 21 milhões m³/dia.
          A instalação das termelétricas é parte do Açu Gas Hub, projeto em desenvolvimento no Complexo Portuário do Açu, cujo objetivo é constituir uma solução logística para importação e armazenagem de Gás Natural Liquefeito (GNL), assim como para o recebimento, processamento, consumo e transporte de gás natural produzido nas Bacias de Campos e Santos. O gás natural é considerado item fundamental para o desenvolvimento do complexo portuário.
          Ainda durante o evento, o Ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, falou sobre a importância da ligação ferroviária para o Porto do Açu, por meio da ferrovia Rio-Vitória (EF-118). “Nós precisamos criar uma infraestrutura de acesso e transporte ao Porto do Açu, tanto ferroviária, quanto rodoviária. É incompatível termos esse complexo industrial sendo desenvolvido e não ter a ligação logística necessária”, afirmou.
          José Magela, presidente da Prumo Logística, reiterou o pleito. “O Porto une o Brasil ao mundo. Agora temos que unir o mundo ao Brasil, por meio de um anel ferroviário. A Rio-Vitória vai transformar a realidade do Rio e trazer desenvolvimento econômico para os Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo”, concluiu.

Temer diz que acordo sobre tabelamento do frete está próximo


          O presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira (30) em discurso a empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que a disputa judicial sobre o tabelamento do frete de cargas está sendo equacionada no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ministro Luiz Fux e pela advogada-geral da União, Grace Mendonça, e que em breve deverá se chegar a um acordo.
          “Fizemos um acordo [com os caminhoneiros] na convicção, especialmente na questão do frete, que haveria disputas de natureza judicial. Ao fundamento de que, talvez, houvesse a eventual inconstitucionalidade de um tabelamento”, disse Temer, acrescentando que “as informações que eu tenho tido é que acabará havendo uma composição, até por uma questão factual muito importante, os próprios caminhoneiros acabaram percebendo que isso [o tabelamento] acaba criando um problema para eles. Eu tenho a impressão que nós vamos chegar a um ponto em relação a essa matéria”.
          No último dia 11, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou, por votação simbólica, a Medida Provisória (MP) 832/18, que permite à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) definir um valor mínimo para o frete no transporte de cargas. A matéria seguiu para apreciação do Senado. A medida foi uma das reivindicações dos caminhoneiros que paralisaram em todo o país no mês de maio, mas enfrenta forte resistência do agronegócio.
          Pelo texto, fica instituída a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, e estabelecida a proibição de fechar qualquer acordo de fretes em valores inferiores aos pisos mínimos. Em junho, o ministro do STF Luiz Fux suspendeu todas as ações na Justiça que questionavam a MP e convocou audiência entre o governo e caminhoneiros para tentar chegar a um acordo.

Estaleiro Rio Maguari faz parceria com a canadense Robert Allan


          O Estaleiro Rio Maguari (ERM) formou uma parceria com a canadense Robert Allan para a construção de rebocadores portuários no Pará. Conhecido pela construção de embarcações fluviais, como barcaças e empurradores, o ERM está em negociação com alguns operadores e tem a previsão de começar a produção já a partir do ano que vem. A líder global em projetos navais, Robert Allan, é responsável pelo apoio técnico.
          Os rebocadores portuários são embarcações de apoio para auxiliar as manobras e a atracação de navios nos portos brasileiros. “O mercado que demanda rebocadores mantém o crescimento mais estável, em termos de renovação da frota, quando comparado aos de óleo e gás e até mesmo o de construção fluvial, que são mais sazonais. Os requisitos de potência de rebocadores estão mudando constantemente em decorrência do tamanho dos navios e das necessidades dos portos, portanto é um mercado em constante evolução”, afirma o diretor comercial do Estaleiro Rio Maguari, Fabio Vasconcellos.
          Vasconcellos avalia que, com a entrada no novo segmento, o ERM estabelece uma alternativa adicional de contratação. Ele afirma que as embarcações fluviais seguem como o carro-chefe do Estaleiro – nos últimos cinco anos foram entregues mais de 300 unidades -, entretanto a diversificação da carteira é necessária para não ficar dependente de apenas um setor.
          “Temos condições de competir com os preços internacionais do mercado de rebocadores portuários, por isso visamos não só o comércio interno, mas o da América Latina também, que atualmente é atendida por estaleiros fora do País. Nossa localização em Belém, no Pará, é um fator importante de proximidade com a AL, além da qualidade de produção e a pontualidade na entrega”, diz o diretor comercial do ERM. Segundo Vasconcellos, seguindo o planejamento, o Estaleiro deve realizar a contratação adicional de cerca de 80 novos colaboradores diretos.


Codesp pode implantar monitoramento em tempo real para determinar o calado em Santos


          A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), com o objetivo de oferecer mais segurança de navegação com um calado maior, estuda a implantação de um sistema de monitoramento, em tempo real. A medida permite determinar o calado operacional máximo (profundidade máxima que os navios podem atingir) para cada manobra executada no canal do Porto de Santos.
          Detalhes do estudo técnico serão apresentados para entidades do setor portuário na próxima terça-feira. O projeto de viabilidade de adoção deste monitoramento foi desenvolvido pela empresa australiana OMC Internacional. 
          De acordo com a estatal que administra o cais santista, esse sistema, conhecido por DUKC (sigla do inglês Dynamic Underkeel Clearance), ajuda na tomada de decisão quanto à entrada e saída de navios, levando em conta as condições meteorológicas e oceanográficas e o comportamento da embarcação durante a travessia do canal.

Porto de Vitória bate recorde na movimentação de granéis líquidos


          O Porto de Vitória registrou mais um mês de aumento na movimentação de cargas nos terminais públicos e privado. O complexo da capital capixaba apresentou em junho crescimento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, em comparação a 2017 os dados também foram positivos, com aumento de 1,82% no volume de cargas, com destaque para os granéis líquidos.
          O relatório divulgado pela Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo) revelou que só em junho, os granéis líquidos registraram 154% de aumento. Foram 72.862 t este ano contra 28.669 t no ano passado. De janeiro a junho o resultado também foi positivo e o índice apurado ficou em 20,85%, comparado ao mesmo período de 2017.
          Houve, ainda, considerável aumento no volume de cargas gerais soltas no mês e no acumulado do ano. Em junho o progresso foi de 72%, o que representa 117.575 t em 2018, contra 68.468 t no ano anterior. O acumulado foi de 8,80%. Cargas gerais soltas são granito, veículos, máquinas, concentrados de cobre, entre outras. A movimentação de cargas em junho foi a segunda maior do ano. O mês de abril apresentou crescimento de 30%.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Consórcio chinês vence concorrência para construção da quarta ponte sobre o Canal do Panamá


          A Direção Geral de Contratações Públicas do Panamá declarou um consórcio de capitais chineses como vencedor da licitação para a construção da quarta ponte sobre o Canal do Panamá. A decisão ratificou a avaliação do Ministério de Obras Públicas em relação ao processo licitatório.      Segundo o órgão, o Consórcio Panamá Cuarto Puente, formado pela China Communications Construction Company (CCCC) e a China Harbour Engineering Company Ltd (CHEC) apresentou a melhor proposta para o projeto.
       A obra é considerada uma das mais importantes do país depois da ampliação do Canal e contempla investimento do Governo Nacional superior a US$ 1,400 milhão. O projeto visa a melhorar a mobilidade de 1,7 milhões de usuários do oeste panamenho. A quarta ponte atenderá a conexão com o Corredor Norte, permitindo viajar desde o setor de Tocumen e 24 de Diciembre até a Zona Oeste do Canal sem necessidade de atravessar a Cidade do Panamá.
         É importante destacar que o projeto, juntamente com a Linha 3 do Mêtro, vai gerar mais de mil empregos durante o tempo de construção. A obra terá extensão aproximada de 6,5 km. Terá diversos entroncamentos, rampas e viadutos, que somados, elevam o total para cerca de 40 km. A iniciativa envolve uma série de obras que inclui 24 pontes, com destaque para a mega estrutura sobre o Canal do Panamá, que incluirá também estrutura ferroviária para a operação da Línea 3 do Metrô. Haverá ainda entroncamentos em Albrook, em frente ao Aeroporto Marcos Gelaberty e conexão Oeste com as rodovia Panamericana e Vera Cruz.