segunda-feira, 22 de junho de 2015

Embarques de grãos pelo Norte devem crescer com investimentos em logística

       Os estados do Centro-Norte foram responsáveis, no ano passado, por 58% da safra de grãos do Brasil, cujo escoamento mais mais fácil para o exterior seria pelos rios amazônicos e portos do Pará ou Amapá, que atualmente conseguem embarcas apenas 15,2% da produção. Com infraestrutura insuficiente, a soja de Mato Grosso viaja dois mil quilômetros por estrada até os estados do Sudeste, encarecendo o produto brasileiro.

       A nova etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL), lançado pelo governo, deve corrigir essa distorção. Para a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), as concessões anunciadas têm um foco muito claro na porta de saída das exportações do setor pelo “Arco Norte”, o que pode descongestionar gradativamente o movimento em portos como o de Santos (SP).

       “Muitos projetos do PIL são relevantes para o agronegócio porque fortalecem a logística no Arco Norte e desafogam os portos do Sudeste”, entende a economista Elisangela Pereira Lopes, assessora técnica da Coordenação de Assuntos Estratégicos da CNA. Segundo ela, dois projetos fundamentais doprogramaL são as concessões das rodovias BR-163 e BR-364. A primeira liga Sinop (MT) ao Porto de Miritituba (PA), às margens do rio Tapajós, onde estão se instalando 26 terminais de grãos para exportação. A segunda é a trecho entre Comodoro (MT) e Porto Velho (RO), que embarca atualmente quatro milhões de toneladas pela hidrovia do Rio Madeira.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário