domingo, 14 de junho de 2015

Presidente da Gerdau aposta nos Estados Unidos enquanto economia brasileira seguir desaquecida

       A atividade econômica enfraquecida e o cenário incerto no curto prazo, levou a Gerdau a esperar a retomada da demanda por aço no Brasil somente em 2016. A aposta, por enquanto é no crescimento dos pedidos nos Estados Unidos, considerado hoje pela siderúrgica o melhor mercado para o segmento no mundo.

       A afirmação foi feita pelo presidente da empresa, André Gerdau Johannpeter, em entrevista na sede da Bolsa de Valores de Nova Iorque (Nyse), nos Estados Unidos, onde a empresa brasileira fez evento fechado para cerca de 100 investidores e analistas.

       Quando a Gerdau divulgou o balanço do primeiro trimestre, com lucro em queda anual de quase 40%, a expectativa da companhia gaúcha era de que a demanda por aço no Brasil fosse apresentar alguma recuperação a partir do segundo semestre, mas a expectativa não deve se confirmar.

       "Desde nosso anúncio de resultados, a situação no país não melhorou e até alguns números pioraram em determinados setores, como automotivo, construção, máquinas e equipamentos", explicou Johannpeter. "O que se esperava para o segundo semestre pode ser que só aconteça no ano que vem", ressaltou. "Neste momento estamos com PIB (Produto Interno Bruto) negativo, inflação em 8 5% e juros subindo. É um cenário de contenção," destacou.

       Se a situação piora no Brasil, as perspectivas para os Estados Unidos, mercado que representa 40% da capacidade instalada da Gerdau, são bem melhores. "A América do Norte é nosso melhor mercado hoje", disse o empresário, ressaltando que isso mostra a estratégia acertada da empresa de buscar maior diversificação geográfica das operações. A companhia opera em 29 Estados dos EUA e ainda tem negócios no Canadá, com um total de 11 mil funcionários na região e mais de 100 unidades, incluindo usinas e fábricas.

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