A atividade econômica enfraquecida e o cenário incerto
no curto prazo, levou a Gerdau a esperar a retomada da demanda por aço
no Brasil somente em 2016. A aposta, por enquanto é no crescimento dos pedidos
nos Estados Unidos, considerado hoje pela siderúrgica o melhor mercado
para o segmento no mundo.
A afirmação foi feita pelo
presidente da empresa, André Gerdau Johannpeter, em entrevista na sede
da Bolsa de Valores de Nova Iorque (Nyse), nos Estados Unidos, onde a empresa brasileira
fez evento fechado para cerca de 100 investidores e analistas.
Quando
a Gerdau divulgou o balanço do primeiro trimestre, com lucro em queda
anual de quase 40%, a expectativa da companhia gaúcha era de que a
demanda por aço no Brasil fosse apresentar alguma recuperação a partir
do segundo semestre, mas a expectativa não deve se confirmar.
"Desde
nosso anúncio de resultados, a situação no país não melhorou e até
alguns números pioraram em determinados setores, como automotivo,
construção, máquinas e equipamentos", explicou Johannpeter. "O que se
esperava para o segundo semestre pode ser que só aconteça no ano que
vem", ressaltou. "Neste momento estamos com PIB (Produto Interno Bruto)
negativo, inflação em 8 5% e juros subindo. É um cenário de contenção," destacou.
Se a situação piora no Brasil, as perspectivas para os Estados Unidos,
mercado que representa 40% da capacidade instalada da Gerdau, são bem
melhores. "A América do Norte é nosso melhor mercado hoje", disse o
empresário, ressaltando que isso mostra a estratégia acertada da empresa
de buscar maior diversificação geográfica das operações. A companhia
opera em 29 Estados dos EUA e ainda tem negócios no Canadá, com um total
de 11 mil funcionários na região e mais de 100 unidades, incluindo
usinas e fábricas.
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