segunda-feira, 8 de junho de 2015

Políticos de Rio Grande vão à Petrobras tentar evitar paralisação das obras na indústria naval

       As dívidas na cadeia de produção da Petrobras atingiram fortemente Rio Grande (RS), que tinha aproximadamente 10% da população empregada em três estaleiros em crise. As demissões levaram uma comitiva de políticos da cidade de 200 mil habitantes à Petrobras nesta segunda (8), para tentar evitar a paralisação total das obras.

       O município abriga os estaleiros Honório Bicalho, do consórcio QGI, formado por Queiroz Galvão e Iesa, e o ERG (Estaleiro Rio Grande), da Ecovix, os quais estão com dificuldades para entregar suas encomendas e acumulam dívidas com fornecedores. Segundo relatório da Abimaq, a Ecovix, braço de construção naval da Engevix, tem R$ 65,7 milhões de dívidas com fabricantes de equipamentos. É a maior dívida entre as empresas da lista da associação.

       O ERG tem contratos para construir oito cascos para as chamadas plataformas replicantes (de projeto idêntico), da P-66 a P-73, que vão operar no pré-sal. As obras estão paradas porque uma parcela do financiamento de R$ 200 milhões com recursos do Fundo de Marinha Mercante não foi liberada pela Caixa. Já o consórcio QGI tem R$ 26,8 milhões em dívidas com seus fornecedores no processo de construção das plataformas P-75 e P-77. A obra está parada devido a impasse entre as partes sobre o valor de aditivos.
 

       As empresas contratadas pela Petrobras têm dívidas de mais de R$ 400 milhões com seus fornecedores. As dívidas dos prestadores de serviço com fornecedores até abril no item equipamentos já entregues e não pagos estava em R$ 258,9 milhoes e em equipamentos encomendados mas não entregues totalizava R$ 152,6 milhões.

        Entre os maiores devedores estão Ecovix (R$ 65,7 milhões), Consórcio Integra formado pelas empresas Mendes Junior e OSX (R$ 64,1 milhões) e Consórcio UFN 3 formado pela  Sinopec e Galvão Engenharia (R$ 34 milhões). Os grandes devedores são grandes construtoras, empreiteiras e empresas de engenharias(EPCisas) e ainda estaleiros com contratos firmados com a Petrobras, parte delas envolvidas na Operação Lava Jato. As obras com maiores volumes de dívidas são as Refinarias Abreu e Lima(PE); fábrica de fertilizazntes UFN3(MS) e plataformas replicantes espalhadas por diversos estaleiros.

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