O Estaleiro Fibrafort, de Itajaí (SC), considerado o maior da América do Sul, está mirando no mercado da
Ásia. A empresa quer exportar seus modelos para países como China e Coreia do Sul,
onde o interesse náutico tem crescido exponencialmente.
Atualmente, a
empresa, com 25 anos de atividade, produzindo embarcações 100% nacionais, tem
revendas espalhadas pela América e exporta para a Noruega,
Holanda, Rússia e Emirados Árabes. Apenas esse ano já exportou 90 barcos. O negócio tem passado longe da crise. Este ano, a
previsão de crescimento da Fibrafort é de 18 a 20%.
O salto do estaleiro foi a recente aposta no mercado de iates. O primeiro 40
pés foi lançado no ano passado e rapidamente se tornou um sucesso de
vendas. Só a F400 Gran Coupé da Linha Yachts deve movimentar este ano
mais de R$ 20 milhões.
Enquanto setores mais
tradicionais da economia, como o mercado automobilístico, sentem os
efeitos da retração, na náutica a crise é uma realidade distante. A
abertura para novos clientes nos últimos anos e o interesse do
consumidor já conquistado por embarcações maiores e melhor equipadas tem
feito o setor sobreviver às intempéries. Uma ótima perspectiva para
Itajaí, que concentra alguns dos principais estaleiros especializados em
barcos de passeio no país.
A Fibrafort tem 300 funcionários e fabrica cerca de mil embarcações ao ano, que podem custar de R$ 40 mil a R$ 1,3 milhão. Agora, atenta ao mercado náutico que mais cresce, o das embarcações mais caras e
luxuosas, a Fibrafort deve lançar no ano que vem mais uma opção de
modelo, com 35 pés, e em 2017 planeja começar a entregar barcos de 46
pés. A ideia é atender ao consumidor que já possui uma embarcação, mas
procura um modelo maior.
O diretor comercial da Fiberaforte, Giovani
Borgomoni, disse que a expansão na oferta de
marinas na região tem sido vista como oportunidade de crescimento para
os estaleiros. Nos últimos anos as empresas têm deixado de vender barcos
para novos clientes porque não há espaços disponíveis para manter a
embarcação por aqui. Além de Itajaí, Balneário Camboriú e Porto Belo
trabalham em projetos de marinas.
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