A produção industrial gaúcha deverá seguir em queda, produzindo menos, fechando postos de trabalho e com excesso de estoques.
O cenário foi apontado pela Sondagem Industrial do Rio Grande do Sul, divulgado nesta
terça-feira (2), pela Federação das Indústrias do Rio
Grande do Sul (Fiergs), que prognostica a permanência dessa tendência negativa para o setor nos próximos
meses.
"O primeiro semestre será perdido para a indústria e ainda não há sinais claros de reversão dessa tendência. Os sucessivos resultados negativos dos últimos meses contaminaram as expectativas dos empresários, que deixaram de acreditar numa retomada ainda neste ano", disse o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.
Segundo
o levantamento da entidade, a produção industrial gaúcha registrou uma
forte redução em abril, em relação a março. O indicador caiu 10,4 pontos
e somou 40,3, o menor nível para o mês dos últimos cinco anos. O
emprego (44,4 pontos) completou um ano de queda e a Utilização da
Capacidade Instalada (68%) é a menor já apurada para o mês desde 2010. O
excesso de estoques de produtos finais (55,1 pontos) refletiu a demanda
efetiva inferior à esperada pelas empresas.
As
expectativas dos industriais para os próximos seis meses também
desaceleraram. Os indicadores que recuaram na passagem de abril para
maio foram: número de empregados (42,8 pontos), compras de
matérias-primas (44,4), demanda (45,9) e quantidade exportada (49,6).
Apenas a intenção de investir ficou estável (45,4), mas ainda muito
baixa.
A Sondagem
Industrial RS é desenvolvida mensalmente e varia numa escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os
valores estiverem acima de 50 pontos indica maior otimismo e abaixo revela pessimismo. Somente a variável de estoques em comparação ao
planejado é avaliada como negativa acima dos 50 pontos. No caso da
intenção de investir, quanto maior o índice, maior a propensão da
indústria.
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