sexta-feira, 5 de junho de 2015

Rumo ALL investirá R$ 2 bilhões no Paraná para aumentar em 60% volume transportado

       A Rumo ALL vai investir cerca de R$ 2 bilhões no Paraná nos próximos cinco anos. A aplicação faz parte de um pacote que pode chegar a R$ 8 bilhões em todo o país até 2020. Somente na malha paranaense, a aplicação dos recursos permitirá um aumento de 60% no volume transportado.

       O plano da Rumo ALL, companhia que resultou da fusão da Rumo, do grupo Cosan, com a América Latina Logística, iniciada em 2014 e aprovada neste ano pelas autoridades brasileiras, foi dividido em duas partes. A primeira prevê R$ 2,8 bilhões em investimentos até o fim de 2016. A segunda fase vai até o fim de 2019 e contará com pelo menos R$ 4,6 bilhões, mas depende da renovação das concessões das ferrovias administradas pela empresa, em negociação com o governo federal.

       A previsão é que a malha Sul da Rumo ALL, que compreende a rede nos três estados do Sul e alguns trechos em São Paulo, receba R$ 2,1 bilhões até 2020. Desse total, R$ 818 milhões serão investidos até o fim do ano que vem. Segundo Darlan de David, vice-presidente das operações Sul da Rumo ALL, cerca de 90% dos recursos (R$ 1,9 bilhão) virão para o Paraná.
Oeste paranaense

       A Rumo ALL pretende “desbravar” o mercado de transporte de grãos no Oeste do Paraná. Há dois obstáculos com os quais a empresa está lidando: a liberação de passagem no trecho administrado pela Ferroeste, entre Guarapuava e Cascavel, e a ligação Guarapuava-Ponta Grossa, que faz parte de sua malha, mas é extremamente sinuosa. Executivos da empresa já iniciaram conversas para encontrar um modelo de negócios com a Ferroeste. Se houver viabilidade, a empresa estaria disposta a investir na sua linha, reformando trechos onde a velocidade é mais baixa.

       “Nosso foco é o Paraná, em especial o corredor para escoamento de grãos de Londrina e Maringá até Paranaguá”, explica David. O objetivo é recuperar participação de mercado, que vinha em queda desde 2007, e elevar em 60% o volume transportado no estado – foram 16 milhões de toneladas no ano passado e a meta é chegar a 25 milhões de toneladas em 2020, com predominância de grãos e açúcar.

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