O presidente da Associação
de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, estimou que
o Brasil deverá conseguir saldo comercial de US$ 5 bilhões, este ano.
No entanto, ressalvou aspectos negativos desse saldo e critica recentes
medidas do Governo em relação às exportações. "A revisão anual
da balança comercial da AEB será feita em julho, mas neste momento, a
projeção é de um superávit de US$5 bilhões, graças à queda das
importações ser maior que das exportações. Ou seja, um superávit
negativo", explicou.
Como consequência, a corrente de comércio vai romper uma
barreira e ficar abaixo de US$ 400 bilhões, o menor valor nos últimos
cinco anos. Em relação a 2011, significará uma redução de cerca de US$
90 bilhões – disse Castro, visivelmente preocupado com a queda no fluxo
de comércio. Em 2013, o fluxo de comércio foi de US$ 481 bilhões;
em 2014, de US$ 454 bilhões, e este ano deverá involuir sensivelmente,
posicionando-se abaixo de US$ 400 bilhões, quando, em 2013, estava
próximo de superar meio trilhão de dólares.
O presidente da Associação
Brasileira de Terminais de Containeres de Uso Público (Abratec), Sérgio
Salomão, admitiu recentemente que, este ano, o movimento de contêineres
nos portos irá diminuir, o que é algo raro, pois nos últimos anos essas
operações sempre vinham evoluindo acima da expansão da economia em
geral. Castro afirmou que tem pedidos a fazer ao governo.
"Gostaria de ver previsibilidade nas ações das autoridades, pagamento aos
exportadores dos créditos fiscais acumulados de PIS/Cofins e que não
sejam desmontados os programas de incentivos à exportação como
Reintegra, financiamentos pelo Proex e seguro de crédito à exportação" , reivindicou o presidente da AEB.
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