quarta-feira, 10 de junho de 2015

Odebrecht TransPort inicia seu primeiro investimento em logística no Nordeste

       A Odebrecht TransPort (OTP) vai iniciar seu primeiro investimento em logística no Nordeste. A companhia está em fase final de contratação de equipamentos para o terminal portuário de granéis sólidos, no Porto de Suape, em Pernambuco, e pretende iniciar até agosto as obras civis do projeto, com um custo inicial estimado em cerca de R$ 150 milhões.

       A expectativa é de que o terminal comece oficialmente a operar em setembro do ano que vem, a tempo para atuar no escoamento da safra de açúcar 2016/2017 na região, que se inicia entre outubro e novembro. A OTP é braço de infraestrutura do Grupo Odebrecht, maior empreiteira do país e citada nas investigações da Lava Jato sobre esquema de propinas pagas a ex-dirigentes da Petrobras, políticos e partidos. 


       A empresa afirma que a operação “não teve nenhum impacto” em seus investimentos. “Os nossos negócios avançam normalmente, inclusive com interesse de investidores estrangeiros”, informou em nota. O grupo reiterou que não pagou propina ou participou de esquemas ilícitos.
 

       O terminal, do qual a OTP tem 75%  das ações e a operadora logística Agrovia outros 25%, inicialmente foi planejado para a exportação de açúcar refinado a granel, mas a expansão e a ampliação de escopo já estão em análise. A companhia solicitou à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq, órgão regulador do setor) a autorização para que a instalação passe a movimentar outras cargas granéis de exportação e importação, como soja, milho, cevada, malte e trigo.

        A expectativa da empresa é de que a Antaq tome uma decisão sobre o pleito até o fim deste ano. A companhia ainda não detalhou o plano de investimentos para esta segunda fase de investimentos, mas os cálculos iniciais apontam para a necessidade de R$ 60 milhões adicionais. Na primeira etapa, os investimentos previstos incluem basicamente a instalação de sistema de recepção rodoviária, armazenagem de açúcar refinado a granel, ensacamento e elevação do açúcar a navios graneleiros. A nova instalação permitirá o embarque de açúcar por Suape, em navios de 35 mil toneladas

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