quarta-feira, 10 de junho de 2015

Área dos berços do porto de Itajaí não é incluída no pacote do governo

        O pacote de concessões do governo federal deixou de fora a área dos berços  3 e 4 do Porto de Itajaí, que estão em fase de reforma e realinhamento, obra bancada pelo próprio governo, ao custo de R$ 117 milhões. A expectativa era que o arrendamento da área pudesse integrar o programa, que prevê a concessão de 29 áreas portuárias no país apenas na primeira fase do pacote.

        Foram anunciadas concessões nos blocos 1 e 2, inclusive uma área no Porto de São Francisco do Sul. A área de Itajaí, porém, está no bloco 4 do pacote. Isto significa que não deve ser licitada até o ano que vem. Os berços 3 e 4 foram usados provisoriamente pela APM Terminals, arrendatária do Porto de Itajaí, durante as obras de recuperação dos atracadouros 1 e 2, que foram danificados nas enchentes de 2008 e 2011.


         As obras de realinhamento começaram no ano passado e devem ser concluídas até o fim deste ano. Como a autoridade portuária (a superintendência) é proibida de operar cargas por força de lei, e o local está “sem dono”, o interesse em entregá-lo à iniciativa privada é antigo.

        A expectativa agora é pela resposta a um questionamento apresentado pela própria APM Terminals à Secretaria Especial de Portos (SEP). A empresa pede para anexar a área dos berços 3 e 4 sem concorrência, sob a alegação de que o tamanho maior dos navios operando na costa brasileira não permite mais que ela atraque duas embarcações ao mesmo tempo em seus berços arrendados _ conforme prevê o contrato.

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