O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu à transparência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social) nesta sexta-feira (5). Ao participar do anúncio de nova
política do banco para o financiamento de projetos de longo prazo de
grandes empresas junto ao mercado de capitais, Levy disse que o projeto
demonstra que a união entre o público e privado "quando se dá com
transparência" é positiva para a economia do País. "E o Bndes, a gente
vê, é cada vez mais transparente", avaliou.
Segundo Levy, ao comparar a instituição de fomento brasileira a outros bancos de investimento do mundo "os padrões de divulgação (do Bndes) são bem mais detalhados", disse, citando como exemplo bancos alemães. "O BNDES tem patamares bastante significativos de transparência", reforçou.
O BNDES tem sido cobrado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por documentos específicos sobre determinadas operações. Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o BNDES envie ao TCU os dados dos empréstimos concedidos ao Grupo JBS. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão de controle, essa demanda exige a obtenção de dados específicos para o caso, até então sigilosos.
No início desta semana, o Banco publicou informações sobre empréstimos a projetos no exterior entre 2007 e 2015, incluindo empreendimentos em Cuba e Angola, antes classificados como secretos, e sobre os contratos domésticos desde 2012. Além de um resumo do objeto do contrato - com detalhamento sobre os projetos financiados -, estão disponíveis também outras informações como taxa de juros de cada contrato, os valores, os prazos e as garantias.
Alguns economistas, no entanto, disseram que avaliação sobre o retorno dos empréstimos concedidos pelo banco no exterior, ainda depende de cálculos mais elaborados e de novos dados, que ainda não foram divulgados pela instituição, como o custo de captação do dinheiro emprestado.
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