O presidente do Grupo PSA, Carlos Tavares, disse acreditar que a “eletrificação forçada” da indústria de automóveis na Europa pode ter efeitos nefastos. Não foi a primeira vez que o comandante do conglomerado francês alertou para esse risco. Nesta segunda-feira, 7, durante a cerimônia de lançamento da
produção da nova geração do Opel Corsa, em Saragoza, Espanha, o português voltou
a criticar a imposição de metas anti emissões da União Europeia.
“A mobilidade elétrica é igual à comida bio[lógica]. É mais cara. E
não estão dizendo isso às pessoas”, advertiu Tavares durante a
cerimônia. Ele destacou ainda que “o maior risco para o setor automobilístico
é interno e provém da União Europeia devido à transição energética
imposta para a redução de emissões”.
O dirigente do Grupo PSA direcionou as críticas à França, Espanha e
Itália pela tomada de posições conjuntas para redução das
emissões poluentes no espaço comunitário. “Tomaram decisões extremas, mesmo estando entre os maiores produtores de veículos na Europa. Nós, fabricantes de automóveis, podemos adotar produção com emissões zero,
contamos com tecnologia adequada, o problema é a velocidade para fazer essa transição”, observou, acrescentando que “a mobilidade elétrica é mais cara do
que a mobilidade tradicional e é preciso compreender que apenas se pode adotá-laco com subsídios para os veículos e subindo os impostos”.
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