A Maersk tem expectativa de alta de 30% na movimentação do algodão
brasileiro em 2019 em relação ao ano passado. A projeção é baseada na
safra do produto, que teve aumento considerável. A produção será de 2,8
milhões de toneladas e a exportação prevista é de 1,8 milhão a 2 milhões
de toneladas. No último relatório do armador referente ao segundo
trimestre, o algodão foi o produto com a maior alta nas exportações. A
executiva de vendas da companhia, Mônica Alves, aponta o aumento da
produção e a boa qualidade como os principais fatores.
Com a
disputa comercial entre Estados Unidos e China, as exportações para este
mercado cresceram significativamente — na última safra foram 455,5 mil
toneladas somente para a China. Atualmente, 80% do algodão tem como
destino China, Indonésia, Vietnã, Bangladesh e Turquia. O mercado
nacional consome mais ou menos 700 mil toneladas. A especialista em
algodão conta que, no momento, não existe perspectiva de novos mercados
para o produto produzido no Brasil. A razão é que 70% das indústrias
têxteis estão na Ásia e Turquia, que são os principais mercados para o
algodão brasileiro.
Mais de 95% do algodão é exportado por Santos, mas também há o
embarque em outros portos como Paranaguá (PR), Salvador (BA) e Manaus
(AM). Mônica acredita que os exportadores de algodão cada vez mais devem
usar terminais avançados para seus produtos com rapidez e eficiência,
economizando tempo e reduzindo o gargalo atual em Santos, agora que há
menos terminais capazes de receber e manusear algodão no porto.
"Precisamos chegar no momento em que a logística finalmente se
tornará tão fácil e rápida quanto comprar um livro online no Brasil. É
assim que a logística está progredindo em economias como os EUA. Quanto
mais chegamos a esse modelo, mais rapidamente a economia brasileira, a
indústria de algodão, os negócios como um todo e os consumidores serão
beneficiados, ajudando a apoiar e a aumentar a oferta de empregos",
analisou Mônica.
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