De acordo com a Hidrovias do Brasil, o navio saiu do Porto Trombetas, na última sexta-feira (11), e encalhou nas proximidades do Canal do Curuá, em um banco de areia que não estava previsto em carta náutica. A praticagem local, porém, afirma que o navio encalhou em uma área com baixa profundidade, já prevista em um 'aviso aos navegantes' distribuído pela Marinha em março deste ano. Linésio Junior, presidente da Unipilot — cooperativa de apoio e logística aos práticos da ZP-01, disse que o navio encalhou dentro das chamadas 'linhas de perigo' divulgadas nesses avisos.
"As linhas tracejadas são o limite da área 'No Go', disseminada em março pela Marinha do Brasil, através de aviso aos navegantes", apontou Linésio. Ele destacou que a praticagem tem levantamento próprio para a área e utiliza software dedicado e exclusivo. O trabalho de batimetria na região é mantido pelo 4º Distrito Naval, através do CHN4 (Centro de Hidrografia do Norte). A autoridade marítima da região até o momento não comentou o incidente com o navio.
A Hidrovias do Brasil informou que entrou em contato com as autoridades responsáveis imediatamente após o encalhe para solucionar a questão de forma rápida e segura. A empresa, que realiza operações com bauxita na região desde 2017, conta com dois navios com capacidade de 82 mil toneladas cada operando entre o Porto de Trombetas e o Porto de Vila do Conde — Tucunaré e Tambaqui, construídos no Estaleiro Ilha S/A (Eisa). Em 2016, a empresa adquiriu as duas embarcações da Log-In para atender a um contrato de longo prazo celebrado com a Alunorte para transporte da bauxita entre Porto Trombetas e Vila do Conde, no Pará. Esse trade tem capacidade de seis milhões de toneladas de bauxita por ano.
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