quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Exportações de milho somam 40 milhões de toneladas nos últimos 12 meses


         As exportações de milho de janeiro a setembro somaram 29,2 milhões de toneladas, 132% mais do que em igual período de 2018, mantendo-se como o grande destaque na balança comercial do agronegócio brasileiro neste ano. O acumulado dos últimos 12 meses registrou 40 milhões de toneladas do cereal escoadas para fora de suas fronteiras. Esse volume jamais foi atingido antes.
          As receitas também são destaque. Ao atingirem US$ 5,1 bilhões de janeiro a setembro, superaram em 143% as do ano passado. Com esse volume financeiro, o milho sai da sexta posição da balança do agronegócio nos nove primeiros meses de 2018 para a segunda neste ano, considerando apenas os alimentos.
         Os embarques para o exterior estão tão aceleradas que o cereal deixa para trás carnes de frango e de boi, café e farelo de soja. As vendas externas de milho, que já são recordes, deverão atingir, em 2019, um patamar nunca registrado antes pelo país.
          As vendas externas do cereal ajudam a compensar as de soja, que estão em ritmo menor neste ano. A Secex aponta a saída de 57 milhões de toneladas da oleaginosa de janeiro a setembro, 18% menos do que em 2018.
          Além da queda no volume, os preços menores da oleaginosa no mercado externo provocam redução ainda maior nas receitas obtidas pelo Brasil. As exportações deste ano caíram para US$ 21,5 bilhões, abaixo dos US$ 28 bilhões de igual período de 2018.
          As vendas externas de milho se intensificam porque a produção nacional será recorde, próxima de 100 milhões de toneladas. Além disso, os exportadores brasileiros ocuparam parte de um espaço deixado pelos norte-americanos que, prevendo queda de safra nos Estados Unidos, retardaram suas vendas.
          Já a soja, mesmo com a continuidade da guerra comercial entre Estados Unidos e China, não repete o bom patamar de 2018. A China, principal consumidora mundial, tem bons estoques, após a intensa compra no Brasil em 2018. A redução do rebanho de suínos, devido à peste suína africana, também afeta o consumo, reduzindo a demanda pela oleaginosa.
         As exportações de produtos básicos somaram US$ 88 bilhões até setembro deste ano. A soja liderou, seguida de petróleo (US$ 17,4 bilhões) e de minério de ferro (US$ 16,6 bilhões). O ano também foi bom ano para as proteínas animais. As exportações de carne de frango “in natura” renderam US$ 4,7 bilhões até setembro. As de bovino subiram para US$ 4,2 bilhões, e as de suíno atingiram US$ 1 bilhão. O algodão é outro destaque na balança comercial brasileira. As receitas de setembro somaram US$ 229 milhões, 37% mais do que as de igual mês do ano passado, conforme dados da Secex.

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