quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Manifestações sociais no Chile afetam operações portuárias

          O porta-voz da Unión Portuaria del Biobío, Juan Caros Quezada, disse que a paralisação dos trabalhadores nos terminais marítimos, deflagrada nesta terça-feira (29) deverá se estender até a noite desta quarta-feira (30), em todo o Chile. A organização sindical agrupa cerca de 6 mil portuários de Iquique a Punta Arenas.
         Segundo Quezada, a adesão ao movimento ultrapassou 95% da categoria e foi adotada em apoio as manifestações que estão ocorrendo em todo o país, por melhores condições de trabalho, salário mais adequado, custo menor nos transportes e mudança na legislação, especialmente a referente a previdência social. As paralisações no Chile são comandas pela CUT (Central Unitaria de Trabajadores) e chegaram a reunir mais de 1 milhão de pessoas nas ruas na capital, Santiago.
          Os trabalhadores haviam anunciado que estavam alerta e que não descartavam voltar a realizar uma paralisação caso suas demandas não fossem atendidas. Desta forma, decidiram retomar a greve na segunda-feira, 28. A decisão foi tomada depois que a situação foi discutida em assembléia em Santiago.
          As manifestações já duram mais de uma semana em vários pontos do país. O movimento foi deflagrado a partir do descontentamento com o reajuste na tarifa do metrô de Santiago. Foi o estopim para manifestações que ganharam escala rapidamente. As demandas incluem também questões voltadas para a educação, saúde e outras.
        O presidente chileno, Sebastián Piñera, divulgou no dia 22 de outubro uma agenda social e nesta semana mudou o gabinete ministerial visando a encontrar soluções para a crise. O chefe do executivo tem mantido encontros com representantes de diferentes setores sociais e políticos, buscando alternativas.
          A Unión Portuaria de Chile divulgou um comunicado afirmando que “está firme com o povo. Somos classe operária e transformações profundas devem sair do meio sindical”. As lideranças empresariais e públicas não informaram até agora os prejuízos causados pelas paralisações.



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