O presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmou nesta quarta-feira
que a companhia está no limite do investimento na área de logística e
que, por isso, não tem interesse em novos trechos de ferrovias, embora
afirme que esteja "olhando com carinho" o pacote de concessões anunciado
nesta terça-feira pelo governo federal.
"Nós temos uma
limitação grande agora de investir em logística, porque nós
atingimos o limite no processo de competição", disse Ferreira
antes de participar de evento sobre os BRICs (sigla do grupo que
reúne Brasil, Rússia, Índia e China), organizado pela Fundação Getulio
Vargas, no Rio de Janeiro (RJ).
Questionado se teria interesse em algum trecho, garantiu que "não". Após o encontro, o executivo explicou
que a Vale já tem uma participação extensa no sistema ferroviário por
meio de sua subsidiária VLI. "Nós temos uma participação
relevante no sistema por meio da VLI. Tamos olhando com muito carinho,
respeitamos as regras de competição", ressaltou Ferreira.
A mineradora
tem concessão e opera duas ferrovias que são fundamentais para escoar
seu principal produto, o minério de ferro: a Estrada de Ferro
Carajás (EFC), que liga as minas de Carajás, no Pará, ao terminal
marítimo de Ponta da Madeira, no Maranhão, e a Estrada de Ferro
Vitória-Minas (EFVM), que conecta as operações da companhia em Minas
Gerais ao Porto de Tubarão, no Espírito Santo.
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