O Instituto Brasileiro de Governança
Corporativa (IBGC) pela primeira vez suspendeu uma empresa associada mantenedora do seu
quadro: a Petrobras. A entidade justificou que "não se sabe como a
companhia lidará com eventuais situações de conflito de interesses
envolvendo o acionista controlador", no caso, a União, em carta à
estatal.
A suspensão foi anunciada nesta
segunda-feira (1) e tem prazo de 12 meses. Após esse período, o IBGC vai
reavaliar a permanência da Petrobras em seu quadro associativo. A
decisão foi vista como positiva por profissionais do mercado, porém
gerou questionamentos quanto ao momento em que foi tomada. .
Na avaliação
de um analista, apesar de positiva, a medida veio com atraso. Um
especialista em governança teve a mesma impressão. A suspensão já era
esperada, mas ele lembra que ocorreu após a estatal publicar os balanços
de 2014 e do primeiro trimestre deste ano - questão esta que até então
gerava receio entre investidores - e criar uma diretoria focada em
governança. Foi tomada ainda depois de terem sido promovidas mudanças na
composição da diretoria e do Conselho de Administração. "Por que
agora?", questiona.
A superintendente geral do
IBGC, Heloisa Bedicks, explicou que o instituto tem dialogado com a Petrobras desde o ano
passado, quando a presidente ainda era Graça Foster. "O procedimento
administrativo disciplinar teve início em 2014. Pedimos informações
sobre o que a mídia estava divulgando a respeito da Operação Lava Jato e
o que a companhia estava fazendo para mitigar riscos", explicou. "Em
vários momentos, a empresa pediu uma postergação do prazo para
esclarecimento", revelou
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