A participação do agronegócio em maio foi recorde nas
exportações brasileiras, alcançando 51,5%. O valor atingido foi de US$ 8,64
bilhões, o que representa uma queda de 10,5% em relação a maio de 2014. Já as
importações somaram US$ 1,03 bilhão no período. Os números constam da balança comercial do agronegócio,
divulgada nesta segunda-feira (8) pela Secretaria de Relações Internacionais do
Agronegócio (SRI), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa).
“Na composição do superávit obtido na balança comercial do
Brasil no mês, que foi de US$ 2,76 bilhões, o setor agropecuário contribuiu com
US$ 7,61 bilhões de saldo positivo, enquanto os demais setores da economia
apresentaram mais de US$ 4,85 bilhões de déficit. Ou seja, o agronegócio foi o
responsável pelo superávit da balança comercial brasileira”, afirmou a
secretária de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo.
Os setores que mais contribuíram para a retração nas exportações
foram: complexo soja (menos US$ 384,59 milhões); carnes (menos US$ 300,47
milhões) e produtos florestais (menos US$ 127,81 milhões). Já os setores de
sucos e bebidas foram os que amenizaram a redução, com crescimento de US$ 37,8
milhões e US$ 11,79 milhões, respectivamente.
Mesmo com a retração, o complexo soja foi o principal setor em
termos de valor exportado, com crescimento de 20,9%
em quantidade em relação a maio do ano passado. “Em maio de 2015, houve queda,
em valor, nas exportações do agronegócio, porém, em quantidade, a queda foi
menor em alguns produtos. A soja em grão, por sua vez, apresentou aumento
significativo, registrando o montante recorde de 9,34 milhões de toneladas. O
produto foi destaque não apenas na balança do agronegócio, mas também na
balança como um todo”, assinalou a secretária.
Na segunda posição no ranking de exportação está o setor de
carnes, com US$ 1,2 bilhão. As vendas de carnes de frango foram responsáveis
por 48,1% desse montante, somando US$ 574,92 milhões. O segundo produto do
setor foi a carne bovina, com exportações de US$ 453,42 milhões. Ainda que com
menor participação em valor exportado, o desempenho da carne suína merece
destaque, com crescimento de 17,9% na quantidade embarcada em relação ao mesmo
período no ano passado.
Os produtos florestais ficaram na terceira posição, com
embarques de US$ 773,53 milhões em maio deste ano. No setor, o papel e celulose
alcançaram o montante de US$ 540,70 milhões. Na quarta posição chegou o complexo sucroalcooleiro, que somou US$
664,5 milhões mês passado. O valor apresentou queda de 3%, devido à retração
nas exportações de álcool (de US$ 98,67 milhões para US$ 46,61 milhões). Já o
açúcar apresentou crescimento tanto em valor (de US$ 585,77 milhões em maio de
2014 para US$ 617,25 milhões em maio de 2015) quanto em quantidade embarcada
(de 1,47 milhão para 1,83 milhão de toneladas).
O café, que somou US$ 483,86 milhões, ficou em quinto. As vendas
externas do grão foram 13,7% inferiores, em função da retração na quantidade
(161,56 para 157,83 mil toneladas) e do preço médio (US$ 3.118 para US$ 2.753
por tonelada). Já o café solúvel apresentou crescimento de 1,6% em valor, em
decorrência da ampliação do preço. Em conjunto, os cinco setores destacados somaram US$ 7,46
bilhões e foram responsáveis por 86,3% das vendas externas do agronegócio
brasileiro.
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