segunda-feira, 8 de junho de 2015

Lucro global das companhias aéreas melhora em 17% nos últimos seis meses

       A previsão de lucro para as companhias aéreas mundiais melhorou em 17% nos últimos seis meses, diante de um desempenho forte das empresas dos Estados Unidos, afirmou nesta segunda-feira a Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês). As transportadoras devem gerar US$ 29,3 bilhões em lucro líquido neste ano, com as companhias norte-americanas representando mais da metade do lucro total das companhias, com US$ 15,7 bilhões, disse a IATA que em dezembro previa um lucro de US$ 25 bilhões para as companhias aéreas do mundo, acima dos US$ 16,4 bilhões de 2014.

       O diretor-geral da IATA, Tony Tyler, afirmou que "2015 está se tornando um ano positivo". Segundo a entidade, o desempenho financeiro está sendo puxado pelos preços mais baixos do petróleo, pela recuperação econômica em alguns mercados e pelo forte desempenho do dólar. Mais de 3,5 bilhões de passageiros devem voar neste ano, um recorde histórico. As vendas devem ficar em US$ 727 bilhões, ou 0,7% abaixo do nível do ano passado, em grande medida por causa do efeito do dólar mais valorizado, segundo a IATA.

       A lucratividade continua a dar sinais de melhora. A IATA projeta uma margem de lucro líquido de 4% para o setor. Isso reflete em parte o fato de que as companhias aéreas estão se mostrando mais disciplinadas sobre os lugares disponíveis para venda. As companhias estão reduzindo sua capacidade, o que eleva a taxa de ocupação, uma medida de assentos vendidos por total ofertado, para um patamar estimado de 80,2% neste ano, de 79,8% em 2014.

       Investidores já mostraram-se preocupados com a possibilidade de excesso de oferta nas companhias aéreas, o que poderia ameaçar a lucratividade. Os números da IATA, porém, mostraram que as empresas dos EUA terão o mais alto lucro por passageiro dessa indústria, de US$ 18,12. As do Oriente Médio ficam em segundo, com US$ 9,61 de lucro por passageiro, seguidas pelas da Europa, com US$ 6,30.

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