A previsão de lucro para as companhias aéreas mundiais melhorou
em 17% nos últimos seis meses, diante de um desempenho forte das empresas dos Estados Unidos, afirmou nesta segunda-feira a
Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês). As transportadoras devem gerar US$ 29,3 bilhões em lucro líquido neste
ano, com as companhias norte-americanas representando mais da metade do lucro total
das companhias, com US$ 15,7 bilhões, disse a IATA que em dezembro
previa um lucro de US$ 25 bilhões para as companhias aéreas do mundo,
acima dos US$ 16,4 bilhões de 2014.
O diretor-geral da IATA,
Tony Tyler, afirmou que "2015 está se tornando um ano positivo".
Segundo a entidade, o desempenho financeiro está sendo puxado pelos
preços mais baixos do petróleo, pela recuperação econômica em alguns
mercados e pelo forte desempenho do dólar. Mais de 3,5 bilhões de
passageiros devem voar neste ano, um recorde histórico. As
vendas devem ficar em US$ 727 bilhões, ou 0,7% abaixo do nível do ano
passado, em grande medida por causa do efeito do dólar mais valorizado,
segundo a IATA.
A lucratividade continua a dar sinais de
melhora. A IATA projeta uma margem de lucro líquido de 4% para o setor.
Isso reflete em parte o fato de que as companhias aéreas estão se
mostrando mais disciplinadas sobre os lugares disponíveis para venda. As
companhias estão reduzindo sua capacidade, o que eleva a taxa de
ocupação, uma medida de assentos vendidos por total ofertado, para um
patamar estimado de 80,2% neste ano, de 79,8% em 2014.
Investidores
já mostraram-se preocupados com a possibilidade de excesso de oferta
nas companhias aéreas, o que poderia ameaçar a lucratividade. Os números
da IATA, porém, mostraram que as empresas dos EUA terão o mais alto
lucro por passageiro dessa indústria, de US$ 18,12. As do Oriente Médio
ficam em segundo, com US$ 9,61 de lucro por passageiro, seguidas pelas
da Europa, com US$ 6,30.
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